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História The Walking Dead: Contra Delta - Conhecendo o Passado - História escrita por Kaiatsu - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Walking Dead: Contra Delta - Conhecendo o Passado


Escrita por: Kaiatsu

Capítulo 12 - Conhecendo o Passado


Poucos minutos depois, Louise chegou em seu destino juntamente com Louis. Apesar de estranhar, eles estavam diante de uma caixa d´água. Era alto demais, então se imagina uma bela vista de Richmond inteira.

-[Louis] Então... O que estamos fazendo aqui?

-[Louise] Lembra da nossa conversa em termos tempo para nos conhecermos?

-[Louis] Claro.

-[Louise] Privacidade seria interessante. E aqui temos uma das melhores visões. Então... Eu pensei... – Ela corava.

-[Louis] Entendi. – Ele sorriu.

-[Louise] Que bom! Então só precisamos subir.

-[Louis] Escada grande essa daqui...

-[Louise] Medo de alturas? – Ela caçoava.

-[Louis] Nunca tive a oportunidade de descobrir.

-[Louise] Allez Louis! {Vamos Louis} Eu estou logo atrás.

-[Louis] Ok... – Ele suspirou. – Vamos lá.

Ele respirou fundo uma vez e começou a subir as escadas sem pensar muito, enquanto Louise estava logo atrás, apenas para certificar que Louis ficaria bem.

Estavam quase no topo e Louis estava bem, até que o mesmo decidiu fazer algo de errado: Olhar para baixo!

-[Louis] Uou!

-[Louise] Olhou pra baixo né?

-[Louis] É... Você está logo atrás de mim lembra?

-[Louise] Foi uma pergunta besta, eu sei. – Ela riu.

-[Louis] Deixa só eu recuperar meu folego...

-[Louise] Então vamos lá. Apenas olhe para cima e respire comigo.

Louise dava a Louis um exercício simples de respiração. Em poucos segundos, Louis recuperava-se e conseguia focar em seu objetivo de checar ao topo. E com isso e criando coragem pela francesa, ele terminou de subir sem dizer nada, enquanto Louise, estranhamente, admirava sua coragem e determinação.

Acima daquela caixa d´água, Louis recuperava o folego exageradamente e Louise apenas acompanhava sua respiração. Mas quando Louis levantou a cabeça, ele percebeu a paisagem. E mesmo com a noite, ele percebia o quão bonito era aquele lugar. Richmond era maravilhosa de noite e imaginava como seria de dia.

-[Louise] O que achou?

-[Louis] Que a escalada violenta valeu a pena.

-[Louise] É! – Ela ria. – Fico feliz que tenha dado certo no final das contas. Agora senta aqui comigo. Você pode ficar na beirada sem cair para sua morte.

-[Louis] Agora não valeu mais a pena. – Ele caçoava.

Louis se sentava. E ainda não pode evitar de sorrir para aquela paisagem. Mas ele estava nervoso, e algo dizia que a altura não era o problema disso.

-[Louise] Você está bem?

-[Louis] Uhum...

-[Louise] Ainda com medo da altura?

-[Louis] Com medo de outra coisa...

Uma indireta de Louis que Louise entendia. Estranhamente ela também estava nervosa. Ela parecia ser uma garota atrevida e corajosa, mas sentia fraqueza para falar qualquer coisa com ele e isso a incomodava, mas era uma sensação boa ao mesmo tempo.

-[Louise] O nascer do Sol é melhor que a noite.

-[Louis] Você fala da vista?

-[Louise] Com certeza! Eu acostumo em acordar cedo só pra subir aqui e ver o Sol nascendo.

-[Louis] Eu entendo. Na minha escola antiga, onde nós nos habitávamos, tinha uma torre enorme com uma boa vista da floresta. Às vezes eu subia para apreciar.

-[Louise] Uma torre? Deve ser uma vista mais incrível do que essa.

-[Louis] Muito mato... Não dava pra enxergar muito bem. Nem se uma horda de errantes atacasse a escola.

-[Louise] Lamento pela sua perda. Deve ter sido um lugar bacana para se morar.

-[Louis] Se você gosta da natureza, sim. Mas tem suprimento limitado. A cidade é rica disso então...

-[Louise] Mais perigosa.

-[Louis] Licença, mas eu vivo pelo perigo! – Disse com orgulho.

-[Louise] O perigo de subir essas escadas?

-[Louis] Você tinha que estragar tudo pra mim né?

Eles riam para diminuir a tensão, mas nem percebiam que riam por diversão mesmo. Sentimentos óbvios, mas caóticos ao mesmo tempo, borbulhavam suas mentes. Por isso que eles tentavam se distrair com piadas e conversas, mas a pequena “distração” não passava de uma simples diversão. Eles realmente gostavam da companhia uma do outro.

-[Louise] Você teve uma vida boa na escola?

-[Louis] Sim , eu tive...

-[Louise] Então quer me contar o que aconteceu? D-Digo... Eu sei que seu lar foi tomado, mas é por causa disso que você tem pesadelos?

Esse era o momento perfeito para falar sobre si mesmo. O que incomodava Louis com o passado em Ericson e um pouco mais.

-[Louis] Eu era o brincalhão da escola. Todos tinham suas funções, mas a minha principal era fazer jogos e piadas. E o nosso antigo Líder e meu melhor amigo, Marlon, fazia basicamente tudo.

-[Louise] Desculpa em comentar, mas... Com a Clem no comando só pode significar que~

-[Louis] Sim. Ele morreu.

-[Louise] Lamento... Isso é o bastante para~

-[Louis] Ter os pesadelos? Não sei dizer, mas o que me acorda as noites é como ele morreu.

-[Louise] Ah... E como que...?

-[Louis] Um tiro na nuca... por Alvin Júnior.

Uma revelação que chocava Louise. Um garotinho de 5 anos tinha feito sua primeira vítima com o melhor amigo de Louis.

-[Louise] Nossa...

-[Louis] Eu fiquei com tanta raiva do AJ na época. Então visemos uma votação em expulsá-lo junto com a Clem da escola por causa disso.

-[Louise] Não o culparia por você ter votado para expulsar.

-[Louis] Foi exatamente o que eu fiz... Mas fiz isso por raiva. Até que descobrimos o que realmente aconteceu.

-[Louise] O que seria?

-[Louis] Descobrimos que Marlon vendeu duas garotas do nosso grupo para o Delta! Acredita?

Mais revelações chocava Louise. E a pior sensação é que ela tinha suas suspeitas e conclusões... Mas era algo para se pensar depois. No momento ela só queria se preocupar com os sentimentos de Louis.

-[Louise] Então o que te causa os pesadelos. Você passou por tanto que...

-[Louis] Eu era o piadista e o idiota do grupo... E se eu fizesse mais pelo Marlon nada disso teria acontecido. Eu poderia ter feito mais para salvar as garotas e... Poderia fazer mais por ele. E nada disso teria acontecido.

Era uma conclusão óbvia, mas uma que deveria ser falada em voz alta.

-[Louise] Você realmente se culpa pela morte delas e a do Marlon?

-[Louis] E por que não? Olha só a merda que eu faço nessa vida.

-[Louise] Lou... – Ela se aproximava. – Funções são importantes no mundo em que vivemos. E você é um caçador. E da mesma forma que o Aasim, você é responsável em trazer comida na mesa, remédio nas enfermarias, armas para o arsenal, e tudo isso não é pouca coisa! E o mais importante... Fazer piadas e jogos só te torna algo que sentimos falta...

-[Louis] O que?

-[Louise] Em sermos humanos de novo. – Ela sorriu. – Porque perdemos tempo demais tentando sobreviver que esquecemos a sensação de sermos humanos... De sermos felizes. E você traz isso. A humanidade de volta.

Louis tentava contrariar, mas o sermão de Louise foi muito bom para tentar pensar no oposto.

-[Louise] A culpa não é sua. Então não pare de ser quem você é. Combinado?

-[Louis] Claro... – Ele sorriu. – Combinado.

-[Louise] Ótimo! – Eles apertavam as mãos.

-[Louis] Conversa estimulante boa que você tem.

-[Louise] Precisa sofrer para entender, correto?

-[Louis] Agora você quer me dizer o que te faz sofrer?

Naquele momento, Louise soou frio, pois era a sensação de medo de falar em voz alta toda a verdade sobre seu passado. Havia certos detalhes que ela deixaria passar para não revelar o desnecessário, mas ela podia desabafar alguns momentos de sua vida. Alguns desses momentos poderiam fazer Louis entender.

-[Louise] Meus pais eram bem ausentes já que, como você deve ter ouvido, eles trabalham seriamente no exército. Meu pai era um soldado e minha mãe trabalhava mais com as forças aéreas... Algo parecido com a Lilly. Resumindo, eles não davam atenção a filha rebelde deles que sempre procurava encrenca e até... Bom...

-[Louis] Cigarros?

-[Louise] Eu fumava algo mais ilegal na época...

-[Louis] Ah... Entendi.

-[Louise] Não me considerava viciada, mas fumava sim. Enfim, os amigos de meu pai chegaram para me buscar porque algo de horrível estava acontecendo na cidade.

-[Louis] O surto.

-[Louise] Isso! E quando voltamos para a base militar, ela já estava tomada. E de longe... E de longe eu vi... Eles...

-[Louis] Louise...

-[Louise] Realmente queria não ter visto. Mas quando eu tive a conclusão, esses amigos dos meus pais foram pegos e me virei sozinha por um tempo. Sobrevivendo por aí.

-[Louis] Por quanto tempo você esteve sozinha?

-[Louise] Alguns meses... Eu andei sozinha para procurar meu avô. Ele não morava muito longe de Richmond, mas...

-[Louis] Mas foi tarde demais?

-[Louise] Exactement {Exatamente}. Ele avançou em mim... E coloquei uma bala na cabeça dele.

-[Louis] Eu sinto muito por isso. Não sei se eu teria coragem de colocar uma bala na cabeça de Marlon se AJ tivesse errado o tiro...

-[Louise] Foi um pesadelo pessoal meu... E só foi o início.

-[Louis] Você passou por algo assim?

-[Louise] É que durante esse tempo eu fiquei por lá. Errantes cercaram a casa do meu avô e escapei pelo telhado.

Louise fazia uma pausa para respirar e continuar sua história.

-[Louise] Então eu, novamente, sobrevivi. Conheci sobreviventes com más intenções ou com boas intenções. O que ambos têm em comum é que nenhum sobreviveu por muito tempo.

-[Louis] Mas você sobreviveu.

-[Louise] Porque eu abandonei os canalhas, enquanto as pessoas boas morreram por mim. Essas eu nunca esquecerei.

Louis criava lamentações e um peso de consciência sob tudo que Louise passou. Queria criar algum contato físico como segurar sua mão ou abraça-la. Mas ele corava com as ideias e se sentia mal em aproveitar da situação. Mas realmente sentia pela francesa.

-[Louis] Eu realmente lamento.

-[Louise] Eu sei que sim. – Ela sorria.

-[Louis] Entendo agora o porquê dos seus pesadelos.

-[Louise] Mais ou menos...

-[Louis] Como assim?

Novamente Louise não queria revelar todo o seu passado, mas, por sorte, ela podia dizer sobre seus pesadelos. Momentos que ela realmente presenciou que a traumatizou até então.

-[Louise] Eu me apaixonei pela primeira vez.

-[Louis] Ah... Tá bom...

-[Louise] Uma garota... Morreu nas mãos do Delta.

Aquilo bastava para Louis entender seu motivo de vingança. Porém também o deixou assustado.

-[Louise] Lamento... Eu fiquei falando sem parar e o ponto principal da história te contei em 10 segundos. – Disse rindo sarcasticamente.

Louis nem ria. Ele levava toda aquela história a sério. Até sério demais. Louise percebeu aquilo e se preocupou.

-[Louise] Tu vas bien? {Você está bem?}.

-[Louis] N-nada não. Eu só percebo que meus problemas são insignificantes diante dos seus.

-[Louise] Olha... – Ela se virou, ficando cara a cara com Louis. – Primeiramente, nenhum problema é insignificante. Se fosse, você não teria pesadelos. E segundo, você sofreu tanto quanto eu. Apenas nos encontramos em situações diferentes.

-[Louis] Mas a sua... Eu acho que eu não aguentaria.

-[Louise] Você fez amizade com um garotinho que colocou uma bala na nuca de seu melhor amigo! Acha mesmo que eu lidaria com essa situação? É por isso que... Você... É de se admirar.

Louis sentiu a mão de Louise tocar na sua. Era uma amizade de ouro que eles lidariam, mas o clima mudou completamente ao se olharem nos olhos. Era uma sensação de certeza!

-[Clementine] LOUISE?! VOCÊ ESTÁ AQUI?!

Infelizmente o clima foi cortado, e Louise se afastou um pouco, tirando sua mão na de Louis e criando uma expressão facial de insatisfação.

-[Louise] Estraga prazeres...

-[Louis] Pois é...

Mas eles voltaram a sorrir mais uma vez um para o outro, e Louis tocou em seu ombro.

-[Louis] Apenas tome cuidado em sua jornada. Raramente vingança vale a pena.

-[Louise] Não se preocupe. Richmond é meu lar agora. Vale a pena voltar.

Eles se levantaram e ajeitaram suas fantasias amassadas e sujas. Realmente a caixa d´água estava encardida e eles nem perceberam isso. Apenas queriam a companhia uma do outro.

Lá parados eles ficaram. Louise percebeu o nervosismo de Louis, onde ele nem olhava mais diretamente para a mesma. Então ela quis tomar uma pequena atitude, com um passo à frente e um simples e rápido beijo em seu rosto!

-[Louise] E agora tenho outro motivo para voltar. – Ela sussurrou.

Envergonhada pelo que fez, ela evitou contato visual com Louis e apenas deslizou as escadas para descer.

E Louis, por outro lado, não olhava para sua nova interesse romântica, mas sentia seu coração e seu estomago falando alto.

 

Ao descer as escadas, Clementine e Violet já estavam a sua espera.

-[Louise] Meninas. O que foi?

-[Violet] Agora... O que vocês dois estavam fazendo lá em cima? – Disse com um sorriso malicioso.

-[Louise] N-nada! Só se conhecendo.

-[Violet] Se conhecendo demais ou...

-[Louise] Conversando. – Ela corava.

-[Violet] Ah... Só isso?

-[Louise] S-sim!

-[Clementine] Isso é lindo, de verdade. – Ela sorria. – E por mais que eu queira conversar sobre isso como um bando de adolescentes, nós precisamos conversar.

-[Louise] O que está acontecendo?

-[Clementine] Eleanor... Ela saiu com resultados não agradáveis. E precisamos visita-la no hospital agora.

E assim, as três garotas partiram para resultados maléficos, onde previam uma guerra chegando. Uma guerra onde Richmond estaria em desvantagem.



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