História Together - Uma Razão Para Lutar

Pov. Harry

Ao entrar na casa, percebi vários detalhes rústicos. Quadros com representações gregas, com divindades gregas. Era um lugar realmente bonito. A esquerda, existia uma estante com vários livros empoeirados. Hermione amaria aquele lugar

– Harry, venha! Há uma pessoa que te espera.

Acompanhei o amigo do Sr. Weasley – se me recordo, seu nome era Blaine – até a sala de estar.

Ao entrarmos na sala, avistei Percy. Ele estava preocupado, mas não tirava o sorriso do rosto. Parecia feliz em me ver:

– Olá Harry!

– Olá Percy!

Nos cumprimentamos com um aperto de mãos. Logo depois, a tensão se instalou na sala

– Bom, sente-se. Os dois – disse Blaine

Percy e eu obedecemos sem pestanejar

– Sabem o porquê estão aqui?

Eu neguei. Percy também. Então Blaine continuou

– Bom, digamos que vocês são bem famosos em seus respectivos mundos. E são muito, hum, como digo …

– Caçados até a morte? - perguntou Percy

– Sim, quero dizer, não! Acho melhor “procurados”. Bom, vocês são muito procurados. Sendo direto, Voldemort …

– Não fale o nome dele – disse o Sr. Weasley

– Okay. Você-Sabe-Quem e Cronos procuram vocês dois. E se uniram para dominar os três mundos. O bruxo, o grego e o mundo trouxa. Ou seja, a dizimação da espécie humana por completo

Dumbledore havia me falado – não com detalhes como agora – sobre Cronos e seu plano de dominação. Eu estava ciente de parte, mas Percy parecia perdido

– Você-Sabe-Quem? O que? Do que vocês estão falando, afinal?

– Percy, você se lembra da profecia? Ela envolvia dois mundos, não é?

Percy pareceu pensar um pouco, antes de assentir.

– Então. O outro mundo em questão, é o mundo do nosso Harry aqui – Blaine disse, me dando um tapinha nas costas

– Hey! Parece que alguém escondeu algumas informações sobre si próprio, não é Potter? - Percy disse rindo

– Sim, quando pensou em me contar que era um semideus? - Respondi com uma pergunta

– No dia que me contasse que era um bruxo – Boa, Percy.

– Bom, vamos deixar vocês sozinhos para se conhecerem melhor. E não se esqueçam, sem pressão, nós dependemos de vocês. Boa sorte! - disse Blaine, saindo do apartamento

– E então … acho que temos coisas para contar – disse Percy

Pov. Percy

Sabe aquele azar que todo mundo tem, mesmo que de vez em quando? Pois é, meu carma não deve gostar muito de mim. “Oh, não! Ele está com sorte. Não posso deixar isso acontecer! Tenho que ferrar com a vida dele!” (N/A: Percy, não seja dramático)

– Bom, comece você! Sua história deve ser mais interessante do que a minha, sem sombra de dúvida! - disse Harry

– Claro que não! Sua história de “Como ser o bruxo mais top das galáxias” venderia muito mais do que a minha, “O semideus que só sabia se ferrar”

– Comece logo!

– Tá!

Então contei a minha história. Sobre o fato de meu pai ser um deus grego e minha família ser a mais esquisita de todos. Contei sobre Grover, Tyson, Rachel, Nico e, claro, Annabeth. Acho que falei mais sobre Annabeth do que sobre mim. Mas não pensei que eu me apaixonei! Não! É só que a história dela é mais interessante do que a minha!

– Uau! - disse Harry, quando terminei – E você acha isso monótono?

– Monótomo não. - rimos e esperei ele começar. Harry deu um longo suspiro e começou sua história de vida

“Quando tinha 1 ano de idade, Voldemort apareceu em minha casa. Primeiro, ele matou meu pai. Depois subiu para o andar de cima, onde estávamos eu e minha mãe. Voldemort também a matou. Quando chegou na minha vez, é realmente confuso explicar essa parte. Minha mãe se sacrificou por mim. Foi uma magia antiga, mais forte do que Voldemort. Na hora em que ele lançou a maldição da morte, o feitiço ricocheteou, me dando essa cicatriz que carrego na testa até hoje.

Os únicos parentes vivos eram meus tios trouxas – nome dado a aqueles que não possuem poderes mágicos – Válter, Petúnia e Duda, meu primo. Era horrível viver com eles. Eu dormia embaixo de uma escada, sempre com as roupas usadas de Duda, sempre sendo tratado como empregado. Mas tudo isso mudou em meu 11º aniversário. Eu comecei a receber muitas cartas, todas com um símbolo estranho. Foram tantas cartas que meu tio tomou medidas drásticas. Tivemos que ir para uma ilha deserta, onde meu tio achava que estávamos inalcançáveis. Mas Hagrid, um meio gigante e o servidor de Dumbledore, nos achou e me disse: Harry, você é um bruxo. Assim mesmo. Fui para Hogwarts, fiquei na casa da Grifinória e sinto que Hogwarts é minha casa. Foi lá que eu criei as minhas maiores amizades, lá conheci outro lado dos meus pais. Lá eu contruí novas lembranças, e elas são, por maioria, positivas. Eu achei um lugar para chamar de “meu”. E é por isso lutarei com Voldemort. Não deixarei ele destruir minha casa”

– Uau, nossa! Você sofreu bastante!

– É, você também! Mas a verdade é que, se não nos unirmos, não salvaremos nossas casas. Hogwarts é muito importante para mim. Meus amigos, meus professores. Eles são minha razão para lutar! E você, Percy, você tem uma razão para lutar?

Automaticamente, eu levei minha mão ao colar em meu pescoço. As contas do acampamento. As memórias. As pessoas. A alegria em vencer uma caça a bandeira. A felicidade. Cada sorriso no rosto de cada semideus. Aquela era minha razão para lutar. Assim como Hogwarts era um lar para Harry, o Acampamento Meio – Sangue era meu lar. E eu não deixaria qualquer um - nem mesmo um titã – acabar com ele. Eu lutaria. Eu lutaria pela minha família.

– Sim Harry. Eu tenho uma razão para lutar. E nós vamos lutar juntos por nossos lares. Lutaremos como se fosse a nossa última luta, o que provavelmente será, mas defenderemos nossas casas. E então Harry, você está pronto?

Ele sorriu determinado

– Claro. Eu só espero que você esteja pronto. Acho que tenho que ir para escola, e você também virá. Nossa próxima parada será em minha casa. Percy Jackson, você conhecerá Hogwarts! É melhor e preparar, a viagem é longa.

Sorri. Agora sim, as coisas começariam a ficar feias. Mas acho melhor Voldemort e Cronos se prepararem. Porque o melhor exército está a caminho. E nós vamos acabar com eles