História Transeunte - Liam

- Eu odeio isso – Disse enquanto sentia meus ossos colando.

- Se preferir eu paro de te remendar, veja pelo lado positivo, essa semana você só precisou ser concertado uma vez e é quarta-feira

- Vão fazer seis meses em breve, não é?

- Sim, amanhã pra ser mais exata

- Quero voltar pra casa, meu pai deve estar preocupado

- Ele vai estar menos que você imagina – Ouço a minha voz porém mais grave adentrar a conversa.

- Eu acho que conheço meu pai melhor que você Void, mesmo que você tenha entrado na minha cabeça um milhão de vezes

- Um milhão, duzentos e cinquenta e três vezes... Isso foi para você construir uma barreira necessária pra mim no seu mundo, além disso, eu me refiro ao fato que lá só se passaram algumas horas, cerca de seis aproximadamente

- O QUE?! Por que não me disse isso antes?!

- Você precisava de um estímulo pra focar no treinamento – Ele diz com desdém. – Além disso enquanto um mês aqui é algumas horas na sua dimensão isso não significa que uma hora lá seja um mês aqui

- Você sabe que não está fazendo sentido certo?

- Na verdade eu estou, quando os Deuses decidiram trazer os transeuntes eles deram a habilidade de voltar como se nunca tivessem partido, ou seja, você vai voltar pro momento exato que partiu

- Acho que entendi, você ainda podia ter avisado

- Você não teria se esforçado pra ficar tão bom, olhe seus status

[Resistência Física: Lv7

Resistência Mental: Lv9

Resistência a Doenças: Lv7

Etiqueta: Lv8

Culinária: Lv10

Cálculos: Lv10

Reflexos: Lv9

Tarefas domésticas: Lv10

Farmácia: Lv5

Estratégia: Lv9

Magia do ar: Lv7

Magia de luz: Lv3

Magia de espaço: Lv2

Magia da escuridão: Lv1

Arco: Lv3

Facas: Lv4

Títulos: O que vem de outro mundo, Contador de histórias, Mestre com seguidores devotos, Aquele que cozinha divinamente, Reflexo do caos]

- Pelo menos o seu treinamento infernal valeu a pena – Disse sentindo o último ferimento se fechar

- Valeu não é? Você precisa de roupas novas, finalmente eu te darei esse direito

- Ótimo, estou cansado de ter que esperar nu até minha roupa secar

- Você aprendeu o feitiço de secar recentemente e eu mandei a coelha comprar uma muda de roupa pra que vocês pudessem ir até o assentamento Hale

- Bom o bastante, vamos quando?

- O almoço está pronto e temos lanches prontos pra levar, eu diria que falta nos trocarmos e ir, mas não antes de um banho, eles tem narizes sensíveis

- Pode tomar banho no banheiro, eu pego a roupa e vou pro rio, me encontre lá em uma hora

- Só vou pegar suas coisas – Ela corre pra cabana.

- Você é uma criança intrigante

- Você parece um velho falando, foda-se se você tem mais de mil anos, não fale coisas assim usando minha cara – Digo zombando.

- Você é hilário, pra alguém de vida curta

- Que bom que você aprendeu a apreciar minha companhia – Levanto e me estico, a perna antes quebrada completamente curada e em forma.

- Hump!

Dou uma risadinha antes que Malu chegue até mim e me entregue a minha mochila de viagem, rapidamente agradeço e parto pro rio não muito longe dali.

Ao longo dos meses a vida tinha sido diferente, acorde, consiga comida, sobreviva, treine, durma, repita; tinha sido difícil e, no entanto, os resultados eram inegáveis.

Eu podia matar sem remoso, eu me acostumei com o sangue mesmo que eu não gostasse de matar, é uma luta diária nesse mundo para sobreviver.

Também não tive muito tempo pra inovar nas receitas porque estava tentando sobreviver, mas pelo menos tinha conseguido tornar o pão fofo depois de criar fermento a partir de uma fruta.

Depois de alguns minutos encontro o rio, a água estava calma e limpa então me sinto a vontade pra tirar a roupa e entrar pronto pra me lavar com o sabão de ervas que a Malu me ensinou a fazer, ela tinha me ensinado muitas coisas domésticas desse mundo que me permitiram upar até o nível máximo nisso.

Passo algum tempo me esfregando antes de sair e me secar com magia, a próxima coisa era me vestir com um tipo de short de algodão que era amarrado por uma tira de couro, uma cueca da era medieval que custava uma moeda de cobre grande, caro pra um plebeu, mas qualquer coisa mais áspera machucaria minha pele que sempre esteve em contato apenas com os tecidos delicados da era moderna dos EUA, felizmente consegui matar uma serpente azul e depois da Malu fazer uma viagem rápida a base mais próxima da guilda dos aventureiros pra vender a fera rank-B em meu nome eu consegui dinheiro suficiente pra esse pequeno luxo de seis cuecas e ainda consegui poupar um pouco de cobre pra outras coisas que Void não permitiu até que eu tivesse melhor entendimento do mundo, de lá pra cá a Malu fez muitas viagens, mas essa é minha primeira vez saindo da parte profunda da floresta e eu acumulei o equivalente a um mês de subsistência na capital.

Visto a calça preta, o tecido era bom ao toque, mas grosso, a blusa era de manga longa e de algodão branco, um peitoral de couro de lagarto da terra uma subespécie de dragão, eficiente contra danos físicos e mágicos e permite muito movimento, uma ótima escolha, acho que matei um desses, provavelmente foi dele que veio o couro.

Botas do mesmo couro marrom com solas mais confortáveis, me sinto grato as boas escolhas da minha amiga.

Equipo a capa e minhas armas, o arco nas costas com minha aljava e o meu conjunto de facas nas pernas, arrumo a bolsa e estou pronto pra ir quando escuto um uivo e sons de passos, uma comoção ao longe e ao mesmo tempo perto.

Perto demais de mim e do círculo sagrado, mesmo que ninguém além de mim e Malu pudéssemos entrar e sair, até porque Void estava preso lá por estar atado ao nemeton não deveria ser possível chegar tão perto a menos que a pessoa precisasse mesmo de ajuda.

Então sem mais delongas eu corro até o local do barulho, o espaço encurta rapidamente e eu consigo usar o avaliar furtivamente.

Sete humanos, um esquadrão de mercenários e um homem besta lobo, beta de Derek Hale.

Isso não é bom.

Escalo uma árvore até ficar oculto pela copa e começo a disparar flechas embebidas em magia de luz isso os desorientou o suficiente pra que eu tivesse tempo de acertar algumas flechas, rapidamente eles se dispersão pra longe deixando o homem lobo no chão.

Desço da árvore e vou até ele gelando.

- Liam...

Liam Dunbar, 16 anos, com sérios problemas de raiva, aqui ele ainda é um adolescente, um da tribo do homem lobo, suas orelhas são de lobo e estão no topo da cabeça de um tom caramelo escuro, o rabo também de lobo sai da base da coluna e no geral ele está bastante ensanguentado e desorientado com uma ferida pulsante no estomago manchada de roxo.

- Veneno a base de acônito – Falo ligando o interruptor do meu cérebro e começando a trabalhar recuperando um balde de água e um pano do inventário, limpando a ferida ao máximo antes de pegar pó de acônito espalhar pela ferida e colocar fogo com uma pedra de ingnição que ganhei de uma fada em troca de um pão fermentado com mel.

Isso cicatriza a ferida, mas ele se mantém com febre, o deito e foro sua cabeça com uma coberta da minha mochila antes de começar a recuperar um remédio a base de ervas pra febre, isso vai ajudar a temperatura a baixar.

Com isso em mente me sinto livre para limpar as outras feridas e aplicar uma pomada antes de arrumar minhas coisas.

- Então foi aqui que você se meteu – A voz de Malu diz atrás de mim.

- Hey, mercenários estavam atrás do carinha

- Você sabe que acabou de se meter em algo grande não é?

- Eu não podia deixar ele morrer

- Por que?

- Ele é amigo do Scott

- Do Scott? Seu Scott?

- Sim, não posso deixar que ele morra, mesmo que seja em outro mundo e talvez Scott nem o conheça

- Oh, ele conhece, posso garantir, a questão é que ele é beta de Derek Hale, segundo mais velho da família Hale, que por a caso são os nobres da área que vamos pra conseguir seus documentos

- Bem, eu não me arrependo

- É bom ouvir isso – Uma voz diz chamando a atenção dos dois

- Bom ver que você acordou Liam

- Oi – Ele diz incerto – Você sabe que vai ter que explicar certo?

- Sei, mas eu me sentiria melhor se você descansasse por enquanto

- Ela não vai me matar? Ela não parece muito satisfeita com você me salvando

- É mais pelo fato de que isso implica explicações que não queríamos dar, não se preocupe ela me obedece e não vai tocar um dedo em você

- Posso pelo menos saber seu nome?

- Stiles

- Obrigada Stiles... – Ele fechou os olhos e dormiu

- Sabe, isso acaba de ficar bem complicado...

- Estou pronto pra isso e você?

- Pronta e a serviço

- Vamos preparar um caldo, Liam vai precisar de força quando acordar

- O que você quiser...