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História Tigers Players - The game starts! - História escrita por jikookings - Spirit Fanfics e Histórias
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História Tigers Players - The game starts!


Escrita por: jikookings

Notas do Autor


Olá, tudo bem? Como estão?
Desculpem a - pequena - demora para a atualização do primeiro capítulo dessa fanfic, quem já leu ou lê minhas estórias sabe que eu não demoro mais de uma semana, certo? Bem, me desculpem. Eu ainda estou escrevendo TP (tigers players), na verdade, já estou terminando de escrever, e queria postá-la quando já estivesse tudo pronto.
Mas.... como eu sou muito ansiosa e odeio atrasos decidi postar o primeiro capítulo, acredito que até o próximo já terei terminado de escrever a estória inteira. Não quero deixar vocês esperando, então aqui está.
(Estarei explicando algumas coisas nas notas finais, sugiro que leiam pelo menos o começo, sim?)

Boa leitura e desculpem qualquer erro~

Capítulo 2 - The game starts!


Park Jimin havia acabado de sair de sua casa, com as malas devidamente prontas para um mês fora de seus país. Ainda não conseguia acreditar que seu time ganhou a final de basebol e que, finalmente, estaria fazendo parte da viagem que sempre sonhou em fazer. Devia tudo aquilo ao seu time de jogadores que, desde o primeiro ano, se esforçaram e se comportaram como profissionais da área. Ele sentia muito orgulho de todos os alunos, desde o capitão até a mascote do time; todos fizeram sua parte e mereciam o prêmio tão clamado.

O treinador colocava a mala cheia de roupas e sapatos no porta-malas do uber que havia acabado de chegar, o qual o levaria até a Universidade, onde o ônibus que levaria o professor e seus alunos até o aeroporto estaria. O sorriso não saía de seus lábios rechonchudos, nem mesmo se tentasse. Estava feliz e ansioso demais, seu coração batia acelerado em seu peito. Qualquer um poderia notar seu sentimento de conquista, era visível à quilômetros de distância e ele realmente não se importava em demonstrar tal coisa.

O motorista conversava com o professor vez ou outra; havia assistido a partida e também estava feliz por seu cliente, era um grande fã e admirador dos Tigers. Suas perguntas e palavras apenas aumentavam o ego do Park, mas todo esse elogio também o deixava deveras envergonhado – não estava acostumado com isso, desde me muito criança foi inseguro em relação a tudo que fazia ou dizia, e ouvir alguém lhe dizendo palavras tão bonitas e animadoras fazia-o corar e sorrir contido, sempre agradecendo educadamente.

Não demorou muito para que chegasse à Universidade nacional de Seul, uma das mais reconhecidas e procuradas por adolescentes de todo o país e o mundo. Ele sentia ainda mais orgulho de ter conseguido entrar e estudar em uma universidade tão renomada quando essa, e, anos depois, conseguir um emprego como o treinador do time de beisebol da instituição. Tudo parecia como um sonho realizado após muito esforço e dedicação. Pode parecer um pouco convencido demais, mas tinha orgulho de si mesmo e suas conquistas, desde as menores – como adotar um gatinho – até as maiores – tendo essa incrível viagem como exemplo.

Ao chegar no campus, avistou de longe seu time sentado no gramado junto aos demais alunos, conversando e rindo de bobeiras, talvez trocando algumas ideias sobre o que fariam ao chegar nos Estados Unidos. Era notável a empolgação de todos ali presentes, afinal seria a primeira viagem da maioria da classe, incluindo o próprio professor – que sorri largo ao ver seus alunos sorridentes e ansiosos.

Saiu do automóvel e pegou sua mala, caminhando até o ônibus estacionando em frente ao dormitório masculino. Alguns alunos o cumprimentavam de longe enquanto alguns apenas lhe acenava ou curvava-se em respeito ao mais velho – que não era tão velho assim. Mas havia um aluno em particular que lhe observava de longe, como sempre fazia às escondidas. Não era um maluco, simplesmente um admirador secreto que não via a hora de se formar para conseguir se aproximar de seu professor favorito.

Park Jimin sempre fora alguém com uma aparência de dar inveja: músculos levemente definidos, cabelos castanhos macios e sedosos, um sorriso lindo que sempre faziam seus olhos se formarem duas meia-lua adoráveis. Sua personalidade, no entanto, era o que mais se destacava; além de muito inteligente e dedicado, o professor tinha um coração de ouro, sempre se preocupou com todos em sua volta como se fossem realmente parte de sua família. Ele era de todo alguém admirável e isso não se passava despercebido pelos demais professores ou alunos de toda a universidade.

Mas, claro, como qualquer outra pessoa, o treinador tinha seus defeitos. Ele não via maldade em ninguém, o que era um pouco preocupante para seus amigos mais próximos; também era deveras inseguro em relação ao que fazia e até mesmo em relação ao seu corpo que parecia ser esculpido por deuses; ele também era tímido, talvez até demais, deixando-o com um ar adorável para muitos, mas era um defeito enorme que ele mesmo via em si. Era difícil conversar com quem não conhecia, não se sentia confortável com isso, mas prometeu a si mesmo que tentaria mudar isso e mais algumas coisas durante a viagem. Prometeu a si mesmo que aprenderia a amar seu corpo do jeito que é, que teria mais confiança; prometeu que iria se soltar mais e deixar se levar naturalmente, ignorar a vergonha e a timidez.

Se ele conseguiu uma viagem, ele conseguiria cumprir essas promessas.

Os jogadores se levantaram de ímpeto ao ouvir o diretor do curso lhe desejarem uma boa viagem e pedindo-lhes para tomarem cuidado no exterior. O motorista logo pediu para que todos entrassem e arranjassem um lugar para se sentar, pois o caminho até o aeroporto de Incheon era um pouco longo. Mesmo estando afobados, os alunos se forçaram a formar uma fila para que cada um entrasse no veículo sem fazer bagunça ou confusão. O professor ficou no fim da fila, anotando o nome de cada aluno que entrava para que pudesse fazer a chamada.

Assim que todos entraram, Jimin subiu as pequenas escadas e se juntou aos estudantes, vendo-os sorrir e acenar para si. Ele sorriu de volta, dizendo que faria a chamada rapidamente antes de saírem. Após anotar que todos estavam presentes, avisou o motorista que já estavam prontos e que poderia ligar o motor. O treinador virou-se novamente para os alunos e notou que ônibus estava cheio e o número de alunos era ímpar, o que significava que teria de dividir o assento duplo com mais alguém. Passou os olhos rapidamente pelo corredor quando o ônibus dá a partida, começando a se mover lentamente. Avistou uma cadeira vazia no meio do corredor e se apressou a ir até o local antes que o motorista acelerasse.

– Jeon, posso me sentar aqui? – Perguntou ao capitão ao ver que o assento era ao seu lado. O mais novo sorriu; sabia que o professor pediria para si, havia deixado aquele lugar guardado especialmente para o mais velho.

– Claro que pode, treinador. – Respondeu sorrindo largo, deixando seus dentes de coelho aparecerem. O mais velho riu baixo e agradeceu, sentando-se ao seu lado.

– Aigoo! Não estamos mais no campo, pode me chamar apenas de Jimin. – Pediu. Sentia-se mais velho do que realmente era quando chamado de professor ou treinador. Tinha apenas vinte e cinco anos, era somente quatro anos mais velho que seus alunos. – Ou de hyung, se preferir.

– Tudo bem, hyung.

O treinador sorriu ao mais novo, deixando que seus olhos se fechassem adoravelmente. Gostou do modo que foi chamado pelo aluno, por mais informal que seja, afinal continuava sendo uma figura de autoridade perante aos estudantes. A palavra simplesmente saiu tão arrastada que sentiu seu coração dar uma pequena falhada, mas com certeza não era nada para se preocupar; apenas não estava acostumado com tal tratamento vindo do capitão ou de qualquer outro aluno seu.

Jeon Jeongguk, no entanto, já estava acostumado com o coração falhando uma batida toda vez que via seu professor sorrir daquela maneira durante seus quatro anos de curso. Já chegou a perguntar ao seu melhor amigo se era normal se sentir assim por um professor e ambos pensam que, bom, normal não é, mas a atração, o desejo e até mesmo a paixão acontecem naturalmente. Não é algo que podemos controlar. E com certeza não é algo que Jeongguk pode controlar, pois quatro anos após presenciar o primeiro sorriso e risada do mais velho, ainda sentia seu coração acelerar a vê-lo sorrir tão doce e sincero.

Ele sabia que não era apenas admiração ou desejo – afinal algo assim não deveria durar tanto ou crescer para algo mais forte em nosso peito esquerdo, certo? –, sempre soube que era uma paixão que crescia em seu âmago, e nunca contestou seus sentimentos. Claro que continuava saindo e conhecendo novas pessoas, beijando-as e até mesmo transando com elas, mas porque sabia que não poderia fazer nada com seu professor até que se formasse. E esse dia, finalmente, chegou. E de brinde, ganhou essa viagem.

Ele se esforçaria ao máximo para tornar aquele mês perfeito para seu professor, afinal ele o merecia. E faria de tudo para ter o treinador para si, mesmo que por uma noite ou por somente um mês. Poderia machuca-lo futuramente, poderia quebrar seu coração, mas não perderia essa chance divina que estava sendo lhe entregada de mão beijada. Era como se Deus estivesse lhe ajudando a conquistar a pessoa que lhe conquistou no primeiro dia de aula, a quatro anos atrás.

Jeon Jeongguk não desperdiçaria essa chance. Teria Park Jimin, da primeira à terceira base¹.

[...]

O ônibus estacionou em frente ao aeroporto de Incheon após quase uma hora de estrada, estas que se passaram com os alunos e o professor conversando animadamente sobre a viagem. O treinador via-se como um dos estudantes mais uma vez, como se tivesse voltado para sua formatura. Porém, só agora ele a comemoraria da forma que sempre sonhou.

Jeon tentava a todo custo não ser muito óbvio em relação aos seus sentimentos confusos, sabia que teria que ir com muita calma, afinal o professor nunca desconfiou de si. Sabia que seria difícil conseguir qualquer coisa com seu treinador, ainda mais por ele ser muito sério em seu trabalho. Ele conversava e às vezes saía com seus alunos, mas sabia diferenciar trabalho e lazer e sempre tentava não misturar os dois, caso contrário perderia seu emprego. E o que o capitão menos queria era que seu professor favorito fosse demitido por causa de sua atração.

Por isso sempre forçava seu sorriso a se fechar quando via seu professor mais sorrindo e rindo com seus colegas. Tentava não sentir ciúmes de algumas meninas chamando-o de oppa ou elogiando-o. Tentava a todo custo não olhar a boca carnuda do mais velho, ou suas coxas roliças que roçavam na sua vez ou outra. Era um pouco difícil, mas ele conseguia manter a concentração enquanto ouvia suas músicas preferidas em seu fone de ouvido.

Dessa vez, o professor foi o primeiro a descer para conseguir organizar seus alunos e suas malas. Pediu para que todos o seguissem e não desviassem o caminho ou se perdessem, era necessário que todos continuassem juntos para que nada desse errado. Os alunos não contestaram, sabiam que precisavam seguir os comandos para que pudessem fazer um bom proveito da viagem, deixando o professor sem preocupações ou estresse. Precisavam se comportar como adultos que eram.

Eles ajudaram um ao outro para achar a fila do check-in e então para encontrar a ala de embarque internacional, chegando a guiar o caminho ao invés do professor que nunca havia viajado antes. Era bonito de ver como o time funcionava bem dentro e fora do campo; eram todos, incluindo o treinador, muito próximos. Com esse espírito de equipe que eles procuraram e fizeram tudo que tinham que fazer no aeroporto.

– Ei, pessoal! – O professor chama a todos em uma roda em meio a ala do embarque. Algumas pessoas passavam e encaravam estranho o grupo. – Me escutem! Aqui é onde iremos pegar o primeiro avião, então não se esqueçam desse local, tudo bem? Podem sair comer por aqui, sem problemas, mas duas horas antes da previsão do voo eu quero todos aqui, pois o voo pode adiantar. – Todos seus alunos rapidamente assentiram para si, começando a conversar uns com os outros. – E falem baixo, galera! Não somos os únicos aqui, não queremos atrapalhar ninguém, certo? – Eles assentem novamente, diminuindo o volume das conversas e arrancando um riso baixo do professor baixinho. – Tudo bem, podem ir agora. Mas não se esqueçam de voltar duas horas antes de voo!

– Tudo bem, professor! – Respondem rapidamente, saindo em grupos menores para irem ao banheiro ou almoçarem algo.

Jimin se sentou em uma das cadeiras e pegou um livro em sua mochila para passar o tempo. Não percebeu que estava sendo observado de longe por um de seus alunos que o admirava imensamente. Este estava criando coragem para chamar seu professor para se juntar a uma parte do time para almoçarem algo; sabia que seu treinador não havia comido nada ainda, pois ouviu o estômago do mais velho roncar durante o caminho no ônibus. Mesmo um pouco envergonhado, o mais novo se direcionou até o mais velho e sentou-se ao seu lado.

– Hyung? – Chamou-o. Sorriu ao ter a atenção do Park para si após o mesmo marcar a página do livro e fechá-lo. O professor sorri de volta para que ele continuasse. – Quer almoçar comigo e com Hoseok-hyung? Yoongi e Taehyung também estão lá conosco. – Esses dois eram seus outros amigos que conheceu na universidade em seu primeiro ano, também eram parte do time.

– Oh! Jeongguk, não quero atrapalhar. – O professor responde envergonhado. Estava com fome, mas também estava com medo de passar mal no avião caso comesse algo.

– Não vai atrapalhar de forma alguma, hyung! – Jeon diz rapidamente, sorrindo ao ver as bochechas do mais velho rubras. – Vamos, por favor?

Jimin não resistiu à feição adorável de seu aluno, que formou um bico nos lábios e proferiu suas últimas palavras da forma mais fofa que conseguia. Quando se viu, Jimin já estava sentado ao lado do capitão em uma mesa em frente a um dos restaurantes do local, rindo com seus alunos. Jeon ria e conversava junto, mas estaria mentindo se não dissesse que observava seu hyung mais solto ao seu lado. Ele simplesmente não conseguia parar de admirá-lo, por mais que tentasse.

O mais velho ainda estava receoso quanto as refeições, por isso decidiu comer algo leve para que não tivesse a chance de passar mal durante o voo. Comeu uma salada caesar enquanto seus alunos comeram uma pizza individual cada um. O assunto não parou, eles continuavam conversando como velhos amigos em meio as garfadas cheias. Jeon não sabia que poderia achar seu hyung ainda mais adorável até vê-lo comendo: suas bochechas rosadas cheias de salada e um biquinho fofo presente em seus lábios enquanto mastigava sua comida. Jeongguk queria beijar aqueles lábios e morder cada uma das bochechas, mas sabia que não podia. Não ainda.

Eles pagaram a conta rapidamente, voltando ao banco que Jimin estava antes sentado. Alguns dos alunos já estavam por ali ouvindo música ou conversando entre si até que chamassem os passageiros do voo. Taehyung aproveitou que estava sentado ao seu professor e entregou um de seus fones ao mais velho para este não ficasse sem fazer nada enquanto esperava. Jimin o agradeceu sorrindo pequeno e Jeon tentou ignorar a pontada de ciúme que sentiu ao ver a cena. Alguns minutos se passaram daquela maneira, já estavam todos amontoados pelo local esperando o voo; alguns conversavam, outros dormiam e outros apenas observavam tudo em sua volta – assim como Jimin. Ele era o professor e não poderia pregar os olhos até que estivessem no avião.

Mais ou menos uma hora antes do horário marcado para o voo, Park se levantou com sua lista de chamada para anotar e ver se realmente não estava faltando ninguém. Após vinte minutos caminhando pela ala de embarque e colocando um “ok” ao lado dos nomes de seus alunos, voltou para o lado de Kim Taehyung aliviado, voltando a guardar seu papel. Aproveitou que estava procurando por seus alunos espalhados por ali e os avisou para já ficarem com as passagens áreas em mãos, pois os funcionários chamariam a qualquer momento.

Por volta de vinte minutos depois, uma mulher deu início às chamadas, começando pelos passageiros da primeira classe. Eles esperaram pacientemente em pé e ao lado do professor até que começassem a chamar a classe econômica, o que não demorou muito. Jimin ficou por último e o capitão insistiu em lhe acompanhar, o ajudando a anotar o nome de cada aluno que entrasse até que sobrasse apenas os dois. Jeon foi o primeiro e esperou seu professor entregar a passagem para a moça simpática na porta para que entrassem juntos no avião.

Os alunos estavam todos em uma fila esperando pelos outros dois para que não se perdessem. Com cuidado, um a um foi entrando na aeronave, curvando-se às aeromoças que lhes desejavam um boa noite e uma boa viagem. Em meio ao caminho pelos corredores do avião, os alunos foram encontrando seus lugares e se sentando, dando espaço para que os demais passageiros passassem sem problema algum. Jimin ficou em um dos assentos do lado esquerdo, em meio da ala da classe econômica. Se sentou rapidamente e sorriu ao ver o capitão se sentando ao seu lado, ficando Jimin na pequena janela e Jeongguk ao lado do corredor.

Jeon se surpreendia com tanta coincidência ou sorte, estava rezando para conseguir ficar no mesmo quarto que o professor durante a viagem. Mas talvez isso seja pedir demais, afinal já teve a companhia do mais velho no ônibus, no almoço e agora durante o voo de quatorze horas e no próximo voo de conexão, de mais onze horas. Não poderia reclamar: ficaria vinte e cinco horas ao lado de seu querido treinador e mais um mês o vendo todos os dias durante todo o dia. Estava mais que feliz.

Quando o corredor ficou vazio, Jeongguk aproveitou para se levantar e guardar sua bagagem de mão no compartimento acima dos assentos, deixando somente sua blusa de frio, um fone de ouvido e seu celular – já desligado – para fora. Deu espaço para o professor sair quando o mesmo pediu licença para fazer o mesmo, deixando as mesmas coisas para fora. Tentou colocar a mochila com mais delicadeza possível, mas era baixo demais para alcançar o tal compartimento. Perdeu sua incrível paciência em segundos, optando por jogar sua mochila sobre a do mais novo de qualquer jeito, bufando alto e se praguejando mentalmente por ser baixo.

O mais novo não evitou a risada soprada e baixa que saiu de seus lábios com a face irritada do mais velho, colocando a bagagem do outro ao lado da sua de forma mais organizada assim que ele volta a se sentar na poltrona, com os braços cruzados e um bico nos lábios. Jeon fechou o compartimento em um baque, se sentando ao lado de sua paixão platônica. Colocou todos os pertences de seu professor em seu colo junto a suas coisas, sorrindo ao ver as bochechas novamente coradas do mais velho.

– Obrigado. – Agradeceu em um tom baixo e o mais novo apenas sorri, negando levemente com a cabeça.

As aeromoças logo pediram para que todos coloquem seus cintos e desliguem os celulares para então fazerem a apresentação sobre a segurança enquanto o avião começa a se movimentar discretamente. Mas Jimin percebeu e mordeu seus lábios em nervosismo; nunca havia entrado em um avião e não podia negar a pequena pontada de medo que passou em seu corpo. Seu aluno parecia calmo e tranquilo, acostumado com tal coisa, mesmo não tendo voado muitas vezes. Essa tranquilidade apenas lhe deixava ainda mais nervoso.

– Hyung, está tudo bem? – Perguntou Jeon, notando as mãos e pernas inquietas de seu professor. Jimin assentiu rapidamente, mas não foi convincente o suficiente. Não para alguém que o conhecia tanto quanto Jeongguk. Ele notou que o mais velho estava nervoso e a qualquer momento o avião decolaria, pois, o piloto passou a acelerar. – Quer segurar minha mão? – Sua pergunta saiu baixa e tímida, deixando ambos levemente corados pela ousadia. Mas não era nada com segundas intenções, Jeon realmente queria lhe acalmar da forma que podia e se lembrou de quando seu pai o fez quando viajaram pela primeira vez de avião. Jimin não respondeu nem se moveu, estava envergonhado e nervoso, não sabia a qual lado ouvir. – Qualquer coisa é só segurá-la, hyung. De qualquer forma, eu estarei aqui.

“Sempre”, ele quis dizer.

Jimin estava envergonhado, mas seu lado desesperado falou mais alto quando o avião deu um impulso maior para cima, deixando o chão aos poucos. Não pensou direito ao agarrar a mão de seu aluno e apertá-la da mesma forma que apertava sua canhota no estofado do assento. Jeongguk sorriu pequeno, encarando suas mãos juntas e não resistindo a vontade de entrelaçar seus dedos longos aos pequenos e gordinhos de seu hyung. Park se sentiu ainda mais seguro com o ato involuntário do mais novo, desviando seu olhar da janela para suas mãos entrelaçadas. Seria estranho demais dizer que ambas se encaixavam perfeitamente? Pois era exatamente isso que tanto o professor quanto o aluno pensavam enquanto observavam seus dedos juntos, os do mais novo fazendo uma leve carícia nas costas da mão do mais velho.

O treinador até mesmo esqueceu do avião, que chegava cada vez mais perto das nuvens brancas do céu. O nervosismo simplesmente saiu de seu corpo no minuto que a palma quente do mais novo se encostou na sua. E isso o surpreendeu, nunca pensou que um simples entrelaçar de dedos acalmaria seus nervos e teria um efeito tranquilizante melhor do que o remédio que tomou antes de entrar na aeronave.

– Está melhor? – O mais novo pergunta sorrindo, mas sem parar de olhar para suas mãos. Jimin sentiu suas bochechas corarem e assentiu minimamente, encarando o capitão que se encontrava fixado em como sua mão cobria os dedos miúdos do mais velho. – Eu estou aqui, treinador.

– Obrigado.

Jeongguk apenas sorriu, apertando levemente seus dedos e voltando a acariciar as costas da mão do mais velho, que, ainda mais envergonhado, retira seus dedos dentre dos do capitão lentamente. O mais novo tenta não se afetar com o ato, apenas queria continuar daquela maneira até que chegassem ao destino, mas sabia que isso não aconteceria. Mas foi bom enquanto durou, certo? Ele não conseguiria parar de sentir a quentura da destra de seu professor em contato com a sua canhota, não conseguia tirar aquele sentimento bom e acolhedor quando o mais velho não recuou de imediato; na verdade, continuou com o contato um tanto quanto íntimo por um bom tempo e aquilo aquecia o coração do aluno. E dava-lhe ainda mais esperanças.

[...]

Após as quatorze horas de voo, as quais Park Jimin passou dormindo como um bebê, acordando apenas quando a aeromoça passou com o que seria o café-da-manhã, já que estavam próximos do país que fariam a conexão. Comeu em silêncio, olhando de soslaio para seu aluno que permanecia no mundo dos sonhos, ouvindo sua música e coberto pelo pequeno cobertor que os passageiros ganham em viagens internacionais. Mas quando o piloto avisou por um microfone que já estavam prestes a pousar, ambos acordaram e se endireitaram, voltando a desligar os aparelhos eletrônicos e colocar a cadeira de forma reta.

Jimin pensou que não seria tão aterrorizante quanto a decolagem, mas quando viu já estava com os dedos entre os do mais novo, apertando a mão alheia até que aterrissassem e o avião parasse de se mover. E durante todos esses minutos, Jeongguk sorriu feliz, encarando suas mãos novamente juntas, como se fossem feitas uma para a outra. Jimin também sorriu ao sentir as carícias voltarem e seu corpo relaxar, mas não entendia o porquê desse efeito em seu corpo e, sinceramente, não queria entender. Não no momento.

Teria um mês para pensar sobre isso ou toda sua vida após essa viagem. Teria um mês para não pensar em nada e em tudo ao mesmo tempo, para se divertir e curtir com seus alunos que viraram seus colegas ao longo desses quatro anos trabalhosos. Então apenas segurou a mão do capitão com mais força e confiança, sentindo suas carícias pararem por um momento e então voltarem mais sutis. Ele não sabe, mas se olhasse para o lado veria seu aluno com um sorriso ainda maior e mais largo, com as bochechas tão coradas quanto as suas e o coração palpitando acelerado em seu peito.

Podia não parecer muita coisa para a maioria das pessoas e, provavelmente, não parecia muito para o professor. Mas para Jeongguk já era algo. Ele poderia não beijar, tocar ou marcar seu hyung como sempre quis durante essa viagem, ele poderia não conquistar o coração do mais velho da forma que ele o conquistou; mas, pelo menos, ele teria tido um simples contato com ele, um simples entrelaçar de dedos. E, sim, isso significava muito para Jeon Jeongguk, principalmente quando vindo de Park Jimin, sua pequena grande paixão.


Notas Finais


E aí, o que acharam? Devo continuar?

Algumas explicações importantes sobre a fanfic:
> A fanfic terá algumas citações de basebol, como o "[pt1] Da primeira à terceira base", que seria como o próprio jogo em campo porém com conotações sexuais: Primeira Base são os beijos; Segunda Base, beijos com mãos bobas (um "amasso"); Terceira Base, são "amassos" mais ousados, envolvendo os órgãos genitais. E o Home Run (algo parecido com um "ponto" no jogo), seria passar por todas as bases e continuar, ou seja, o sexo.
> As atualizações ocorreram uma vez por semana, todas as sextas (ou domingos, ainda não decidi); não terá atrasos ou algo do tipo a não ser que seja em caso de "emergência" - como aconteceu algo com o computador ou comigo que eu não poderei atualizar.
> Terá alguns nomes inventados por mim no meio da fic, vocês verão nos próximos capítulos.
> Os lugares que eles irão visitar todos existem e, se algum dia vocês forem à NYC, sugiro conhecer alguns dos locais que serão citados. Geralmente, os capítulos estarão descrevendo a semana inteira de forma mais rápida, porém deixando o essencial.
Acho que é isso? Desculpem se falei demais, acho que seria importante alguns avisos.

Então, me digam o que acharam desse capítulo? Estou super mega insegura quanto a essa fanfic e a essa escrita, então opiniões serão SEMPRE bem-vindas, e eu agradeceria muito.

P.S. MUITO OBRIGADO PELOS +100 FAVORITOS E AOS COMENTÁRIOS APENAS COM O PRÓLOGO, ISSO ME DEIXA MUITÍSSIMO FELIZ <3

LINK (explicativo sobre como funciona a metáfora das bases em um "namoro"): https://www.reddit.com/r/brasil/comments/3ld4me/algu%C3%A9m_sabe_explicar_a_express%C3%A3o_norteamericana/


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