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História Three Years Later - Surpresas e Confissões - História escrita por Aijou-Yuujou - Spirit Fanfics e Histórias
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História Three Years Later - Surpresas e Confissões


Escrita por: Aijou-Yuujou

Capítulo 12 - Surpresas e Confissões


Taichi e Mimi estavam parados do lado de fora do nosso apartamento. Eu tinha lhe mandado uma mensagem dizendo que nossa mãe tinha feito uma comida muito especial para a Mimi e adoraria recebê-la em casa.
“O que houve, Taichi?”
“Eu acabei de perceber que você está prestes a conhecer minha mãe pela primeira vez depois que começamos a namorar.”
“Ah.” A menina estava tão desesperada pra voltar que nem pensou nisso. “Bem, isso ia acontecer em algum momento, certo?”
“É, você tem razão.” Ele apertou a mão dela um pouco mais forte antes de girar a maçaneta da porta. “Vamos lá.”

O apartamento todo estava escuro, para a surpresa do Taichi. Ele ergueu sua sobrancelha e soltou rapidamente da mão da Mimi para fechar a porta atrás deles. Mimi se esforçou muito para ficar séria e segurar sua risada.
“Eu queria saber aonde todo mundo foi.” Ele olhou ao redor, esperando encontrar alguém no apartamento.
“Eu não faço ideia.” Mimi fingiu estar chocada e depois foi até a porta de vidro que dava na nossa sacada. Foi o sinal que precisávamos para sair. “Você consegue ver a roda gigante daqui?!”
“Sim. Como você…”
“Surpresa!” O resto de nós pulou de onde estávamos escondidos.
“O que está acontecendo aqui?!” Meu irmão perguntou surpreso.
“Não é óbvio?” Eu disse. “É uma festa surpresa de aniversário pra você.”
“Então é por isso que o apartamento estava mais escuro que o normal.”
“Caramba, você é mais lento do que eu imaginava.” Yamato provocou.
“De quem foi a ideia?”
“Foi minha e da Sora.” Koushiro disse. “Nós estávamos planejando nas últimas semanas.”
“Vocês são os melhores! Muito obrigado!”

Mimi estava do lado de fora vendo os meninos concentrados num jogo de futebol que estava passando na TV quando a Sora se aproximou dela.
“Olá, Mimi.” Sora a cumprimentou com um sorriso caloroso. “Como você está?”
“Sinceramente, eu nunca estive melhor.” Ela sorriu. “Mas eu queria muito falar com você sobre uma coisa.”
“Certo. Sobre o que você quer falar?”
“Bem, o Taichi e eu demos nosso primeiro beijo antes de vir pra cá.” A menina parou de falar e franziu a testa. “O que está acontecendo?”
“O que?” A parceira da Piyomon soou alarmada.
“Eu te conheço melhor que isso, Sora. Aconteceu alguma coisa.”
“Tá bom.” Sora suspirou. “Aconteceu alguma coisa sim. Ou quase.”
“Você está me deixando ansiosa. Fala.”
“Eu recebi minha primeira detenção há alguns dias.”
“Eu sei.” Mimi disse. “Ainda estou surpresa.”
“Eu sei. Eu nunca recebi uma detenção antes.”
“O que aconteceu?”
“O Yamato e eu nos empolgamos numa conversa sobre primeiros beijos e atrapalhamos a aula.”
“Espera, por que você e o Yamato falariam sobre primeiros beijos? A menos que você… Sora!”
“O que? Eu não falei nada.” Ela podia sentir suas bochechas queimando.
“Você chegou a pensar em me contar que deu seu primeiro beijo?”
“Isso importa, Mimi? Não foi nada demais.”
“É claro que foi! É o seu primeiro beijo.”
“Eu acho que sim.” Ela deu de ombros.
“Então, com quem foi? Foi bom?”
“Você promete não rir?”
“Foi tão ruim assim? Você foi forçada a beijar? O Taichi e o Yamato precisam saber disso.”
“Não é isso, Mimi.” Sora colocou uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha. “Eu não sei se isso conta como primeiro beijo. Eu estava fazendo um favor para um amigo e ele também estava me ajudando ao mesmo tempo.”
“Eu nunca imaginaria que você faria esse tipo de coisa.” Mimi colocou sua mão sob seu queixo, parecendo genuinamente interessada. “Continue.”
“Eu não posso mesmo te falar quem é, me desculpe. O Yamato já sabe e eu tenho que ficar de olho nele constantemente para que ele fazer piada com ele.”
“Por que o Yamato iria provocar o menino com quem você deu seu primeiro beijo? Sora, eu não faço ideia do que está acontecendo aqui. Estou perdida.”
“Ele acidentalmente descobriu que eu beijei o Koushiro.” A tenista imediatamente cobriu sua boca com sua mão quando percebeu que ela tinha falado o nome dele.
“Você beijou o Koushiro?! E como favor?!”
“Mimi, você precisa me prometer que não vai falar com ele sobre isso.” Sora implorou. “Você sabe que ele é muito tímido quanto a relacionamentos amorosos e a última coisa que eu quero é que ele seja provocado por isso. Você não pode falar uma só palavra sobre isso, especialmente para o Taichi. É ruim o bastante que você e o Yamato já saibam.”
“Certo, eu não vou falar nada.”
“Estou falando sério, Mimi. Isso tem que ficar entre a gente.”
“Eu sei, Sora. Caramba, parece que você não confia em mim para os seus segredos.”
“Eu confio em você. Mas eu também sei que você não controla muito o que você diz e às vezes deixa escapar coisas que deveriam ser segredo.”
“Como você acabou de fazer?” Ela mostrou sua língua.
“Haha. Muito engraçado.”
“Então, você está animada para o torneio?”
“Eu estou mais surtando. Eu não faço ideia de como vai ser. Tenho medo de me envergonhar na frente dos outros jogadores.”
Mimi não conseguiu conter a risada com o desespero da sua amiga. Sora fez bico e uma cara irritada.
“Eu não entendo o que tem de tão engraçado nisso.”
“Você fez parecer que eles são intocáveis. Eles não são deuses, Sora. E daí se você se envergonhar na frente deles? É sua primeira vez.”
“Eu sei.” A menina sorriu. “Mas ainda é assustador.”
“Eu tenho certeza que você vai se sair bem.” Mimi afirmou. “Então, você já se declarou para o Yamato?”
Ela viu sua amiga ficar vermelha e um sorriso apareceu em seus lábios. Ela então juntou suas mãos animadamente.
“Alguma coisa aconteceu entre vocês dois! Eu quero saber tudo sobre isso!”
“Não aconteceu nada entre a gente, Mimi.” Sora tentou dizer o mais calma que podia depois de se recompor. “Eu só vou te falar sobre isso se você não sair por aí falando pra todo mundo só porque está muito feliz com isso.”
“Tá bom, eu prometo.” Ela disse rapidamente. “Agora me fala.”
“Certo, então nós estávamos na detenção e houve uma tensão quando eu quase caí da escada e ele veio ver como eu estava.”
“Que romântico! Então você o beijou depois? Ou ele te beijou?”
“Nós não nos beijamos, desculpa te decepcionar.”
“Ah, Sora. Você precisa tirar vantagem de situações assim!”
“Eu apenas não sou corajosa o suficiente.” Sora suspirou. “O que acontece se ele disser não?”
“Você segue em frente.”
“E como você esperar que eu vá encará-lo todos os dias na escolha depois de ser rejeitada?”
“Você é muito pessimista. Se você tiver fé, você vai ficar com ele.”
“Ele não é um objeto, Mimi.” Ela estapeou sua testa. “E eu teria que lidar com a fúria das fãs loucas obsessivas dele.”
“Quem diabos usa a palavra fúria hoje em dia? Apenas diga nervosas.”
“Tanto faz.”
“Enfim, o que mais aconteceu?”
“Meu tornozelo ficou inchado e eu mal podia andar. Ele se ofereceu para me levar à enfermaria, mas a dor estava diminuindo, então eu recusei. Nós só ficamos lá e ele se lembrou de uma aposta que nós meio que fizemos antes sobre ele beijar a primeira menina que visse. Ele disse que a primeira menina seria eu e nós quase nos beijamos.”
“Meu Deus, Sora!” Mimi guinchou. “Ele tentou te beijar duas vezes?”
“Sim. E eu teria beijado de volta dessa vez se ele tivesse.”
“Viu, eu falei que vocês sentem alguma coisa um pelo outro.”
“Talvez.”
“Então o que você vai fazer quanto a isso?”
“Nada.” Ela deu de ombros. “Eu vou ficar alguns dias longe dele e vou conseguir pensar claramente.”
“Vai ser bom pra você. Quando você vai?”
“Em três dias. Quando mais perto chega, mais nervosa eu fico.”
“Você vai se sair bem, Sora. Apenas acredite em si mesma. Todos nós vamos torcer por você.”
“Obrigada, Mimi. Significa muito pra mim.”

****
Yamato estava deitado no sofá maior quando o Takeru entrou na sala de estar e se sentou no menor com um pote de amendoim em suas mãos.
“O que está vendo?
“Nada, só estou passando pelos canais.” Ele respondeu sem tirar os olhos da televisão.
O loiro mais novo começou um punhado de amendoins. “Você vai me falar o que aconteceu pra receber uma detenção?”
Yamato simplesmente ergueu uma sobrancelha e olhou para ele. “Eu assumo que a Sora te contou.”
“Não só pra mim, pra todo mundo. Mas ela não entrou em detalhes, então eu espero que você entre.”
“Nós só estávamos tendo uma espécie de discussão acalorada e isso chamou a atenção do professor.”
“Sobre o que vocês estavam discutindo?”
“Estávamos falando sobre… você é muito novo para entender.”
“Tenho onze anos, Yamato.” Takeru protestou. “Eu achei que você já ia parar de me tratar como um bebê. Eu odiava isso quando tinha oito anos e odeio ainda mais agora.”
“Eu não posso dizer, Takeru. Se eu te falar sobre o que era, eu vou ter que contar a história toda e há outras pessoas envolvidas. Eu prometi a ela que isso seria um segredo.”
“Certo.”
“Eu preciso te falar uma coisa, mas você precisa prometer que não vai ficar muito feliz com isso.”
“Deixa eu adivinhar… você finalmente beijou a Sora.”
“Eu juro que você tem habilidades psíquicas às vezes. Bom, eu não a beijei. Mas quase aconteceu.”
“Você está falando sério?” Ele exclamou um pouco alto. “Como foi que aconteceu?”
“Ela caiu da escada e eu rapidamente fui vê-la. Depois nós começamos a falar sobre nossas famílias e uma aposta que nós meio que tínhamos feito.”
“Que aposta?”
“Ela basicamente me desafiou a beijar a primeira menina que eu visse porque ela não acreditava que eu faria isso. A questão é que ela era a primeira menina.”
“Então por que você não foi até o fim com isso?”
“Porque é muito arriscado, Takeru.” Yamato bagunçou seu cabelo. “Tem muita coisa em jogo.”
“Como ela reagiu a isso?”
“Ela ficou desapontada, eu acho.”
"Tá vendo, Yamato? Ela também quer ficar com você! É hora de você fazer alguma coisa sobre isso. Pare de pensar que não vai dar certo e comece a acreditar que vai.”
“É só atração, Takeru. Nenhum de nós está no mesmo ponto. Quando ela voltar da competição, tudo vai ter passado.”
“Você acha mesmo?”
“Você não?”
“É claro que não. Eu só considerei isso por causa do quanto você fica falando disso. Eu só quero te ver feliz, Yamato.”
“Eu sei, mas ela não é a pessoa certa. Eu tenho muito tempo para encontrar a mulher certa, então não vamos apressar tudo.”
“Eu ainda acho que é a Sora, não importa o quanto você tente me convencer do contrário. Quanto mais você tenta, mais convencido eu fico. Mas tenho esperança que você perceba isso logo.”
“Tanto faz, Takeru.”
“Vocês deveriam mesmo contratar alguém para limpar esse apartamento.” Ele removeu uma pilha de roupas do sofá para poder se sentar. “Esse lugar está uma bagunça.”
“Funciona bem para nós.” Yamato respondeu com irritação enquanto pegava a pilha das mãos do Takeru e jogava em outro lugar.
“Yamato, cheguei.” Hiroaki anunciou enquanto fechava a porta.
“Ah ótimo. Nós só estávamos esperando por você para jantarmos.”
“Nós? O Gabumon está aqui?”
“Não, pai.” O loiro riu. “Mas eu tenho certeza que ele amaria estar.”
“Olá!” Takeru saiu de trás dele e abriu o sorriso.
“Takeru?!” Hiroaki exclamou com surpresa. “Eu não sabia que você viria.”
“Nem eu. Nós estávamos na festa surpresa do Taichi mais cedo e isso meio que surgiu.”
“Entendi.” Ele olhou ao redor do apartamento. “Eu teria contratado alguém para limpar essa bagunça.”
“Eu posso fazer isso.”
“Não.” Yamato se intrometeu. “Você é nosso convidado. Eu posso limpar isso. Além disso, não foi você quem estava falando isso agora mesmo?”
“Tá tudo bem, Yamato. Eu posso…”
“Pode deixar. Eu tenho tudo sob controle. Por que você não vai lavar as mãos para podermos comer?”
“Tá bom.’ Ele jogou suas mãos para o alto, desistindo. “Pai, sabe de uma coisa?”
“O que?”
“Yamato tem uma namorada.”
“O que?”
“TAKERU, MAS QUE DIABOS?”
“Não era pra eu dizer?”
“Quem é ela?” Hiroaki perguntou enquanto tomava um gole de água.
“Não, pai. O Takeru está mentindo, eu não tenho uma namorada.”
“Você tem, sim.”
“Ela é alguém que eu conheço?”
“Sim, ela também é uma Criança Escolhida.”
“Takeru, quer parar de inventor isso? Você está forçando muito a barra.”
“Você não pode me bater. O pai vai me proteger.”
“Tanto faz.”
“Você não pode machucar seu irmão, Yamato.”
“Pai, você viu o que ele está fazendo? Ele claramente está tentando me irritar.”
“Ainda assim, você não pode bater nele.”
“Ugh, algumas coisas nunca mudam.” Yamato fez uma careta e se encostou em sua cadeira.
“O que tem de errado em arrumar uma namorada, Yamato? É normal, especialmente na sua idade.”
“Não tem nada de errado com isso, mas eu não tenho uma namorada.”
“Quem é ela, Takeru?”
“Você se lembra da Sora, certo?”
“A menina com o chapéu azul?”
“Essa mesma.”
“Interessante. Eu gosto dela.”
Yamato cobriu seu rosto com sua mão e suspirou em descrença.

****
Koushiro estava olhando seus e-mails quando ouviu uma voz familiar ecoando no seu quarto. Ele imediatamente minimizou a tela e se deparou com o Tentomon olhando pra ele. Ele não conseguiu segurar o sorriso largo.
“Tentomon! Está tudo bem?”
“Por quê? Parece que tem alguma coisa errada?”
“Eu acho que você já perceberia que eu te conheço profundamente agora.” Ele sorriu. “Você sempre olha pro lado quando alguma coisa está diferente. O que é?”
“Está ruim, Koushiro.”
“Você está falando da situação no Mundo Digital? Ela ficou pior?”
“Eu, Agumon e os outros estamos monitorando o Mundo Digital. As torres negras cresceram demais nos últimos dias. Nós precisamos fazer alguma coisa, Koushiro.”
“Eu sei, Tentomon. Estamos fazendo nosso melhor pra equilibrar nossas responsabilidades com nossas vidas aqui.”
“Eu entendo, mas algo precisa ser feito logo.”
Koushiro estava prestes a falar alguma coisa quando ouviu um barulho vindo do computador. “Espera, eu acho que isso está vindo do meu mapa de torres negras.”
“Tá bom.”
O menino ruivo abaixou a tela em que seu parceiro estava e deu uma olhada no mapa. Um espaço largo onde um dos seus parceiros deveria vigiar se tornou inteiramente preto.
“Ah não!”
“O que aconteceu, Koushiro?”
“Tentomon, quem estava responsável pela área perto da praia?”
‘Eu acho que era o Agumon.”
“Você pode confirmar essa informação, por favor? Eu preciso saber se ele está bem.”
“Você acha que aconteceu alguma coisa com ele?”
“É muito cedo pra falar alguma coisa. É por isso que você precisa ter certeza, antes de eu falar para o Taichi sobre isso.”
“Certo. Eu volto rapidamente.”
Koushiro olhou para a tela e esperou que suas suspeitas estivessem erradas. Ele realmente não queria dar notícias horríveis para seu amigo.



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