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História Tyrant - Me odeia - História escrita por bloomxz - Spirit Fanfics e Histórias
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História Tyrant - Me odeia


Escrita por: bloomxz

Notas do Autor


Não revisado

Capítulo 20 - Me odeia



Meu estômago embrulhou quando vi aquela cena, era Karen, e ela estava dentro do banheiro basicamente fodendo com um homem, e esse homem não era Leonardo.


Era quase impossível ver quem era o cara, mas eu tinha certeza que era a Karen ali.


A adrenalina era tanta que o álcool do meu corpo evaporou completamente. Minha mente só conseguia pensar em Leonardo. Ele é um escroto? Sim. Mas mesmo assim ele não merecia ser traído dessa forma, ninguém merece.


Tudo bem que foi uma despedida de solteiro, mas acho que não há necessidade de exagerar, certo? Seja lá quem for, ele apertou a cintura de Karen com uma mão e a outra enterrou sua bunda.


Ele estava sem nenhuma peça de roupa e meus olhos estavam arregalados.


Dei alguns passos para trás tomando cuidado para não fazer barulho e comecei a procurar meu celular. O casamento seria amanhã e sei que não tenho o direito de me envolver, mas não vou deixar passar.


Mas, como nem sempre a sorte está do meu lado, não estou com celular. Inferno! Não me lembro onde o deixei, merda! Eu estive mentalmente.


E quando o cara virou Karen pressionando ela na parede eu tentei sair dali antes que eles me vissem, como não trouxe meu celular, seria inútil ficar ali. E é como dizem, uma imagem vale mais que mil palavras. Mesmo que eu contasse o que acabei de ver, teria a possibilidade de não acreditar em mim, afinal, estou aqui há alguns dias, Karen está há mais tempo que eu, além de eu também estar sob efeito de álcool. Quem acreditaria em uma “bêbada”?


Só sinto muita pena do Leonardo, apesar de tudo ele não merece isso. Agora me lembro da história que Alessandra me contou sobre Alexandre e ele, o que me faz acreditar que Leonardo, é como é hoje, por causa daquela escrota.


Depois de estar a uma distância segura do banheiro me joguei atrás de um sofá, ignorando a dor que sentia com o barulho do chão.


—Calma princesa—disse um bêbado sorrindo para mim—O que você está fazendo aí deitada sozinha, gracinha? Você quer companhia?—perguntou ele em tom malicioso, pude sentir o cheiro forte de álcool.


—Sai!—disse entre dentes, tentando afastá-lo de mim, temendo que Karen me visse aqui.—Estou passando mal, vou vomitar em você!—eu ameacei.


—Yah, calma, gatinha feroz.—ele abriu um sorriso sujo olhando para todo o meu corpo, mas acho que desistiu que não iria conseguir nada comigo e logo foi embora.


Respirando fundo, fiquei de joelhos ainda atrás do sofá, subi devagar, olhei para os dois lados e não vi sinal de Karen ou o tal cara. Bufando dei outra olhada no local e me levantei, talvez fosse efeito do álcool ou a pessoa fosse muito parecida com ele.


Cara, estou pirando!


Preciso acabar com essa embriaguez, é certo que a vida é uma só, mas beber tanto a ponto de imaginar algo, é totalmente diferente.


Definitivamente não sou boa para sair da minha zona de conforto.


Fui até outro banheiro - que era um pouco próximo do primeiro que entrei - antes de fazer xixi na roupa, entrei vendo-o totalmente vazio, agradeci mentalmente por isso, esse é bem maior que o de baixo. Entro em uma cabana e finalmente me alivio, depois arrumo minhas roupas, saio da cabana e vou lavar as mãos, me olho no espelho vendo que estava totalmente descabelada. Pelo menos minha maquiagem não estava borrada, seria tenso me ver assim.


Peguei um lenço de papel e passei no rosto secando o suor e arrumei o cabelo. Agora sim, muito melhor! Sorriso.


—Wan... m-mais rápido-o...—petrifiquei ao mesmo tempo, ao ouvir gemidos, esses que ficavam cada vez mais altos, os sons pareciam vir de uma cabana, viro o rosto sentindo um absurdo vergonha de ficar lá.


Fiquei muito assustado quando ouvi a porta bater abruptamente, o que parecia um vaivém. E essa voz é definitivamente da Karen, não estou delirando!


Ela está transando com um cara desconhecido, (eu acho) dentro da cabana!


Joguei o lenço na lata de lixo, tirei os sapatos e caminhei lentamente até o final do banheiro, entrei na penúltima cabine e entrei no banheiro.


Preciso ter provas de que não estou delirando.


Me equilibro no banheiro subo devagar, e vejo Karen pressionada contra a porta trancada com os olhos fechados, ela toda empinada e o cara me mandando ver.


Porra, esse cara é... É o Marcos! A vaca tem uma tara em gente fura olho, não é possível!


Que nojento!


Quando a vi abrindo os olhos me assustei e acabei desequilibrando, escorregando o pé desajeitado de cima do vaso, caindo de bunda no chão.


—Tem alguém olhando para nós!


Fodida, ela me viu?


Levantei-me o mais rápido que pude, quase caí de novo e saí correndo do banheiro. Minha sorte foi que o banheiro tinha duas portas.


Optei por sair do terceiro andar onde estava mais próximo, ou seja, as escadas, desço por elas o mais rápido que posso - no caminho acabei esbarrando em algumas pessoas também -, até ver os cabelos negros de Alessandra.


—Alessandra!—Eu grito seu nome.


 —Gi?—virou-se e veio caminhando em minha direção.—O que aconteceu?—pergunta de cenho franzido.—Porque seus tênis estão nas suas mãos? Me diz que eu vou atrás do canalha agora mesmo...


—Não! Ninguém tentou me machucar, eu estou com os sapatos nas mãos porque meus pés estão doendo, eu estava no banheiro...—falei rápido demais.


—Então porque 'tá com essa cara? — me olhou desconfiada.


—Nada, eu só quero beber, preciso de uma bebida forte. — falei soltando a respiração que estava prendendo.


—É só isso mesmo? Tem certeza?—arqueou as sobrancelhas.


—Sim. Vamos encher a cara até cair!—disse tentando mudar de assunto, e Alessandra sorriu animada, então descemos as escadas juntos, indo em direção ao bar.


Eu precisava beber, depois de ter visto uma cena daquelas.


Visão do inferno, isso sim.


Eu nunca pensei que ela seria capaz de fazer isso no banheiro com alguém, e ainda pior, com o melhor amigo do noivo dela, faltando apenas um dia pro casamento.


Agora... Se o Marcos está aqui, porque ele não está na tal despedida dos outros?


E o Leonardo, Karen traiu ele…ninguém merece ser traído assim, será que eu devo contar pro Alexandre?


Porra, eu vou acabar enlouquecendo, que bomba é essa que veio parar nas minhas mãos?





Eu já estava no quinto copo de tequila quando vi Karen se aproximar de nós com um sorriso estranho nos lábios, ela me olhou intensamente, e eu apenas abaixei o olhar querendo não encará-la, desci do banco no bar e me aproximo de Alessandra que flertava com o Barman. Luzia, Alice e a mãe de Karen também pareciam interessadas no que o barman fazia com as garrafas.


— Vou ali.—disse para Alessandra que nem deu bola.


Ignorando totalmente a chegada de Karen, eu sai de lá, estava procurando um lugar para ficar longe dela, então acabei esbarrando em um cara moreno com um rastafari enorme no cabelo.


—Vai um chá aí? - o homem perguntou algo sorrindo.


—Do que me chamou? — não ouvi ele direito, deve ser o álcool.


—Chá, você quer um cházinho? — repetiu e eu franzi o cenho.


—Chá? — arqueei as sobrancelhas e ele confirmou sorrindo exageradamente.

Quem diabos trás chá para uma boate?


—Só um gole e seu corpo vai relaxar, seus estresses vão sumir!—piscou pra mim.


Olhei para os lados e depois voltei a olhar para ele, então dei os ombros, tudo que eu precisava era acalmar meus nervos.


—Só um pouquinho, é chá de camomila? —perguntei vendo ele me entregar uma garrafinha de prata bem detalhada.


—Você é engraçada! — ele gargalhou do que eu disse. Ué eu só fiz uma pergunta...


Virando a garrafa eu senti o líquido morno descer pela minha garganta, tinha um gosto horrível de terra.


—Calma aí gatinha, é só um pouco.—ralhou tirando a garrafa da minha mão.


—Acho que esse chá não é de camomila, tem gosto de terra com outra coisa, ew. — falei sentindo o gosto ruim na minha língua.


—Só relaxe, e curta a viajem.


—Que viajem?—quando terminei de perguntar minha visão começou a ficar turva, o som alto ficou abafado, então de repente, eu vi a boate ficar colorida.—Wow, que dahora! — foi o único som que ouvi sair da minha boca, em seguida vi umas criaturinhas engraçadas saltarem no ar.

Meu corpo ficou mole como se eu estivesse viajando no paraíso, estou me sentindo nas nuvens, que tipo de chá é esse?



*Narrador*

*Uma hora atrás*


 Roberto estava sentada no balcão do bar, já um pouco impaciente. Ele era melhor amigo de Leonardo, havia chegado de viagem à poucos dias e tinha sido convidado para a despedida do amigo. Ele veio antes dos outros junto de Marcos — que era um dos organizadores —, eles dois estavam esperando o restante do pessoal chegar.

Quer dizer, só esperava, porque o Marcos tinha saído e até agora não havia voltado, lhe deixando ali sozinho. Devia estar pegando alguém por aí, foi o quê ele pensou. Bebeu o último gole de sua bebida e saiu, caminhando em direção ao banheiro. Mas assim que adentrou o cômodo cessou os passos, e seu corpo ficou estático. Ele não podia acreditar no que estava vendo.

Era a Karen, noiva do seu melhor amigo e Marcos, os dois estavam fodendo dentro da porra do banheiro. Ele gostaria muito de entender o que Karen estava fazendo ali ao invés de estar na sua despedida de solteira, e queria entender também como uma pessoa tinha tamanha coragem de fazer algo tão descabido com o noivo faltando apenas um dia pro casamento.

Rapidamente se encostou na parede do banheiro, ficando escondido dos outros dois, e sem perder tempo pegou seu celular, colocou no silencioso, verificou se o flash da câmera não estava ligado, começou a tirar várias fotos e depois à gravar a cena em sua frente tomando cuidado para não ser visto.

Quando achou que tinha o suficiente, guardou o celular e saiu do banheiro à passos cautelosos.

Roberto iria fazer questão de desmascarar quem Karen era, da pior forma possível. Pois seu melhor amigo não merecia uma pessoa podre daquela. E se dependesse de si, esse casamento definitivamente não aconteceria.



Pov Alexandre 


—Alexandre, larga esse celular! Até parece que elas levaram algum tipo de aparelho eletrônico para onde foram.—Rodrigo buzinava no meu ouvido pela quinta vez, na sexta, jogaria o celular na cara dele.—O pessoal já está indo, caralho!—bufou impaciente.


—Então vai junto, porra, eu já estou descendo.—revirei os olhos jogando o celular em cima da cama, sentei na cadeira e peguei meus tênis.


Eu estava usando uma calça de preta de alfaiataria, junto de uma camiseta polo branca. 


—Tá, vamos estar lá embaixo esperando você e o atrasado do Otaviano, não demorem! — ele falou e em seguida fechou a porta.


Eu demoro a hora que eu quiser!


Nem aqui nesse hotel eu queria estar, ainda mais ir numa boate no fim do mundo, repleta de mulheres dançando naqueles postes. Se bem que era divertido vê-las fazendo isso, contudo seria mais interessante se fosse Giovanna fazendo..


Não, isso não faria o tipo dela, e pensar que eu poderia estar na cama com ela agora descobrindo cada nuance do seu corpo...


—Se continuar viajando para onde eu tenho certeza que está, vai ficar de pau duro.


Otaviano e seus comentários desnecessários.


—Porque não pega esse comentário e enfia ele no seu-


—Que isso, amigo! Você sabe que a única coisa que passa pelo meu orifício vai direito pro vaso, meu negócio é mandar ver, entrar e sair. — ele disse fazendo gestos obscenos com as mãos. 


—Você é nojento,cara. — me levantei pegando o celular novamente.


—E você está apaixonado!—cantarolou, repetindo a última parte.


—Você está pronto? O Rodrigo vai matar a gente se nos atrasarmos.—mudei de assunto rapidamente.


—Não muda de assunto, Nero! — ele disse enquanto abotoava a camisa.—Os diversos beijos que você e Giovanna tem trocado no decorrer da semana não tem absolutamente nada de encenação. Sem falar no dia da piscina, que beijo foi aquele? — eu o olhei com uma carranca e ele sorria presunçoso.—Não me olha com essa cara. Eu te conheço muito bem. Me diz onde foram ontem?—ele foi irônico.


—Lugar nenhum, a gente só conversou.—menti enquanto digitava mais uma mensagem para minha loira.


—Só conversaram, hm? A linguagem dos corpos, eu conheço muito bem essa linguagem…—Otaviano realmente não sabe parar quando deve.—Vocês ficaram?


—Otaviano...


—Ficaram! Eu sabia, quando eu percebi que não iam mais voltar aquela noite eu tive certeza que você ia traçar a Giovanna !—ele praticamente gritou.


—Traçar?—franzi o cenho, que diabos é isso?


—Fazer amor? Sei lá como vocês apaixonados chamam, mas enfim, transaram! Caralho, se me perguntassem, a sei lá...Um ano atrás, eu diria não...


—Como assim um ano atrás?—arqueei as sobrancelhas.


—Como eu disse, eu te conheço e infelizmente melhor que você mesmo. Depois de um ano com a Giovanna trabalhando para você Alexandre, você virou outro. Sempre que nos encontrávamos para beber você só sabia reclamar dela, francamente. - estalou a língua no céu da boca.—“Aquele serzinho irritante". — ele tentou miseravelmente imitar minha voz.


—Não... — eu fazia isso mesmo?


—Sim, meu caro amigo! Você sempre reclamava dela, e quando estávamos na empresa você sempre fazia questão de chamar ela na sua sala até para reclamar de uma coisa banal. Quantas vezes você segurou ela até tarde na empresa? Só para poder ficar com ela mais tempo? Hm..?—arqueou as sobrancelhas em minha direção e eu apenas desviei olhar.


Porquê realmente eu fazia isso...


—Viu? Contra os fatos não há argumentos Lembra também que você mandava seu motorista levá-la para casa, só pra depois você saber onde ela morava? Ou quando tínhamos reunião, ela tinha sempre que ficar do seu lado na sala de reuniões, e aí o cara que olhasse para ela com outros olhos, estava completamente fodido! Eu sei que demitiu pelo menos uns dez funcionários só porque deram em cima dela. E sem falar que você se corroía todo quando eu "dava em cima” dela.


Eu realmente odeio o Otaviano.


— Por que fez aspas com as mãos? Eu sei que você era louco para levar ela para sua cama.—Pronto, agora eu me entreguei de vez, esse desgraçado começou a gargalhar.


—Cara, você nem tentou negar! Alexandre, você é mesmo um boiola pela Giovanna!—eu apenas revirei os olhos.—Tá bom, eu confesso que no início quando vi ela pela primeira vez, achei muito linda e muito gostosa usando aquelas calças de couro...—ele realmente perdeu a noção do perigo.


—Olha o respeito, porra!—ralhei jogando o travesseiro nele, acertou bem na cara. Eu sei melhor que ninguém como ela fica uma tentação com aquelas roupas.


—Desculpa! Esqueci que ela é todinha sua — gargalhou. — Mas enfim, no começo eu era mesmo, não vou negar. — disse e eu lhe fuzilei.—Contudo percebi que a Giovanna é para mim o que a Alessandra é, minha irmãozinha. Eu tinha que deixar ela para você, eu só dava em cima dela para ver sua irritação, era engraçado! — se justificou dando uma gargalhada.


—Filho da puta.—eu disse levantando.—Então essa história de dizer que eu estava noivo foi só...


—Exatamente! Foi um empurrãozinho, que cá entre nós era necessário, não é mesmo? Céus, você era muito orgulhoso para admitir e a Gio é meio lerdinha... Dois bobos apaixonados, cof cof — ele respondeu sorrindo, depois pegou seu perfume e começou a passar pelo corpo.


—Então... Se você não tivesse feito isso ela provavelmente poderia continuar me odiando até hoje, aí sim, eu teria me ferrado.—concluí, juntando todos os fatos, finalmente entendo tudo que Otaviano fez.


—Ódio? Era a última coisa que a Giovanna sentia por você. É claro que ela praguejava seu nome, mas preciso te dizer algo antes da gente ir para essa despedida…—ele assumiu uma expressão séria e eu comecei a ficar meio apreensivo.


—Teve uma vez que eu encontrei a Giovanna em uma festa...


Se for o que eu tô pensando eu mato esse idiota.


—Que festa?—rapidamente indaguei curioso.


—Calma, foi uma festa comum de um colega meu, ela era amiga desse colega também, nada muito importante — eu fuzilei ele com os olhos querendo mais explicações.—Era um aniversário infantil, eu estava pegando a mãe do moleque que fazia doze anos, Giovanna era amiga dessa mãe, um espetáculo de mulher, queria saber se terminou com o cuzão do namorado, essa loira era boa…


—Prossiga.—pedi.


—Enquanto o moleque cortava o bolo eu e a Gio ficamos conversando, então perguntei se ela tinha namorado, ela riu e negou. Foi hilário, ela me olhou com a cara séria e perguntou se eu ia tentar alguma coisa com ela, porque se eu tentasse ele disse que ia apitar um apito de anti-estupro. Eu olhei pra ele e não consegui segurar a risada, quer dizer a gargalhada né, você sabe como eu sou sorrindo, ele acabou rindo junto comigo também.—Otaviano disse a última parte gargalhando, e eu sorri imaginando a cena, frase bem típica dela mesmo.


—Foi só isso que ele disse?—perguntei aliviado e Otaviano ficou sério.


—Sim. Eu também perguntei o que ela achava de trabalhar com você... Já que você sempre mandava fazer tarefas impossíveis. Ela disse que era um desafio todos os dias, mas que gostava de ser desafiada, era como um jogo somente dos dois. Também disse que era triunfante ver você engolir a derrota, eu ri do que ela disse então depois perguntei se ela te odiav-


—E ele disse que sim.—cortei ele já sabendo a resposta, me virando para pegar meu celular.


—Ela disse que te odiar seria a última coisa do mundo que faria. — eu fiquei parado, no mesmo lugar de costas para meu amigo, enquanto olhava o chão.—Falou que apesar dos desafios que é trabalhar para você, era muito fácil gostar de você, disse que adorava seu olhar assassino, que se sentia mal quando você chegava de viagem da casa da sua família e se isolava. Por isso que ela fazia de tudo para o velho chefe voltar, lembro dela falando, "prefiro ele me dando ordens e me assassinando com o olhar do que vê-lo isolado no vazio daquela sala".


—Porra...—sussurrei sentido meu coração falhar uma batida.


—Por isso que eu inventei essa história toda e espalhei na família, porque de alguma forma eu sabia que minha história se tornaria realidade, vocês dois foram se apaixonando dia a dia só não percebiam, mas quem está em volta dos dois percebe—ele disse sorrindo.—Ela te ama e você ama ela.


Sem palavras para descrever a sensação que estou sentindo agora... Foi assim que eu fiquei depois de ouvi-lo, eu estava em estado êxtase, sentindo uma felicidade genuína.


Rapidamente me veio a imagem encantadora daquele sorrisão com os olhos fechadinhos que mexia com todas as minhas estruturas, aquele sorriso que se tornou o meu preferido.


Lembrei dos diversos momentos que passamos juntos, meus próprios pensamentos me traiam, eu definitivamente gosto de Giovanna, e não é de ontem nem de hoje, acho que desde a primeira vez que lhe vi. Diante da constatação não pude evitar de sorrir também.


E no final meu melhor amigo galinha entende mais de amor do que eu, sorrindo me aproximei dele e lhe abracei.


—Você com certeza vai ser o padrinho do meu casamento...—disse soltando ele.


—Só não conta pro Rodrigo.—ele disse rindo e então arregalamos os olhos.


—O RODRIGO!—dissemos em uníssono.


—Mas que porra vocês estão fazendo que não descem ainda, caralho!—ele gritou entrando no quarto impaciente.—Por que estão assim? — ele perguntou franzindo o cenho apontado para nós dois.


Eu e Otaviano nos olhamos, estávamos de mãos dadas, nos separamos rapidamente ao darmos conta da situação, eu me virei e peguei meu celular e o Otaviano pigarreou pegando o dele também.


—Eu nem quero saber, para todos os efeitos meus melhores amigos são gays, né.—disse e eu e Hoseok rimos da cara dele e saímos do quarto.—Por que demoraram tanto?


—Ota estava se depilando.—disse mordendo os lábios segurando a risada, entrando no elevador junto com eles.


Otaviano me encarou de olhos arregalados.


—Achei que a fase de Spice Girls havia passado, Ota! -


Rodrigo disse eu comecei a gargalhar junto dele.


—Vão se fuder os dois!—ele brigou fechando a cara.


Quando saímos do elevador estava meu pai e Leonardo nos esperando olhando o relógio.


—Que demora, parecem mulheres, demoram um século para se arrumar.—Leonardo brigou e eu o ignorei completamente indo até meu pai, eu sorri batendo de leve nas suas costas.


—Cadê o resto do pessoal?—Rodrigo perguntou olhando ao redor.


—Já foram, estão nos esperando nesse endereço.—meu pai disse entregando um papel para Rodrigo que sorriu.


—Vamos!—Rodrigo parecia animado.


Seguimos para fora do hotel e entramos em uma limosine, que já nos aguardava. De imediato lembrei da vez em que Giovanna teve que viajar comigo para Los Angeles. Quando ela entrou na limosine pela primeira vez, parecia uma criança feliz quando ganha o presente que tanto queria, não parava de brincar com o painel elétrico do carro, eu fiquei irritado com o barulho mas ao mesmo tempo fascinado com o lado infantil dela.


—Terra chamando, Alexandre!—olhei para frente e vi Leonardo estalando os dedos na minha frente, eu poderia quebrar sua mão agora, mas apenas sorri pegando-o de surpresa, essa rivalidade para mim nem faz mais sentido.


—O que foi?


—Chegamos...—ele disse ainda confuso com meu sorriso.


Olhei para fora da janela e vi a famosa boate Titanium, quando saímos da limosine pude ver uma imensa fila de pessoas querendo entrar na boate.


—Achei que íamos para outro lugar, por que a Titanium?—ignorei certos olhares e cantadas, enquanto caminhávamos.


—Vocês não sabem? A Titanium abriu um lugarzinho quente!—Otaviano respondeu empolgado.


—Impossível, ela só tem três andares...—murmurei, mas logo percebi que realmente ela tinha três andares agora.


Enquanto caminhávamos para a entrada eu avistei Baltazar, o segurança.


—Baltazar!—Rodrigo chamou, e o homem de virou-se sob os calcanhares na nossa direção, exibindo um sorriso pequeno nos lábios.


—Olha só se não é o trio da bagunça, só que agora tem mais dois!—O segurança apontou para Leonardo e meu pai que sorriram.


—Otaviano está maior, hein!—ele cumprimentou Ota e em seguida eu — E você tá na forbes como o rico mais cobiçado, e pensar que antes forjavam identidades falsas para entrar…—estalou a língua negando com a cabeça, depois sorriu.


—Meu pai não precisava saber disso...—brinquei e ele gargalhou.


—Entrem, que o terceiro andar é todo de vocês! Mas antes um toque... Ah algumas horas atrás acabou de entrar um grupo de mulheres exuberantes, que céus...—disse sorrindo malicioso.


—Opa! De que tipo de exuberância estamos falando?—Rodrigo perguntou sorrindo.


—A do tipo que te faz ajoelhar só para receber uma bitoquinha.—Baltazar fez a encenação de uma bitoquinha com a mão.


—Bom, então espero que o senhor abençoe essa noite, porque eu vou para casa com uma dessas exuberâncias! Bora!—Otaviano se gabou saindo na frente em direção a entrada.


Entregamos algumas notas para Baltazar e entramos no primeiro andar da boate, Rodrigo nos conduziu para o elevador e meu pai parecia nervoso, já Leonardo parecia bem animado ao meu ver. Quando entramos no elevador e estávamos passando pelo segundo andar eu avistei uma mulher dançando de costas com outro cara,—já que as portas do elevador eram de vidro —, seu corpo se movimentava de acordo com o ritmo da música de uma forma bem sensual, estava um pouco suada e suas mãos passeavam por todo seu corpo e depois voltavam para seus cabelos onde ela os bagunçava. Continuei olhando até o elevador seguir caminho para o terceiro andar, e só então eu percebi que aqueles cabelos pareciam muito com os de alguém que eu conheço.


—Algum problema filho?—meu pai perguntou com a expressão curiosa.


—Não, só achei ter visto alguém...—Respondi ainda com o cenho franzido.


—Quem? Sua mãe? — ele ficou pálido de uma hora pra outra.


—Impossível. Conhecendo Alessandra como conheço ele deve ter ido para algum o Spa, para um shopping estourar os cartões de crédito e em seguida reservado um restaurante para a despedida.—Rodrigo disse bem confiante.

Eu não teria tanta certeza assim... Aquela anã de jardim não vale um centavo.


—Você acha?—Leonardo perguntou com as sobrancelhas franzidas.


—Tenho certeza, conheço minha gata.—garantiu sorrindo mostrando as gengivas rosadas.


—Diversão para elas é isso.—meu pai disse.


—Giovanna odeia isso...—falei sem pensar, arregalando os olhos minimamente.


—O quê? Um dia no Spa, passar o dia no shopping comprando roupas e sapatos e no final comer num restaurante caro?—Leonardo perguntou com deboche na voz.


—Sim, conheço ela! Giovanna prefere passar o dia lendo ou ouvindo músicas, odeia ir a lugares cheios qe detesta comer em um restaurante porque acha que não sabe comer de modo elegante, ela gosta de coisas simples.—falei calmamente.


E ela achando que sabe tudo sobre mim e eu nada dela, seria bem interessante ver sua cara agora.


—Esse papo doce me deu diabetes.—Otaviano caçoou.


A porta do elevador abriu dando a visão a um verdadeiro inferninho, música sensual, luz vermelha, vários mastros com mulheres seminuas dançando sensualmente, também estavam ali alguns amigos do Leonardo. Parece que o terceiro andar foi reservado somente para nós.


- Olha o futuro marido ai gente!—Marcos gritou abrindo o champanhe.


Leonardo tomou a frente e foi até eles, percebi que Roberto dava algumas olhadas estranhas em direção a Leonardo, estranhei aquilo, ele era melhor amigo do meu irmão, tinha chegado de viagem à uns dias. Otaviano veio em nossa direção e entregou uma taça para mim e meu pai.


—Um brinde a noite que promete grandes emoções!— Leonardo disse animado com a taça para cima. Nós brindamos e bebemos o champanhe.


—Chegou a hora da surpresa do noivo! Por favor sentado na cadeirinha, seu presente está vindo!—Marcos disse sorrindo malicioso, ele era o mais empolgado de todos ali.


Rodrigo pegou a cadeira e colocou no meio do palco, Leonardo foi até a mesma e sentou nela, em seguida vendaram ele, uma música começou a tocar “The last day” eu acho. Enchi meu copo e me afastei, fiquei em um canto da boate e tentei ligar novamente para Giovanna. O número chamou, chamou e de novo caixa postal, qual o problema dela em andar com o celular?


Levantei o olhar para frente e vi uma mulher usando apenas langerie e saltos, ela rebolava no colo do Leonardo que sorria aparentemente gostando e todos sorriam abertamente para a cena. Nem preciso dizer que algumas pessoas da família seriam chifradas essa noite, felizmente meu pai estava se mantendo lúcidos.


—Eles parecem estar se divertindo... Por que é o único solitário?—A voz era de uma mulher, olhei para o lado e vi uma garota ruiva usando uma camisola transparente, e sorrindo.


—Gosto de solidão — Fui curto e rápido. Bem que eu queria que Giovanna estivesse aqui comigo, de preferência rebolando no meu colo da mesma forma que aquela mulher fazia com Leonardo...


—Mentira... Ninguém gosta de solidão.—dito isso ela caminhou em minha direção, empurrou meus ombros me fazendo cair sentado numa cadeira, sem acreditar naquilo eu olhei para ela indignado, a criatura sorriu tomando meu celular, colocando-o dentro do decote.


Céus, eu mereço viu.


—Muito engraçadinha, quem te mandou aqui? O Otaviano?—ela não parou de sorrir e sentou no meu colo. Tenha Santa paciência!


—Quem é Otaviano? — ela parecia realmente não conhecê-lo, tive um sobressalto quando ela começou a rebolar no meu colo.


—Sai de cima de mim! — Mas que porra, era só o que me faltava! — E pode devolver meu celular?


—Não seja rabugento vai... Essa garota nem merece tanta devoção assim da sua parte.—ela fez uma falsa voz manhosa e um bico. Começou a beijar meu rosto, enquanto eu tentava me afastar dela, logo ela partiu para minha orelha soprando ali. — Eu estou aqui... Por que não me dá um pouquinho de atenção, uh? Que eu te dou tudo, tudinho mesmo.—sussurra no meu ouvido sem parar de rebolar.


—Tudo?—entrei no jogo dela.


—Tudo!—ela repetiu sorrindo contente.


—Devolve meu celular e sai do meu colo, eu sou casado e como pode ver, nem excitado eu estou.—disse empurrando ela, contudo, ela grudou mais em mim, suspirei ja exausto daquela situação, era tão difícil ela entender que eu não queria nada?


—Eu me garanto, faço você esquecer que é casado rapidinho...—disse se inclinando para me beijar, mas eu virei o rosto evitando o contato dos lábios dela com os meus. Ela veio na tentativa de adentrar suas mãos para debaixo da minha camisa, mas eu tirei as mãos dela de lá.—Oh, gatinho difícil—disse sorrindo e se separou um pouco de mim e tirou a camisola mostrando o sutiã de renda rosa e meu celular no meio dos seus seios, que com toda certeza passaram pelas mãos de um cirurgião plástico. 


—Gostou?—sorriu se exibindo.


—Já vi melhores.—revirei os olhos desinteressado e imediatamente lembrei-me de Giovanna completamente nua, porra aquele corpo ainda vai me levar a perdição.


—Está ficando excitado?—ela sorriu mais ainda desabotoando o sutiã.


—Te garanto que não é por você.—observei seus seios, e sim, era silicone puro, meu celular nem caiu.


—Pega. — ela mandou apontando para meu celular.


Quando eu ia tirá-lo de lá, ela o pegou e jogou no chão, beleza... Agora eu me irritei, eu estava me segurando para não arrebentar a cara dela, eu sei, eu não podia fazer isso, apesar de tudo eu sou um homem e não seria capaz de tal ato, mas minha paciência, ela é limitada. Eu tentei me levantar mais ela começou a rebolar novamente, então segurei com firmeza a cintura dela, que foi de encontro com a minha virilha lhe fazendo ofegar, puxei seu cabelo e aproximei meu rosto do dela.


— Você não chega nem aos pés da minha mulher, vai ter que ralar muito para fazer eu ter sequer uma ereção por você criatura ridícula. Então poupa seu tempo e se constrange menos, porque eu já 'tô cheio disse, sai fora. —eu não queria ser grosso, mas casos extremos requer medidas extremas.


Empurrei ela, mas não com muita força porque também não queria machucá-la. Ela caiu no chão, e a maldita ainda sorria. Então levantei, peguei meu celular e sai dali com raiva. É extremamente ridículo ver esse bando de homens casados se rendendo por tão pouco, felizmente meu pai e o Rodrigo eram os únicos conscientes ali.


Fui até o bar e sorri gentilmente para a mulher que estava no balcão, acho que era a barmen.


—Vodka com limão, por favor.


—A ruivinha peituda não te agradou?—olhei para o lado e vi Marcos com o típico sorriso cínico de sempre estampado nos lábios.


—Foi você que mandou ela ir até mim?—lhe encarei seriamente, e ele apenas sorriu como de costume, cínico.


—Só estou garantindo sua diversão, não só a sua, mas a de todos aqui amigão.—amigão é o caralho, estava pronto pra lhe responder, contudo, vi a moça pondo o corpo com a bebida sobre o balcão.


—Não me chama de amigão.—agradeci a moça e peguei o copo bebendo em seguida.


—Ok, como está a Giovanna?—Eu parei de beber e lhe encarei novamente ao ouvir o nome de Giovanna sair da boca dele.


—Como ela está? E o que te interessa como ela esteja?—perguntei mostrando minha raiva, ele perguntou por quem não devia.


Hoje as pessoas tiraram o dia pra me estressar, impressionante!


—Por nada, eu só gostei dela... Achei uma graça e também uma puta de um gost-


—Nem ouse terminar essa frase, Marcos.—Interrompi entre dentes. — E sim ela é, mas essa graça e essa gostosa é só minha noiva, então fica longe, pro teu bem.


—Egoísta como sempre, não é? O que custa compartilhar um pouquinho, Alexandre?—fez falsa expressão de desapontado.


—Escuta aqui, seu merdinha! — avancei sobre ele segurando-o pela gola da camisa.—Primeiro, Giovanna não é a porra de um objeto pra ser compartilhado. E caso você não saiba ainda, ela é meu noiva. Minha. E muito difícil de entender isso, Marcos?—apertei mais a gola da camisa no seu pescoço. Enquanto ele somente sorria cínico.—E segundo, — segurei o queixo dele e virei, fazendo-o olhar para onde Leonardo estava dançando com Roberto e os outros amigos dele.—Ta vendo o Leonardo ali, se divertindo? Agradece por eu não querer estragar a felicidade dele batendo na merda que ele chama de amigo. Por que se estivéssemos em outra ocasião, ah, você sairia daqui sem andar, de tanta porrada que eu ia te dar. Seu imbecil.

Some da minha frente.—empurrei ele, e peguei meu copo novamente.


Quando se tratava do Marcos as coisas eram totalmente diferentes, ele consegue despertar o meu pior lado, e também porque eu sei que ele consegue ser bem insistente quando quer alguma coisa. Não é a primeira vez que vejo o interesse dele sobre Giovanna, não é a primeira vez que vejo ele despindo ela com os olhos, e não é a primeira vez que Otaviano me fala que Marcos perguntava sobre minha loira, e eu temia muito. O que pudesse fazer para mantê-lo longe de Giovanna, eu faria.


—Onde conseguiu ela? — ele ignorou tudo que eu falei, incluindo as ameaças.—Otaviano disse que ela trabalha para você como assistente, me pergunto que tipo de assistente,—Ele disse eu podia sentir malícia na sua voz. Parece que perdeu o medo de ter todos os dentes quebrados.— Se é o do tipo toda séria ou o do tipo que te fornece favo-


Mas é muita audácia desse filho da puta! Minha paciência já estava quase no fim.


—Completa essa frase e eu te garanto, você sai daqui numa ambulância. Que pagar pra vêr?—bati o copo sobre o balcão, e voltei a olhá-lo fechando as mãos em punho.


Minha vontade era de quebrar ele todo na porrada. Nunca gostei desse Marcos desde a infância, tudo que era meu ou do Leonardo ele queria. Um invejoso de merda.


Leonardo também o detestava, contudo depois que eu e ele brigamos por causa da Karen, não sei como, mas os dois viraram amigos inseparáveis, unha e carne.


—Calminha aí, não é minha intenção ofender, só estou dizendo que a Gio é linda.—fechei os olhos e respirei fundo contendo minha imensa raiva, cínico do caralho!


—Sai de perto de mim, Marcos. Agora. Pro teu bem. É a última vez que eu falo.—pedi bebendo a vodka toda, logo em seguida pedindo outra.


—Tudo bem! Porém, não sem antes dizer que teu mundinho perfeito e teu castelo de mentiras vai ser destruído.—Ele disse sério e saiu a passos largos.


—Filho da puta.—o xinguei. A vontade de meter uns murros é gigantesca. Contudo ainda é a festa de despedida do Leonardo e apesar de tudo que aconteceu entre a gente, ele é ainda é meu irmão, eu amo ele, não iria estragar isso, Leonarxo realmente parecia estar feliz e se divertindo muito dançando com seus amigos.


Vi quando ele empurrou a garota loira que me assediou minutos atrás. Leonardo pode ter todos os defeitos do mundo, mas ele realmente ama a Karen, ele seria capaz de lutar até o fim do mundo por ela.


E pela primeira vez em anos, eu respeito isso nele, porque eu seria capaz de fazer a mesma coisa ou muito mais por Giovanna.


Passei dois anos da minha vida me isolando, negando e ignorando o que realmente sentia, esses anos todos eu poderia ter sido feliz como estou sendo agora, ao lado dela. Já havia encontrado à muito tempo minha felicidade sem nem ao menos me dar conta.


Mas isso tudo não importa mais, tudo foi como tinha que ser.





— Sai do celular, Alexandre!—ouvi Rodrigo gritar, apenas ignorei e terminei de beber o quarto copo de vodka com limão, me afastando em seguida.


Foi quando meu celular tocou, até que enfim.


—Gio! Eu estou tentando te ligar a horas, onde você se mete-


—Alexandre!


—Alessandra?—perguntei confuso por causa da música e da gritaria do outro lá da linha.—Alessandra é você?


—Sim, sou eu. Onde você está?


—Na despedida do Jaebum, onde mais eu estaria? Cadê a Gio, por que está com o celular dela?—Indaguei ficando preocupado.


—Calma, aconteceu uma coisa, eu não sei explicar direito, mas ela está estranha... Meu Deus, Giovanna, não faz isso!


—Alessandra, caralho, cadê a Giovanna?—perguntei impaciente, já começam a ficar preocupado com aquela situação.


—Está aqui ou melhor, em cima do balcão do barman dançando e tentando tirar a roupa! Giovanna, pelo amor de Deus, não faz isso!


—Que porra de balcão? Onde vocês estão, caralho?—a ligação caiu e isso me deixou aflito e preocupado. Sem saber o que fazer direito corri até Rodrigo.


—O que foi? — ele perguntou me olhando confuso.


—Me dá a chave do carro!


—Eu não trouxe, esqueceu que todo mundo veio de limosine?


—Merda!—fiquei mais nervoso, o quê eu faço agora?


—O que aconteceu?


—Nada!—falei impaciente e sai dali correndo indo em direção ao elevador que abriu imediatamente, me fazendo dar de cara com Marcos, ele estava todo descabelado com a cara de quem acabou de sair de uma puta foda, mas que se foda ele.


—Alex-


—Vai pro inferno.—cortei ele entrando no elevador, ele me encarou até que as portas se fecharem.


Então meu celular começou a tocar.


—Onde porra vocês estão?—praticamente gritei.


—Na boate...


—Que boate, porra?—a ligação caiu.—Porra!—vontade de jogar esse celular no chão.


Quando a porta do elevador abriu no primeiro andar, eu sai esbarrando em algumas pessoas e ignorei a gritaria do local, e fui em direção a saída. Mas por irônia do destino eu olhei para o lado para ver que algazarra toda era aquela. Quando minha visão focou no que estava acontecendo, cesso os passos ao ver uma mulher dançando de uma forma sensual, só que de um jeito muito exagerado. Quando a vejo tirar os cabelos do rosto eu fico estático. Era Giovanna dançava ali! Atraindo a atenção da boate quase toda, que gritava assistindo seu "show", enquanto Alessandra tentava tirá-la da pista, Alessandra apenas ria, ou melhor gargalhava.


Eu vou matar aquela anã de jardim.


E vejo também minha mãe seminua naquele vestido vermelho também dançando de uma forma bem... Céus, dou graças a Deus pela minha vó não ter vindo.


Empurrei alguns idiotas que se atreviam a se aproximar delas, Giovanna levou as mãos para seus vestido e tentou abrir o zíper das costas, apreciei os passos e fui me aproximando dela, que quando me viu seus olhos brilharam dando indícios de alegria.


—Gio!—gritei seu nome, ela me olhou e em seguida começou a rir.


E o pior de tudo é que ela fica absurdamente linda e gostosa naquela roupa.


— Pessoal esse é meu noivo, Alexandre!—gritou para que todos ouvissem, mas acho dificil por causa do barulho alto da música. — Oi amor! Eu estou dançando com as fadinhas! — falou enquanto gargalhava dançando desengonçada.


O puxei pelo braço e a mesma quase caiu, mas eu paguei ela no colo ignorando seus protestos.


—Alexandre? Amor?—ela chamou de forma manhosa.—Eu tomei chá de camomila, tava muito bom!


—Alê, me desculpa...—Alessandra se aproximou de mim e parecia bem preocupada. Engraçado que minutos atrás ele estava gargalhando da cena que Giovanna fazia.


—Fale isso para seu marido.—disse quando vi Rodrigo atrás de Alessandra um pouco afastado, observando aquela cena toda, não só ele como todos os outros.


Acomodei melhor Giovanna em meus braços e dei as costas, saindo dali.


No final, ambas as despedidas foram um fracasso.



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