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História Todas as Vezes em Que a Escolhi - As Vezes em Que Tudo é Dolorido - História escrita por KiaraCross - Spirit Fanfics e Histórias
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História Todas as Vezes em Que a Escolhi - As Vezes em Que Tudo é Dolorido


Escrita por: KiaraCross

Notas do Autor


Oie! Trazendo mais um cap e ja trabalhando no próximo!

Boa leitura!

Capítulo 4 - As Vezes em Que Tudo é Dolorido


SAKURA POV’S ON

 

A parte mais legal de pertencer a raça de lobisomens era a liberdade para extravasar os sentimentos correndo sem rumo. Sim, correndo. Eu não fazia ideia de como humanos lidavam com isso de ansiedade e aflições sem poder correr como lobo, porque quando corríamos nós nos desligávamos de tudo. Não era como quando o nosso lobo interior assumia. Não era esse tipo de perda de controle.

Acredito eu que a coisa mais próxima a definir a sensação, refletindo sobre as definições humanas, era meditação. Correr em nossa forma de lobo era como meditar. Você se encontrava consigo e deixava de pertencer aquele mundo. Deixava de lado seu ser físico. Deixava de ser quem era para apenas estar e outro lugar.

Se eu fosse humana eu amaria meditar. Porque correr era o que eu mais fazia nas horas vagas desde que fui abençoada pela Deusa.

Era a forma que eu encontrei para lidar com meus temores.

Mas infelizmente, naquela noite, correr não estava me ajudando a lidar com nada.

Eu estava longe de casa quando parei perto de um lago, provavelmente estava beirando os limites territoriais da alcateia, mas eu não ligava para isso naquele momento. Eu precisava me afastar de qualquer resquício da ligação, que apesar de ter sido cortada, ainda iria reverberar pelos meus instintos. Pelos meus sentimentos.

Era como uma maldição ser rejeitado. Tudo o mais da ligação continuaria, a atração, as sensações, a vontade. Só que não teria sentimentos recíprocos. Já estava decidido que um lado não estava interessado. O lado dele. Então era o inferno. Com o tempo melhoraria, mas não tinha como saber quando ia começar a melhorar.

E sabe se lá quando esse inferno iria acabar e me deixar em paz.

Na verdade, acredito que nunca mais eu estaria em paz.

Olhei meu reflexo de lobo no lago e, seguindo a ausência de lógica da minha vida num todo, minha aparência não era como dos demais. A pelagem era branca por completo, o que por si só era raro, mas ela tinha um brilho azulado como se fosse um vidro que refletia luz. Ficava ainda mais intenso sob a luz da lua como hoje. Era como se eu emanasse minha própria luz. E os olhos, ao invés de vermelhos, seguiam a cor de minha forma humana, eram verdes como esmeraldas.

Eu puxei eles de minha mãe. Isso me fazia amar aquela forma ainda mais.

Mas não refletia a forma viva que eu sustentava sempre que corria. Minha tristeza estava evidente e aquilo me deixou ainda mais para baixo.

Por que?

Eu nem cheguei a perguntar o porquê a Ele. Eu merecia o porquê.

Deixei que as lagrimas rolassem e elas vieram com tudo, me derrubando. Me deitei perto do lago e fechei meus olhos enquanto tentava aplacar a dor. Aquele era o último acontecimento que me faltava, o de encontrar meu marcado. E foi uma tragédia. Eu não merecia aquilo. Eu havia feito tanto e não era como se eu esperasse algo em troca, mas eu ainda estava conectada aquela sensação boa que tive quando o vi no corredor, de que as coisas iriam melhorar infinitamente. Que o futuro a partir dali seria extraordinário.

E o que seria das coisas agora? Como eu deveria agir?

A vontade de tacar o foda-se e correr até estar bem longe, em outro continente de preferência, era grande. Mas e minha família? Eu nunca abandonei eles antes, em momentos que foram ainda mais dolorosos, eu não poderia agora. Eu teria que ser forte, se não por mim, por eles.

Respirei fundo e levantei, olhei uma última vez ao lago, e então corri retornando pelo caminho que fiz. Quando estava a uns 2 km da reserva desviei da rota e corri por mais algum tempo.

De forma peculiar, minha conselheira morava afastada de nós. Akuma vivia em uma cabana no meio da floresta. Ficava bem escondida e era até que grande para alguém que queria passar despercebido, era como uma daquelas cabanas dos contos infantis, possuía dois andares e era feita em um construção rústica, com o telhado em formato de cone e com uma pequena chaminé que se ligava a uma lareira convidativa nos dias de frio e que, naquele momento, estava acesa.

Ótimo, ela ainda estava acordada.

Parei na entrada, retornando a minha forma humana. Peguei um roupão que estava pendurado ao lado da porta, é claro que ela sabia que eu viria ainda esta noite. O vesti e entrei no lugar, já sentindo o calor me aquecendo de forma consoladora. Havia uma chaleira posta e Akuma servia uma xicara antes de se virar para mim.

- Você demorou. Achei que viria direto falar comigo.

- Precisei correr um pouco, ou você não ia me aguentar. – falei com certo humor.

- Eu aguentaria – Ela me entregou a xicara de chá, seu tom ainda sério – O que aconteceu hoje é de quebrar qualquer um.

Ela estava certa.

- Eu estou inteira. – respondi bebericando do chá. Não consegui identificar o saber mas certamente tinha efeito calmante.

- Mas você pode explodir. – pisquei tentando entender ao que ela se referia. – Sakura, você precisa colocar para fora, senão isso vai te enlouquecer.

Parei, e refleti por um segundo. É as lagrimas não foram o suficiente.

- Aaaaaaaaaah – gritei enquanto começava a andar de um lado para o outro, anulando o efeito do chá – Não faz o menor sentido! Eu não fiz absolutamente nada! Não cometi nenhum erro! Não tive tempo para errar! Eu não tive a chance de fazer nada! Tive que aceitar sua escolha sem nem sequer poder contesta-la! E aquilo doeu para um cacete! E quando ele estava próximo, mesmo depois de me rejeitar ainda me afetou. – era frustrante – Porque tudo nele tem que ser terrivelmente convidativo? sua voz, seu rosto, até o maldito cheiro! – corei com os detalhes extras que dei. – E ainda teve a coragem de me impor proibições como seu eu fosse submissa. Que vá a merda! – Finalmente descarreguei a vontade que tinha ficado naquele cômodo.

- Porque ele é seu marcado e é assim que as coisas são entre marcados.

- Bem, ele não quer ser. – conclui a cortando de sua pose de sabichona.

- E isso não faz sentido, mas acredito que a Deusa tem outros planos para você.

- E isso vai até quando? – Parei de andar e a fitei de forma séria. – Até quando eu não poderei decidir o que quero para minha vida? Ele nem chegou a perguntar se eu queria aquilo.

- Ele provavelmente tinha suas motivações, perguntar para você não seria uma opção.

- Nunca é. – falei triste.

- Como pretende lidar com isso? – Perguntou rápida, já devia estar questionando minha sanidade.

- Eu ainda não sei. Quer dizer, ele me pediu ajuda mas...

- Como assim? – a dúvida estampada em seu rosto – ele não foi um total escroto?

- Só se tratando de meu lado marcada. – conclui relembrando – com relação a alcateia ele já esta com tudo planejado, afirmou para mim que vai cuidar e dar o seu melhor por todos.

- Isso é estranho. – ela continuou – quer dizer, ele magoou a pessoa que tem o poder de decidir entre os anciões e até o Conselho se ele continuara conosco ou não. E ainda assim pediu sua ajuda.

- Ele sabe que farei o certo para a alcateia. De alguma forma ele sabe.

- E o que você vai fazer?

A pergunta de um milhão de dólares.

- Eu não sei.

- É um impasse. Você pode chutar ele literalmente daqui, assim não tendo a presença dele te perturbando por causa da marca mas estaremos na estaca zero com o Conselho sobre a nossa liderança, e em contra partida pode aceita-lo e se ele for bom como diz, estará iniciando uma nova era para todos nós, mas será problemática exclusivamente para você que vai ter que lidar com ele todos os dias.

Eu me ferrava nas duas escolhas. Notaram?

- Não necessariamente.

- Como assim?

- Ele já escolheu alguém, que quer que cuide da alcateia, pediu para ensina-la.

- Ensina-la? Uma mulher?

- Sim.

- Vadio.

- Concordo.

Paramos um momento. No final das contas era tudo sobre eu tomar a decisão certa e me ferrar de qualquer forma.

- Eu preciso voltar – comecei – Preparar as coisas para amanhã. Preparar meu psicológico para amanhã.

Fui em direção a porta. Eu não tinha ideia de como prosseguir. Eu conseguiria cuidar da alcateia por mais alguns anos se eu seguisse o caminho de expulsa-lo? A pressão era enorme. Quer dizer, eu vi a alegria de meu povo hoje, era o que precisavam. Mas e eu? O que eu preciso?

- Esta bem, mas independente da escolha que for fazer. – Akuma começou de repente – cogite tomar um tempo para si depois que tudo se acalmar.

- Como assim?

- Você sabe, se afastar de todos e levar uma vida longe por um tempo. Você me falava de cursos antes.

- É tinha uma especialização que eu queria fazer, em uma universidade do Alaska.

- Então dependendo da sua escolha, cogite fazer a matrícula.

A olhei uma ultima vez. Ela já sabia que caminho eu tinha decido trilhar. A escolha que eu tinha feito. Malditos Xamãs.

No fundo eu também já sabia.

 

SAKURA POV’S OFF

 

 

INO POV’S ON

 

Eu levantei cedo, mas ainda estava atrasada.

Quer dizer eu não estaria se fosse só mais um dia de treino, mas pouco antes de dormir recebi uma mensagem da anciã pedindo para encontra-la cedo na praça principal. Como ela conseguiu meu número?

A Marcada do nosso Alfa. Coitada, ela já devia me odiar. Quando aceitei a missão de Sasuke não imaginei que teria que lidar diretamente com ela. Mas lá estava eu indo rumo à praça.

Ela deveria ser qualquer uma. Não. Era a marcada de um Alfa Uchiha. Não teria como ser qualquer uma. Nós fomos tolos em pensar que ela seria uma zé ninguém. Teria que ser forte e decidida como os machos daquele clã eram. Fazia sentido ser a anciã.

Claro que era um sonho fazer parte do clã Uchiha e por muito tempo pensei que eu conseguiria, uma vez que Sasuke já havia ficado tanto tempo sem encontrá-la. Teria sido mais fácil para ele e perfeito para mim.

Mas ele sempre fora fiel. Mesmo fazendo a cagada de rejeita-la.

E provavelmente continuaria sendo.

Cheguei à praça, vi uma cabeleira rosa aguardando perto da fonte, perdida em alguma coisa que olhava. A distância vi que ela era bem bonita, o que também fazia sentido.

Me aproximei dela. Esperei pela torrente de ódio que viria, quer dizer a essa altura ela já devia achar que Sasuke e eu tínhamos algo.

- Bom dia! Eu sou Sakura Haruno – disse sorrindo e estendendo a mão.

Oi?

- Er.. Bom dia – retribui o comprimento – Sou Ino Yamanaka! Desculpe o atraso, acabei dormindo tarde ontem – falei sem graça, mas em teoria ela também tinha dormido tarde pelo horário que mandou a mensagem.

- Esta tudo bem, eu só marquei cedo porque queria te explicar as coisas antes do Centro de tratamento abrir.

Sério? Sendo tão compreensiva?

- Ta, qual é a pegadinha? – ela deveria ser a rainha das falsas.

- Pegadinha?

- É, eu estava preparada para uma luta vindo aqui. Xingamentos. E daí para baixo.

Eu estaria xingando se tivesse no lugar dela.

A compreensão passou por seus olhos.

Então ela riu.

- Agora entendi. – ela afirmou ainda rindo. – Eu deveria não é mesmo. Fazer um escândalo e tudo o mais?

- Sim. – afirmei, não que eu quisesse aquilo.

- Mas não farei – ela estava perdida em algum pensamento de novo. – Seja-la como as coisas forem de agora em diante esse tipo de coisa não ia ajudar em nada.

Oi?

- Quer dizer, nós temos muita coisa para fazer – ela continuou – inimizade não ia ajudar. Vou precisar que trabalhe comigo para que as coisas funcionem como seu líder espera.

- Caraca.

Ela era o poço da razão. Ou estava tentando ser naquele momento.

- É... caraca. – Ela sorriu pra mim – mas de qualquer forma lembre-se que não foi escolha sua, nem minha. A gente não precisa lidar com essa parte. Pelo menos não agora.

Ela tinha razão. E ela estava sendo a madura da situação, mais até que Sasuke que não deixou Naruto em paz ontem.

Agora fazia sentido o porque dela ser a anciã deles.

Ela era forte.

Gostei dela.

- Esta bem, vamos começar os trabalhos cabeça de chiclete!

Ela se espantou com o apelido, mas logo sorriu.

- Sim, temos muito o que fazer o oxigenada.

É, as coisas iam dar certo. Ela ia fazer dar certo.

 

 INO POV’S OFF


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
A partir do próximo capitulo vou começar a deixar curiosidades aqui nas notas finais sobre o processo de escrever essa história, que esta sendo muito divertido diga-se de passagem.
Até! :D


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