P.O.V Austin.
Carlos dormiu na minha casa porque não queria encarar a avó dele.
*
Acordei e Carlos estava na sala olhando simplesmente para a TV que nem ligada estava!
-oi Garcia. –disse me aproximando de vagar
-já acordou!
-você dormiu?
-estou preocupado com a Laura.
-aquilo foi uma surpresa para ela Carlos, ela deve ter entrado em estado de choque, assim como eu fiquei quando meus pais tentaram me fazer mudar para New York.
-você não viu o rostinho dela. Não ouviu o que ela disse!
-hãm?
-ela disse que a família era uma mentirosa, me chamou de filho da puta e ainda disse que eu sou o pior amigo do mundo!
-Carlos ela vai falar com você cara. Ela só estava de cabeça quente!
-você acha?
-sim. Agora vamos nos arrumar, temos aula hoje!
-ta.
Subimos e eu tomei um banho, logo depois voltei para tomar café da manhã e Carlos desceu.
-café da manhã?
-claro. Estou morrendo de fome! –disse ele sentando na mesa
-e quando não está?
-quando estou dormindo. –respondeu ele e bebeu um gole do suco
Tomamos o café em silêncio e pegamos Ratliff na rua.
-bom dia meninos!
-bom dia Ratliff. –respondemos juntos
-e a Rydel? –perguntou Carlos
-ainda casada. Ontem tentei beijá-la, mas ela desviou!
-a esperança é a última que morre meus amigos.
-minha esperança já morreu e foi para a puta que pariu e provavelmente nunca vai voltar. –disse Ellington
-minhas esperanças com a Daniella já indo para o mesmo lugar que a do Ellington!
-acho que estamos no mesmo barco Carlos, mas vamos aguardar, um dia elas vão se “divorciar”! –disse fazendo aspas no divorciar
Continuamos conversando sobre essa porra de casamento ridículo e chegamos ao colégio.
Vimos apenas Daniella!
-bom dia Dani.
-bom dia Carlos! –Carlos tentou beijá-la, mas ela desviou – hei não posso trair as meninas.
-e por isso eu fico sem meu beijo?
-o problema não é meu se você não é casado.
-ah ta. Vou virar viado e chamar o Ross, e o Ellington de esposos e sair agarrando eles por aí!
-é mesmo. Vem amor! –puxei Carlos e ficamos abraçados nós três
-onde está sua marida Laura? –perguntou Ellington ainda abraçado comigo
-não sei. Achei que estivesse com o Ross!
-nem vi a sombra da Laura ontem, graças ás maridas dela.
-ah tadinho dele, ficou sem a namorada!
-não vou ouvir zoações, vamos esposos.
Eu, Carlos e Ratliff saímos de nariz em pé desfilando pelo corredor enquanto Daniella morria de rir andando atrás de nós.
Passaram as aulas, e nada da Laura, será que ela perdeu á hora? Fui tirado dos meus pensamentos por uma mensagem de Daniella.
-“o Carlos disse que o pai da Laura mandou uma mensagem dizendo que a Laura não estava em casa, ela te disse alguma coisa?”
Respondi a mensagem já que a professora nem estava olhando.
-“não. Nenhum sinal dela, ela também não te mandou nada né?”
-“não.”
-“manda uma mensagem para ela e vê se ela responde!”
-“já tentei, mas nada. Manda você!”
-“também tentei, mas nada também.”
Nos olhamos na sala e eu percebi que ela estava preocupada, assim como eu.
P.O.V Laura.
Acordei e ainda estava na cachoeira olhei meu celular, várias mensagens de Austin, Daniella, meu pai e Carlos, não respondi nenhuma. Não estava com pique para falar com ninguém!
Levantei e fui até o chalé. Preparei alguma coisa para comer e escuto meu telefone tocar, Elliot!
(Elliot/Laura)
-fala Elliot!
-ou você responde as mensagens que seu namorado e sua amiga mandaram, ou eu vou onde você está só para bater em você!
-bom dia pra você também.
-onde você está linda, estou preocupado, e o pessoal também!
-eu estou bem. Não precisa da preocupação!
-eu não perguntei se está bem, eu quero saber onde está minha obra prima.
-distante!
-quer falar sobre isso?
-pelo telefone não.
-fala o lugar!
-lembra da praia onde eu disse que foi a declaração do Austin?
-entendi amiga, em cinco minutos estou lá.
-obrigada!
Desliguei o telefone e prendi meu cabelo num coque froxo e fui até á praia onde Elliot estava com uma sacola.
-hei amiga! –disse ele e me abraçou
-oi.
-desabafa!
Sentamos na areia e eu comecei a falar.
-não tenho o que dizer. Eu entrei em pânico por saber que minha vida inteira Emily e Jeanny não era da família!
-e quando descobriu, perdeu todo o sentido né?
-meu mundo caiu.
-não precisava agir daquele jeito, você sabe né?
-mas eu agi. O Carlos descobriu uma coisa que me interessava e muito, mas nem se quer me contou!
-vai ver seu pai disse para não contar, ou eles estavam tentando arrumar uma maneira mais fácil de dizer.
-está do lado de quem?
-da verdade e da lógica, e a senhorita sabe muito bem que o que eu disse é verdade.
-eu sei. Pelo menos você fala a verdade na minha cara, não importa o efeito que ela causa!
-você me conhece bem, sabe que eu não sou nenhum baú.
-não. E é por isso que eu te amo!
-só não conta pra ninguém da nossa conversa, ou que você me viu aqui.
-você sabe que eu não guardo nada quando se é de extrema importância!
-se perguntarem, só diz que eu tenho que esfriar a cabeça no meu lugar.
-ta. –ele respondeu e estendeu os braços
-o que é isso?
-vai recusar o abraço de um amigo?
-não estou podendo.
Respondi e ficamos abraçados por um tempo!
-amiga eu tenho que voltar para sua casa antes que Dallas resolva me ligar para saber se achei você.
-tudo bem!
-toma. Eu entrei no seu quarto escondido e peguei umas roupas suas!
-eu te amo.
-eu sei. Também te amo!
Demos nossa última despedida e eu voltei para o chalé enquanto ele voltou para minha casa.
Não vou parar de ir ao colégio só porque Carlos estuda lá, só vou ficar distante do pessoal um tempo, desaparecer!
P.O.V Austin.
Cadê a Laura? As aulas se foram e eu estou levando o pessoal para minha casa.
-ligaram para ela? –perguntei assim que entrei em casa
-sim. Mas ela não atende! –respondeu Ratliff
-eu estou ligando para o Elliot calem a boca.
Ficamos quietos, até que Daniella começou a falar!
-Elliot ainda bem, você achou a Laura? ... Aham... Aham... Ta... Então ela não disse nada? ... Ta... Acho que sim... Beijo!
-eai?
-Elliot disse que ele mandou uma mensagem para a Laura, e ela respondeu dizendo que precisava esfriar a cabeça no seu lugar.
-o que? –perguntou Ratliff confuso, mas eu já havia entendido
Não precisava pensar muito para descobrir que a Laura estava no chalé. Saí correndo de casa ignorando os gritos do pessoal para eu voltar, ou esperar, continuei correndo.
Cheguei ao chalé e abri a porta calmamente e lá estava ela no sofá.
-poderia ter avisado pra mim, pelo menos! –disse da porta e ela ficou me olhando – não vai falar nada?
-o que tenho pra falar? Você já deve saber.
-pra falar a verdade sim, fiquei sabendo ontem quando você saiu de casa. Carlos me procurou para perguntar de você e acabou me contando tudo! –respondi sentando e virado para ela
-viu? O que eu posso falar?
-pode falar de como está se sentindo.
-não estou sentindo nada. Só quero desaparecer!
-vai por mim, essa não é a melhor solução.
-você fala como se tivesse sofrido a mesma coisa que eu!
-você pelo menos viveu com uma família, e eu que morei naquela casa sozinho com meus irmãos me visitando de vez em quando. –falei calmamente e segurei sua mão – isso não é o fim do mundo!
-não é? Você mesmo que tenha seus irmãos de vez em quando sabia que eles eram seus irmãos de verdade.
-mas ela sendo ou não sua mãe biológica, é família do mesmo jeito, ela é casada com seu pai!
-o Carlos-...
-está sofrendo com tudo isso, mas está muito feliz pelo fato de saber que ele tem uma família.
-ah ta!
-pergunta a ele então.
-não vou falar com o Carlos!
-não pode fazer isso pra sempre.
-desde quando você ficou tão racional?
-isso que dá andar com nerds.
-hei!
-mas tem uma diferença.
-o que?
-aqueles lá são só nerds, mas você é a minha nerd.
-fica comigo?
-e pra onde acha que eu iria?
Abracei a minha pequena e ficamos ali a tarde inteira, sem trocar uma palavra, apenas um abraço já dizia coisas que não conseguiríamos descrever em palavras.
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