handporn.net
História Theoús (Imagine Technoblade) - Sonambulismo. - História escrita por meatbun - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Theoús (Imagine Technoblade) >
  3. Sonambulismo.

História Theoús (Imagine Technoblade) - Sonambulismo.


Escrita por: meatbun

Notas do Autor


pode ser que vocês cheguem a enjoar dessa fanfic, já que planejo publicar por volta de 40 capítulos, contando com este, estamos no marco de 3/40
me desejem sorte!

agradeço de coração a todo mundo que comenta e que favorita, realmente aquece o meu coração <3
eu saio pulando de alegria mesmo, vocês nem sequer entendem-

temos uma playlist! link: https://open.spotify.com/playlist/4J2NnMiyxtVY7B2yE8LVBD?si=jdebncS9T_izEZ4c9vZNTQ&utm_source=copy-link

sem mais enrolação...


BOA LEITURA! espero que gostem o/

Capítulo 3 - Sonambulismo.


CAPÍTULO 02: Sonambulismo


Os tecidos pesados sobre seu corpo lhe mantinham aquecida. A brisa fria da noite fazia seu caminho sutilmente pela janela.

Estava tendo uma ótima noite de sono, mesmo com as preocupações que habitavam o fundo de sua mente. Mesmo que você demorasse a pegar no sono, quando dormia, era como se o mundo deixasse de existir. Algumas vezes gostaria de dormir mais, mas, infelizmente, já não era mais uma criança, tinha inúmeros afazeres.

“Psst.”

Um cutucão em seu ombro lhe fez grunhir baixinho, pedindo por mais um tempinho de sono, em um murmúrio sofrido. Você abriu os olhos com dificuldade ao sentir mais um cutucão que, dessa vez, foi desferido em sua bochecha.

Sua visão demorou a se ajustar ao breu do quarto. Tudo o que pôde notar foi o contorno suave de uma figura esbelta, que se afastou de você rapidamente após longos segundos apenas lhe encarando. Em alarde, você sentou-se na cama, agarrando-se aos lençóis e respirando fundo.

O silêncio que preenchia seus tímpanos era, ironicamente, ensurdecedor. O som de seu coração batendo vagava por cada canto de seu corpo, juntamente a um suave tremor feito pelo pulsar constante do mesmo. Podia senti-lo pulsar com uma eficiência assustadora. Sua respiração fazia par com o seu coração, sendo ouvida entre espaçados segundos. Aquele silêncio todo lhe incomodava.

Logo seus ouvidos foram preenchidos com uma fala repentina, “Viu só, Jeffery? Eu disse que o sátiro não está acordado!”

Você piscou repetidamente, tentando ajustar sua visão mais uma vez, logo tendo a imagem borrada e escura de um rapaz parado em frente à porta.

Pelo timbre da voz, você julgou ser Ranboo. Suspirou baixinho, em puro alívio, apoiando a mão sobre seu peito, sentindo seu coração palpitando ansiosamente.

Lugares escuros eram os piores, ainda mais com a possibilidade de deuses estarem prontos para acabar com você. Todo cuidado era pouco.

Com um movimento ligeiro das mãos, você afastou os lençóis de seu corpo e pôs os pés no chão frio, sentindo um calafrio subindo pela sua espinha.

Não tinha a menor vontade de se levantar em momentos assim, mas sabia que Ranboo acabaria quebrando alguma coisa pela casa e iria se machucar de alguma forma, isso se você não fizesse nada. Você grunhiu enquanto se espreguiçava, não tinha a menor ideia de que horas eram, mas alguns pássaros cantavam do lado de fora da janela.

Mesmo que o sol ainda nem tivesse voltado ao seu esplendoroso palco. Caminhou até onde seu irmão estava, finalmente notando que ele estava falando com a porta, de novo.

A pobre coitada, ou, melhor dizendo, o pobre coitado até mesmo havia recebido um nome: Jeffery.

Você tocou suavemente o ombro de Ranboo, que estava praticamente ajoelhado no chão, ele se virou assustado para ti, como se jamais esperasse pela sua presença. Jamais poderia julgar toda essa confusão, até mesmo você se assustou com a presença dele há alguns momentos.

Particularmente, você não compreendia exatamente o que deixava seu irmão nesse estado, muito menos o que estava acontecendo de verdade, mas sabia que ele não estava completamente consciente.

Murmúrios incompreensíveis foram pronunciados por Ranboo, que mantinha uma feição levemente assustada para ti. Você nem mesmo tentou responder ou pedir para que ele repetisse, havia tentado inúmeras vezes falar com ele durante esses momentos. Nunca recebeu uma resposta, algumas vezes ele até virava-te o rosto e saía andando, como se você nem mesmo existisse.

Você apenas segurou a mão do rapaz com ternura e colocou a outra mão nas costas dele, para guiá-lo cuidadosamente até a cama que os dois estavam dividindo.

Ele demorou um pouco para colaborar, tentando se virar para Jeffery e pedir por ajuda incessantemente ao pedaço de madeira. Porém, depois de uma insistência com a qual você já havia se acostumado, ele se levantou e andou levemente curvado, acompanhando seus passos.

Com cuidado, você o sentou na cama, vendo o rapaz encarar um ponto fixo do quarto, como se algo estivesse ali. Você jurou para si mesma que não olharia, com certeza não era nada.

Você bocejou enquanto direcionava sua mão à testa de Ranboo, para empurrá-lo suavemente até que se deitasse. Assim que o gigante, ou melhor dizendo: que seu irmão estava deitado, você se esticou até os lençóis que, por pouco, não escaparam das pontas de seus dedos. Sentiu seu braço ser agarrado. Direcionou seu olhar ao rapaz que mantinha os olhos esbugalhados para você.

Mais murmúrios incompreensíveis foram pronunciados, a única coisa que você conseguiu entender de tudo aquilo foi a sílaba ‘pa’. Você sorriu suavemente, cobrindo-o com os lençóis e se inclinando para deixar um beijo estalado na testa do rapaz.

“Não compreendi o que você disse, Boo.” Se ajoelhou ao lado da cama, passando os dedos entre os cabelos bagunçados do irmão, tentando fazê-lo voltar a dormir. “Que tal descansar agora e amanhã você me diz o que te aflige?” indagou, como se fosse receber uma resposta.

Sabia muito bem que apenas teria silêncio, mas você gostaria de pelo menos ter a ideia de que estava o confortando.

Algum tempo se passou, poderiam ser segundos ou minutos, você não tinha a menor noção de tempo naquele momento. Ranboo finalmente havia voltado a dormir tranquilamente, quase num formato de bolinha. Você achava engraçado a forma que ele se encolhia ao dormir. Talvez ele tivesse uma sensação de segurança ao dormir daquela forma.

Seus dedos ainda vagavam pelos fios de cabelo do irmão, fazendo uma pequena trança logo atrás da orelha dele.

Você havia perdido o sono, infelizmente… ou felizmente, isso depende de como o dia seria. Você finalmente finalizou a trança, prendendo-a com um fiozinho vermelho que mantinha preso em seu pulso — por nenhum motivo específico.

Ranboo gostava quando você enchia o cabelo dele de tranças e o arrumava por ele, era como se ele fosse o favorito de [Nome], embora se envergonhasse um pouco quando Tommy importunava-o sobre isso.

Sentou-se ao lado do irmão na cama, se lembrando dos tempos difíceis, que nunca deixaram sua mente.

O céu tomava um tom azul claro, anunciando a chegada de Helios em sua carruagem, mesmo que a lua ainda estivesse no céu, toda a atenção iria para o titã mais brilhante.

Você demorou alguns momentos para acordar por completo, até que realizou: espera, Ranboo me chamou de sátiro mais cedo?!

*

Admitia que era estranho subir em árvores tendo a idade que você tinha. Porém não poderia abrir mão deste costume, afinal, há anos que você subia no mesmo galho e tocava as mais diversas melodias que aprendia. Também não poderia deixá-lo sozinho.

Seus dedos balançaram uma das cordas de sua velha lira, fazendo ecoar uma nota que lhe arrepiou das pontas dos pés até o último fio de cabelo.

Que droga!

Você limpou a garganta, jurava que havia afinado o instrumento ainda no dia anterior.

Era sempre uma chateação quando criava coragem de tocar alguma canção e alguma das notas não estava do jeito que deveria estar.

“Não sei se estou ficando velha ou louca,” murmurou enquanto dedilhava repetidamente as cordas, buscando por mais uma nota desafinada que precisasse de conserto.

Após verificar cada uma das cordas, você respirou fundo, tentando capturar a vontade de bancar a musicista que havia escapado pelos seus murmúrios enraivecidos.

Você dedilhou, com uma certa dificuldade, uma melodia simples que você não se lembrava bem, que estava sempre tocando no fundo de sua mente. Se ela fazia parte de suas memórias antigas, que custosamente tentava esquecer, você não sabia dizer.

Você direcionou o olhar para as nuvens brancas e fofas que enfeitavam o céu azul, uma brisa gentil acariciava sua pele, refrescando do calor que aumentava conforme as horas iam passando. Podia escutar as belas canções dos pássaros que estavam de passagem, algumas borboletas sobrevoavam o campo e dançavam da forma que bem entendiam.

Era uma bagunça, mas a beleza está apenas nos olhos de quem admira. Para você, aquilo era lindo, a forma como tudo era único na natureza.

Os protogonos¹ realmente criaram um universo lindo.

Seus olhos, que observavam calmamente o cenário à sua frente, logo fizeram um caminho rápido e conhecido para uma lápide de mármore brilhante, com dois nomes gravados cuidadosamente.

O mármore já estava começando a ser abraçado firmemente pelas raízes da figueira, era como se Gaia² estivesse abraçando fortemente as criações de Prometheus³, que, inevitavelmente, voltavam ao mesmo barro do qual foram feitas. Velas derretidas pela metade descansavam sobre o mármore liso e frio e, na terra que outrora foi remexida, repousava um simples vaso cheio d’água e com flores diversas.

Elas haviam sido colocadas ali para preservá-las ao máximo possível e, ainda assim, serem consideradas um presente. Todos os dias você ficava por ali, tocando melodias e contando sobre seu dia, como se um único daqueles dois, o que você chegou a conhecer, ainda pudesse te escutar. Você sabia que não. Mas odiaria aceitar uma vida na qual ele não pudesse estar com você. 

“Queria que você pudesse ver o que eu vejo.”

Enquanto tocava as notas lentamente, tentando pegar o ritmo que a melodia pedia, um passarinho pousou num galho a alguns centímetros de você.

Ele observou você e sua dificuldade em se organizar, parecia julgar-te pela dificuldade que claramente prendia seus dedos. Os espaços em branco eram improvisados e seus dedos pareciam ‘tropeçar’ nas notas musicais.

Você, finalmente notando a presença do animal, se endireitou, trazendo a lira para ainda mais perto do peito.

“… Torço pra você não ser nenhum deus disfarçado, passarinho,” confessou baixinho, sabendo o quão anormal era para um pássaro se manter tão perto de um humano.

O bater de asas do pássaro tranquilizou-te.

Vendo o animal se afastar, você se arrumou no galho da enorme árvore do jardim, suspirou aliviada e tratou de prender a lira ao cinto de seu quíton⁴ antes de realmente descer de cima da árvore.

Mas, assim que se ajoelhou propriamente e deu um impulso para cair graciosamente no chão, você ouviu, “[Nome]?!” Ranboo gritava da porta que dava direto ao jardim dos fundos.

Não era realmente um jardim, era só uma área aberta cheia de flores e oliveiras e figueiras, com plantações de cereais alguns metros dali, mas poderia ser chamado de jardim, se for contar todo o trabalho que você tem com as plantas que ficam por ali.

Os gritos lhe tiraram a concentração, fazendo com que seus pés atingissem o chão de forma errada, torcendo-os suavemente. A torcida leve bastou para que uma dor chata se espalhasse rapidamente por seus tornozelos.

Você grunhiu, mais por irritação do que por dor, se machucar assim sempre acabava sendo um problema, então você torcia para que não fosse nada sério e que passasse o mais rápido possível.

“O que aconteceu?!” você gritou de volta, tentando se levantar, mas a pontada de que sentiu lhe trouxe de joelhos ao chão. “Maldição,” grunhiu entre dentes, se curvando para apertar o tornozelo com ambas as mãos.

“Aquele homem...!” seu irmão começou a explicar, porém, ao te ver sem conseguir se levantar, correu até você sem terminar a fala.

Ranboo se ajoelhou ao seu lado, tentando te dar apoio para se levantar. Ele segurou uma de suas mãos, puxando-a por cima dos ombros dele, logo te segurando pela cintura. Era uma cena engraçada, se vista de longe, pois Ranboo estava curvado demais para poder te dar o apoio sem te tirar do chão sem querer.

Após se assegurar de que você estava bem, ele continuou, “Aquele homem desacordado,” disse, só a menção dele lhe trouxe calafrios, “creio ter escutado-o dizendo algo. Acho que ele pode estar acordando,” explicou a situação para você, que imediatamente começou a dar dolorosos passos para frente, arrastando Ranboo com você.

“Vamos logo, Boo!” exclamou com pressa, finalmente fazendo o alto rapaz acompanhar os seus passos ligeiros.

“Aliás, quem é ele?” Ranboo indagou com curiosidade. Ah… se ao menos você soubesse a resposta para essa pergunta.

“Não sei se consigo responder-te quanto a isso,” confessou.

O olhar de Ranboo passou para algo similar a pavor, ele, definitivamente, não estava esperando uma resposta daquelas. Você esteve mantendo um desconhecido, possivelmente perigoso, debaixo do seu teto?! Depois ele quem era o irresponsável!

*

Sentada num banquinho ao lado da cama, você colocou sua mão sobre a testa da suposta divindade e fez o mesmo com a sua própria testa, tentando comparar as temperaturas.

Aparentemente não havia nada de errado, mas o homem não havia acordado em dois dias. Pelo menos ele não estava morto. Seria complicado realizar mais um funeral, ainda mais o de uma pessoa que você nem mesmo conhecia.

Você suspirou em alívio, colocando ambas as mãos no rosto.

“Pelo menos você não está com febre,” comentou, com a voz sendo abafada por suas mãos.

Seus dedos pressionavam seus olhos em movimentos circulares, tentando afastar o cansaço que se impregnava em suas pálpebras.

Ele não te escutaria, disso não há dúvidas, mas ainda assim sentia a necessidade de falar alguma coisa.

Você encarou de longe as feridas que já estavam quase cicatrizadas.

Ele, definitivamente, não era humano, você nunca conheceu alguém com um metabolismo tão rápido assim. Mesmo que os curativos ainda apresentassem resquícios de ícor, era mais do que óbvio que ele estaria curado em pouco tempo — algumas horas, provavelmente.

Era um sentimento confuso que crescia dentro de você, um misto de medo e gratidão: estava grata de poder salvar a vida de alguém, mas tinha medo da ira dos deuses cair sobre você, afinal, de nada sabia sobre o homem que surgiu em sua porta no meio de uma tempestade.

“Como estão seus tornozelos?” Sua atenção se dirigiu a Ranboo, que estava parado na porta do quarto, segurando um recipiente com água limpa.

“Já não doem tanto,” você disse e esboçou um sorriso suave, tentando tranquilizar o irmão. “Entretanto, vou ficar de repouso por mais algumas horas, pra não correr risco de piorar.”

“E ele?” indagou, apontando para o homem de cabelos cor-de-rosa ainda desacordado.

“Bem,” inspirou, tentando pensar em como resumir sem entregar de que se tratava de uma divindade, “ele está mostrando vários sinais de melhora,” explicou, “mas nenhum sinal de que ele vai acordar.”

“Entendo…” Ranboo se ajoelhou aos seus pés, colocando o recipiente logo ao seu lado e apoiando a cabeça em seu colo.

Você, instintivamente, acariciou os cabelos macios de Ranboo, sorrindo ao ver o contraste de cores que residiam ali.

O rapaz abriu a boca, como se estivesse prestes a dizer alguma coisa, mas ele simplesmente soltou uma quantia imensa de ar e desistiu de proferir as palavras que dançavam na ponta da língua.

“Queria me dizer algo?” você perguntou, dando-o mais uma oportunidade de dizer o que queria.

“Posso ir visitar Philza?” indagou, após alguns segundos de hesitação. Não era como se ele tivesse coragem o suficiente para te contar o que realmente estava incomodando-o.

“Suponho que não há mal algum nisso,” você concordou, “mas volte antes que escureça.”

“Sim, mãe,” ele zombou, se levantando e bagunçando seus cabelos, num ato de afeto para com você.

Você o observou caminhando para fora do quarto, numa pressa anormal. Sabia que ele estava tramando alguma coisa, mas jamais iria intervir na vontade dele de te contar algo ou não. Ranboo já era um adulto, poderia muito bem tomar as próprias decisões e ser responsável pelas consequências.

Você encarou novamente a divindade, alcançando a sua lira com as pontas dos dedos.

“Bem, estamos a sós agora,” disse, tocando a primeira nota de uma melodia que você adorava. “Espero que não se importe de escutar minha música.”

Absorta em seu próprio mundo musical, tocando nota após nota, você não notou quando os olhos do deus se abriram suavemente.

Eles tiveram a visão borrada do seu ser, mesmo que por poucos segundos. O coração do deus vibrou em conjunto ao som suave de sua lira, que preenchia aquele quarto frio, enchendo-o de vida.

Sem forças para se manter acordado, ele voltou ao sono, como se Hypnos⁵ o puxasse cada vez mais àquele estado dormente.

Quem é essa pessoa que toca uma melodia tão bela?’ Foi a última coisa que ele se lembrava de pensar.


Notas Finais


知識。🎐 GLOSSÁRIO.

⚠︎ AVISO ⚠︎
O CONTEÚDO A SEGUIR É EXTREMAMENTE LONGO.

¹Os 𝗱𝗲𝘂𝘀𝗲𝘀 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗼𝗿𝗱𝗶𝗮𝗶𝘀 da mitologia grega, também chamados de Protogonos ou Protogenos eram as divindades que nasceram em primeiro lugar, que surgiram no momento da criação, e cujas formas constituem a estrutura básica do universo.

Caos — Caos (em grego: Χάος, transl.: Cháos), na mitologia grega segundo Hesíodo,é o primeiro deus primordial a surgir no universo, portanto a mais velha das formas de consciência divina. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas;

Gaia — Mãe Terra (explicada separadamente);

Tartarus — O Tartarus (em grego: Τάρταρος, transl.: Tártaros), na mitologia grega, é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos (apesar de alguns autores o considerarem irmão de Caos);

Eros — Eros (em grego: Ἔρως), na mitologia grega, era o deus do amor e do erotismo. Era um dos Erotes. Primeiramente, foi considerado como um deus do Olimpo, filho de Afrodite com Ares, ou apenas de Afrodite, conforme as versões. Ele é, normalmente, retratado em pinturas acompanhado da mãe.
Hesíodo, em sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos.

Nix — Nix (em grego: Νύξ, transl.: Nýx, lit. “Noite”), na mitologia grega, é a personificação da noite. Uma das melhores fontes de informação sobre essa deusa provém da teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nix naquele poema que descreve o nascimento dos deuses gregos. A Noite desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros e mais poderosos seres a vir à existência. Hesíodo afirma que Nix é filha do Caos, sendo a segunda criatura, seguida de seu irmão gêmeo Érebo, a escuridão;

Érebos — Érebo ou Érebos (em grego: Ἔρεβος, transl.: Érebos, “trevas” ou “escuridão”) é, na mitologia grega, a personificação das trevas e da escuridão. Tem seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como “Vácuo” logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.

Éter — Éter (em grego: Αἰθήρ, transl.: Aíthēr, do verbo αἵθω, aíthô, ‘queimar’), na mitologia grega, é a personificação do conceito de “céu superior”, o “céu sem limites”, diferente de Urano. É o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses olímpicos, contrapondo-se ao ar obscuro, aér (ἀήρ), que os mortais respiravam, sendo deus desconhecido da matéria, em consequência as moléculas de ar que formam o ar e seus derivados. É considerado por Hesíodo como sendo filho de Érebo e de Nix, tendo por irmã Hemera;

Hemera — Hemera ou Heméra (em grego: Ἡμέρα, “Dia”) ou Amara (Αμαρα, “Dia”), no mito grego, era filha de Nix com Érebo, um entidade primordial e a personificação da luz do dia e do ciclo da manhã;

Ponto — Ponto ou Póntos (em grego: Πόντος, transl.: Póntos, “alto-mar”), na mitologia grega, era a divindade do mar aberto, ou seja, das profundezas do mar;

Uranus — Urano (em grego: Ουρανός, transl.: Ouranós, lit. “o que cobre” ou “o que envolve”), na mitologia grega, era a divindade que personificava o céu. A etimologia possivelmente tem origem no vocábulo sânscrito que origina o nome de Varuna, deus védico do Céu e da Noite. Sua forma latinizada é Uranus. Foi gerado espontaneamente por Gaia e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até à época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.
Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os titãs, os ciclopes e os hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantém todos presos no interior de Gaia. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.

Óreas — Os óreas ou oúreas (em grego: Oὔρεα, de οὔρος, ou ὄρος, “montanha”), na mitologia grega, eram os deuses das montanhas, filhos de Gaia sem pai, e portanto irmãos de Urano e Ponto. Os antigos gregos acreditavam que cada montanha possuía uma divindade que era denominada de acordo com sua própria montanha. — Wikipédia.


²𝗚𝗮𝗶𝗮, Geia ou Gé (em grego: Γαία, transl.: Gaía), na mitologia grega, é a Mãe-Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora imensa. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos (o vazio) e dele nascem Gaia, Tártaro (o abismo), Eros (o amor), Érebo (as trevas) e Nix (a noite).
Gaia gerou sozinha Urano (o Céu), Ponto (o mar) e as Óreas (as montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses “bem-aventurados”.
Com Ponto, Gaia gerou Nereu: É um deus marinho primitivo, representado como um idoso o velho do mar. Além de Fórcis, Ceto, Euríbia e Taumante. 
Com Urano, Gaia gerou os doze titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperio, Jápeto, Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do seu pai. — Wikipédia.


³Prometheus, “O Inventor da Humanidade”, filho de Jápeto e irmão de Atlas, foi um dos titãs que se aliaram aos Olimpianos durante a Titanomachy, ele foi quem criou os homens (sim, apenas os homens, as mulheres foram invenção dos Olimpianos, sendo Pandora a primeira mulher), moldando-os do barro da base de uma montanha, em um momento de melancolia; quem roubou o fogo da carruagem de Helios para extinguir o medo dos homens e castigado por causa de sua criação.


⁴𝗤𝘂𝗶́𝘁𝗼𝗻 (do grego χιτών, khitón) é uma peça de vestuário utilizada na Grécia Antiga. Era uma túnica usada tanto por homens quanto por mulheres. Estendida, era basicamente um retângulo de tecido.
Originalmente, era confeccionada com lã nos períodos mais antigos, sendo fabricada com linho posteriormente. Usava-se tradicionalmente com um cinto à altura da cintura, e era preso sobre os ombros com alfinetes ou broches. Nos homens, podia cobrir a perna até metade da coxa ou descer até os pés. A primeira forma era geralmente usada no dia-a-dia, e a segunda reservada para momentos mais cerimoniosos. Poderia ser adornada com desenhos geométricos para dias festivos. Podia ser usada com um pálio. As mulheres a usavam de maneira frouxa. Comumente, fala-se do quíton jônico. Com o surgimento do linho, substituiu-se progressivamente o peplo, um vestido feminino tubular.
A palavra quíton quer dizer “túnica de linho”, sendo de fato o tecido mais usado para a sua elaboração. Entretanto, a lã também servia como base têxtil da peça, especialmente em tempos mais antigos. — Wikipédia.


⁵𝗛𝗶𝗽𝗻𝗼𝘀, ou Hypnos (em grego: Ὕπνος, transl.: Hypnos, lit. “sono”), é o deus do sono na mitologia grega. Personificação do sono, e da sonolência; mas não do cansaço no que diz respeito à fadiga. Hypnos é um dos daemons gregos: deuses que interferem no espírito dos mortais. Segundo a Teogonia de Hesíodo, ele é filho sem pai de Nix, a deusa da noite, mas outras fontes dizem que o pai é o Érebo. Tem nove irmãos, entre os quais o mais importante é seu gêmeo Thanatos (Θάνατος), a personificação da morte. — Wikipédia.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...