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História The Walking Dead: Contra Delta - Sacrifício na Assemble Factory - História escrita por Kaiatsu - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Walking Dead: Contra Delta - Sacrifício na Assemble Factory


Escrita por: Kaiatsu

Capítulo 24 - Sacrifício na Assemble Factory


Era noite. Perfeito para infiltração.

Mais uma vez, Texas Two e Richmond estavam reunidos para mais uma missão em uma fábrica química. Era parecido com o barco de Clementine e seus amigos destruíram, ou seja, bem guardada com uma luz iluminando os cantos mais escuros ao redor.

A estratégia é reduzir o território do Delta, aniquilando, novamente, todos que estavam do lado de dentro. E assim como foi destruído o barco do Delta a muito tempo atrás, eles colocariam mais uma das bombas de Willy e Conrad nos depósitos químicos. Com um pouco de esperança, eles atrairiam os errantes. Se tudo ocorresse do jeito que foi planejado, apenas colocar a bomba e acendê-la será o suficiente.

Dessa vez, Violet e Louise estavam de guarda na entrada, mirando nos dois Deltas acima do muro da fábrica, cada uma mirando em um. E Clementine, juntamente com Gabe iria realizar a infiltração.

-[Louise] Nervosa?

-[Violet] Sim. Como sempre.

-[Louise] Hm.

-[Violet] É meio óbvio. Minha namorada é quem está lá dentro, com uma pequena probabilidade de não sair de lá viva.

-[Louise] Se serve de consolo eu também estou com medo.

-[Violet] Acho que Louis está muito bem lá em Richmond. – Ela caçoava.

-[Louise] Não Louis. – Ela sorria. – Mas também tenho medo de perder a Clementine.

-[Violet] É mesmo?

-[Louise] Tenho medo de perder qualquer um de minha família. E Clementine é a melhor Líder que já tive.

-[Violet] Fico feliz em ouvir isso.

Apesar do breve momento, a palavra “Líder” incomodava Violet, o que a deu uma leve suspeita sobre de quem mais Louise poderia falar.

-[Violet] Então... Você já teve outros Líderes. – Ela suspeitava, olhando para Louise.

-[Louise] Não conte ao Javi. – Disse dando uma leve risada.

-[Violet] Mas... Você, por acaso teve algum outro Líder?

-[Louise] O que está acontecendo?

Louise mudava de assunto, ainda olhando para sua mira telescópica. Percebeu-se que os dois homens desciam do muro e outros dois subiam. E por mais que Violet queria conversar mais sobre um assunto oculto, ela voltou a dar atenção a sua própria mira.

-[Louise] Troca de turnos?

-[Violet] Provável.

-[Louise] Clem, como está indo?

-[Clementine] Conseguimos entrar somente agora... Espere ao meu sinal.

-[Violet] Legal... Mais esperas.

-[Louise] Você fica aqui Vi.

-[Violet] Onde você vai?

-[Louise] Se essa explosão for violenta o bastante para chamar a horda, eu preciso eliminar qualquer errante na nossa rota de fuga.

-[Violet] Ok... Vai lá então.

Louise prosseguia sozinha naquele escuro, mas com a necessidade de recuar em segurança pela sua equipe, e também por evitar um assunto delicado, ela se arriscaria por isso, deixando Violet sozinha.

 

 

 

Entrando lentamente naquela fábrica escura, com apenas lanternas para visão, Clementine e Gabe evitava-os correndo para os cantos escuros. A ingenuidade do Delta irá custar uma de suas bases.

A dupla se encontrava em cima de uma cabine bem nas sombras, esperando o Delta se mover.

-[Gabe] Quando eles saírem de lá, podemos dar a volta naquela sala e seguir reto para o centro da fábrica. Lá eles devem ter os estoques.

-[Clementine] Entendido.

Gabe estava muito focado na missão. Ou era isso, ou ele estava disfarçando para não conversar com Clementine, e isso incomodava a garota. Principalmente depois do que aconteceu na sua última missão.

-[Clementine] Então... Belo plano de se infiltrar na fábrica ao anoitecer. Ela é realmente escura do lado de dentro.

-[Gabe] Valeu.

-[Clementine] Quer me contar como você fez esse mapa?

-[Gabe] Não agora...

Clementine estava mais com medo sobre sua relação com Gabe do que com o Delta em si. Ela precisava focar na missão, mas tais sentimentos a atrapalhavam.

-[Clementine] Mais tarde... Quem sabe.

-[Gabe] Uhum...

Era solitário, até mesmo com Gabe ao seu lado. Mas como ambos estavam bem escondidos, Clementine achou que seria uma boa hora para tentar conversar.

-[Clementine] Gabe, eu~

-[Gabe] Os guardas se foram. Vamos lá.

Apesar da falha de comunicação, eles poderiam prosseguir e focar em seu objetivo, o que seria fácil a partir dali.

Quando eles prosseguiam de dentro da fábrica, eles acharam uma sala suspeita e iluminada. A dupla vasculhou e encontrou o que procuravam: Caixas com gases. Porém elas estavam perto de alguns Deltas.

-[Gabe] Acredito que tenha silenciador.

-[Clementine] Claro.

Eles avançaram e mataram rapidamente os guardas com tiros na cabeça. A precisão de Gabe era tão boa quanto a de Violet, e isso impressionava Clementine.

-[Clementine] Belo tiro.

-[Gabe] Valeu.

Um pequeno momento fazia Gabe sorrir, e Clementine percebia-o. Mas isso não durou muito tempo graças as lembranças de um passado recente. Isso tirou o sorriso da boca de Gabe na qual focou na missão.

-[Gabe] Vou espalhar o resto do álcool pela fábrica. Apenas posicione a bomba.

-[Clementine] Pode deixar.

Era isso. Gabe jogava álcool e gasolina pelo redor da fábrica com a esperança de que não haveria mais Deltas no caminho. Clementine só colocava a bomba no lugar dos gases.

Clementine olhava para aqueles gases, na qual ficou atentada em pega-los. Mas depois da conversa que tivera com Violet, ela hesitou. Segundos depois, recuou, pensando em ser a garota que a namorada amasse. Mesmo guerras tem suas regras, e ela escolheu segui-las.

Ao terminar o que tinha que fazer, ela foi encontrar com Gabe.

-[Clementine] Gabe, encerrei.

-[Gabe] Ótimo, só falta~

-[Delta] EI!

Eles foram pegos!

Quando o Delta olhou para os dois, ele sacou sua arma e começou a atirar. Gabe foi salvo por Clementine, pois a mesma se jogou em cima do amigo para protege-lo. Isso permitiu com que o mesmo sacasse sua pistola e atirasse no agressor, bem no pescoço.

-[Gabe] Merda!

-[Clementine] Você está bem?!

-[Gabe] Sim, graças a você. Obrigado.

-[Clementine] Estamos juntos nessa, certo? – Disse oferendo a mão.

-[Gabe] Claro. – Ele sorriu se levantando.

-[Violet] Clem?!

-[Clementine] Comecem agora!

Com a ordem, Violet, Louise e os homens e mulheres de Gabe retornavam os tiros.

-[Gabe] Alguma ideia?!

-[Clementine] Consegue correr?

-[Gabe] Sim, mas por que a pergunta?

-[Clementine] Eu quero aproveitar e sair ilesa daqui. – Disse mostrando os fósforos.

-[Gabe] Ok. Faça!

Um simples pedido e um simples comando. Clementine acendeu aquele fogo, onde o caminho da gasolina se ligava ao armazém. E assim, eles correram para o mais longe possível.

O centro da fábrica explodiu. Foi bem violento, mas, por sorte, Clementine e Gabe saíram ilesos e estavam correndo para fora da fábrica.

A dupla estava cercado por errantes. Os mortos vieram mais rápido do que a previsto, mas nada como balas não poderiam resolver. O verdadeiro problema era o número.

-[Gabe] Quantas balas você tem ainda?

-[Clementine] Não o suficiente!

-[Gabe] Merda.

Um errante agarrou Gabe. E a reação de Clementine para salvá-lo foi instantânea, colocando uma bala em sua cabeça.

-[Gabe] Wow! – Ele suspirava. – Valeu de novo.

-[Clementine] Rápido, por aqui!

Clementine viu um caminho mais limpo, onde eles poderiam dar a volta pela fábrica cm menos errantes pela frente. Eles precisavam de visão da Violet e Louise.

O número de errantes parecia ter aumentado. Alguns atacaram o resto do Delta, onde alguns foram pegos e outros fugiram. E isso era uma boa distração para não se preocupar com os vivos, somente com os mortos.

-[Gabe] Cercados de novo.

-[Clementine] Gabe... Eu vou distrai-los para a esquerda. Você só corre para frente.

-[Gabe] O que?! Não!

-[Clementine] Nós dois vamos morrer desse jeito! Volte pra sua família!

-[Gabe] E você vai voltar pra sua! – Ele se rebelou. – Não vou te deixar.

Mesmo encurralados, Clementine sorria para Gabe com determinação em seus olhos. Eles apenas pegaram suas facas e suas armas. Ficaram de costas um para o outro e esperavam o combate.

Os primeiros errantes foram fáceis de se eliminar, mas a horda logo atrás seria impossível.

Um errante pulou em Clementine! E este morreu na hora com um tiro na cabeça.

-[Violet] Achei você!

-[Clementine] Amor... – Disse aliviada. – Como sempre me ajudando.

-[Louise] Também estou aqui... De nada!

A cavalaria chegou! O pessoal de Richmond descia um pequeno morro para suportar a dupla.

-[Gabe] Bom vê-los amigos.

-[Homem1] Avistamos mais uma horda vindo do oeste. Precisamos sair daqui.

-[Clementine] Fácil dizer com eles em volta.

-[Mulher1] Transporte está do outro lado da estrada! Precisamos apenas limpar o caminho e escapar.

-[Gabe] Como vamos “limpar” esse lugar?” É tudo culpa minha! Se eu~

-[Homem2] Eu vou distraí-los.

Um dos homens de Gabe tirou de seu bolso um sinalizador. Carregado e preparado para disparo.

-[Gabe] Não... Não vou deixar ninguém morrer por minha causa.

-[Homem2] A escolha é minha!

-[Homem1] Mas por quê?! Por que se sacrificar com tanta facilidade.

-[Homem2] No dia em que vocês me acharam... Eu perdi minha família para o Delta. Eu não tenho mais ninguém. – Ele confessou. – E sempre serei grato por você me salvar. – Disse ao Gabe. – Agora está na hora de ver minha família e pagar a dívida.

Até mesmo Clementine estava triste e comovida pela confissão de um homem que nunca conheceu. Era uma honra tê-lo conhecido por míseros segundos depois do que ele estava prestes a fazer.

-[Homem2] Agora vão... E não olhem para trás.

-[Clementine] Nome.

-[Homem2] Hm?

-[Clementine] Eu quero seu nome...

O homem apenas sorriu, acendendo um flare e preparando suas armas.

-[Hector] Hector, senhora.

E assim, ele saiu correndo, em cima da horda.

-[Clementine] Vamos...

-[Gabe] Não! Eu não posso deixar~

-[Clementine] Você quer que o sacrifício dele seja em vão?!

O silencio de Gabe, assim como medo e orgulho, respondiam a pergunta de Clementine. Apesar daquilo ser perturbador, ele apenas teve que aceitar o que aconteceu.

Todos eles recuaram para frente. Com a maioria dos errantes distraídos com Hector, eles matavam os poucos da frente para entrar nos veículos.

Hector corria com um flare na mão e pura gritaria! Atirada com o sinalizador para atrair outros errantes para si mesmo.

Dois errantes agarravam aquele homem e o mordia!

Mas, felizmente, apesar do sacrifício, duas garotas ainda ganhavam tempo para ele, atirando naqueles errantes.

-[Violet] Corra Hector! O mais longe que puder.

O homem sorriu. E continuou a distrair.

-[Violet] Quantas balas?

-[Louise] Só tenho 3.

-[Violet] 4.

-[Louise] Então vamos fazer contar.

Qualquer errante que o atacaria, Violet e Louise os matavam com tiros certeiros. Mas estes não iriam durar muito.

A munição de Louise se esgotou, e Violet tinha apenas uma bala naquele pente.

O homem conseguiu distrair todos os errantes com sucesso. Ele subia em uma rocha para ganhar mais tempo ainda. Ele estava exausto e parecia que ia desmaiar com a perda de sangue.

Tudo o que Hector fez foi pegar um pedaço de papel no bolso. E este era uma foto... A foto de sua família. Ele apenas sorriu para a foto, sem arrependimentos do que fez agora.

Foi percebido que os errantes, lentamente, estavam escalando a rocha.

-[Violet] Eu cuido de você Hector... Apenas me dê a ordem.

Violet apontava sua arma para a cabeça daquele homem. Ele ainda sorrindo e levantando a mão para sinalizar negativamente o pedido de Violet.

-[Hector] Nah... Obrigado por tudo meninas. Mas eu cuido disso.

Hector sacou mais uma arma carregada em seu coldre. E fez o que deveria fazer para aliviar a dor física: Uma bala em sua própria cabeça!

Hector estava em paz, deixando seu corpo para trás para os errantes.

As garotas diziam nada. Elas até desviaram o olhar quando aconteceu. E lamentando por um breve momento, Louise oferecia a mão para Violet a fim de se levantar.

-[Louise] Vamos?

-[Violet] É... Vamos.

Elas nem conseguiam tocar no assunto.

O carro se aproximou para apanhá-las... E ainda nenhum assunto sobre o ocorrido.

O caminho inteiro de volta pra Richmond... E o caminho inteiro sem conversa sobre o ocorrido.

Ninguém falava nada, mas todos pensavam no que aconteceu. E Gabe apenas sofria em silêncio até voltar para casa.



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