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História Trinta - Champanhe comemorativo e céu cinza


Escrita por: werds

Capítulo 5 - Champanhe comemorativo e céu cinza


“Te disse que estaria aqui para sempre, disse que sempre seria sua amiga, e o que eu jurei eu vou cumprir até o fim.”

Umbrella, Rihanna

Fevereiro de 2027

Às vezes eu chegava na empresa com um sorriso radiante no rosto, honrando meu salto alto e cargo de chefe.

Outra vezes, vezes mais frequentes do que eu gostaria, a minha carranca conseguia ser mais alta que qualquer salto e qualquer salário que eu recebesse.

Acontece que comandar alguma coisa é uma tarefa exaustiva e não parece ter exatamente um momento de pausa. Já me peguei na cama, transando com o Frank, pensando sobre reuniões que eu tive durante o dia. Cara, eu me odiei tanto naquele momento! Tipo, mas que merda?

Mariah fazia um bom papel como assistente e ajudava muito na porrada de preocupações que eu tinha na cabeça, especialmente depois do começo do ano e da pequena desvalorização da libra que fez minha cabeça ferver. Implementei algumas medidas, fiz a promoção de algumas pessoas afim de instigar a efetividade dos departamentos. Eu fiz coisas. Só não me orgulho de tê-las feito para ocultar uma verdade tão feia: o livro de finanças estava quase no vermelho. Fevereiro ia ser punk.

Eu decidi dispensar a ajuda de Thomas. Chegamos num ponto em que a contenção do problema e a negação não ajudaria, e eu queria enfrentar aquela situação sozinha. Além do mais, nós mais flertávamos do que realmente buscávamos entender o que estava acontecendo. Até marquei de tomar um drink com ele para "finalizarmos a relações profissionais", o que deve ser um código para se pegar.

E hoje era terça. Um daqueles dias em que eu chego com carranca e incorporo a Miranda Priestly de O Diabo Veste Prada, e coitada da Mariah.

— Preciso de um conselho. — parei em frente à mesa de Mariah, que se assustou e derrubou alguns papéis. Quis rir, mas nem isso minha carranca me deixou fazer. Ela me encarou com os olhos grandes e castanhos. — Qual é o melhor setor para roubar dinheiro de uma empresa, na sua opinião?

As íris marrons da minha assistente aumentaram ainda mais.

— O que vamos fazer? — sussurrou, receosa.

E aí eu pude rir de verdade, com o humor um pouco melhor.

— Não vamos roubar nada, isso eu garanto. Mas vamos descobrir quem é que está nos roubando. — eu expliquei, a voz amarga por ter que admitir em voz alta minhas suspeitas.

— Caramba... — Mariah murmurou, me olhando com um pouco de pena.

— É. — fechei os lábios numa linha fina. — E então, qual é o melhor setor?

— Financeiro, com certeza. Mas pra passar despercebido... Só sendo sócio, ou da Contabilidade.

— Nenhum dos meus tios faria isso e o problema começou antes de abrirmos o capital. — eu refleti em voz alta, pensativa. — Ok, Contabilidade então. Preciso que você investigue Fitzgerald Gordon, chefe do setor. Pode me trazer os arquivos depois do almoço, tenho uma reunião do outro lado da cidade agora.

— Tudo bem. Precisa de companhia na reunião? Não tinha nada marcado na agenda.

— Não é sobre a empresa. — esclareci, ajeitando a gola do meu casaco. Deixei minha bolsa em cima da mesa, só mantendo a carteira e celular comigo. — E Mariah, sobre o Fitz... Fica entre nós.

— Tudo bem, Anna.

Assenti vagamente e dei meia volta, caminhando até o elevador.

Meu pai estacionou com o carro na frente do shopping de Westminster e me olhou com um sorriso.

Quis contar a ele que estaria investigando um de seus funcionários de mais confiança, mas não consegui. Pelo menos por enquanto.

— Não precisa voltar pra me buscar, vou embora com ele. — avisei e me inclinei para deixar um beijo em sua bochecha. — Tchau, Fletcha.

Fechei a porta do carro e adentrei o shopping, seguindo até o andar subterrâneo.

Corredor F, onde está o corredor F?

Aí está. Junto com Thomas e uma linda BMW ao seu lado.

— Espero muito que você entenda mesmo de carros. — eu avisei ao me aproximar. Ele riu, baixo e sensual de um jeito muito irritante para o meu ventre, e selou os lábios com muita lentidão na minha bochecha. — Não queria trocar nosso drink por essa missão, mas pareceu a melhor solução pra esse meu impasse.

Thomas, em toda sua majestosa pele negra e músculos que caíam bem em roupas casuais, abriu a porta do passageiro do carro pra mim, olhando-me com uma sobrancelha arqueada e olhar sugestivo:

— Me acompanha?

É. E essa foi a história de como eu comprei o Audi do ano, zero km, e fiquei molhadíssima enquanto era instruída sobre como dirigir um carro tão tecnológico. E foi um bom dia, considerando o tanto de dinheiro que gastei, mas era para isso que eu vinha economizando, no fim das contas. Aquiles ia gostar de ficar com meu sedan antigo.

Eu tive que seguir a BMW de Thomas na volta para o shopping de Westminster, afinal, ainda sobrava tempo para um drink. Nos acomodamos numa parte reservada de um dos restaurantes da praça de alimentação e fingimos que conversar casualmente sobre carros era o mais agradável a se fazer.

Tomei um gole da minha champanhe comemorativa com gosto, rindo dos comentários animados da minha companhia. Foi tudo muito rápido quando ele arrastou-se até a cadeira ao meu lado, contrariando toda a regra social do ambiente, e pousou uma mão na minha coxa. Meus olhos se fincaram nos dele como um lince, esperando o ataque. Só não sabia se seria meu ou dele.

Ah, eu queria tanto...

Ainda bem que Thomas repousou uma mão na minha bochecha e aproximou nossos rostos, soprando o hálito de champanhe nos meus lábios, então eu podia dizer que foi assim que ele me forçou a abrir a boca, não é? E aí é só culpar a vida por nossos lábios se encontrando num beijo que era tudo, menos inocente. A língua que conversava com a minha entendia bem o idioma falado, e até o polegar na minha bochecha sabia como me acariciar. Pousei minha mão em sua nuca e deixei que a lentidão que era o beijo fluísse em seu curso, até que nós nos cansássemos ou quiséssemos mais.

Só que aí meu celular vibrou no meu bolso, me despertando. No meu cérebro brilhou o nome do Frank e eu precisei me afastar.

— Sinto muito, é que está na hora de voltar para o trabalho. — eu expliquei baixo e selei nossos lábios pela última vez. — Talvez um dia a gente continue isso.

Thomas deu um sorriso singelo, os olhos escuros brilhando ao encarar meu rosto, e assentiu.

Peguei muito trânsito na hora de voltar para a empresa, então comecei a divagar sobre a vida. O primeiro nome que veio em minha cabeça foi o de Frank. Eu gostava da companhia dele. Ter beijado Thomas não era nada demais, porque nunca nos prometemos exclusividade para eu sequer falar em traição, mas mesmo assim... A diferença que um beijo e outro podem ter é uma coisa que nos coloca pra pensar. Thomas parecia saber onde me tocar e como me beijar, o que me deixava curiosa.

E ainda tinha meu aniversário de trinta anos chegando.

Que número.

Eu não queria comemorar uma data tão importante beijando Frank como se ele me causasse as mesmas sensações que Thomas causou. Não era justo comigo, nem com ele, não depois de um ano tão difícil assumindo o controle da Fletcher's. Eu merecia mais, queria mais. E tinha de ser algo especial.

Andei um pouquinho com o carro, ainda presa no engarrafamento, e peguei meu celular.

Anna: Que horas são aí na Califórnia? E aí em sei lá qual é o lugar em que a Roberta está? Aqui são duas e quinze da tarde.

Dominique: Eu ACABEI de acordar. Seis da manhã!

Roberta: Quatro da tarde com muito sol e areia branquinha. Grécia, lindas, Grécia. Encarnei alguém de Mamma Mia. Por que vocês estão ressuscitando esse grupo quase nunca utilizado?

Anna: Estou com saudade e não tenho vergonha de admitir. Venham me ver, eu pago!

Roberta: Só porque agora você é dona da porra toda tá querendo comprar a gente, Anna Louise? Deus tá vendo.

Dominique: Eu também tô com saudade de vocês, com saudade disso, aaaaaaa

Roberta: Para, eu vou chorar e tá muito sol e lindo pra eu fazer isso.

*Roberta enviou uma foto*

Anna: Para de fazer inveja nos outros, Edwards!

Dominique: Eu vejo o oceano Pacífico todo dia pela janela do meu quarto, vai se ferrar, Roberta.

Anna: Não tem graça nenhuma falar com vocês, tô sofrendo num engarrafamento com céu cinza!                               

*Anna enviou uma foto*

Roberta: Meus pêsames, amiga.

Dominique: Desculpa, Anna. Olha como eu estou linda escovando os dentes.

*Dominique enviou uma foto*

Eu ri, animada com a disposição das meninas para falar. Acontecia poucas vezes, mas quando acontecia... Ah, era precioso. Eu me sentia aconchegada.

Anna: Chamei vocês porque sou a próxima a trintar.

Roberta: Trintou toda!

Dominique: Essa gíria é horrível.

Anna: Horrível é fazer trinta fucking anos.

Roberta: Ai, para de drama, estamos lindas e maravilhosas.

Sorri.

Anna: Quero vocês aqui!!!!! Sério, 30 é importante, preciso mesmo ver vocês. Quero um jantar bem legal com os amigos da escola e tudo.

Dominique: Ah, Anna...

Anna: Os amigos que ainda falam com a gente, no caso. O que é nós três, o Malik, porque ele é obrigado já que é seu esposo, e o Keitel porque ele me deve uma.

Dominique: Ele não é meu esposo!

Roberta: Keitel? Isso é 2015 demais pra mim.

Anna: Gente, é sério, eu preciso disso. Me ajudem a contactar todo mundo. Vou fazer uma festa em casa, muita bebida e comida gostosa, só que decente porque somos quase idosos.

Roberta: Seu macho vai?

Anna: Não. Não quero o Frank num momento desses, quero vocês!

Dominique: Mas a gente nem conheceu ele ainda, Anna!

Anna: Ele não é sério assim, fiquem tranquilas. Só digam que vão tentar vir! Vou falar com o Liam também, talvez com Louis Tomlinson também.

Roberta: Estou gostando mais dessa situação. Ir pra festa pra ver ex e nenhum pedacinho de mal caminho é tristeza, não acha?

Dominique: Aquieta o fogo, Roberta.

Roberta: Amiga, depois de tantos anos você ainda acha que isso é possível?

Dominique: Tem razão, você é impossível.

Roberta: Obrigada.

Dominique: Não é um elogio.

Anna: Pra vocês estarem falando tanto assim, significa que virão, né?

Roberta: Não sei, Anna, o dinheiro está escasso e eu tenho o roteiro planejado até maio.

Anna: Caramba.

Roberta: Desculpa!

Anna: Eu entendo, Rob, relaxa. Só queria mesmo que vocês viessem.

Dominique: Vou falar com o Zayn, mas EU vou sim, fica tranquila.

Anna: Já estou <3

Roberta: Aí Fletcher, já que você tá chamando meu ex, pensou em chamar o Harry Styles pra você?

Revirei os olhos.

Anna: Você não perde a chance de ser maldosa, né?

Roberta: O quê? Foi uma pergunta genuína!

Anna: Styles é passado. Não consigo imaginar ele na minha vida agora, nem mesmo no meu aniversário! Eu nem sigo ele no Instagram ou Facebook, então realmente não sei mais dele há muito tempo.

Dominique: Eu sei.

Roberta: É??????

Anna: Ah, não.

Dominique: Em respeito a Anna, não vou falar nada. Me chama no privado, Rob, que eu te atualizo da vida do Styles.

Roberta: Belezinha.

Anna: Suas traíras!

Roberta: Te amamos!



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