Por Betty
Acordei com um peso sobre meu corpo. Não abri os olhos. Jug devia estar esperando eu acordar. Senti seu focinho gelado sobre... pera. Focinho?
-Ah! -gritei, e vi meu pequeno cachorro deitado sobre mim, abanando o rabo.
-Bugguie! -Jug entrou no quarto- Eu falei pra não acordar a mamãe! Não vamos passear se você não se comportar!
Ele imediatamente pulou da cama. Nossa que cachorro inteligente! Eu ri enquanto ele abanava o rabo, sentado em frente a porta. Jug se sentou no chão ao lado dele e os dois ficaram me encarando.
-Ai, ai... eu amo vocês dois. Os dois. Meus dois bebês. -mostrei a língua pro Jug e ele mostrou de volta- Tá vou me arrumar. Vão indo pra sala.
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Joguei a bolinha babada e mordida longe. O filhote correu para o outro lado do campo.
Eu e Jug estávamos sentados em uma mesa de piquenique, não no bando da mesa, literalmente na tábua da mesa. O cachorro voltou da corrida e jogou a bola verde no banco. Jug se esticou para pegar e a lançou longe.
-Você tem noção de que amanhã é nosso último dia juntos?
-Sim. -me ajeitei, desconfortável.
Ficamos em silêncio.
Depois de cerca de cinco minutos, a duração de três jogadas de bola a Bugguie, ele disse, ainda sem olhar para mim.
-Betts, posso te fazer uma pergunta?
-Fala.
-Com quantas pessoas você ficou depois que nos separamos? -ele se virou para mim- Porque eu só fiquei com Rachel. E você?
Fiquei tensa por um instante.
-Eu não sei. Não fiquei contando. -Mas foram váaarios.
-Ah...
-Então... Quando é o casamento? -Me virei para ele.
-Em um mês. -ele continuava a encarar Bugguie, que correu de volta para nós e soltou a bola. Ele a pegou e jogou longe, com muita força. Estava chateado. Bravo, talvez.
-Fala comigo. -peguei seu queixo e o virei para mim. Seus olhos estavam cheios d'água- O que você tá pensando?
-Que eu gosto mais de mim mesmo quando estou ao seu lado. Minha versão favorita de mim é a que está com você.
-Eu também sinto ao mesma coisa. Mas, seguimos caminhos distintos. Sabíamos que isso acabaria assim que começamos Jug. Você não pode querer mudar tudo agora. -passei a mão pelo seu rosto. Ele se aproximou lentamente e me beijou. Puxei de leve seu cabelo e ele passou os braços pela minha cintura. Nos separamos e eu sorri. Mas ele não sorriu. Agora, encarava o horizonte, angustiado- Ei, ei, olha pra mim. Jug, olha pra mim. -ele se virou para mim- Vai ficar tudo bem. Afinal, não importa quanto tempo passe, o que aconteça, o destino sempre vai juntar a gente. Nem que seja por uma noite. Nem que seja pelo resto da vida. Vamos sempre ficar juntos.
Ele passou o braço ao meu redor e ficamos abraçados por muito tempo, vendo vários cachorros brincando, incluindo o nosso.
Só não queria que aquele momento acabasse....
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