-O que foi? – ele perguntou ofegante ainda segurando a cintura dela.
-Olha onde nós estamos, os meninos podiam ter entrado aqui – ela passou a mão no cabelo tentando arrumar os fios que tinham saido fora do lugar.
-Vamos pro quarto então – ele puxou ela de novo e voltaram a ficar com os corpos colados.
-Não William, não vou fazer isso – ela foi com a mão até a mão dele, tentando fazer ele soltar sua cintura.
-Porque não Fá? – ele disse decepcionado.
-Porque nós temos outras pessoas e não somos assim, não somos traidores William – ele finalmente soltou a cintura dela e ela se virou pra sair, mas ele colocou a mão na bancada a impedindo de sair.
-Fá esquece isso, só agora – ela voltou a olhar pra ele e se derreteu ao ver o olhar dele brilhando, olhou a boca dele que estava inchada e vermelha pelo beijo.
Então ela não conseguiu conter as vontades e o beijou, mas daquela vez foi um beijo carinhoso, mostrando ao outro o quanto se importavam um com o outro, terminou o beijo e deu vários selinhos na boca dele.
-Eu não posso fazer isso – ela fez carinho no rosto dele – Eu sinto muito.
-Eu sinto dizer isso, mas você está certa – ele beijou a mão dela que sorriu, os dois se afastaram e se olharam tristes – Você consegue levar isso sozinha? – ele disse apontando pras taças.
-Consigo sim, porque?
-Vou subir pra trocar de roupa, não dá mais pra ficar de sunga lá fora – ela abaixou o olhar e viu o volume que estava evidenciado na sunga dele, olhou pra ele e suspirou, engoliu seco e assentiu.
Ele pegou a tolha no chão e virou de costas.
-William – ela chamou ele antes dele sumir casa adentro e ele olhou pra ela – Veste uma blusa, suas costas estão arranhadas – ele deu um sorriso safado e assentiu.
Fátima passou a mão no rosto e pegou um copo de água, respirou fundo tentando ficar calma.
-Meu Deus, o que eu fiz? – ela disse passando a mão na boca que ainda estava pegando fogo pelo beijo.
Ela sacudiu a cabeça e pegou o sorvete e saiu levando a vasilha pra área externa. Ouviu reclamações dos filhos que tinha demorado, inventou uma desculpa e se sentou tomando sorvete junto com eles. William desceu alguns minutos depois já devidamente vestido, olhou pra ela com o olhar triste, mas ela olhava para o horizonte com o pensamento longe. Antonella viu o pai olhar para Fátima que estava sentada ao seu lado, viu ele suspirando e finalmente sentando, aquele olhar intrigou a menina que não parou de olhar os dois.
William começou a interagir com os filhos, mas Fátima continuava calada, só observando tudo.
-Tá tudo bem?- Antonella disse baixo colocando a mão no joelho dela.
-Ta sim, meu bem, porque? –Fátima olhou pra menina fingindo um sorriso.
-Você está ainda mais área do que quando chegou, fora esse olhar ai sem brilho – Fátima suspirou e abaixou a cabeça.
-Vai ficar Lella, não está agora, mas vai ficar – ela segurou a mão da mais nova que ainda estava sobre sua perna.
-Você pode contar comigo para te ajudar no que for preciso viu!? – Fátima sorriu e assentiu, então puxou a menina para um abraço e beijou a bochecha dela.
-Obrigada, você é incrível – ela deu um sorriso tímido e as duas viraram para conversar com os demais.
Chegou a hora de ir embora e foram se dividindo nos carros, Antonella e William no carro dele, Laura com a mãe no carro dela e Vinícius e Beatriz no carro dele. William abraçou os filhos enquanto Lella esperava por ele no carro, se aproximou de Fátima que tinha deixado por último e abraçou ela.
-Me desculpa – ele disse ainda abraço a ela.
-Porque está me pedindo desculpa? – eles sussurravam ainda abraçados.
-Por ter te beijado.
-Eu também te beijei William – ela se soltou dele e olhou nos olhos dele – Eu não me arrependo de ter te beijado, eu nunca vou me arrepender de beijar você – ela disse quase em um sussurro e ele sentiu o coração pulando no peito – Eu só disse para não seguirmos em frente com que estávamos fazendo, porque você sabe que é errado – ele assentiu.
-Tudo bem então, não vamos tocar mais no assunto – ele disse suspirando.
-Melhor assim – ele deu um beijo na bochecha dela.
-Tchau Fá – ela deu um meio sorriso e ele virou se afastando e entrando no carro dele.
Fátima fez o mesmo e todos ligaram os carros para saírem de lá. Foram todos juntos durante o caminho na estrada, na entrada do Rio Fátima e o filho seguiram para uma direção e William para outra.
Antonella passou o inicio da semana arrumando seu quarto e deixando do jeitinho que queria, Bia foi até lá para ajuda-la e passaram o dia conversando e divertindo com a arrumação. Antonella ficou com o ultimo quarto que restava na casa, o único de hóspede, ele era de cores claras o que agradou a menina, ela colocou alguns objetos de decoração e porta-retratos sobre a escrivaninha deixando o quarto mais a cara dela.
Ela e William foram na faculdade resolver tudo o que faltava, e ela ficou sabendo que as aulas começava dali a duas semanas e que todos os irmãos estudavam no mesmo campos que ela. William e ela decidiram o que fazer nas próximas duas semanas. No final de semana iriam a São Paulo para ela conhecer a família paulista e para William contar a novidade para família. Na semana seguinte William intimou ela a ir com ele comprar um carro novo para a menina usar para ir para a faculdade, ele insistiu tanto que ela teve que aceitar, já que os argumentos que ele usou foram ótimos. Ele disse que presava pela segurança da filha e que não queria ela pegando transporte público naquela cidade tão perigosa, Lella teve que concordar com ele, não se sentia segura em andar naquela cidade sozinha.
No primeiro final de semana de agosto eles estavam reunidos no aeroporto do Rio para irem para São Paulo. Desta vez Thalita estava junto, ela amou ter uma nova cunhada e se deu bem com Lella na hora, ficaram conversando enquanto não chegava a hora de embarcarem. Para não dá chance de paparazzi fotografarem eles, logo que liberou o embarque eles já passaram pelos portões.
Chegando lá eles alugaram dois carros, William e Natasha pegaram um carro e foram em direção a casa da Dona Malu, onde William já tinha marcado uma reunião com a mãe e as irmãs, e é claro os sobrinhos e cunhados. Já os filhos e a nora foram em direção ao parque Ibirapuera, eles decidiram que era melhor não chegar com Antonella logo de cara, era melhor contar primeiro e depois apresenta-la. Por isso decidiram ir até o parque, ela nunca tinha ido até a cidade antes e era um bom lugar para conhecer primeiro. Ficaram andando por lá, os trigêmeos contavam algumas coisas que já tinham vivido e a menina só assentia se sentindo muito nervosa.
-Ei, tá tudo bem? – Bia disse caminhando ao lado da irmã que estava calada demais.
-Tô nervosa – ela mordeu a bochecha e olhou pra baixo.
-Lella nossa família é maravilhosa, tenho certeza que todos vão te receber muito bem, nossa Vó é incrível, ela vai ficar muito feliz de ter uma netinha nova – Bia disse sorrindo.
-É tanta informação pra absorver que dá até um embrulho no estômago – Bia riu e Lella acompanhou ela na risada.
-Já decorou o nome de todo mundo – a menina assentiu meio indecisa e Bia riu – repete pra mim.
-A Vó é Maria Luiza, mas todo mundo chama de Malu. A tia mais velha é Mariângela, mas pode chamam de Mari, o marido é Carlos, a filha mais velha Luiza e a mais nova Izabel, a tia mais nova Cláudia, o namorado dela Antônio e o filho dela Bruno.
-Tá certinho – Bia disse batendo palma empolgada – Depois te ensino os nomes dos namorados dos nossos primos – Lella assentiu.
-Meu pai mandou mensagem – Vinícius disse chamando a atenção das irmãs – Ele falou que contou já e que podemos ir – ele disse lendo a mensagem.
Antonella engoliu seco e arregalou os olhos olhando para a irmã, Bia sorriu tranquilizando ela e estendeu a mão pra ela pegar, Lella respirou fundo e pegou a mão da irmã andando junto com os outros em direção ao carro.
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