CAPÍTULO 8
O passeio (encontros e desventuras)
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— Valeu. — Chaery fala tímida, assim que terminam de fazer os pedidos.
— Hum?
— Por ter me chamado, Han. Eu sempre quis vir aqui... na loja de chá temática do País das Maravilhas. — ela sorri, analisando o local. — Quer dizer, fiquei com vontade de vir desde que vi no mapa. — se corrige, rindo de leve.
— Não precisa agradecer por isso, Chaery. — sorri. — Na verdade eu agradeço por ter aceitado!
— Afinal, por que me chamou? — ela diz curiosa.
— Como assim?
— Ah, é que você poderia ter chamado qualquer outra pessoa, tipo o Hyunjin, Minho, Seungmin, Yeji ou Yuna. Por que logo eu?
— Porque nenhum deles é você. — fala e acaba deixando a garota com o rosto avermelhado. — Por quê? Sou tão chato assim? — finge que está triste, arrancando risadas dela.
— Não, né! É que... Na verdade, estou muito feliz, de verdade. — dá uma pausa. — Até achei que estava sonhando quando me chamou. — ela fala essa última parte mais baixo.
— Hum?! — Han pergunta, fingindo que não ouviu o que ela disse. Sim, ele queria ouvir isso novamente. Ele tinha entendido certo mesmo?!
— N-nada! — ela mexe as mãos junto ao falar isso, nervosa.
— Temos que fazer isso mais vezes também. Gosto de ficar com você. — ele toma coragem: — Só com você...
Chaery sente seu coração bater mais do que mil por hora e as famosas borboletas no estômago. O que estava acontecendo com ela? Ela nunca havia sentido isso antes! Será que ela estava ficando doente?!
— Eu também gosto. — ela diz envergonhada, nem conseguindo olhar para ele ao confessar.
Os pedidos deles logo chegam: os seus chás e pedaços de bolos... todos sabores surpresas do País das Maravilhas! Eles começam a comer, conversando animados. Eles se sentiam confortáveis e alegres com a presença um do outro. Eles podiam até estar ignorando… mas sabiam que um sentimento novo estava surgindo e se fortalecendo de dentro deles.
Em um momento, o garçom quase derrubou a bandeja toda no Han enquanto passava. Só não caiu porque, de repente, todos os objetos simplesmente pararam no ar. Levitando! Eles não sabiam se era algo maluco do País das Maravilhas… depois descobriram que não... algo de fora fez com que os objetos levitassem e evitassem que caíssem em Han!
Mas o quê? Na verdade... quem?! Yuna não estava perto, não poderia ser ela... quem foi então?
Chaery guarda algo dentro do seu bolso e suspira, aliviada.
Enquanto isso, Hyunjin e Yeji terminavam de escolher os doces e pagar. Quer dizer, Hyunjin pagou, já que foi o último a chegar.
— Maldito Han! Era para ele ter pagado junto! — Hyunjin resmunga assim que saem da loja, com várias sacolas por conta da quantidade de doces, que seriam para todos!
— Calma, lobinho. E foi por culpa sua que ele se atrasou junto. — ela diz simples e sorri para ele. — Então, tecnicamente, você foi o último.
— Aish, até você?
— Como assim “até você”? Eu te conheço melhor do que ninguém, esqueceu? Pra você eu sou tipo... — ela para de falar para pensar. — o Lobo Mau pra Chapeuzinho!
— Que metáfora ruim, hein, Yeji... Não tinha mais nada melhor para comparar? — ele sorri, a provocando.
— Shh, Hyunjin. Eu dei o meu melhor. — fala rindo. — O que importa foi a intenção. E você entendeu, né?
— Entendi, sim. Somos inseparáveis mesmo, admito.
— Boa! — fazem um “hi 5” e continuam andando.
Isso até que duas pessoas esbarram neles e são puxados cada um para um canto.
— Mas que diabos…? — Hyunjin exclama assim que isso acontece. — Ah não... Você não!
— E aí, priminho. — Bang Chan fala.
— Fala logo o que quer. — Hyunjin fica irritado e olha para Yeji, que foi puxada por Changbin.
— Nossa, que grosseria com seus familiares. — Bang Chan o provoca.
— Fala sério, Chan... não tem ninguém aqui ouvindo. Não precisa colocar essa sua máscara falsa! — retruca no mesmo tom.
— Já que está pedindo, vamos direto ao ponto! — dá uma pausa. — Sabe que mesmo se convertendo para o bem ainda há uma pontada de maldade dentro de você, né?
— Sei... — Hyunjin olha para baixo, mesmo não querendo que fosse verdade... isso era real.
— Dá para voltar. — Bang Chan o olha sério. — Voltar para a sua origem e destino original.
— Sabia que tinha algo a ver com isso... — ri sarcástico. — Não existe isso de “original”! Somente eu decido o meu destino! E não vou, Chan, não vou!
— Eu sei, eu sei. Calma, surtadinho! — ri de leve e dá tapinhas no ombro dele. — Só estou dizendo que se mudar de ideia... já sabe, né? Estarei aqui! — faz um barulho com os dentes e se afasta dele, indo até Changbin e o arrastando para longe.
— Isso foi estranho... não teve nenhuma ameaça dessa vez. — Hyunjin comenta ao se aproximar de Yeji.
— Céus, aquele garoto já me irrita! — ela fala.
— Ele fez ou tentou algo? — ele coloca uma mão no braço dela, preocupado.
— Nada de diferente das outras vezes... Só aquelas falhas tentativas de flertes. Ele ainda não entendeu que não precisamos seguir o destino original dos contos!
— A próxima vez que nos encontrarmos eu soco aquele anão! Juro!
— Ai, ai, lobinho, não precisa. — ela ri de leve. — E, afinal, o que o Chan queria com você?
— Nada demais, também. — ele desvia o olhar, incomodado.
— Era aquele assunto, né? De você ainda ter maldade dentro? — ela pergunta preocupada, esse era um assunto sensível para ela também.
Ela adorava o amigo e ele era uma das pessoas mais doces que ela conhecia, por que isso tinha que acontecer justo com ele?! Não é justo! Ele escolhe o próprio destino só que mesmo assim ainda teria traços da sua origem... nunca poderia fugir disso!
— Tá tudo bem, Yeji. De verdade. É só... eu não me deixar levar pelos sentimentos negativos e assim me transformar em lobo.
Vai dizer que nunca se perguntaram por que ele não assumiu a sua forma de lobo até agora? Bom, simples... Ao assumir a sua forma de lobo, o pingo de maldade mencionado ainda presente nele, acaba tomando conta e total controle de todo seu corpo. Ele basicamente perde a consciência! Por isso, ele sempre precisava tomar cuidado para não se deixar levar pela raiva. Poderia ser catastrófico… até demais... Uma vez transformado, não se sabe quando ele volta ou se algum dia volta a sua forma humana.
— Estarei sempre aqui com você! — fala e segura a mão dele.
— Eu também. — ele entrelaça os dedos deles e continuam andando carregando os doces.
(...)
Minho e Yuna enfim param de correr e Seungmin olha para o local.
— É sério isso? — ele fala e coloca a mão na testa. — Karaokê?!
— Sim! — os outros dois pulam animados e não demoram para arrastá-lo para dentro do local.
Ele pagam tudo certo e entram em uma sala.
— Por que fizeram isso? — Seungmin fala, já sabendo que eles escondiam algo.
— Um teste. — Minho diz simples, e sem pensar antes de responder.
— Teste?
— Dizem que nerds não sabem cantar... só queremos ver se é verdade! — Yuna se mostra indiferente.
— Eu não acredito. — Seungmin responde. — Desembuchem logo. Sabem que não conseguem mentir para mim…
— Tá, tá. — Minho revira os olhos. — Quem conta? — dessa vez olha para a garota.
— Eu posso falar. — ela respira fundo antes. — Bom... prometa que não vai nos matar antes!
— Não garanto nada! — Seungmin retruca, já temendo o que eles fizeram ou vão fazer.
— Tá, tá... Basicamente demos uma mexida nos currículos e... descobrimos que você canta! — ela fala.
Seungmin suspira e coloca as mãos no rosto.
— Eu não sei o que é pior: vocês terem descoberto que eu cantava... ou que vocês estavam mexendo nos currículos escolares!
Os dois acabam arregalando os olhos, Seungmin não gostaria de saber o motivo deles terem feito isso...
— Qual é, Seungmin! — Minho se pronuncia. — Enfim, eu duvidei que era verdade. Já Yuna disse que provavelmente você era muito bom, até demais.
— Só queríamos ver quem estava certo. — ela adiciona.
— Ok, ok. Eu canto para vocês... — os dois celebram. — mas com uma condição!
— Tava bom demais para ser verdade. — Yuna olha com uma cara entediada para Minho.
— Tá, fala logo. — Minho diz impaciente.
— Vocês tem que me contar porquê estavam mexendo nos currículos! E a verdade!
— Droga, odeio o fato dele saber leitura facial. — Yuna cochicha para Minho.
— Acho que não temos opção, né... — ele responde.
— Meia verdade vai. — sussurra e em seguida fala alto: — Beleza. Nós pegamos o currículo para uma investigação.
— Que investigação? — Seungmin os encara.
— Você questionou o motivo e já dissemos: investigação. Já está de bom tamanho.
— Para mim não está. — um silêncio prevalece por um tempo. — Vocês que pediram! — diz e começa a ir em direção à saída da sala.
— Merda! — ela fala.
— Chaeryeong. — Minho fala rápido.
Seungmin trava no caminho e se volta na hora para eles.
— Vocês tinham me dito que pararam com essa história! — ele fala indignado.
— Porque você nos impediria antes mesmo de tentarmos descobrir algo! — a garota retruca.
— Não tem nada! — Seungmin fala calmo. — Ela só é insegura, qual é o problema de vocês?
— Não é "só" isso! Tem mais coisa! Já se perguntou porquê ela é insegura?
Seungmin acaba ficando em silêncio depois dessa pergunta, pensando.
— Ela falou que sofreu na infância. Por causa de Lia e Lea também.
— Exato! — Yuna fala. — Lia e Lea sempre tem algo por trás de suas ações. Elas sabem do segredo de Chaeryeong. O segredo que muito provavelmente está relacionado à insegurança dela!
— Poxa, ela é nossa amiga! Por que duvidam dela?
— Não duvidamos dela. — Minho se intromete dessa vez, sabendo que Yuna provavelmente estouraria ao responder. — Só queremos ajudá-la! Como você mesmo disse, ela é a nossa amiga!
Os 3 ficam em silêncio novamente, por longos minutos.
— E você não pode falar muito também... é o namorado da minha inimiga. — Yuna relembra, chateada.
— Não namoramos, Yuna. Só conheço ela.
— Fique longe dela. — ela diz fria, exatamente no mesmo tom de quando se encontraram pela primeira vez.
— Por quê? Cada um tem a sua liberdade na vida e... — é interrompido.
— Puta merda! — ela ergue a voz. — Ela não é inocente! Muito menos desastrada e delicada! Ela é o pior pesadelo que você pode ter! Não pode confiar em mim, Seungmin? Ela é perigosa! E muito! A família dela arruinou a minha vida. — essa última frase ela diz mais baixo, como se pensasse alto.
— Eu confio em você, Yuna. — ele fala em seu tom calmo de sempre. — Tomarei cuidado. Só que... — é interrompido de novo.
— Não vem coisa boa. — Minho comenta.
— Cala a boca! — os outros dois olham bravos para ele.
— Não tá mais aqui quem falou! — Minho desvia o olhar.
— Como eu ia dizendo, só me afastarei dela se vocês pararem de fazer isso com a Chaery, a investigação. Mesmo que seja um trauma de infância ou um segredo profundo relacionado à personalidade dela, ela deve ter um motivo para querer manter em segredo. Se realmente fosse para sabermos, ela nos contaria! — Seungmin olha nos olhos da garota. — E então?
Yuna pensava muito nessa "proposta".
Droga! Seungmin era inteligente demais e isso chegava a lhe irritar às vezes! Sim, ela gostava de ser quem deixava os outros quebrando a cabeça pela inteligência superior. Mas isso já não era possível mais, Seungmin era literalmente um gênio!
Por um lado, ela deveria evitar a todo custo que ele se aproximasse de Ryujin. Ela é o tipo mais perigoso de pessoa e sabe-se lá o que ela poderia fazer com Seungmin, que por mais que fosse um gênio, se deixava levar na maioria das vezes pela emoção. No sentido de que ele é bom demais, confia nas pessoas mais do que deveria... Ryujin com certeza se aproveitaria isso. Imagina, ela tem um fascinante domínio por magia, poderia simplesmente usar isso para manipulá-lo, ou até extrair suas memórias! Sabe-se lá o que essa psicopata era capaz!
Mas, por outro lado, ela sentia e tinha o instinto de que era crucial saber o que Chaeryeong escondia. E sim, ela também tinha uma imensa impressão que Chaeryeong escondia algo. Ela podia estar errada? Claro que podia! Mas ela estava 99% certa de que havia algo sendo oculto ali…
E então, o que ela faria? Ela queria que as duas opções se realizassem! E não só uma!
Mas por que ela pensava tanto? Ela já mentiu e enganou tanto durante a sua vida. Por que justo agora ela não estava conseguindo fazer isso?
Por quê? É óbvio... ela não queria zangar ou magoar Seungmin. Como se ela se importasse com ele... Mas ela se importa! E talvez até demais, bem mais do que ela pensava e queria. Por que ela se importa com ele? Ela não entende! Isso não é tão difícil assim! Então por que ela está quebrando tanto a cabeça?!
— Yuna?! — Seungmin chama a sua atenção novamente.
— Eu vou pensar. — ela diz séria.
— Uau.
— O que foi?
— A madame sabe-tudo dessa vez não tem uma decisão imediata?! — ele a provoca, afinal, ele estava em um estado de vantagem sobre ela.
— Vai se fuder. — ela diz indiferente.
— De qualquer forma, canta logo, Seungmin! — Minho se pronuncia depois de muito tempo.
— Uau, até tinha esquecido que estava aqui, Minho. — fala enquanto arruma o microfone e escolhe a música.
— Me mandaram calar a boca, ou esqueceram? — ele fala "emburrado".
— 50 reais?! — Yuna o olha. — Combinamos, esqueceu?
— Claro que não. — Minho responde e tira a nota do bolso. — Só estava no meu bolso porque tenho certeza que retornará para lá.
— Convencido demais, tenho certeza que vencerei. — Yuna sorri cínica.
— Veremos. — Minho fala e os dois logo se calam, com o início da melodia da música que Seungmin escolheu.
(...)
— E foi assim que eu acabei com 100 reais! — Yuna fala feliz para todos os amigos, já no ônibus, e fica se abanando com as duas notas de 50 reais. Quer dizer, ela só fazia isso para esfregar na cara de Minho que havia ganhado a aposta.
— Ua, agora eu fiquei curioso para saber a voz do Seungmin. — Han fala.
— Fica pra próxima. — ele fala e sorri sem os dentes.
— Gostei de hoje. — Yeji comenta. — Temos que voltar algum dia!
— Concordo! — Chaery fala, colocando uma bala na boca.
E as balas que Hyunjin estava devendo, já haviam sido entregues a todos!
A loja definitivamente não era nenhuma brincadeira ou piada. As balas, sem dúvida nenhuma, eram as melhores que já haviam provado em todas as suas vidas!
— E o que vocês dois tanto fizeram de tarde? — Minho direciona seu olhar diretamente para Chaery e Han, que inclusive, estavam sentados juntos de novo no ônibus.
Os dois acabam ficando vermelhos na hora, coçando o pescoço e nuca, sem jeito.
— Só fomos visitar uma loja de chá. E uma confeitaria que Chaery queria ver. — Han diz devagar.
— É. Só isso. — ela fala também.
— Então tá. — Minho responde e se vira, satisfeito com a reação dos dois.
— Você não presta mesmo. — Yeji, que estava no banco ao lado dele, comenta rindo de leve.
E Hyunjin? Bom, era o único sem companhia do lado... quer dizer, estava acompanhado dos gigantescos pacotes e sacolas com compras!
Seungmin e Yuna se sentavam juntos…
— E aí? Já se decidiu? — ele relembra.
— Já. — ela fica determinada. — Só que um meio acordo, pode ser?
— Como assim?
— Bom, eu estou basicamente a um passo de descobrir o segredo da Chaery. Então, eu vou realizar essa etapa e se tiver algo, beleza, achamos! Agora se eu não descobrir nada, vou parar de insistir nesse assunto, da forma que você quer. Fechado?
— E a outra meia parte?
— Ah é, bom, você não precisa se afastar dela, mesmo eu achando que é a melhor opção... mas, você só pode se comunicar com ela quando ela puxar assunto ou quando a professora ou outra pessoa pedir para você falar com ela. Entendeu?
— Basicamente eu não posso começar uma conversa com ela e só vou falar caso seja inevitável. É isso?
— Exatamente.
— Fechado então.
Eles dão as mãos, formando o acordo.
— Se realmente tiver algo, o que eu acho improvável, me avise.
— Pode deixar, mister perfeitinho. — ela o provoca e ele sorri sozinho. — Mas nem precisava pedir, eu já ia te contar. Achei que já soubesse disso.
Seungmin se surpreende por suas palavras. Ele sorri minimamente para ela não notar.
(...)
Eles já haviam chegado na escola e agora estava de noite, no horário em que todos deveriam estar em seus respectivos quartos, dormindo ou se preparando para isso.
Chaery estava preocupada com Yuna, como mencionou no começo do dia para os outros. Ela se deitou e a garota ainda estava com o livro de feitiços na mesa, estudando e analisando tudo.
Chaeryeong dormia facilmente, por isso teve que dar o seu melhor para lutar contra o sono e descobrir algo.
E seus esforços não foram em vão, uma hora Yuna se levantou e se aproximou dela, para checar se dormia. Chaeryeong sentiu seu coração acelerar ao extremo com a possibilidade de ser pega mentindo. Sorte que esse não foi o caso!
Minutos depois, Yuna anda nas pontas do pé até a saída do quarto e abre a porta, saindo do quarto. A porta tinha um ranger peculiar e Chaeryeong notou que escutava isso em todas as noites, só que pensava que era só de seu sonho ou algo assim. "Então ela sai todas as noites" ela pensa. "Por que faria isso?".
Mas não se enganem, ela não estava só fingindo que estudava feitiços para depois sair. Como podemos confirmar isso? Simples, ela levou o livro e todos seus equipamentos de feitiço junto. Chaeryeong se atentou a esse detalhe.
Só que essa estranheza só está começando...
CENA EXTRA
— Mas, meu senhor, achei que tivesse deixado claro! Porra! — Ryujin fala irritada e dá um soco na mesa de centro que tinha ali, a repartindo em dois pedaços.
— São tão inúteis que nem para espionar de longe conseguem. — Changbin ri.
— Nós demos o nosso melhor, juro! — Lia defende, ofendida.
— E a culpa não foi nossa! — Lea acrescenta.
— Foi culpa do que, então? — Chan, o único calmo e equilibrado do grupo, pergunta.
— Isso. — Lia tira algo do bolso.
Todos encaram o objeto. Um pequeno frasco com um líquido similar a água, mas com um brilho inexplicável e totalmente atraente. Nunca haviam visto algo parecido antes.
— Me dá aqui. — Ryujin pega o frasco, analisando cautelosamente. Alguns curtos segundos depois, tira uma conclusão: — Poção da Invisibilidade... mas não só isso, foi modificada. Modificada e melhorada. — fica surpresa.
— Entendeu, agora? — Lea diz. — Vimos Chaeryeong com isso e depois simplesmente sumiu de vista. Não conseguimos encontrá-la em lugar algum.
— O garoto que estava junto, também. — Lia adiciona.
— Tem algo extremamente errado. — Ryujin chama a atenção de todos. — Para modificar uma poção, nesse nível pelo menos, — ela se referia à poção recém descoberta. — quem fez tem que ser um ser mágico.
— Yuna! — Changbin diz como se fosse óbvio.
— Não, não! — Ryujin segue o raciocínio. — Yuna tem sim magia de dentro dela, herdada da Gothel... mas não no nível em que a poção foi modificada. A alteração, foi só para que Lia e Lea não enxergassem. A alteração foi só para as duas em específico... já que nós 3 os enxergamos na saída. A poção normal, para vocês terem uma ideia, seria invisível para qualquer pessoa. Quem fez isso tem um total domínio sobre a magia, para conseguir fazer essa gigante alteração! Nem eu sabia isso que era possível de se fazer! — Ryujin fica chocada.
— Exato. — Lea adiciona. — Ou Yuna adquiriu ainda mais magia do que estávamos sabendo, ou alguém daquele grupo tem ainda mais poder e magia que Yuna.
— Ua. E o que Yuna já tem não é brincadeira... — Chan fica pensativo.
— Algum deles é o ser mais mágico e poderoso de toda escola, sem brincadeira! — Ryujin fala. — É mais mágico do que tudo que já vimos até agora.
— Isso é um problema, e um dos grandes. — Lia diz, preocupada. — Isso pode estragar todo nosso plano!
— Precisamos fazer algo logo. — Chan toma a liderança.
— Descobrir qual deles é... — Ryujin pensa alto. — e, em seguida, esmagar.
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