História Tudo é real (Raya Naamari) - A fulga é real

Naamari Pov`s

Pai? Olho para o homem na minha frete e reparo nas nossas semelhanças, o traço do nariz era parecido e seu tom de pele era um pouco mais escuro, porém seus olhos eram réplicas dos meus. 

— Meu pai morreu! Nem sentido tem essa sua afirmação! — digo não querendo acreditar que minha mãe havia mentido para mim. 

Falando em minha mãe, a mesma estava ainda amarrada ao lado do trono, mas ela olhava para mim fixamente e com os olhos marejados. Não pode ser, esse homem não pode ser meu pai.

— Não a culpo por não lembrar de mim Naamari, afinal a última vez que eu a vi você era apenas um bebê. — o homem fez movimentos com o cajado e dois guardas seguraram cada braço meu.

— Ei! Me solte! Eu sou a princesa de vocês! — digo para os guardas, que nem se quer olham em minha direção. O olhar deles estava opaco e o rosto sem expressão nenhuma, a primeira etapa da hipinose.

— fico feliz que puxou o meu lado nerd de dragões Naamari, não é qualquer um que sabe o que esse cajado faz. — ele observa o jeito que minha mãe olha para gente e revira os olhos. — custava contar a história certa? Aff agora eu vou perder meu tempo preciso para explicar a Naamari porque ela deve se juntar a mim.— ele volta o olhar dele para mim. — senta que lá vem história my baby. — ela sorri  e faz sinal negativo com a cabeça — O plano original era eu chegar aqui e eu você e sua mãe se tornamos uma família de novo. A uns 16 anos atrás eu queria que nós fossemos kumandra novamente, mas com uma excessão. — ela da um sorriso macabro e olha para mim — presa comandaria. Porém, os outros reinos nunca aceitariam, então tínhamos que força-los. — ele olha para o cajado e depois para minha mãe. — acho que essa história ficaria melhor com um ponto de vista feminino não acha?

Arregalo os olhos quando ele vira e vai em direção a minha mãe, uma coisa sobre o cajado: o feitiço dele corroe suas vítimas até a morte.

Raya Pov's 

Estava em cima do telhado pensando na vergonha que foi o final do almoço. Aonde eu estava com a cabeça de dar em cima de Naamari? Eu nunca me envolvi com ninguém na minha vida, nem beijar eu sei. Então porque eu ia beijar ela? 

— Aí está minha garota conquistadora! — Sisu senta do meu lado e me balança com sua calda — o que está pegando? Que carinha é essa? 

— Nada Sisu, só quero ficar sozinha. — digo voltando a olhar para as estrelas.

— posso ficar sozinha com você? — ergo minhas sombrancelhas para aquela pergunta idiota e Sisu apenas ignora meu olhar desaprovador. — você gosta dela, né? — respiro fundo e tento achar uma resposta. O que eu sentia pela Naamari?

— minha história com a Naamari é complicada Sisu, não sei dizer o que sinto por ela. — Sisu sorri para mim 

— Olha, primeiramente eu nem virei o nome da Naamari — ela aponta para a estrela mais brilhante do céu — eu perguntei se você gostava dela. — Sisu para se rir e me olha seriamente. — Você e Naamari são complexas. Ambas tem problema de confiança, porém Naamari não se perdoou e isso faz ela se fechar. — Sisu suspira — Sinto que só você pode quebrar aquelas barreiras que ela impôs em volta dela. Mas, para isso você tem que ter certeza do que sente.

— Esse é o problema Sisu! Eu não sei o que eu sinto. — me exalto e levanto. — Nós éramos inimigas a algumas semanas atrás! Ela queria me matar a umas semanas atrás! — Sinto meus olhos marejarem — eu nunca quis machucar ela, mas ela sempre me machucou! Toda vez que eu sedi ela me apunhalou... Mas, quando ela salvou a todos nós eu...eu...eu não consigo vê mas o mal nela. Era para eu desconfiar Sisu! Era para eu me afastar! Ela bagunça meus pensamentos e... Meus sentimentos também! Ela faz eu não me reconhecer mais. — Sisu me abraça

 — vocês crescem tão rápido, minha menina já está apaixonada. — me afasto da Sisu e tento compreender aquelas palavras.

Eu não estou apaixonada, estou confusa isso sim. Eu e Naamari somos muito complicadas e não dariamos certo... Mas, quem sabe.

Naamari Pov's 

Meu mundo desabou aparti do momento em que aqueles rubis do cajado foram usados contra a minha Mãe.

— NÃO! POR FAVOR DEIXA MINHA MÃE EM PAZ! — eu supliquei, usei toda minha força, para me soltar, até que mais dois soldados vieram me segurar.

Já era tarde, minha mãe já estava ao controle dele.

— Conte para ela o resto da história baby— disse o desgraçado aprontando o cajado para minha mãe e tirando o lenço da sua boca.

— Claro Luke, direi a história. — disse minha mãe com olhar vago. — Eu queria poder, presa era muito mais civilizada então merecia reinar sobre os outros reinos. Então Luke, seu pai, apareceu com uma lenda, um Cajado. Esse cajado poderia hipnotizar dragões, mesmo eles estando pedrificados.  Então Luke foi atrás dele, mas nunca mais havia voltado, pelo menos até hoje. 

— Ok, eu demorei tanto porque vocês trouxeram os Drunns novamente! — Luke olhou para minha mãe com ódio — VOCÊ NÃO SEGUIU NOSSO PLANO!—ele bateu o pé no chão e bufou. Olhou para mim — minha filha, nós podemos concretizar o plano, nós podemos fazer nossa Kumandra, o que me diz? — ele andava em minha direção com um sorriso esperançoso no rosto.

— NÓS É O CACETE! — grito e me solto dos guardas sacando minha espada e indo em direção dele. 

Ele se protege do golpe com o cajado e o som do atrito faz meus tímpanos doer. 

— ATAQUEM ELA! — uns 10 guardas me cercam e eu fico em posição de ataque. Eu não conseguiria vencer aquela luta.

— Princesa Naamari!  — Diana, guerreira do exército de presa entra na sala do trono em cima de Serlot 

Foi muito rápido, quando fui ver já estava em cima de Serlot pulando a janela da sala real.