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História Tokyo Boys - O aluno novo - História escrita por scorpiascorpia - Spirit Fanfics e Histórias
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História Tokyo Boys - O aluno novo


Escrita por: scorpiascorpia

Notas do Autor


🌸 lembrete p você não esquecer de comentar e favoritar se gostar da fic 🌸

Capítulo 3 - O aluno novo


Fanfic / Fanfiction Tokyo Boys - O aluno novo

você conheceu alguém? – a pergunta veio como um baque, como tomar um chute nas costelas e não saber a razão.

Aomine olhava para Kagami curioso e parecia frustrado, seu olhar dizia que ele esperava que o ruivo negasse e Kagami se sentiu mal naquele momento. Ponderou mentir para Daiki, mas o moreno parecia já saber a resposta.

— sim.

E então Aomine que antes estava parado na frente da carteira de Kagami, andou até a sua, colocando a bolsa no lado esquerdo e se sentando. Como Aomine deveria se sentir? Não era como se o moreno esperasse que fosse ser correspondido, não é? E não era como se pudesse tentar conquistar o amigo, até porque ele não tinha carisma suficiente para isto.

“vamos deixar isso acabar, deixar morrer”.

E então o sinal tocou e o professor de matemática entrou acompanhado de um garoto de cabelo loiro e olhos caramelados. Ele sorria de forma tão aberta que Daiki se irritou, chegando a cerrar o punho e respirar e suspirar dez vezes para não se levantar e sair da sala irritado. Nunca amou alguém á primeira vez, mas certamente odiava aquele loiro desde que ele pusera os pés na sala. O professor pediu silêncio batendo a régua contra a lousa.

— este é seu novo colega, Kise Ryota. Sejam gentis com ele. – anunciou e alguns murmúrios começaram pela sala. O professor continuou: — Ryota-san, gostaria de se apresentar?

O loiro sorriu e assentiu abaixando a cabeça numa referência e então ergueu a cabeça de novo, seu olhar passeando por todos na sala, demoradamente e por fim parou em Daiki, que parecia alheio.

— Sou Kise Ryota como vocês já sabem, e eu estava no exterior até pouco tempo atrás, então, por favor, sejam gentis e pacientes comigo.

A sala aplaudiu e o professor mandou ele se sentar na carteira ao lado da de Kagami, que apenas encarou o loiro que sorria para ele.

E então a aula começou, Kagami se esforçava para entender aquela matéria e não obtinha sucesso, o que o deixava enfurecido a ponto de quebrar a ponta do lápis contra a folha do papel umas três vezes. Mas ele conseguiria, precisava daquela matéria para conseguir uma boa nota naquele semestre, talvez devesse pedir ajuda a Midorima. Quando a aula de matemática acabou, a professora de literatura rechonchuda e baixinha entrou na sala com um sorriso, enquanto ajeitava o óculos no nariz. Desejou bom dia a todos da sala e virou-se para a lousa, escrevendo com em inglês “love” e então voltou-se para seus alunos.

A aula de literatura seria sobre amor. Cada um deles teria de escrever um texto sobre amor e Kagami não sabia o que fazer, perguntaria para Aomine sobre o que ele estava escrevendo, mas tinha a impressão de que o moreno estava irritado com sua pessoa, olhou para o aluno novo e o viu perdido olhando a folha do caderno. Sorriu, ele parecia uma boa pessoa. Observou quando o loiro mordeu a ponta do lápis parecendo pensativo e em seguida se arriscou a escrever algo, porém apagando em seguida e então bufou debruçando-se sob a carteria, o que o ruivo rir baixinho e receber atenção de Ryota que o encarou confuso.

— tendo dificuldades também? – indagou para o loiro que recebeu não só a atenção do próprio Kagami quanto de Aomine, que olhava para a cena curioso.

O loiro sorriu — sim, eu acho que é mais fácil fazer uma prova de física nível de universidade do que fazer escrever sobre amor.

O ruivo riu e assentiu — odeio física.

— odeio física. – repetiu Kise rindo — e você é?

— sou Kagami Taiga.

— e o cara mal humorado atrás de você?

Apontou para o azulado que apenas bufou e voltou a pensar no que escrever, Kagami riu virando para trás rapidamente e depois voltou a posição comum.

— Aomine.. — foi interrompido por Daiki: — Aomine Daiki.

Kise assentiu e sorriu minimamente, voltando a pensar no que escrever.

Amor é um cão do diabos, pensou o ruivo enquanto voltava para o papel de seu caderno e pensa em algo. Acabaria por escrever algo tão fútil que a professora acabaria brigando com ele.

Quando a sala começou a entregar suas redações, Aomine se levantou juntamente de Ryota e ambos se esbarraram no corredor, o moreno lançando um olhar assustador ao loiro que apenas riu brevemente.

— desculpa, Aominecchi.

“cchi?” pensou Kagami. “que bonitinho”.

Depois de mais dois períodos de aula, era hora do intervalo e dessa vez nem ele e nem Aomine se levantaram para ir ao telhado. Não sabia dizer se estavam brigados ou algo assim, mas de qualquer forma Kagami se virou para a carteira de Aomine e colocou seu sanduíche embrulhado ali, enquanto Aomine tirava seu hambúrguer. Ambos se olharam, entretanto permaneceram em silêncio. Kise estava conversando com algumas garotas sorridente até um menino que deveria ser de outro terceiro ano entrou na sala. Ele é baixinho e tem cabelo preto, a pele é clara e ele não sorri, se aproxima do loiro que o olha e em seguida se levanta o agarrando num abraço.

— Kasamatsu-senpai — pronunciou com a voz manhosa sendo empurrado de volta para a cadeira pelo outro.

— as meninas estão loucas agora. – Kagami comenta com um sorrisinho e Aomine sorri também assentindo.

Kise está sentado mas olha para o seu “senpai” com um brilho tão grande nos olhos.

— eu não sou seu senpai, Kise. Nós estamos na mesma série, você é o senpai dos mais novos aqui. Você pode usar o sufixo “-san” para mim.

— Kasamatsucchi. — disse com um biquinho nos lábios e Kasamatsu apertou as bochechas dele.

— Kasamatsu-san, Ryota, -San.

E então o loiro cruza os braços sobre o peito e vira o rosto para o lado, fazendo alguma menina ali comentar o quão fofo aquela atitude foi. Mas Yukio não conseguia ver àquilo de forma fofa — era infantil. Suspirou e puxou uma cadeira vazia até a carteira do loiro que sorriu.

— Kasamatsu-san é tão gentil… ele veio da sua sala até a minha só para comer comigo. – disse em um tom meloso, o que fez Aomine quase vomitar o que comia e Kagami rir.

— aquele cara está provavelmente afim do Ryota. – sussurrou Aomine para Kagami que riu.

— você acha? Ele me pareceu bem irritado com o coitado. — comentou e olharam para Ryota e Kasamatsu que comiam, enquanto, as vezes Ryota olhava para o “senpai” com os olhos brilhando. Eles não deveriam se conhecer tão bem assim, já que Ryota era novo. Após uma rápida observação Kagami concluiu: — o kise admira aquele Kasamatsu. Sei lá, mas o “senpai” não parece gostar dele.

“mas pode vir a gostar, como eu comecei a gostar de você” pensou Daiki suspirando e o ruivo sorriu dando uma mordida final no sanduíche e então se lembrou que deveria ir procurar Midorima. Midorima Shintarou era o presidente do grêmio de Seirin, ele, apesar de parecer um cara rude — não só parece como é — sempre acabava acatando os pedidos de seu vice, Takao Kazunari.

— eu vou procurar o Midorima, preciso que ele me ajude em matemática. Te vejo depois — acenou se levantando e Aomine fez que sim com a cabeça acenando de volta.

Saiu da sala em direção a sala do conselho e ao chegar lá deu de cara com Takao que provavelmente estava chegando ali também. O moreno sorriu — veio falar com o Midorima?

— uhum.

E então Kagami notou que Midorima e Takao deveriam ter brigado porque Takao quase nunca o chamava pelo sobrenome. Kazunari abriu a porta e lá estava Midorima com uma papelada na mão, parecendo estressado. O moreno suspirou olhando para o esverdeado e limpou a garganta recebendo a atenção de Shintarou que parecia ignorar o fato de que Kagami estava ali, era como se seus olhos fossem uma lente de foco e estavam se focando apenas em Takao.

— Kagami está aqui. – anunciou depois de uns segundos de forma branda e só então que Midorima voltou o olhar para ele com certo desdém.

— claro, o que você quer? – indagou bem informal.

— queria que você me ajudasse em uma matéria específica em matemática, Midorima…-san…

— não. – disse prontamente.

— por favor Midorima, não seja tão rude. Eu quase nunca dou trabalho pra você. – implorou e então olhando para Takao apelando para que ele o ajudasse.

— Midorima deveria ajudar o Kagami, é só um favor.

— hm. – Midorima olhou para Takao por uns segundos — tudo bem, mas dessa vez você vai ficar me devendo uma.

Ele é tão óbvio. Kagami achava que os únicos que não percebem que Midorima tem sentimentos por Takao, é o próprio Takao, Midorima e as meninas que vivem atrás dos dois — e por vezes até meninos.

— depois da aula, nada de treino de basquete para você hoje. – bronquiou Midorima e Kagami se lembrou das broncas que levava da mãe “nada de sobremesa para você hoje”.

Mas Kagami queria treinar basquete e queria encontrar Kuroko e se ficasse depois da aula, Midorima o faria de escravo e ele ficaria até as sete da noite ali ajudando-o e por fim não conseguiria ver o azulado.

Haviam passado duas semanas desde que ele e Kuroko se conheciam e eles às vezes saiam e comiam, conversavam, até trocaram números de celular, mas Kagami se acovardou e nem tinha mandado mensagem e quando o azulado mandou, nenhum dos dois tinham assunto para tratar, então ficaram mandando emojicons para que a conversa não acabasse.

— é sério, Kagami, nada de treino hoje. – reafirmou o esverdeado fazendo o ruivo suspirar triste e Takao rir de sua cara.

O ruivo assentiu relutante e agradeceu primeiramente à Takao e depois a Midorima, saindo da sala em seguida.

Quando voltou Kise estava cochilando sobre a carteira com Kasamatsu com a cabeça em cima da sua, os dois pareciam tranquilos e Kagami pensou que talvez eles já se conhecessem. Sorriu brevemente e se aproximou de Aomine, sentando na sua carteira e pegando um lado do fone e vendo que o amigo estava ouvindo lies da Marina and the diamonds.

— que gay. – murmurou rindo.

— essa é uma das músicas mais friendzones que eu conheço, perde só pra the hills. – comentou Aomine — Você já ouviu arctic monkeys? É muito bom, cara.

— eu só conheço a do i wanna know, mas só por essa música da pra saber que eles fazem um som legal.

— sim, vamos em um show um dia, vai ser foda. — planejou Daiki.

— vou baixar no spotify. – disse pegando o celular — arctic monkeys, né? Vou baixar todos os álbuns e ouvir na hora de ir embora.

— falou com o couve flor?

— não o chame assim. – repreendeu Kagami rindo e continuou: — e falei sim.

— o bom é que se ele ficar num lugar sem comida, ele pode comer aquela couve flor na cabeça dele. — brincou piscando para Taiga que riu negando com a cabeça.

O intervalo acabou e as aulas passaram lentamente até a hora de ir embora, Kagami se despediu de Aomine e até chegou a falar um tchau para Kise que sugeriu que eles deveriam sair juntos algum dia, Kagami sorriu e concordou.

“the world can be a nasty place

you know it, i know it

we don't have to fall from grace

put down the weapons you fight with

and kill 'em with kindness”

Passou o resto da tarde com Midorima que o ajudou bastante, e com uma calma que só o esverdeado tinha. Ele, às vezes, fazia anotações para facilitar as coisas para o ruivo, que agradecia mentalmente. Não dava pra dizer que eram amigos, mas até que estar com Midorima não é o inferno. Eles até conversaram sobre coisas que não se referiam a matemática e ao conselho, como:

— você e o idiota do Aomine estão saindo? – perguntou parando de anotar algo no seu caderno e arrumando o óculos no nariz enquanto olhava para o ruivo. E Kagami por sua vez quase engasgou com a própria saliva.

— não… o que te faz pensar isso?!

— eu ouvi rumores. – desviou o olhar rindo discretamente, o que irritou Taiga — vocês fariam um bom casal.

— não acho. – disse pondo fim naquele diálogo estranho.

Midorima apenas suspirou e voltou a suas anotações enquanto Kagami fazia alguns exercícios que o esverdeado tinha passado.

Quando Midorima o deixou ir embora, eram quase oito da noite — depois que Shintarou o fez carregar caixas para todos os lados —. Ele correu até o ponto de ônibus com esperança de que Kuroko ainda estivesse lá e como prevista não estava, suspirando se sentando ao lado de uma senhora e sorrindo para ela.

“eu já vi você chorar

mas eu nunca te vi irritado

como um furacão”

Quando o ônibus chegou ele foi para casa e ao chegar lá viu suas mensagens no whatsapp. Uma de Aomine e outra de Kuroko.

Aomine: eu gosto de você.”

kuroko: Akashi e eu voltamos

Dois passados num tiro só. Que merda.

Primeiramente, como assim Aomine gostava dele? Só podia ser brincadeira, bufou jogando o celular contra a cama com certa força. E o que Kuroko pensava que estava fazendo?

Jogou-se no chão frio e ficou ali olhando para a luz detestável de seu quarto. Aquilo tudo era incômodo. Sentia como se fosse vomitar a qualquer momento. Odiou Aomine naquele momento, odiou Kuroko naquele momento também e se odiou. Que merda. Iria ficar deitado ali até tomar coragem de se levantar e quem sabe fazer algo para comer, se bem que o estômago estava péssimo.

Depois de umas duas horas, ele tomou banho e tomou dois antidepressivos de uma vez, o que lhe causou um puta sono e acabou caindo na cama entorpecido. Naquela noite ele nem sonhou e nem teve pesadelos.

Aomine se sentia incomodado, era tão tarde e ele não conseguia dormir porque o maldito do Kagami não tinha respondido sua mensagem. Ignorando todos os protestos de sua mãe dizendo que era perigoso sair de casa naquele horário, ele colocou seu moletom e saiu de casa. A noite estava gélida e o moreno sentia isso em sua mão e pescoço e arrepiando seus pêlos. Chegou em uma quadra onde podia ouvir som de uma bola batendo contra o chão e se esgueirou vendo quem estava ali aquela hora: Kise Ryota. Ele lançava a bola no aro e acertava, fazia enterradas e parecia ser bom naquilo. Saiu de onde estava e se aproximou, vendo Kise olha-lo e em seguida bater a bola repetidas vezes como um desafio que Aomine aceitou de bom grado, ele correu e roubou a bola marcando uma cesta, Kise pegou a bola e a bateu, jogando-a de quase de baixo do aro e então sorriu convencido.

— o que você tá fazendo aqui, Aominecchi?

— vim tomar um ar.

Abriu a boca soltando um “ah” e jogando a bola para qualquer canto, se aproximou de Aomine e sorriu calmo.

— você é bem bonito mesmo.

O moreno arqueou a sobrancelha e pareceu confuso. Kise se afastou e pegou a bola que tinha jogado.

— aquele Kasamatsu é seu namorado? – perguntou tentando não demonstrar interesse.

Ele achava Kise Ryota irritante e falso, não gostou dele e olha que mal havia o conhecido, mas o cara era atraente até demais, tinha algo nele que não era inocente mas parecia puro e Aomine só não sabia o que era.

— não, mas queria que fosse. Nos conhecemos há uns anos quando vim passar as férias aqui, nos demos bem. Mas ele parece gostar de garotas, eu sinceramente gosto dele.

— isso não é nenhum problema. – se aproximou calmo, como um predador que vai pegar a presa. Kise deu um passo para trás e em seguida Aomine riu — nós dois temos pessoas ocupando nossas mentes.

— eu te conheço a um dia e eu não vou suprir sua carência. – anunciou Ryota quase rudemente, o rosto que antes demonstrava gentileza agora parecendo sério.

Aomine deu de ombros e recuou, suspirando arrependido. Ele não gostava de Ryota e não entendia o porquê. Eles mal se conheciam. Kise logo estava com sua expressão gentil no rosto de novo e dessa vez foi ele quem se aproximou perigosamente de Aomine.

Sorriu gentil e deu um selinho simples no moreno antes de dar as costas e sair saltitando com a bola de basquete debaixo do braço.

— esse idiota. – murmurou irritado.

Olhou para o céu de poucas estrelas e se perguntou quem será que estava na cabeça do ruivo, porque o ruivo estava na dele.

Tinha tomado uma decisão que poderia dar muito errado, entretanto, talvez fosse hora de acabar com isso.


Notas Finais


🌸 feliz natal e boas festas p vcs, meus amores 🌸🎄


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