CAPÍTULO 31
Início do caos
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— Afinal, onde estamos indo? — Seungmin pergunta enquanto ainda era arrastado.
Sua pergunta parece ser respondida quando Yuna paga ingressos para o Labirinto que havia ali, uma das atrações/distrações deste Festival.
Eles entram, andando um pouco até que…
— Privacidade. — ela por fim diz e se encosta na parede dura do labirinto, parecendo soltar o ar que segurava.
Ela nota, por movimento, a figura de Seungmin se aproximando e só então abre os olhos, percebendo seu rosto esquentar pela proximidade.
— Queria ficar sozinha comigo? — ele ergue as sobrancelhas.
— Não enche. — ela fecha os olhos, numa tentativa falha de esfriar o seu rosto.
— Não é provocação. Achei fofo. — ele diz e ela logo sente um beijo ser depositado em suas bochechas.
Ela então abre os olhos e vê seu enorme sorriso, só para ela. Acaba o abraçando, para esconder o rosto em seu ombro.
— Você quer me matar dessa forma. — ela comenta, seu rosto ainda estava em chamas.
— Como queria que eu reagisse sabendo que faço o coração de Shin Yuna disparar?!
Ela acaba rindo pela forma que ele falou e então inicia um beijo. Ela só não parecia mais se controlar com isso (e nem queria neste caso).
A forma que suas bocas se encaixavam perfeitamente e ela se sentia no paraíso assim… E sabendo que Seungmin sentia o mesmo que ela sentia por ele! Céus! Ela nunca se lembrava ter sentido mais feliz assim antes!
O momento de paixão acaba chegando ao fim quando a falta de ar vem.
Seungmin se aproxima para iniciar novamente, mas Yuna vira o rosto, levando um outro beijo na bochecha.
O garoto lança um olhar confuso para ela, não queria mais lhe beijar?
— Quem chegar primeiro no centro do labirinto pode pedir o que quiser ao outro. — ela ajeita sua roupa e sorri de lado.
— É assim agora, huh? — ele retribui.
— Não vai acovardar, ou vai? — o provoca.
— Claro que não. — diz quase que no automático.
Eles fazem um aperto de mãos, “firmando o acordo e aposta”.
— Te vejo lá no meio, Seung boy! — ela fala ao enfim seguir pelo caminho da esquerda.
— Chegarei primeiro, pode apostar! — ele sorri e começa a correr pelo caminho da direita.
Ele seguiu direita, direita, esquerda, direita, esquerda e… Jeongin?!
O rapaz surgiu do nada em um dos caminhos e parecia bravo, muito bravo. Tão bravo quanto no dia em que ele beijou a Yun…
Ok, agora ele já sabia muito bem o motivo dele estar tão bravo assim.
— Eu disse para ficar longe, pelo visto não entendeu direito o recado. — Jeongin tenta acertar o rosto de Seungmin, este que felizmente consegue desviar.
Jeongin continua tentando acertá-lo e Seungmin utiliza seus conhecimentos de luta para se defender. Então, a voz de Minho vem à sua cabeça: “Cara, você sabe surrar como ninguém, teu pai te ensinou isso! Por que não fez isso ao invés de aceitar esse acordo idiota com o Jeongin?”. Ele então percebe que não adiantava ficar fugindo. Precisava se levantar pelo que queria. Deixar de ter medo e ser claro de suas intenções.
— É que agora eu tenho um novo recado: fique você longe dela. Eu a amo, não irei me afastar. — Seungmin tira a coragem e diz com toda sua vontade.
Nota Jeongin cerrar os dentes com força e seus ataques parecem mais rápidos e fortes agora. Seungmin não queria o acertar então só se defende e esquiva.
— Se realmente a amasse, respeitaria suas decisões ao invés de tentar prendê-la junto de você.
— Cale a merda da boca! — Jeongin basicamente grita e quando vai socar Seungmin, sua mão acerta a parede e ele solta um xingamento ao ver sua mão se cortando nas pedrinhas. — Seu… — ele enfim usa todas suas forças para esse golpe, mas acaba sendo empurrado com força.
Acaba se surpreendendo já que até então o garoto não havia tentado nenhuma vez o acertar. Porém nota que o empurrão havia sido da garota.
— Porra! Nos deixe em paz! — ela estava brava, sua paciência havia sido testada, afinal.
— Eu nunca vou desistir de você.
— Você é um merdinha doente. Não me veja ou procure mais. Eu estou com o Seungmin agora. Aceita que não existe mais nada entre a gente, Jeongin.
— Repete.
— Eu amo o Seungmin. — ela diz firme e forte. — Vai embora.
— Meu motivo para permanecer deste lado acabou… Não diga que se arrepende depois, ok? Porque tenho certeza que vai.
— Vai embora. — ela o olha com ódio.
— Vou fazer questão de tornar a vida de vocês dois em um inferno. — só depois de dizer isso ele enfim sai.
— Por que não bate nele, Seung? — ela se aproxima dele, o abraçando. — Se machucou?
— Eu tô bem. Mas... ele vai se unir com Ryujin agora. — Seungmin diz o que pensava. — Certo?
— Certo. Mas estamos preparados e… juntos, lembra? Você mesmo me disse isso. Ficará tudo bem. — ela sorri para ele.
— Sim. — sorri de volta.
— Agora bora pro centro, ainda não acabou! — ela sai correndo na frente.
— Ya!
(...)
Cinco horas da tarde em ponto.
Uma sirene alta soou por toda cidade.
Gritos, correria, risos. Havia de tudo por lá agora.
— O que tá acontecendo? — Yeji tentava não se desesperar. No final de contas, esse barulho era típico de filmes em que o mundo estava caindo aos pedaços.
— O que acha? — Minho, por outro lado, se demonstrava tranquilo e inabalado. — O Livro dos Contos acaba de sumir e o sistema de alarme está notificando.
— Ahh, verdade.
— Ryujin e companhia realmente gostam de fazer uma cena, não é? — Hyunjin só olhava o pânico se instaurando no rosto do diretor, que agora corria para a construção onde estava tendo a exposição minutos atrás.
— É a cara deles. — Chaery fala.
— Planejavam acabar mesmo com o Festival. — Seungmin conclui e todos dão um pulo.
— De onde vocês surgiram? — Jisung olha confuso para ele e Yuna.
— Do teu… — Yuna começa, mas tem sua boca tampada pela mão de Seungmin.
— ALUNOS! TODOS PARA OS ÔNIBUS IMEDIATAMENTE! — os professores aparecem gritando e eles só obedecem.
Os turistas e moradores da cidade pareciam todos se mandar e sair dali também. O caso é sério, todos sabiam disso.
(...)
— Ok, podemos ir ao colégio. — o professor responsável por aquele ônibus anuncia ao motorista, após ter revistado todos os alunos presentes.
Chan, Changbin, Lia, Lea e Ryujin estavam naquele ônibus.
— Como que não está com eles?! — Jisung diz baixo aos amigos, perguntando do Livro.
— Devem ter entregado aos pais. — Minho segue o raciocínio. — Eu consegui identificar alguns deles lá.
— Exato. — Seungmin afirma.
— Ah, faz sentido. — Jisung arruma os cabelos.
— Nossos minutos estão sendo contados agora. — Yuna pensa baixo. — Logo virão atrás de nós.
— Já estávamos esperando isso desde que pegamos o Livro real. — Chaery adiciona. — Vamos superar essa juntos. — coloca a mão por cima da dela.
Logo todos fazem o mesmo, virando uma roda de mãos.
(...)
Antes do escurecer todos já estavam no colégio. Todos pareciam abalados então os alunos só foram dispensados para os dormitórios.
O grupinho resolveu ficar no quarto de Hyunjin e Jisung.
— E onde está o Livro real agora? — Hyunjin pergunta.
— Guardei junto com o Livro de feitiços da Gothel. — Yuna responde.
— Em outras palavras, está mais do que seguro. — Chaery complementa.
— Amanhã eles tentarão nos revistar novamente. Os quartos também. — Seungmin pensa.
— Tem razão, é melhor vocês ficarem junto do Livro toda hora. — Minho fala.
— Sana comentou que usando a chave que veio junto, é possível alterar a forma do Livro. Ela, por exemplo, o usava como um bracelete ou até mesmo uma mochila! É um bom disfarce. — Yeji lembrou.
— Boa! Vamos mudar depois, então. — Chaery sorri, para passar tranquilidade a todos.
Depois, só se distraem com outros assuntos até que cada um vai ao respectivo dormitório. O dia seguinte seria corrido…
(...)
Mal eram 8 horas da manhã e todos haviam sido convocados para o refeitório. Enquanto comiam, os quartos eram revistados, da forma que Seungmin já tinha previsto.
— Eu só queria dormir. — Chaery boceja.
— Somos dois. — Han ri e beija o topo de sua cabeça.
— Quando vocês ficarão um casalzinho meloso assim também? — Minho pergunta para Seungmin e Yuna.
— Já são, não é mesmo? — Yeji olha para a garota, que desde ontem não havia explicado aquilo que disse a Ryujin. "Ele me beijou ontem!".
— Talvez… — Yuna deixa a pergunta aberta, na tentativa de não ter que responder.
— Eles acham que nós somos trouxas assim mesmo? — Hyunjin cochicha para Minho.
— Aparentemente. E a gente finge que acredita. — os dois riem.
— Aliás, conseguiram mudar a forma do Livro? — Seungmin lembra.
Como resposta, Yuna levanta o pulso, onde todos repararam uma nova pulseira de corrente dourada.
— Não vou largar, não precisam se preocupar. — Yuna diz.
— Ninguém nunca o achará mesmo. — Chaeryeong assegura.
— Ótimo! — Yeji sorri.
— Atenção, alunos. — o diretor então aparece na frente. Ele parecia estar estressado e bravo, mais do que em qualquer outro dia que o viram. E com motivo… — A cena do furto foi revistada e encontraram um anel lá. Agora sabemos que foi ato de um aluno daqui. Darei 1 dia, até meia-noite de hoje, para que a ou o culpado ou culpados assumam responsabilidade. Caso contrário, todos sofrerão consequências. É isso. — finaliza e vai marchando para sua sala.
Yuna sorri quando olha para a mesa de Ryujin e vê a mesma mais branca e pálida que a neve. Aparentemente, teve uma imensa falha no plano deles...
(...)
— Eu não acredito nisso. — Ryujin pôs a mão na testa, massageando o local. — INCOMPETENTE!
Ela só não pulou para cima de Lea pois Chan e Changbin a seguraram.
— Eu juro que não quis deixar cair. — Lea se explicava. — Me desculpa! Eu imploro! — ela estava prestes a chorar por sua falha.
— Eu não preciso de descu…
— Não faz diferença, de qualquer forma. — Chan interrompe Ryujin. — Nossos pais logo colocarão o plano em prática e toda essa preocupação será irrelevante.
— Exato, é só ninguém nos descobrir até lá. — Changbin tenta acalmar a garota.
— É bom mesmo. — Ryujin, ainda bufando, se vira e sai.
Tudo parece tranquilo, mas muita coisa pode acontecer do dia para noite. Isso é só o começo do caos…
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