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História The Walking Dead: Contra Delta - O Segredo Revelado - História escrita por Kaiatsu - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Walking Dead: Contra Delta - O Segredo Revelado


Escrita por: Kaiatsu

Capítulo 33 - O Segredo Revelado


O Sol estava nascendo. A manhã era fria, mas com a situação em que todos se meteram, o calor do nervosismo era indiferente. O momento de encerrar essa guerra estava próximo!

Como combinado, Louise e Gabe estavam na torre do sino da igreja, próximo do acampamento, onde Clementine e Violet vigiavam o mesmo por cima das colinas. Aqueles que se arriscaram para esperar reforços do Delta eram a Resistência, todos eles com as roupas de quem mataram usando panos e óculos para esconder o rosto.

Clementine e Violet estavam ansiosas em finalmente terminar com a guerra, mas Louise é quem estava mais nervosa. O calor do corpo, o suor e a boca seca. Mas ela se continha para fazer o que tinha que fazer: Ajudar o Texas Two.

-[Resistência1] Senhor, veículo se aproximando.

-[Jack] Ok meninos... Vamos com calma e identificar nosso alvo. Quero saber onde está a Lilly.

-[Resistência2] Sim senhor.

 

-[Delta1] Recebemos chamado de emergência vindo daqui. Está tudo bem?

-[Resistência1] Sim senhor. Era horda atacando, mas conseguimos aniquilar.

-[Delta1] Mesmo? – Ele suspeitava. – Foi combinado que o chamado deve ser usado contra os vivos e não os mortos.

-[Resistência1] A horda era grande. Um dos nossos entrou em pânico e acionou o tal chamado.

-[Delta2] Então cadê a horda? Não vejo tantos errantes presentes no chão.

-[Resistência1] Tivemos sorte! Elas passaram reto e alguns ficaram nos portões e mato. Apenas matamos o que precisávamos.

-[Delta1] Uhum... Então podemos falar com o idiota que entrou em “pânico”.

-[Resistência1] Sim senhor, ele está lá dentro.

Os 4 Deltas que estavam no carro acabaram saindo para verificar o que realmente estava acontecendo.

-[Jack] Por aqui senhores. – Disse mostrando o caminho.

-[Resistência2] Venha comigo.

Enquanto os Deltas se afastavam do carro, seguindo um dos homens de Jack, o homem da resistência aproximava do veículo para verificar seu alvo primário. Estranhamente, ela não estava lá!

-[Resistência] Senhor, Lilly não está aqui.

-[Jack] Clementine, Lilly não está no carro. O que faremos?

-[Clementine] Distraia o máximo possível esses 4 idiotas. Qualquer coisa, execute-os. Precisamos esperar. Não tem motivo para Lilly não estar aqui.

Sendo assim, eles seguiam e enrolavam com o plano.

 

Do outro lado do acampamento, Louise e Gabe estavam com seus rifles de precisão, apontando para o acampamento e esperando algum sinal verde para executar o plano. Mas a espera era atormentadora. Louise estava com dedo no gatilho, esperando impacientemente, e Gabe sabia que algo a incomodava.

-[Gabe] Ansiosa para a vingança?

-[Louise] Hum? O que foi? – Ela estava distraída.

-[Gabe] Ansiosa para a vingança? – Ele estranhava. – Você tá bem?

-[Louise] N-nada demais. Só calor.

-[Gabe] Louise... Está fazendo uns 10 graus.

-[Louise] Menopausa, talvez? – Ela caçoava de si mesma.

-[Gabe] Você não tem idade pra isso. – Ele ria. – Mas é sério... Você está bem?

Esfregando sua mão em sua arma e tirando seus olhos da luneta, ela claramente expressava preocupação. Desviava seu olhar por um segundo querendo saber o que havia para dizer.

-[Louise] Já parou para pensar que tudo o que você quer na sua vida está prestes a acontecer?

-[Gabe] Então você está nervosa?

-[Louise] Preocupada... Porque eu fico pensando o que acontecerá se tudo der errado. Eu sempre quis essa vadia morta... Entende? Eu sempre quis Lilly fora de nossas vidas e esse é o melhor momento depois de tanto tempo. E se tudo der errado?

-[Gabe] Se tudo der errado, nós vamos continuar lutando. Nós vamos continuar lutando mesmo se ela morrer. E nada vai mudar isso. Nada vai mudar o fato de que ter Clementine e os outros na sua vida fez de você melhor.

Louise olhou com admiração diante Gabe e suas palavras. Mas o que a destruía por dentro era algo que nunca confessou a ninguém. Um segredo que negava os elogios de seu amigo.

-[Louise] Só eu sei que isso é mentira.

-[Gabe] Como assim?

 

...

 

 

-[Louise] Gabe...

-[Gabe] Sim?

-[Louise] Eu... – Ela apertava seu pulso e respirava alto. – Eu... Eu preciso confessar algo...

 

 

Algo chamou a atenção dos dois. Louise olhou para baixo e percebeu um jipe estacionando a algumas quadras da igreja. Um homem naquele veículo se levantou com uma arma que os ameaçava: Uma bazuca! E está mirava na igreja!

 

-[Louise] Lilly...

-[Gabe] PULA!

 

Gabe agarrou o braço de Louise para correr. E no momento em que se ouviu um disparo, eles pularam daquela torre!

O único motivo de terem sobrevivido a queda, é que haviam arvores aos arredores da igreja. Eles caíam em cima delas, quebrando os galhos ao impacto até o chão. Como resultado, alguns hematomas e cortes no rosto.

Mas Gabe sofreu o pior! Ele caiu justamente em um pedaço de ferro enferrujado de costas, perfurando a si mesmo!

-[Louise] Gabe...? GABE!

Louise tentava se recompor para se levantar. Ela socorria o amigo, mas sem saber o que fazer. Tudo o que pensou era tirá-lo dali.

-[Louise] Rápido! Me dá sua mão!

Com os gritos de dor e agonia, Gabe se levantava às assistências de Louise. Com sucesso, ela o removeu daquele cano de ferro.

Louise ainda precisava tratar a ferida. Ela só pegou um pano em seu bolso para estacar a hemorragia!

E para piorar a situação, errantes cercavam a área! Louise não desistiria tão fácil, então ela sacou sua pistola e começou a atirar nos arredores.

Porém, vários disparos foram dados naqueles errantes. Um por um os corpos caíam. E a ironia da situação é que seus heróis eram dos Deltas. Os mesmos que atiraram na igreja.

Ameaçada, Louise apenas largou sua arma no chão, já que haviam outros que apontava fuzis para ela.

Mais alguns carros chegaram. Mais Deltas apareceram. E para surpresa de Louise e Gabe, um deles era sua Líder. A mulher na qual Louise odiava e temia ao mesmo tempo: Lilly!

 

 

 

ALGUNS SEGUNDOS ATRÁS...

-[Violet] Por que tanta espera?

-[Clementine] Paciência... Lilly precisa estar aqui em algum lugar.

-[Violet] Ela teria que estar aqui. Se ela não está então...

[*BOOM*]

Uma explosão foi ouvida! Elas olhavam pela exata direção em que ouviu aquele estrondo. E o pior for realizado! A torre da igreja foi atingida e a mesma caía aos pedaços.

-[Clementine] Ela sabia de tudo...

Após a explosão, os 4 Deltas começaram a sacar suas armas escondidas e começaram a matar os homens da Resistência! Alguns perceberam o massacre e se esconderam para cobertura.

Violet percebeu a armadilha. Ela mesma atirou a distância aqueles Deltas!

Mas aqueles 4 Deltas não foram os únicos a aparecerem. Mais uma cavalaria se aproximava do acampamento. Claramente mais Deltas para matar o resto das Resistências. E foi o que aconteceu.

O disfarce foi em vão. Todos os membros da Resistencia estavam no chão mortos. E no momento que Violet apontou para atirar, Clementine impediu-a e se agachou junto com ela.

-[Violet] O que está fazendo?! Precisamos~

-[Clementine] Precisamos verificar se Louise e Gabe estão bem! Eles são muitos e não sabem que estamos aqui... Ainda!

-[Violet] M-mas~

-[Clementine] Lamento Vi... Mas não podemos fazer nada por eles. Ficar aqui é suicídio. Você me entendeu?!

Por mais que Violet odeie ouvir aquilo, Clementine tinha razão. Aqueles Deltas as matariam se soubessem onde estavam. Tudo o que elas podiam fazer era dar a volta e retornar à igreja.

Todos os homens e mulheres da Resistencia estavam no chão mortos ou feridos. E isso incluía o Líder Jack!

-[Jack] Acham mesmo que... Que podem se safar dessa? – Disse sangrando no chão.

-[Delta] Você é quem está no morto no chão, correto?

-[Jack] Confie em mim... Não serei o único morto aqui...

Jack teve sua última surpresa... Uma granada sem pino em sua mão.

-[Jack] Lamento Karen... – Ele sussurrava.

[*BOOM*]

Como ultimo sacrifício, Jack explodiu a granada juntamente com alguns Deltas! Um sacrifício que não foi em vão já que o homem reduziu o número dos inimigos. E aquilo foi presenciado a distância, enquanto Clementine e Violet seguiam para a igreja discretamente.

-[Clementine] Jack...

-[Violet] N-não podemos parar Clem... Vamos.

As duas garotas mantinham o foco da missão, na qual a mesma foi por água abaixo. Elas secavam o rosto pelas lágrimas das perdas, mas não podiam se distrair. Existem pessoas mais importantes para Clementine que poderiam estar na mesma situação. Tudo o que elas podiam fazer era seguir em frente.

 

 

 

Lilly descia em um dos jipes que se aproximou. Seus homens e mulheres atiravam nos errantes em volta para não os temer. E tudo o que ela fazia era encarar dois rostos. Dois adolescentes que ela nem acreditava que fora os poucos que arruinaram seus acampamentos. Sua raiva por eles era grande, mas vê-los no chão daquele jeito era prazeroso.

-[Gabe] Lilly...

-[Lilly] Desculpa, mas eu te conheço?

-[Gabe] Não... Pois, você não está lá quando eu destruí seus lares... – Ela ria para provocar.

-[Lilly] Ah sim... Você e aquele maldito lugar, Richmond. Eu realmente fiquei chocada quando minha produção de gás foi para o brejo. Que bom que tenho meu estoque pessoal.

-[Gabe] Estoque limitado...

-[Lilly] Ainda sim grande. – Ela se aproximava.

-[Louise] Fique longe dele! – Ela entrava no meio.

Lilly se aproximava para ver melhor aquele rosto. Louise estava nervosa e temia aquela mulher, muito mais graças aos seus homens e mulheres que apontavam suas armas a francesa.

Lilly ficou cara a cara com Louise. Ela tocou em seu queixo com o polegar e o indicador. Mas Louise não ficou satisfeita com aquele toque, o que a fez bater em sua mão para se afastar.

-[Lilly] Louise minha querida. Você não deveria estar viva.

Esse era o segredo de Louise! De alguma forma, ela já havia conhecido Lilly e vice-versa. Um passado que as duas seguravam juntas, e isso chocou Gabe.

-[Gabe] V-Vocês se conhecem?

-[Lilly] “Se conhecem”? Essa linda garota foi como uma filha pra mim. Meu braço direito.

-[Louise] Até você me trair... Me esfaquear!

-[Lilly] Olha só quem está falando em traição. Não fui eu quem ajudou aquelas garotas a fugirem do barco.

-[Louise] Você mentiu pra mim primeiro! Disse que estávamos fazendo a coisa certa!

-[Lilly] Sobreviver é o certo. Preparar-se para as guerras é o certo.

-[Louise] FORÇAR INOCENTES A LUTAR É CERTO?!

Com aquela gritaria, o Delta temia que Louise vira-se hostil, onde todos apontavam suas armas mais de perto. Mas Lilly estava despreocupada, mandando todos eles a baixarem suas armas.

-[Lilly] Isso não é diferente do mundo em que vivíamos. Seus pais entenderiam.

-[Louise] Não ouse a falar dos meus pais.

-[Lilly] Não disse mal sobre eles... Mas como você ligasse. Uma garota rebelde que nunca foi entendido pelos pais ou sequer adquiriu sua atenção, pois eles serviram esse país com honra! E é o que pretendo fazer. Homens e mulheres se sacrificaram por este país... POR ESTE MUNDO! Eu apenas estou seguindo seus passos.

-[Louise] Meus pais não eram monstros que nem você.

-[Lilly] Mas sacrifícios são necessários. E você não entenderia isso. Soldados como seus pais faziam de tudo para proteger esse mundo...

Com raiva circulando e suas veias, Lilly agarrou o rosto de Louise com a palma da mão, usando os dedos para segurar sua bochecha.

-[Lilly] Até vocês destruírem meus lares um por um...

Lilly respirava fundo e largava Louise. Tentava não ter tomada pela própria raiva e relaxou por um momento.

-[Lilly] Última chance Louise... Mande Richmond recuar que eu prometo em desistir em ataca-los. Então vocês vão continuar com suas vidas e eu continuo com a minha guerra. – Ela esticou a mão. – Feito?

Louise ouviu a proposta. Uma bela chance de esquecer o passado e seguir em frente. Gabe estava com medo de ver a resposta de Louise, mas a mesma já tinha uma resposta. Ela tocou na mão de Lilly, pensando que iria concordar... Mas então ela puxou Lilly para si mesma e sussurrou:

-[Louise] Tu es mort! {Você está morta!}

Lilly intimidada, empurrou Louise onde a mesma caiu no chão.

-[Lilly] Acredito que isso seja um não...

-[Louise] Eu ainda vou ter minha vingança! Vai pagar pelo que fez com Sophie e Minerva!

-[Lilly] Veremos.

Gabe estava no chão, sangrando, confuso e chocado com revelações de Louise. Todos sabiam que ela guardava segredos e todos respeitavam sua privacidade. Mas aquele segredo mudava tudo.

-[Louise] Não vai me matar?

-[Lilly] Eu deveria, mas eu também estou curiosa para saber o final. Eu quero saber sua reação quando você recusou esse trato para se vingar das suas meninas. Eu quero ver pessoas que você ama agora morrerem somente para ver sua reação sobre seus erros e pecados.

-[Louise] Meu maior erro foi ter me juntado ao Delta!

-[Lilly] Nós salvamos sua vida! Mas agora... Nada disso importa mais. – Lilly sacou uma arma. – Eu quero você viva para fazê-la sofrer com tais perdas, mas você não tem a mesma sorte! – Ela apontava para Gabe.

Mesmo perto de morrer, Gabe ainda temia ser morto por Lilly. Ela iria puxar o gatilho, mas Louise entrou bem na frente esperando receber aquela bala.

-[Lilly] Você está disposta a morrer por eles e não pelo Delta? Eu realmente fico triste.

-[Louise] Agora nos entendemos...

Lilly reconsiderava em deixa-la viva depois de tudo que elas conversaram ali. Ela estava com o dedo no gatilho prestes a puxá-lo.

No momento que resolveu atirar, eles ouviram um brilho metálico caindo perto dos carros, e isto era uma granada! Ela explodiu, expelindo um gás que não era cianeto!

-[Lilly] Máscaras e recuar! – Ela ordenou.

Poucos Deltas não conseguiram colocar as máscaras ao momento, levando-os a morte! Mas Lilly e o restante conseguiram se safar daquilo, partindo finalmente em seus veículos e desaparecendo de vista.

Enquanto isso, Louise voltava a verificar Gabe. O garoto ainda estava vivo, mas não por muito tempo com aquele gás crescendo. Ela pegou a máscara de Gabe a colocou. Em seguida, fez a mesma ação consigo mesma.

Com todos de máscaras e vivos, Louise levantava Gabe. Suas únicas preocupações eram os errantes que se aproximavam.

-[Clementine] Gabe?!

-[Violet] Louise!

Os 4 se reuniram. Aparentemente Clementine soltou o gás de Eleanor para acabar com o Delta.

-[Clementine] O que aconteceu aqui?!

-[Louise] Lilly...

-[Clementine] Como disse?

-[Louise] O mais importante agora é que Gabe está ferido!

-[Gabe] Eu tô bem... Sério...

-[Louise] Você NÃO está bem Gabe. Ele está sangrando.

-[Violet] Gente... Errantes a vista e não temos mais granadas.

-[Clementine] Eu levo o Gabe, apenas vão na frente e liberem o caminho!

Obedecendo as ordens de Clementine, a mesma levantou Gabe, enquanto Violet e Louise começaram a matar todos os errantes pelo caminho.

Eles estavam sendo cercados facilmente. Era uma horda que se direcionavam. Mas Violet e Louise não desistiam. Elas continuavam a matar os errantes para abrir uma passagem. E quando fizeram, elas guiavam Clementine para uma casa.

-[Louise] Rápido! Por aqui!

Enquanto Violet e Louise entravam em uma casa, Clementine fazia forças para carregar Gabe. Ele estava começando a ficar inconsciente, e a pior parte era a perde de sangue. No momento em que Louise deu licença para Clementine e Gabe entrarem, ela notou uma trilha de sangue. Aquilo não era um sinal bom!

-[Violet] Clem, errantes a caminho!

-[Clementine] Bloqueiem a porta! Eu preciso cuidar do Gabe.

Violet e Louise fecharam a porta e tentaram bloquear com qualquer objeto que havia na cama. Sofás, poltronas, mesas, cadeiras foram empurradas para atrasar os errantes.

Enquanto isso, Clementine colocava Gabe na mesa da cozinha. Ela checava rapidamente sua ferida. E ela já temia o pior, já que ele ainda sangrava, espalhando sangue na mesa.

-[Gabe] C-Clem...

-[Clementine] Agora não Gabe! Poupe suas energias.

-[Gabe] Clem...

-[Clementine] Eu vou tentar estacar essa ferida com alguns~

-[Gabe] Clem!

Aquele grito o machucou, mas foi preciso para chamar sua atenção.

Clementine parou o que estava fazendo. Além de focar em seu amigo, ela encarava a pior realidade possível. E este era que não havia mais o que fazer! Ela só negava e não desistia, até que Gabe segurou seu braço.

-[Gabe] Use meu corpo para distrair os errantes e corra... Todas vocês...

-[Clementine] Não... Não vou te deixar aqui!

-[Gabe] Tem uma horda vindo até aqui... Não há o que fazer. Mas vocês terão chances melhores se me deixar aqui.

-[Clementine] Gabe... Por favor, não faça isso.

-[Gabe] Só se certifique que eu não me torne um deles... Ok?

-[Clementine] Gabe...

-[Gabe] Ok?

Clementine lacrimejava. Ela não conseguia secar os olhos pelas mãos cheias de sangue. Tudo o que ela era capaz de fazer era sorrir e acenar com a cabeça, trazendo tranquilidade ao seu amigo.

-[Gabe] Valeu...

-[Clementine] Claro... Sem problemas.

Enquanto isso, os errantes já estavam tentando entrar. Ouvia-se vidros quebrando e um impacto forte naquela porta. Eles estavam sem tempo, assim como a vida de Gabe.

-[Gabe] Clem... Preciso te contar uma coisa...

Clementine já não ouvia muito bem a voz de Gabe. O que fez foi se aproximar em seu rosto. Isso foi possível para Gabe dizer suas últimas palavras para Clementine... Palavras que a assustou! Além de fracassar na missão mais importante de todas, ela teve que ouvir revelações insanas.

-[Gabe] Dá um salve pra minha família por mim... Que eu mando um oi para Mariana por eles...

Com Gabe dizendo tudo o que queria, e também o que devia, ele fechava os olhos e esperou seu momento... Até chegar.

Sem pulsação ou respiração, Gabe tinha partido para melhor.

-[Clementine] Gabe... ... ... Gabe!

Clementine tinha que aceitar a realidade. Ela sabia que perdas aconteceriam, mas não espera daquele jeito. Muito menos vindo de uma pessoa que ela amava.

Tudo o que ela podia fazer era garantir que Gabe não retornasse. Clementine pegou sua lâmina e a posicionou para penetrar em seu crânio. Mas a agonia a impediu. Ela estava paralisada.

-[Violet] Clem, não temos muito tempo! Eles vão entrar a qualq~

Violet e Louise percebiam o que estava acontecendo. E, assim como Clementine, elas lamentaram rapidamente.

Violet se preocupava mais ainda com sua namorada. Ela detestava em vê-la naquele estado, cheio de sangue do seu amigo com lágrimas no rosto. E um estado de choque na qual ela não conseguia fazer uma simples ação.

-[Violet] Lamento Clem... Mas precisamos ir.

-[Clementine] N-não posso deixa-lo assim... Não posso...

Violet observava a mão de Clementine tremendo. A mesma mão com a lâmina.

Violet decidiu fazer por ela mesma, querendo evitar uma ação cruel vinda de alguém que se importasse. Ainda mais de que elas estavam sem tempo.

Violet pegou lentamente a lâmina da mão de Clementine. A mesma deu um passo para trás e olhou para o lado com medo de ver aquilo.

E assim, Violet fez. Com a lâmina de Clementine ela penetrou no crânio de Gabe, finalmente o deixando em paz.

Depois do trabalho feito, ela olhou tanto para Gabe quanto para Violet. E, trocando olhares com sua namorada, ela levantou um pequeno sorriso como forma de gratidão pelo que fez.

O momento foi interrompido quando os errantes entraram na casa com sucesso!

-[Clementine] Vem... Vamos sair daqui.

As três correram e saíram da casa pela porta dos fundos. Trancaram a porta para evitar qualquer perseguição, enquanto os errantes infestavam a casa e aproveitavam os restos de Gabe para se alimentar.

-[Violet] Clem...

-[Clementine] Vamos... O carro está a 2 Km naquela direção. Fiquem atentas às ruas.

Ignorando toda a situação por um breve momento, Clementine apenas seguia em frente para o carro, sem dizer mais nada. Enquanto isso Violet e Louise apenas se preocupavam com o estado de sua Líder. E a pior parte é que nada podia ser feito, além de voltar para casa.

 

 

Depois de um tempo em silêncio, elas finalmente chegavam ao carro. Ainda intactos e bem escondidos, elas, no mínimo, poderiam voltar para casa. E com sua segurança garantida, Clementine voltou com seus pensamentos, e apenas um a incomodava.

-[Louise] Ao menos podemos dirigir de volta. – Ela avançou até o carro. – Se vocês quiserem eu posso dirigir enquanto vocês~

Louise foi interrompida por Clementine, onde a mesma deu uma coronhada em sua nuca, fazendo-a cair no chão.

-[Violet] Clem! O que foi isso?! Por que fez isso?!

Louise estava atordoada no chão, tentando se recompor. Já Clementine estava furiosa com uma arma na mão, cogitando em matá-la!

-[Clementine] Fala pra ela o porquê eu fiz isso!

Louise ainda estava no chão. E mesmo com seu maior segredo revelado, ela temia em falar em voz alta. Mas uma pequena ameaça de Clementine em atirar a fez mudar de ideia rapidamente. E então olhou nos olhos de Violet e confessou.

-[Louise] Eu sou Ex-Delta.

Violet digeria tal informação, mas Clementine sabia que tinha mais da história para ser contada.

-[Clementine] E...?

-[Louise] E eu era braço direito da Lilly.

-[Clementine] E?!

-[Louise] E... – Ela respirou fundo antes de falar. – Eu conheci Sophie e Minerva.

Com todas as informações principais adquiridas, Violet processava. Porém, como ainda faltava partes daquela história, ela não estava furiosa como Clementine, mas sim confusa.

-[Violet] Foi por isso que o Gabe morreu?

-[Clementine] Sim.

-[Louise] Não! E-Eu juro, não sei como Lilly soube dos nossos planos! Eu não tenho contato com ela! Eu nem sequer a vi desde o dia em que ela tentou me matar.

-[Clementine] Bom... Posso estar errada... Mas espero que saiba o porquê desconfio de você.

-[Louise] Sim...

-[Clementine] E sabe a pior parte de tudo isso? A pior parte é que eu te dei confiança... Eu te dei uma família... EU te dei a oportunidade de conversar com a gente, de compartilhar seu passado e seus problemas... E você guardou isso de todos nós.

-[Louise] Eu realmente sinto muito... Mas fiquei com medo de perder o que você me deu.

-[Clementine] Bom... Acabou de perder... E é por isso que ninguém sente mais do que eu agora... – Ela coçava os olhos para não chorar. – Fique de costas e de joelho.

Louise apenas obedeceu. Ela sabia da culpa de guardar segredos de uma família e sabia que merecia ser punida. E ao ficar de joelhos e de costas, apenas olhando para frente ela esperava.

-[Clementine] Violet, prenda ela.

-[Violet] O que...?

Nada disse Clementine. Apenas trocou um olhar tenso para sua namorada por hesitar em obedecê-la. Violet sabia que, apesar da situação, era Clementine quem mandava.

-[Violet] Sim senhora...

Violet se aproximou com uma corda e amarrou Louise.

-[Clementine] Eu ainda respeito pela pessoa que você era... Ainda respeito pelo que você fez por Richmond... E respeito por ter cuidado do Louis.

Louise se virou para olhar nos olhos de Clementine, e a mesma se aproximou.

-[Clementine] São os principais motivos para não te matar agora. – Ela guardava sua arma. – Agora entre no carro.

Ainda em silêncio, Louise obedeceu. Clementine abriu a porta traseira do carro para a francesa entrar.

Mesmo com a história mal contada, Clementine não queria saber mais sobre ela, enquanto Clementine ainda tinha mais perguntas a se fazer. Aquele não era o tempo e o momento para isso.

E Louise apenas aceitava seu destino. Mesmo pela sua própria situação, ela ainda estava grata por Clementine de mantê-la viva. Pois, lá no fundo, ela sabia que não merecia.



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