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História Torena - Patas-arrepiantes - História escrita por Anadgc - Spirit Fanfics e Histórias
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História Torena - Patas-arrepiantes


Escrita por: Anadgc

Notas do Autor


Oi meus raios de sol! Têm passado bem?
Seguinte: este capítulo foi revisto umas quinhentas vezes e nenhuma delas ficou como eu queria. Esta foi a melhor versão entre as outras.
Penso que o cumpri horário.
Eu sempre estou escrevendo, todos os dias, quando levo aquelas secas, pego neste maravilhoso aparelho e deixo a imaginação rolar. As imagens rolam na minha cabeça como um filme e daí passo para o "papel".
Espero que gostem e vejo-vos no próximo capítulo ❤💙

Capítulo 7 - Patas-arrepiantes


Fanfic / Fanfiction Torena - Patas-arrepiantes

A ponta dos seus dedos descia quase sem tocar pelos meus braços, alisando os mesmos e causando-me arrepios contínuos. Com certeza que ele havia reparado, dado que deu uma leve risada perto do meu ouvido ao olhar para o quão desesperadamente o meu corpo lhe respondia.

Tudo aquilo parecia embaraçoso, mas a minha sanidade só se revelava no fundo da minha mente, e muito sinceramente, eu não a queria ouvir, pelo menos não naquele momento.

Podia até dar muito errado. Pode ser a maior besteira que alguma vez eu possa vir a fazer mas eu precisava de o sentir. Eu precisava de realmente sentir que o único foco dele sou eu, mesmo que cinco ou dez minutos.

Na minha mente só passava o cheiro intenso do seu corpo, o calor das suas mãos, a rouquidão da sua voz murmurando safadezas no meu ouvido.

Ao ponto que isto chegou…

 

Sinto-me um fracasso humano. Prometi-me que não apaixonar-me-ia! Quero bater-me tanto!

A mão de Ota, aquela atrevida mão, deslizou desde o meu braço até ao meu ventre, desenhando um percurso melódico e ténue pelo meu tronco ainda coberto pela fina camisola azul escura, e esta não impedia a sensação ardente do seu toque, pelo contrário, tornava tudo mais curioso, mais tentador. Eu sei que a vontade dele era de a rasgar ao meio, carregar-me no colo e atirar-me à cama e fazer o que ele sempre propunha. O clima estava propício para tal, visto que a sua mão já se preparava para afundar nas minhas calças. A surpresa é que eu não o impedia, e também não o queria fazer!

Embalado num clima devasso fui obrigado a deixar que ele o fizesse, digo, que ele enfiasse a sua mão calorosa no sítio mais sensível do meu corpo. O jeito que ele me fazia enlouquecer...O jeito que ele me fazia vulnerável e protegido em seus braços. Eu dependo totalmente dele.

- Ah… - um leve gemido saiu da minha boca involuntariamente e o constrangimento domou as minhas bochechas.

Levei a mão direita à boca para tapar a mesma de deixar outros sons indesejáveis e constrangedores saírem; com a esquerda segurei a bancada à minha frente para caso perdesse o equilíbrio.

- Não tapes a boca, Kenma. Eu quero ouvir-te. - o sussurro do demónio, literalmente, cantarolou no meu ouvido, porém, eu resisti e não movi a mão.

Vamos Kenma, tu consegue--ees-Oupa!! BOM DIA MONSTRÃO! Parece que não sou o único num estado lúdico aqui! Bom dia, Jr. Ota! A alcunha de rafeiro realmente não combina com a estatura corpulenta dele - só uma observação irrelevante.

Eu conseguia sentir tudo, reforço, tudo! Atrás, bem encostado à minha bunda, havia algo mais volumoso a se formar. Seria isso uma resposta para as minhas dúvidas ou meramente desejo carnal? Sim, desejo carnal é a resposta mais evidente. Porque isso me deixa aborrecido?

Queria dizer que o amava. Queria virar-me de frente para ele, segurar em seu rosto e mergulhar eternamente em seus olhos...Porque sinto que não o posso fazer? Qual a barreira que me impede de o fazer? O que há mesmo entre nós? Merda...A mão dele…

Algo quente apalpava o interior das minhas cuescas, escusado dizer que apalpava tudo, tudinho sem nenhum constrangimento.

- Parece que temos alguém bastante animado aqui…  - e novamente ele sussurra com um tom zombador.

E sem contar, Ota agarra a minha parte íntima e começa a esfregar a sua mão gigantesca contra a mesma, proporcionando-me contínuos arrepios que trepavam a minha coluna e domavam o meu ventre. Era incrível a maneira de como o meu corpo lhe respondia sem falhar um único toque.

Senti uma leve ardência em ambos os olhos e percebi que estava prestes a chorar, talvez por causa do mix de emoções que se havia formado na minha cabeça em tão curto tempo.

A sua outra livre mão agarrou na minha cintura e esta fez-me rodar de frente para ele. Foi aí que ele franziu as sobrancelhas e encarou a minha expressão com preocupação.

- O que se passa? Porque é que estás a chorar?

A minha voz queria sair, mas o constrangimento era maior. - N-nada… É só uma ardência nos olhos. - disse, afastando-o de mim com uma mão e limpando as lágrimas com a outra.

O clima havia sido completamente cortado e o meu foco era controlar as lágrimas de rolarem dos meus olhos.

Virei-me novamente de costas para ele e só pensei no que me mataria mais rápido naquele momento. Reparei então que o rolo de carne havia presenciado as nossas malícias e que já estava na hora de o tirar do forno. A sua cor tostadinha e o cheiro da carne tostada estava a abrir-me o apetite.

Agachei-me, abri a porta do forno, e logo um cheiro com as melhores misturas de carnes voou diretamente para a minha cara. Agora percebo o descontrole dele, realmente aquele cozinhado emanava um perfume delicioso.

Ainda deduzia que Ota estava atrás de mim e isso incomodava-me. Sinto que cada movimento que eu exercia era fonte para crítica do seu pensamento. Ele realmente tem um certo poder sobre mim.

- Kenma.- a sua voz saiu como um leve sussurro preocupado. Para ele ter dito o meu nome completo, parece preocupado.

- Olha só! Hum… Cheirinho delicioso! - ignorei as suas palavras fingindo estar concentrado na beleza que a minha obra prima ficara.

- Kenma… - e falou um pouco mais forte.

- Hum… Pronto para partir!

- Kemma! - e gritou. Devido à sua voz extremamente grossa e potente, senti o chão estremecer junto com as minhas costas. Senti-me encolher à sua frente por isso levantei novamente o meu corpo.

Do lado apareceram duas mãos que se sobrepuseram às minhas pousadas no balcão. Agora observando, era até irritante o quão grande ele era comparado a mim, isto porque um dedo meu valia dois dele.

As suas mãos estavam quentes, aliás, as nunca estiveram frias.

Ainda atrás de mim, Ota pousou a sua cara na minha nuca e o seu respirar contra o meu pescoço fazia uma mistura entre cócegas e arrepios. Queria rir e queria chorar. Queria amarra-me ao seu tronco como se não houvesse amanhã. E o do amanhã eu não tenho a certeza, mas os meus sentimentos por ele tenho.

 



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