POV BRUCE
2 ANOS ATRÁS
– Me diga como ela está J’oon. – pedi preocupado.
J’oon me olhou por uns instantes e parecia pensar no que iria me falar. O que ele não queria me contar?
– Bruce, você vai ter que ser forte. – disse ele me deixando mais nervoso.
– Fala logo J’oon. Como está a Diana?
– Ela tem ferimentos muito graves, está em coma... E...
Sinto como se o mundo tivesse parado. Ele não podia estar falando sério... A minha Diana estava tão mal assim? Não conseguia mais prestar atenção no que ele estava falando, não conseguia nem mesmo respirar. Tudo o que eu estava sentindo agora, era medo e raiva.
– E... ela perdeu o bebê. – disse ele me fazendo voltar a realidade.
– O que disse? – perguntei sem entender.
– Diana estava grávida. – respondeu ele.
Grávida? Diana estava esperando um filho meu? Então era isso que ela queria me contar... Não. Não! Ela não podia ter perdido o nosso filho!
Maldito Coringa.
Eu vou matá-lo.
Irei matá-lo por Diana e meu filho.
Nem que isso seja a ultima coisa que eu faça.
.........................................................................................................................................................
DIAS ATUAIS
Passaram-se dois anos.
Dois anos em que não a vejo. Dois anos que eu o caço. Dois anos que eu não sou mais eu.
E eu não posso mais fazer nada para mudar isso, a não ser matar ele. Coringa. Passo todos os dias da minha vida, caçando esse maldito para matá-lo. Mas ele sempre encontra um jeito de fugir e se esconder, mas hoje ele foi descuidado, hoje ele irá morrer.
Sigo a pista que tenho dele, que vai até o Beco do Crime. Sorrio ao pensar que ele está me testando em me trazer até aqui, onde meus pais foram assassinados. Mas eu não ligo mais para o que esse lugar me leva a sentir. Não ligo para mais nada, nem mesmo para a morte de meus pais. Tudo o que eu me importo agora é apenas em matá-lo, estou disposto a tudo.
Ouço risadas vindas atrás de mim e me viro. E vejo que ele está lá me observando.
– Olha só que veio me ver! Batmanzinho!
Ignoro o que ele fala e vou em direção a ele. Quero esmurrá-lo e acabar com ele. Mas quando chego perto dele, um clarão ofusca minha visão e de repente não estou mais lá e sim na antiga Torre da Liga.
– Acalme-se Bruce. – pediu a voz familiar.
– O que você fez Kent? –perguntei com raiva.
Me virei para trás e vi que ele estava lá sozinho, sentando em uma cadeira, me observando. Eu iria matar ele. Quem ele pensava que era?
– Eu estou apenas te ajudando. – respondeu ele.
– Ajudando?! Você acabou de deixar o Coringa viver seu babaca.
– Bruce, você está fora de si. Veja só o que você fez durante todo esse tempo! – apontou ele para a grande tela de computador que estava atrás dele.
Tudo o que eu via, eram imagens dos bandidos que eu matei, para salvar Gotham.
– O que tem essas fotos? – perguntei sem paciência.
– Você está matando pessoas Bruce.
– Eu estou tirando Gotham da sujeira. Estou deixando a cidade mais limpa.
– Você mata aqueles que roubam comida para poder viver, alimentar seus filhos!
– Roubam do mesmo jeito. Bandidos do mesmo jeito. – respondo querendo acabar logo com o assunto.
– Olha o que você está falando! Você não é mais o mesmo.
– Que bom que você percebeu.
– Diana não iria gostar disso. – disse ele me deixando com raiva.
Pego o anel de kryptonita e boto no dedo sem ele perceber. Ando até ele e paro a centímetros de distância.
– Nunca mais ouse falar o nome dela de novo. – digo lhe dando um soco no meio da cara.
Clark cai no chão desorientado e eu vou para os tele transportadores. Preciso começar a minha busca pelo Coringa de novo.
Se me interromperem de novo...
Irei matar quem entrar no meu caminho.
.............................................................................................................................................
POV CLARK
Bruce não é mais o mesmo.
Todos já desistiram dele, ninguém quer mais se meter com ele, porque sabem das consequências... Mas eu nunca irei desistir do meu melhor amigo.
Bruce e eu podíamos ter nossas diferenças, mas no final, sempre estávamos ali um para o outro. Eu não iria desistir dele. Não tão fácil assim.
Depois de levar aquela surra, fui embora para a minha casa. Não tinha mais nada pra falar para Bruce e ficar monitorando ele era perda de tempo. Ele sabia se esconder e despistar muito bem. Sua vida agora só se resume em matar o Coringa e isso está consumindo ele.
Ele sente a falta dela, mesmo que ele não admita. Ele sente que se matasse o Coringa ele se sentiria melhor, mas ele não vai se sentir. Eu o conheço. Bruce sempre fora contra matar pessoas, contra armas de fogo. Sempre fora contra vingança antes de justiça e agora ele está indo contra tudo o que ele falava e acreditava. Não podia mais deixar ele ficar assim.
Chego em casa e vou para o telefone ver se tem alguma mensagem.
Quatro mensagens.
– Clark! Você se atrasou de novo! Não sei o que está acontecendo com você! – disse Lois.
– Desculpe. Fui grossa. Mas é que eu estou tentando, estou realmente tentando para que você me perdoe! –Reviro os olhos. Lois não me deixava mais em paz. Quando ela ia perceber que eu não queria mais nada com ela? Não podia mais ter nenhuma relação com ela, depois do que ela fez.
– Clark, Shayera quer saber se amanhã está de pé. Ela disse que vai inaugurar a cozinha nova, só para fazer esse almoço para você. Então apareça!
Sorrio com a mensagem de John. Faz dias que eu não o vejo e nem vejo Shayera e Rex. Sentia a falta deles.
– Me liga Clark! – disse Lois de novo no telefone.
Droga! Vou ter que mudar o meu número de telefone.
...........................................................................................................................................
POV BRUCE
– Patrão Bruce, tem certeza de que não quer comer nada? – perguntou Alfred para mim.
– Tenho sim. Hoje o dia foi perdido, então vou descansar um pouco. – respondi subindo as escadas.
– O senhor Kent ligou. – disse ele.
– Quando ele ligar, o mande ir à merda. – falei para ele.
– Como desejar senhor. – respondeu ele.
Fui para o meu quarto e me tranquei lá. Não queria ser perturbado. Me sentei na cama e vi o porta retrato de Diana, na cabeceira.
Diana... Como será que ela está agora?
– Eu sinto sua falta Diana. – digo pondo o porta retrato dela do meu lado da cama e me deitando.
– Por favor, me perdoe por tudo.
Continua...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.