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História Theres A Corpse In This Bed - Então, por que estou morto? - História escrita por WalmartGeeWay - Spirit Fanfics e Histórias
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História Theres A Corpse In This Bed - Então, por que estou morto?


Escrita por: WalmartGeeWay

Notas do Autor


Alô, alô meus amores,
E a quarentena, como vai?

Se protejam
Xoxo

Capítulo 4 - Então, por que estou morto?


Fanfic / Fanfiction Theres A Corpse In This Bed - Então, por que estou morto?

-É uma péssima ideia – Ray falou passando as mãos no cabelo.

Era madrugada e estávamos de volta no hospital como o planejado. Muitas pessoas acham hospitais a noite assustadores, mas bem... eu trabalhava no necrotério, poucas coisas me assustavam.

-Eu disse que era uma péssima ideia! – falei jogando os braços pra cima.

-E o que mais a gente pode fazer?! – Gerard falou parecendo irritado, é aquela vozinha bem no fundo da minha cabeça que viviam dizendo que Gerard era o Paciente Zero do apocalipse zumbi ainda me incomodava, embora passamos a tarde toda assistindo filmes e conversando e eu já não me sentia tão assustado nem tão desconfortável perto dele.

-Que tal não ir atrás de um assassino? – eu disse como se fosse óbvio.

-Ele vai tentar me matar de novo!

-Ele não sabe que você está vivo ainda – Ray comentou.

-E o que eu vou fazer? – eu podia sentir o desespero na voz de Gerard – viver o resto da minha vida escondido na casa do Frank?! Sem poder sair? Sem poder ver meu irmão?

Ray cruzou os braços e suspirou.

-Nós vamos achar uma solução, Okay? – meu amigo cacheado falou – só não vamos entrar em pânico.

Gerard respirou fundo e acabou concordando.

-Ótimo – Ray continuou andando até uma muda de roupa e entregando na mão de Gerard – veste isso, vamos tirar um raio x de você.

-Tem certeza que ninguém vai reparar que usamos as máquinas? – perguntei.

-Tenho sim – Ray me garantiu se gabando – você está falando com um profissional!

Eu revirei os olhos e soltei uma risada um tanto quanto debochada.

Gerard voltou usando uma calça e uma blusa esverdeada, descalço. Ele se posicionou quase encostado em uma parede onde Ray pediu, em frente a máquina de raio x e eu me afastei e deixei que meu amigo fizesse as coisas, não era um procedimento complexo, apenas um raio x e foi bem rápido para terminar, mas demoraria um pouquinho para as imagens saírem.

Gerard passou também por uma máquina de ressonância, ele aprecia um pouco assustado quando a maçã começou a se mexer e levá-lo até o equipamento, o que eu achei engraçado.

Eu ajudei Ray com esse exame, estávamos na sala ao lado enquanto as imagens das partes do corpo de Gerard iam aparecendo na tela aos poucos.

-O raio x deve estar pronto, você pode pegar lá? – Ray perguntou e eu assenti, saindo da sala o mais silencioso e rápido possível, peguei as imagens impressas do raio x e voltei para a sala onde Ray estava e entreguei os resultados.

-Vamos chamá-lo? – perguntei em relação a Gerard, mas Ray estava concentrado demais nos exames para responder – Ray!

-Ah?

-Gerard? Chamá-lo aqui? Tá tudo bem?

-É, chama ele aqui.

Eu bufei um pouco irritado porque estava me sentindo ignorado, mas sai da sala e fui até a porta do lado.

-Pronto – eu falei alcançando a máquina e apertando alguns botões, a maquina andou e logo eu vi o rosto de Gerard sorrindo largo para mim.

-Parecia que eu tinha sido sugado pra uma nave espacial – ele riu. Confesso que achei suas expressões engraçadas, ele parecia que estava anestesiado.

-Espero que não esteja grávido de um alienígena – comentei rindo.

Ele começou a gargalhar, como se esquecesse de todas as preocupações, eu estaria mentindo se não tivesse achado aquele riso adorável e gostoso de ouvir.

Gerard se levantou e voltamos para a sala ao lado, onde Ray estava.

-Nada! – ele disse se levantando, frustrado – não tem nada de errado com ele! Absolutamente nada! Nenhuma fratura! Nem corte! Nada!

-Como assim? – perguntei – não devia ter um sinal? Marca?

-Não tem! Esta cem por cento recuperado como se nada tivesse acontecido!

Eu me senti derrotado de certa forma e totalmente confuso.

-Isso é bom, não é? – Gerard comentou – quer dizer, significa que eu to vivo e bem, certo?

-Mas como?! – Ray passou as mãos pelo cabelo e ajeitou seus óculos – você foi esfaqueado até a morte! E não tem praticamente nenhuma sequela!

-É no mínimo bizarro – eu comentei.

-Eu... eu não sei – Gerard falou com os olhos perdidos entre Ray e eu.

-Tudo bem... – eu falei – pelo menos descobrimos algo hoje.

-O que? - Ray perguntou.

-Que ele tá inteiro.

-Mas isso só traz mais dúvidas, como ele pode estar inteiro?!

Ficamos nos encarando como se as respostas fossem aparecer magicamente na nossa frente, até Ray bocejar e começar a se mover.

-Bem, eu vou esconder nossos rastros – ele disse – enquanto não pensamos em nada, Gerard pode ficar na casa do Frank...

Eu não gostava muito do jeito que o Ray apenas saia dando a palavra final, mas ele já estava fazendo muito por nós três, era melhor eu apenas aceitar que eu teria a companhia de um morto vivo por uns dias, não que Gerard não fosse uma boa companhia, muito pelo contrário, acho que podíamos nos dar bem, mas tudo aquilo era novo e desconhecido, não sabíamos o que tinha feito ele voltar do mundo dos mortos, nem como é aquilo era assustador. O desconhecido.

-E o relatório policial? – perguntei.

-Eu já resolvi o relatório – Ray disse calmamente – coloquei o que encontramos, morte a facada, hemorragia, inventei uma coisa ou outra, mas não precisa se preocupar.

-E o corpo?

-Eu liguei para um amigo da época da faculdade e ele concordou em ceder um boneco, ele é bem parecido com um ser humano, se fizermos direito, ninguém vai reparar.

Eu senti um saco de tijolos sair das minhas costas e suspirei aliviado.

-Frank, você vai montar o boneco – Ray decretou – já que vai ficar com Gerard, vocês dois podem garantir que esteja idêntico a ele, te levo amanhã as coisas.

Eu não tinha nem como negar, apenas aceitei, não era possível ser tão difícil assim montar um boneco idêntico a Gerard. Pelo menos, era o que eu achava.

-Okay, vai ficar perfeito – eu falei me sentindo mais confiante.

-Ótimo, agora vamos logo sair daqui.



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