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História True Love - Korrasami - Do Amanhecer Ao Anoitecer - História escrita por Yui-Funami - Spirit Fanfics e Histórias
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História True Love - Korrasami - Do Amanhecer Ao Anoitecer


Escrita por: Yui-Funami

Notas do Autor


Boa noite 😋
Mais um capítulo fresquinho para vocês!
Quero agradecer os novos leitores e os antigos!
Agradeço os fantasminhas que deram as caras e até fizeram contas aqui no Spirit 💓
Hoje em especial, eu nao vou falar dos erros 😁 capítulo inteiramente revisado pela minha editora (brava pra crl) Camila💓 Muuuuuito obrigada Camilaaa😉
Sem mais delongas aproveitem! E comentem a opinião de vocês 😆

Capítulo 22 - Do Amanhecer Ao Anoitecer


Fanfic / Fanfiction True Love - Korrasami - Do Amanhecer Ao Anoitecer

POV ASAMI.

Dia seguinte...

Acordei cedo com Akane me chamando. Eu realmente não gostaria de sair da cama naquela manhã...

A ficha caía aos poucos, meu coração parecia que pararia a qualquer instante. Era torturante sentir seu cheiro, estar no seu quarto, tocar suas roupas e não a ter por perto. Meus olhos me enganavam, procurando-a em cada canto daquele quarto. E por fim, a agonia apertava minha garganta e minhas lagrimas eram abafadas pelo travesseiro contra meu rosto.

 

 - Eu já vou. Só um minuto...  – Respondi sem olhar para a porta ao escutá-la se abrir.

 - Bem, desculpa entrar sem bater, mas precisamos ir. – Bolin abriu a porta, visivelmente triste.

O dia parecia mais frio que o normal... uma leve chuva açoitava os habitantes da tribo que insistiam em sair para fora. Alguns para tentar concertar o estrago em suas casas, outros caminhando sem ânimo ou força de vontade rumo ao que vinha pela frente. E infelizmente eu era uma delas...

 - Bolin... – Chamei seu nome – Você viu se a Pemma voltou para casa essa noite? – Perguntei enquanto caminhávamos pelas ruas.

 - Não. – Respondeu Akane primeiro, alguns passos à nossa frente – Ela não saiu do lado do corpo do Tonraq...

 - Entendo... parece que as coisas hoje vão ser bem agitadas. – Suspirei dando continuidade ao meu passo sem pressa.

10:00

Hoje, nos reunimos para nos despedir dos nossos entes queridos, que foram pegos nessa terrível tragédia que se abatera sobre nossas famílias.

Um velho ancião dizia as últimas palavras no cemitério da tribo. Era torturante escutar aquelas mesmas palavras. Não importava o local, discursos fúnebres são sempre os mesmos. Eu procurei não me atentar àquelas palavras ou acabaria por adivinhar todas as palavras do ancião. Preferi atar o restante das minhas forças acompanhando toda a tristeza que era compartilhada por todos, enquanto uma fina garoa se fazia presente no mau tempo. Por fim caminhei sem rumo, parando apenas ao lado daquela fileira de caixões onde debrucei o peso do meu corpo em uma cadeira.

Mulheres, homens, idosos e crianças velavam seus parentes. Todas a seus modos. Grande parte chorava de forma escandalosa, outros deixavam a revolta tomar suas almas. E alguns, como eu, eram embalados por um copioso choro em silencio que dilacerava nossos peitos em diversos sentimentos conflitantes ao nos perguntar: por quê?

  - Asami... – Bolin me abraçou trazendo Akane, sentando-se entre nós duas – Eu sei que está difícil, – Desabafou ele – então quero que saibam que podem contar comigo para o que precisarem.

Akane desabou em lagrimas apoiando sua cabeça no ombro dele.

Todos estávamos vestindo preto, sempre achei clichê pessoas usando roupas pretas em funerais. Hoje percebi que não existe outra cor que nossos sentimentos aceitassem. É uma forma marcante para expressar tamanha dor que se fazia presente.

Ao final da tarde todos os caixões foram abaixados lentamente. Enquanto os falecidos recebiam as últimas honras, embaladas pela chuva, que se tornava um pouco mais intensa. Alguns dominadores de água aproveitaram os pingos da chuva estendendo uma enorme tenda de gelo por cima de nossas cabeças.

 - Você gostaria de dizer alguma coisa senhorita Asami? – Perguntou o ancião - Afinal sem você poderíamos ter perdido mais vidas.

 - Eu não fiz nada demais. Eu agradeço, mas existem pessoas mais apropriadas no momento. – Respondi apática, olhando para o nada a minha frente.

Aos poucos todos deixavam o cemitério. Apertei meus braços em volta do meu corpo, tentando dissipar o frio que soprava me fazendo ter leves tremores. Acabei demorando um pouco mais ao olhar todas aquelas covas à minha frente, repassando tudo que aconteceu passo a passo... O tempo iria piorar e provavelmente uma grande nevasca não demoraria a ser anunciada.

 - Asami, vamos para a casa da Pemma? – Perguntou Bolin, levando as mãos aos bolsos encarando o chão, me tirando de meus devaneios ao olha-lo.

 - Não. Você pode ir.

Respondi tomando outro rumo, secando algumas lágrimas que escorreram sobre minha face.

***

 - Oi... Como ela está? – Perguntei já abrindo a porta do grande salão.

 - Ela acordou agora a pouco. Balbuciou algumas coisas, mas voltou a dormir. – Respondeu Kya, de costas, preparando algum remédio.

 - Kya, e a Kaori?! – Akane tomou a frente tentando controlar seu nervosismo – Ela sobreviveu ao tratamento!?

 - Foi por bem pouco, mas minha mãe conseguiu salvá-la. – Kya esboçou um leve sorriso ao dar a notícia – Por isso tome conta dela e não a deixe fazer movimentos bruscos por duas semanas. Ela será transferida para um leito assim que eu terminar essas coisas aqui.

 - Ah sim, eu vou ajudar no que for preciso. – Na minha frente havia uma garota disposta a ajudar no que fosse necessário.

 - Eu não acho que você saiba...

 - Pode deixar, eu vou ajudar também. –Respondi me levantando da cadeira, parando ao lado de Akane que me agradeceu com um leve sorriso – Eu entendo um pouco do que você estava separando para preparar. Quando voltar tudo estará adiantado.

Kya não acreditou muito em nosso compromisso de preparar todos aqueles remédios. Mesmo assim ela se retirou rapidamente.

 - O-obrigada... -  agradeceu receosa ao pegar alguns frascos.

 - Isso não foi nada, eu quem devo agradecer. – Parei, encarando-a – Se não fosse pela Kaori...

 - Não peça desculpas por isso. O que aconteceu foi… foi... – Ela me respondeu pousando sua mão esquerda em cima da minha ao me olhar nos olhos– A Kaori pode ser uma cabeça dura, mas por mais que isso me parta o coração, – Akane fez uma pausa tomando uma longa lufada de ar – ela jamais teve uma amizade assim. Por causa da Korra ela se reaproximou do Bolin de uma forma verdadeira e ainda ganhou uma melhor amiga. Kaori se tornou alguém melhor. – Sorriu ela, tentando se animar – Ela é alguém por quem eu daria a minha vida se fosse preciso.

Depois dessa breve conversa, o silencio se fez presente. Nos concentramos apenas em organizar e separar todos os remédios. Algum tempo depois vimos Kaori ser colocada em uma cama mais à frente. Akane correu em sua direção, segurando sua mão. Ela estava fraca, porém consciente.

***

18:45

 

O tempo lá fora piorava, mas nada disso me importava. Eu estava onde queria. Eu seria a primeira pessoa que ela veria, nem que para isso eu tivesse que varar a noite em claro.

 - Tome. – Kya me estendeu uma caneca de chá – Vai te aquecer um pouco e também tem efeito relaxante.

 - Relaxante... – Peguei a caneca arqueando uma das sobrancelhas ao esboçar um sorriso um tanto irônico – Não acho que isso consiga tirar a tensão em que eu me encontro, mas se me aquecer já é o suficiente. – Respondi agradecendo ao ingerir alguns goles do chá, sentindo o arder do gengibre misturado a flor de laranjeira em minhas papilas.

 - Só procure não se cobrar ou exigir de mais de você. O seu esforço ontem foi decisivo e você deveria descansar. – Dizia ela indo para a porta – Outro médico irá tomar conta do turno da noite. Se algo de anormal acontecer, mande me avisarem – Sorriu ela se despedindo ao fechar a porta.

23:35

O sono persistia em deixar minhas pálpebras pesadas. Andar de um lado para o outro da sala já não estava sendo o bastante. Por um lado, existiam plantas capazes de nos fazer relaxar e até dormir. Em algum momento da minha vida eu definitivamente buscaria algo enérgico que me despertaria desse sono.  Korra arfou dormindo, tirando-me dos meus pensamentos mirabolantes, que eram divididos entre novos equipamentos para a fábrica e a ideia de comercializar algo que espantasse aquele maldito sono do meu corpo. Em passos largos debrucei meu corpo com cuidado, certificando-me que ela apenas deveria estar tendo um pesadelo.

 - Tá tudo bem... – Sussurrei em seu ouvido ao acariciar seus cabelos curtos – É apenas um pesadelo meu amor, eu te protejo.

Ela voltou a dormir serena na cama, arrancando-me um leve sorriso bobo. Minha vontade era enchê-la de beijos, mas eu não iria acorda-la apenas pelo capricho de escutar sua voz e de alguma forma acabar por atrapalhar sua recuperação.

03:15

 - Korra! – Chamei minha namorada um tom mais alto ao despertar em minha cadeira assustada por um maldito pesadelo onde eu a perdia.

 - Eu estou aqui Sami... – Escutei sua voz pela primeira vez em horas de espera.

POV KORRA.

Acordei com minhas costas doendo pelo desconforto de estar a muito tempo deitada. Minhas vistas estavam embaçadas, o que me levou a esfregar meus olhos. Depois de longas piscadas me acostumando com a pouca iluminação, meu campo de visão não poderia ser mais reconfortante... Asami estava dormindo profundamente em uma cadeira ao meu lado. A luz que vinha de fora me fazia enxergar seu rosto em meio a leve escuridão do grande salão. Não sei por quanto tempo me peguei admirando seu rosto ou olhando em volta para todas aquelas camas ocupadas por feridos. Alguns lapsos iam e vinham me fazendo ter uma incomoda dor de cabeça em minhas têmporas.

 - Korra! – Ela acordou assustada suando frio e me chamando.

 - Eu estou aqui Sami... – Respondi encontrando em seus olhos uma expressão de alivio.

 - V-você está acordada a muito tempo?  - Perguntou ela, sentando-se na cama e tocando meu rosto.

Segurei sua mão em meu rosto, sentindo o conforto daquele gesto.

 - Eu não sei direito a quando tempo, – Fui sincera – mas você estava linda dormindo. Eu não poderia te acordar de forma alguma.

 - Sua boba – Dizia ela ao me abraçar escondendo seu rosto na curva do meu pescoço – Nunca mais me deixe dormindo quando você acordar... nunca mais me deixe...

Asami me explicou como tudo aconteceu. Lapsos iam e viam me fazendo muitas das vezes terminar algumas explicações da minha namorada.

 - E então o Zarrir conseguiu fugir... – Asami me deu a noticia cabisbaixa – Nós tentamos de tudo, a Kaori quase morreu impedindo-o de te matar.

 - Eu tenho uma grande dívida com ela. – Disse para mim mesma, cerrando meus punhos – Ela poderia ter morrido e eu não me perdoaria se isso tivesse acontecido.

 - Ela realmente me surpreendeu... Eu confesso que não esperava isso dela.

Asami conversava comigo olhando para frente em um canto à esquerda. Acompanhei seus olhos e vi Akane em uma poltrona ao lado de uma cama. Ela segurava uma mão carinhosamente enquanto dormia. Presumi que a cabeça dura da Kaori estava ali, próxima a mim como sempre.

 - Asami, eu falhei com vocês... – Sussurrei sentindo o remorso me invadir e minhas mãos amarrotarem aquele lençol – Mas eu prometo que daqui para frente eu vou ser um Avatar melhor! – Puxei sua mão trazendo sua atenção – Eu deveria ter sido capaz de resolver a situação! – Lágrimas escorreram dos meus olhos, e eu não ousei encarar minha namorada – Eu tenho que treinar mais! Não vou parar até que o miserável do Zarrir esteja em minhas mãos! Eu...

 - Shiiii.... – Sami me interrompeu afagando meu rosto e secando minhas lágrimas – Tudo ao seu tempo. A tribo precisa muito de você... ela precisa de um líder. Alguém que dê um rumo para eles seguirem.

 - Você não entende, a pressão tá toda em meus ombros. Ser o Avatar exige mais que a melhor dedicação que eu possa ter... – Rebati as palavras de Asami, extravasando meu estresse – Você não sabe o que é esperarem sempre mais de você...

 - Eu não sei o que é pressão... – Asami cruzou os braços na minha frente arqueando uma das sobrancelhas – Ser filha única do renomado Hiroshi Sato, herdeira de todo seu império com o objetivo de superar toda tecnologia do meu pai. E ainda me preparar mentalmente para as barreiras que vão se erguer, pelo simples fato de que eu não sigo os clichês da sociedade e namoro a garota mais vida pública que possa existir.

Asami relaxou seu corpo, inclinando-se novamente e me abraçou me envolvendo, tomando certo cuidado. Acabei desabando em lágrimas abafadas por seu ombro direito. Lembrei-me do meu pai... Eu não sabia se ele estava vivo. Eu não tinha ideia de como o meu lar estava e de quantas pessoas foram perdidas nesse ataque que devastou grande parte de tudo que eu conheço.

 - E meu pai... – Sussurrei quase inaudível – Ele... O meu pai, ele sobreviveu? – Perguntei hesitante.

 - Sim... Ele sobreviveu. – Asami esboçou um leve sorriso – Ainda está se recuperando e ainda não acordou...

 - Como assim não acordou? – Perguntei preocupada, afastando nossos corpos ao encará-la.

 - O quadro dele era estável... – Asami respondeu sem me encarar – Kaori teve que ser reanimada Korra, ela quase morreu. Acho que só não bateu as botas por que até pra isso ela é muito marrenta rs... – Ela finalmente me olhou nos olhos esboçando um sorriso forçado – Terminamos a inserção, mas seu esforço foi tão grande que eu fui jogada em uma onda de energia para trás.

 - Desculpe, eu devo ter exagerado... – Respondi sem encará-la.

- Exagerado!? Você quase morreu! Eu não sei se conseguiria suportar perder você – Soltou ela irritada, arrependendo-se em seguida – Olha, me desculpe por isso eu não deveria ter falado assim... acabei sendo egoísta né... – Sorriu ela de lado, ao rir sem graça tocando levemente minha mão esquerda.

Por reflexo afastamos nossas mãos ao tomarmos um leve choque pela aproximação.

 - Eletricidade estática... – Comentou Sami sorrindo e olhando nossas mãos.

 - Nossa química provoca até faíscas rs – Respondi me aproximando.

Envolvi as mãos da minha namorada a puxando e pela primeira vez senti o gosto de seus lábios. Não era um beijo cheio de luxuria como fazíamos quase sempre. Era mais como um reencontro de sentimentos... Envolvi seus lábios macios contra os meus, selando-os sem pressa. Meu coração disparou acompanhado da respiração levemente descompassada que ambas apresentávamos. Tratei de envolver sua cintura delicadamente e suas mãos percorreram meus braços parando em meu rosto.

 - Eu deveria ter tentado encontrar outra forma de salvar o meu pai... eu também não me vejo longe desses olhos verdes – Sussurrei em seu ouvido, descendo devagar depositando leves mordidas e beijos na curva do seu pescoço. O cheiro dela era algo inebriante e necessário para os meus dias.

 - Eu também peço desculpas, acabei me expressando mal. – Respondeu arfando baixinho ao sentir um arrepio percorrer seu corpo. Sami recostou sua cabeça em meu ombro controlando seus impulsos– Mas só de pensar em te perder eu...

 - Eu já disse... – Roubei um delicado selinho dos seus lábios – Eu estou aqui... eu nunca vou te deixar Sami.

 - Mas você quase deixou... – Asami afastou nossos corpos me encarando – Quando você salvou seu pai, seus ferimentos que já eram graves ficaram em estado crítico pelo esforço empregado. – Continuou, tocando em meu abdômen me arrancando uma careta de dor -  Korra você estava sangrando até morrer! Eu perdi o controle, me desesperei ao te ver caída perdendo sangue. Se não fosse a Kya surgindo do nada eu poderia ter perdido você.

Asami me contou que eu perdi a consciência assim que salvei meu pai. Que a Kya apareceu como um verdadeiro anjo no campo de batalha e que descobriram que todo esforço da batalha e o ferimento em meu abdômen estavam causando inúmeras hemorragias em meu corpo. Katara conseguiu reanimar a Kaori e estabilizar seus sinais vitais. Eles então correram contra o tempo tratando e estancando todas as minhas hemorragias. Mas segundo Sami, minha vida se esvaia a cada segundo devido à grande perca de sangue. Em um ato de desespero, Asami implorou para que me salvassem, nem que ela tivesse que morrer em meu lugar.

 - Você não deveria ter se arriscado...

 - Eu irei me arriscar todas as vezes que for preciso. – Respondeu se aninhando cuidadosamente em meus braços em minha cama – Você vive se arriscando por todos e colocando sua vida sempre de lado...  Korra, eu não consigo imaginar minha existência sem você... – Senti minha blusa molhar e ela enxugar suas lagrimas.

Sami me contou que a pedido dela, Katara realizou uma transfusão utilizando a dobra de sangue. Ela conseguiu em um teste rápido ver que Asami era compatível com meu sangue. O procedimento foi extremamente doloroso e arriscado para Sami.

 Katara e Kya trabalharam juntas extraindo parte de seu sangue ao mesmo tempo que o inseriam em meu corpo. Ela teve que ser amarrada em uma cama para não se contorcer e atrapalhar o processo extremamente delicado entre retirar seu sangue, manter seus sinais estáveis e realizar a transfusão em meu corpo. Ao final ela acabou desmaiando, assim que Kya anunciou que meus sinais vitais estavam se estabilizando e que elas poderiam continuar meu tratamento com mais calma.

Depois de conversar um pouco mais acabamos adormecendo naquela posição.

***

(NO OUTRO DIA)

 - Vejo que as duas já estão bem melhores...

 - Tenho certeza que sim. Eu admiro o amor que move o caminho dessas duas um ao lado do outro...

Escutei Kya e Katara conversando...

 Abri meus olhos vendo minha namorada deitada de volta na poltrona, segurando minha mão enquanto dormia.

Katara acenou e logo elas foram cuidar dos outros pacientes.

 - Sami... – Chamei cuidadosamente.

 - Eu estou acordada... – Respondeu ela com a voz discretamente manhosa – Elas já foram?

 - Já sim... – Respondi rindo discretamente achando graça – Porque estava fingindo?

- Eu não queria que elas estragassem o momento, você não tem ideia de como é bom escutar sua voz me chamando, eu quero escutar todas as manhãs da minha vida – Respondeu ela me roubando um selinho.

***

(MAIS TARDE)

 Depois da reunião com todos os cidadãos da tribo para tentar tomar as melhores decisões, eu finalmente cheguei em casa. Minha mãe e Asami faziam de tudo para que eu não me esforçasse tanto, pois meu estado ainda necessitava de cuidados.

 Toc, toc, toc...

 - Eu sei que é você... entra logo.

 - Ranzinza como sempre – Comentei ao entrar – Tem certeza que você não é parente da Beifong? – Brinquei ao me sentar na ponta da cama.

 - Hahaha, muito engraçado... – Respondeu ela, cruzando os braços - Eu ainda estou me perguntando o que me deu na cabeça pra arriscar o meu pescoço por você. – Disse ela, fazendo uma careta.

 - Eu não sei o que deu em você, mas eu vim para agradecer o que fez por mim. – Fui sincera ao encará-la – Eu nunca terei como te agradecer, mas eu espero retribuir o que fez por mim.

 - Você faria o mesmo por mim, não faria? – Disse ela, esboçando um sorriso – Afinal amigos de verdade fazem isso né...

 - É, fazem sim – Respondi sorrindo – Eu faria o mesmo por todos vocês sem pensar.

 - Eu sei que faria – Disse ela estendendo a mão que eu prontamente apertei em resposta– Mesmo que ser sua amiga seja muito problemático, eu não poderia pedir uma melhor amiga mais a altura do que isso.

 - Korra... – Chamou minha mãe ao bater na porta – Temos visita. Katara, Zuco e Toph nos aguardam na sala.

 - Diga a eles que eu já estou indo.

Olhei para Kaori com um sorriso amarelo estampado.

 - Vai lá, o dever a chama, ó senhora do destino. - Zombou ela batendo continência – Avise a Akane que eu estou aguardando por ela.

***

 - É um prazer rever todos vocês – Iniciei a conversa – sintam-se à vontade, por favor.

 - Obrigada – Dizia Katara – Pena eu não poder trazer boas notícias. – Continuou Katara séria, sentando-se entre Zuco e Toph.

 - Como assim? – Perguntei preocupada – Aconteceu algo com meu pai?

Asami e minha mãe se sentaram uma de cada lado. Minha mãe afagou meus cabelos enquanto Sami me olhou passando certa segurança.

 - Seu pai está vivo, Avatar Korra. – Dizia Toph – Mas é como se não estivesse.

Meu corpo estava tenso e minha mãe não conseguiu esconder sua preocupação. Procurei abraçá-la, dando-lhe algum conforto.

 - Korra, Zarrir conseguiu capturar parte da essência do espirito de seu pai. – Dizia Katara – Quando a garra daquele metamorfo atravessou seu abdômen, ela conseguiu penetrar sua ponta na esfera de energia que protegia o espirito de seu pai. O espirito dele está incompleto. Ele talvez permaneça em estado vegetativo para sempre, pois não sabemos se o fragmento arrancado de seu espirito foi destruído ou devorado. Ele pode acordar com o passar do tempo, mas terá sequelas severas ou pode dormir pelo resto de sua vida.

 - Esse fragmento não foi destruído e muito menos devorado! Zarrir guardou essa parte em uma capsula – Kaori surpreendeu a todos entrando na conversa.

Ela era amparada por Akane na escadaria da casa que dava acesso aos quartos.

 - Você tem certeza do que está dizendo!? – Perguntei me levantando indo ajudá-la.

 - Eu tenho absoluta certeza. – Ela não hesitou ao me responder – Ele me empurrou para o lado desesperado, guardando parte do espirito em uma cúpula, escondendo-a em sua roupa.

 - Isso significa que temos uma chance! – Disse esperançosa olhando para Katara – Se acharmos os responsáveis por todos esses ataques, vamos achar Zarrir!

 - Seu estado de saúde e dos seus amigos ainda requer cuidados. - Respondeu Katara, sentando-se ao meu lado secando as lágrimas de minha mãe – Vocês não têm condições de sair por aí caçando os culpados, é muito perigoso.

 - Hahaha, na nossa idade fizemos coisas piores Katara. – Rebateu Toph, irônica – Pelo visto esta deixando a velhice tomar conta dos seus neurônios.

 - Em nossa época não tínhamos escolha. – Respondeu Katara – Aang era caçado por onde quer que ele fosse, e tínhamos aquele problema com a nação do fogo.

 - Ah... Eu estou aqui – Dizia Zuco levantando a mão - Obrigado por me lembrar...

 - Sem ressentimentos Zuco, éramos jovens. - Dizia Katara, rindo discretamente.

 - Eu entendo que vocês queiram relembrar os velhos tempos – Interferi o flashback, visivelmente impaciente – Mas eu não posso ficar aqui parada enquanto meu pai vegeta em uma cama!

A conversa durou grande parte da noite, e por fim eu fui proibida de fazer justiça com as próprias mãos. Eu teria que esperar Zuco e Tenzin unirem forças na capital de Republic City com o prefeito, para juntar uma força tarefa para investigar o que estava acontecendo e que organização nova surgia para aterrorizar o mundo.

 

Continua...


Notas Finais


Bom turma😎
Estamos no ápice dá fic e novas mudanças irão acontecer 😎
Aguardem 😉


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