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História Um Alfa de Virgo - Lua em Libra - História escrita por Nessa11 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Um Alfa de Virgo - Lua em Libra


Escrita por: Nessa11

Notas do Autor


Olá, nativos do universo!

Prontos para elevar o cosmo do seu coração?


Capítulo 7 - Lua em Libra


Jimin realmente não sabia o que estava fazendo. Ele odiava ficar longe do trabalho. Ficar parado, sem documentos para ler, contratos para revisar, era uma tortura.

Talvez ele estivesse exagerando.

Gostava de sentir a caneta girando entre os dedos antes de cada rubrica, mas a semana sabática não saiu como planejado.

Apesar de ser um homem de negócios, o presidente sabia aproveitar alguns dias de lazer ao ar livre. Mas aqueles dias, não foram relaxantes como ele imaginou.

O que ele queria? Que o secretário se abrisse sobre a sua vida? Quanto absurdo. Jungkook estava certo em se reservar. Ele devia ter um motivo para mentir.

Mas, Jimin sabia que algo estava errado. Ele ouviu. Não deveria. Mas ouviu a forma como aquele sujeito falou.

Jungkook era um incômodo, contudo, nada justifica ser tratado daquela maneira…

Era isso que o presidente queria dizer, que sentia compaixão, empatia pelo secretário. Nada a mais.

Seu peito ainda formigava ao lembrar da maneira como Jeon puxou sua camisa, o choro desesperado em seus braços. O quanto ele sofreu?

Jimin apenas sentia ódio por qualquer um capaz de deixar outra pessoa nesse estado. Não era por ser Jungkook. Não podia ser.

E se o secretário ainda sentisse algo por aquele alfa?

Não. Ele pareceu ter rejeitado as investidas do homem.

Mas, por que isso importa?

Jimin o conhecia a pouco mais de um mês. Era uma vaga temporária, certo? Jeon não iria querer passar o resto da vida como um secretário de um alfa rico.

Ele é inteligente, engraçado (não que isso sirva no currículo), aprende rápido, é eficiente, e lindo (isso também não serve para o currículo).

Talvez, Jimin ainda estivesse bêbado.

— O que Taehyung disse? — Seokjin murmurou sonolento.

Ele dormiu na mansão de Jimin após deixarem o resort.

Estava no meio da cozinha, com uma xícara de café e um jornal no braço — onde ele conseguiu um jornal?

— Nada. Ele é um cabeça oca.

— Pensei que você fosse questionar. Fazer como naqueles filmes e desvendar o passado do seu inimigo.

— Ele não é meu inimigo, e isso não é um filme — Jimin respondeu sério.

— Então, se você não usa seu dinheiro para encontrar uma resposta, o que pretende?

— Eu não sei, só não acho certo bisbilhotar a vida de alguém por interesse.

— Admite que está interessado? — Jin abriu a gazeta indo direto a página do horóscopo — Meus deuses! Park Jimin vai romper o lacre.

— Shiii, não fala isso alto.

Jimin tinha pavor que algum empregado ouvisse sobre suas intimidades.

— Ele tem um cheiro terrível.

— Eu não sinto nenhum cheiro nele.

— Porque você é beta, Jin!

— Betas tem cheiro? O meu deve ser uma delícia porque eu sou lindão.

— Não, você cheira a perfume barato — o alfa revirou os olhos.

— Que mentira, eu paguei uma nota por um frasco.

— Que seja, não é o perfume dele, emana da pele. Isso não é normal, é coisa de… de… — sua voz sumiu.

— Ah, Jimin — Seokjin suspirou antes de abrir a página e recitou em voz alta — nos assuntos do coração, sua vida sexual vai entrar em uma nova fase, permita-se sentir coisas novas na cama…

— Pare de ler o horóscopo, se alguém ouvir vai achar que somos loucos.

O alfa puxou as folhas da mão do vice-presidente, as amassando.

— Quanta energia acumulada. Sabia que falta de sexo deixa as pessoas estressadas?

— Você não me deixa esquecer isso.

O Kim falhou na tentativa de se manter sério.

— Ok, você é um homem feito, sabe ler um mapa astral sozinho. Talvez, debaixo do chuveiro, o cheiro dele não incomode…

— Jin! — Jimin quase cuspiu o café. — Por todos os deuses que você venera, cala a boca.

O vice-presidente deu de ombros.

— Estou tentando entender, mas você precisa parar de fugir das pessoas e encarar seus traumas. Saí do casulo, flerta um pouco. O que te impede?

— Tenho uma sensação ruim.

— Premonição?

Negou.

— É apenas um palpite, ele mentiu, chorou… depois me ignorou — respondeu frustrado.

— Eu trouxe as cartas…

Jimin interrompeu o amigo ao tentar acertá-lo com o jornal amassado.

— Isso é sério. Envolve a integridade física de outra pessoa, e talvez a nossa própria segurança.

— Estou falando sério. Eu interpretei nos oráculos que seu futuro amor seria alto de olhos castanhos.

— Quase 79% da população mundial podem ter olhos castanhos — Jimin aprendeu a não duvidar, mas, às vezes, era mais forte que ele.

— O que quer dizer com a nossa integridade física? Acha que o cara do evento pode ser um stalker?

— Mesmo que não seja, eu não gostei do que vi.

— Uhum, ciúmes?

Jimin rosnou.

— O homem invadiu um evento público para atacar um funcionário. Isso vai além da vida pessoal de um secretário. A segurança falhou.

— Pode trocar a equipe de vigilância da Star, mas não muda o fato de você está puto por um cara qualquer ter agarrado o homem que você deseja.

— Eu não o desejo.

— Sei. Assim como Zeus, o único Deus virgem do Olimpo, eu acredito.

O olhar furioso do alfa não lhe afetava, mas Jimin sério ainda era algo assustador.

— Esqueça.

— Pode não acreditar, mas, você tem uma lua em Libra gigante, librianos lunares sempre se preocupam com a pessoa amada.

Pessoa amada? Isso é impossível, certo? 

 

Quando saiu para correr, considerou algumas formas de passar o dia sem pensar em Jungkook. Trabalhar. Nada como um bom negócio para distraí-lo. Deveria programar uma reunião na… agenda. Ah!

Quem cuidava dos ajustes era Jeon… ok, não seria fácil ignorar o secretário.

Os dias anteriores se resumiram em conversas sobre o casamento de Taehyung, Jeon anotando categórico cada ajuste na agenda do presidente e Seokjin pescando com Yoongi no lago.

Hoseok não perdeu a oportunidade de reforçar o convite ao padrinho, Park Jimin. A data estava cada vez mais perto. E, apesar de ter muitos ternos, o presidente iria experimentar um novo modelo feito exclusivamente para a ocasião.

Casar. Jimin não sabia nada sobre isso. Ou sobre amar alguém. Era filho de um acordo entre famílias ricas.

Não sabia como abrir seu coração a alguém. Para si mesmo. Por onde começar?

Seria mais fácil ser um conquistador barato como o pai? Só de pensar, isso lhe embrulhava o estômago.

Ele realmente estava gastando seu precioso tempo pensando em um estranho. Por quê?

Porque encontrar Jeon todas as manhãs fazia seu coração disparar. Vê-lo se atrapalhar com os talheres no meio dos almoços e jantares de negócio era sua nova rotina. Ou assisti-lo revirar os olhos sempre que alguém falava alguma estupidez, coisa que o presidente evitava fazer, uma vez que todos os olhares na mesa estavam na sua direção.

Jungkook era transparente. Como quando era hora de ir embora e um grande sorriso surgia em seu rosto, fazendo o canto dos seus olhos enrugar e, rapidamente, ele voltava a ficar sério e rígido, como se tivesse sido pego em flagrante.

Era tudo o que o presidente sabia sobre o secretário.

Ele não gostava de sopa de soja, mas amava qualquer coisa com massa. Fazia careta para todas as bebidas, mas apreciava cervejas como ninguém.

Eles não tinham nada em comum. Então. Por que Jimin parecia lembrar de coisas aparentemente inúteis como essas?

Ele podia estar mesmo gostando de Jungkook. Nunca admitiu em voz alta. Qual era o próximo passo? Perguntar por que o secretário mentiu? Não era um bom começo.

Park Jimin não queria gostar de ninguém.

Se fosse possível escolher.

Os relacionamentos são complicados. Ele não tinha boas referências sobre o tema. Seus pais dividiam a mesma casa, frequentavam os mesmos eventos e, no fim do dia, dormiam em quartos separados.

A garganta seca, as pernas trêmulas e a palpitação no peito deviam ser um efeito da corrida, não tinha nada a ver com a silhueta em frente ao portão da mansão.

Ele não gostava de Jungkook. Não podia gostar.

— Oi — disse ao se aproximar.

— Bom dia — sempre formal. Jeon se virou surpreso.

As pernas do presidente não se moveram, a uma distância segura.

— Como…

— Está atrasado.

— É.

Ele tinha um terno para provar. Certo. Era por isso que o secretário veio até sua casa. Parecia diferente, sem os olhos inchados da manhã seguinte no camping.

Jimin estava apenas preocupado. Cuidado era um sentimento natural entre os seres da mesma espécie. Prezar pelo bem-estar de todos, fazia parte do seu carácter.

Um homem de princípios acima de tudo. Park Jimin nunca desejou alguém antes. Como saber se o que estava sentindo era desejo? O que ele faria se admitisse que desejava Jungkook?

Jeon estava lhe dando as costas. A camisa social branca estava dobrada até os cotovelos. Os ombros tensos, estupidamente alto e largo como uma porta. O tecido fino deixava visíveis os desenhos na pele do braço e nas costas.

Certo… ele tinha muitas tatuagens.

Mas Jimin não estava interessado em vê-las, qualquer pessoa podia tê-las, ele mesmo fez algumas no ano passado.

Ele não estava imaginando Jungkook sem camisa. Sentando em seu colo… espera, o quê?

O presidente sacudiu a cabeça para afugentar o pensamento intruso.

— Café? — Jin levantou a xícara, caminhando até o sofá.

Jeon negou.

— Eu passo.

— O seu amigo não veio junto?

— Namjoon? Aqui? — Jungkook pigarreou. — Ele trabalha em casa.

— Hum — o vice-presidente murmurou.

— Volto em um instante — Jimin anunciou, subindo para se trocar.

Tomou apenas um banho rápido. Sem saber explicar por que estava ansioso. Jeon o esperava.

— Décimo terceiro signo, isso é sério? — ouviu a risada do secretário.

— É uma teoria interessante, você precisa admitir que pode estar lendo o horóscopo do dia errado.

— É assim que você faz negócios? Tarô?

Seokjin balançou a cabeça risonho.

— Intuição.

— Sério? — Jungkook gargalhou.

Aquela risada fez o peito de Jimin transbordar. E sentir inveja.

— Olha você, com esse Marte em Escorpião, é um estouro, sempre cheio de determinação e paixão.

Jeon bateu palmas, mas foi interrompido quando o celular vibrou. Ele não atendeu. Ficou sério e guardou o aparelho quando o presidente voltou.

— Vamos — o alfa disse, sem encará-lo.

 

Felizmente, Jimin não precisava passar o dia inteiro na companhia exclusiva do secretário.

Bastava o silêncio desconfortável entre eles no carro.

Depois de ajustar o terno, lá estavam eles para mais um jantar com empresários.

Jimin não costumava se sentir à vontade em reuniões assim, mas os representantes enviados dessa vez eram betas. Pessoas muito mais gentis e profissionais.

Contudo, a tolerância ao álcool dos senhores à mesa era um tanto preocupante.

O presidente se deixou levar pela conversa e pelo garçom, que não parava de circular com uma garrafa diferente, a cada rodada seu copo estava cheio.

Jungkook continuou pleno.

Jimin havia dispensado o motorista esta tarde, mas não era apenas por estar dirigindo que Jeon não estava bebendo. Normalmente, o secretário não bebia muito em reuniões de trabalho.

O presidente desviou o olhar quando foi pego espiando.

Ele queria sorrir, mas iria parecer bobo. Então, levantou abotoando o blazer. Estava tonto. Sem dúvidas, estava melhor do que aqueles senhores que mal levantaram a cabeça para se despedir.

O presidente viu os degraus se afastando e seus passos não eram tão confiantes como quando estava sóbrio.

Uma reunião sem assuntos que o deixasse desconfortável, sempre o fazia testar sua tolerância de alfa para o álcool.

— O que você quer? Saltar? — Jeon surgiu do nada, ou Jimin estava bêbado demais para notar ele o seguindo de perto.

— Estou descendo — droga, por que tantas escadas na entrada de um bistrô.

— Percebi — o presidente conseguia imaginar os olhos revirando pelo tom da voz do secretário.

O carro se aproximou e o homem que descia entregou as chaves a Jungkook.

Ele sentou no banco da frente e riu quando o mais novo bufou no volante. Ele abriu a janela, olhando as luzes da cidade à noite.

O bairro comercial ia sendo substituído pelas casas luxuosas, os jardins impecáveis ornamentados e as calçadas milimetricamente planejadas. Tudo tão diferente do centro, onde o secretário vivia com outro ômega.

Jimin bufou.

— O que está fazendo? — Jungkook tentou puxá-lo. — Pare de agir feito um cachorro, feche a janela.

— Ei — o alfa franziu o cenho. — Por que você sempre me trata assim?

— Assim? — Jeon o mirou pelo retrovisor.

— Como um qualquer.

— Claro — riu soprado. — Está surpreso porque eu não beijo o chão que você pisa.

— Outra vez — Jimin esfregou o rosto. Se sentia desesperado sem motivo — Eu não sou esse monstro que você pinta.

O silêncio foi a resposta do secretário.

O estômago do alfa ficou embrulhado e, bem, não é necessário nenhum guru vidente para descobrir o que acontece em seguida.

Ele estava vomitando em uma Lamborghini de 2,6 milhões de dólares enquanto seu secretário abusado o xingava.

— Que cheiro horrível, seu desgraçado! — praguejou.

— Não é pior que o cheiro do seu suor — o presidente tentou se defender.

— O quê? Que porra você está falando?

— Você fede! — Jimin perdeu a paciência. — Que droga você toma? Não é possível que mais ninguém perceba… ah.

O presidente se calou ao ver os dedos de Jungkook apertar o volante, seus olhos também marejados focaram na estrada.

— Desculpa…

— Cala a boca.

Jimin encolheu no banco. Tinha estragado tudo. Mesmo agindo como um idiota, Jeon ainda o ajudou a subir as escadas quando chegaram a mansão dos Park.

Ele se sujou assim como o presidente.

Jungkook o colocou na cama. Estavam no quarto do presidente. O único lugar da casa que parecia ter alguma vida.

Jimin não o deixaria tocar na sua estante se estivesse sóbrio. Os títulos eram vergonhosos. Um misto de livros sobre o universo dos negócios e romances melodramáticos.

Pois, era assim que ele lidava com a solidão. “Namorando o namoro” dos personagens dos livros.

— Eu vou pegar uma camisa.

Jungkook não tinha nenhuma cerimônia. Nunca teve.

— Cuidado, pode ficar chique… demais para voltar para casa.

Jimin soluçou o gosto amargo da bebida.

— Sabe de uma coisa, vai para o inferno! Eu me demito.

Ele andou a passos largos, mas Jimin saltou da cama, bloqueando a passagem.

— Espera, não pode fazer isso.

— Por quê? Você não manda em mim.

— Não estou mandando, estou pedindo para ficar! — ele falou. Estranhamente sóbrio.

— Eu não quero mais.

— A gente fala sobre isso amanhã. Entra, toma um banho. Pode pegar qualquer roupa.

Jungkook sorriu sem humor.

— É assim que você consegue o que quer? E depois, eu abro minhas pernas por gratidão…

— Não, não! — Jimin se afastou abruptamente. — Do que você está falando? Não quero que durma comigo.

— Certo, eu devo ser pobre demais para você querer…

— Caramba! Você distorce tudo que eu digo.

— Não quero te incomodar com o meu mal cheiro. Vai ser melhor assim.

— O que custa acreditar? Eu quero ser gentil, sem segundas intenções.

— Por quê? — Jungkook parecia estar a ponto de chorar. — Não seja gentil. Não comigo. Eu não fiz nada para merecer sua generosidade.

Jimin não queria estar tão tonto para pensar melhor.

— Não precisa fazer nada. Fica, no quarto de hóspedes, as roupas do Jin são maiores que as minhas.

Jeon olhou para a porta. O que ele estava pensando?

O celular vibrou e, dessa vez, Jimin viu na tela um número desconhecido. Oculto. Jungkook rapidamente bloqueou a ligação. O presidente ficou curioso, mas nada disse.

— Pode ser.

O secretário seguiu cabisbaixo pelo corredor. O alfa pegou o próprio telefone e discou. A voz do outro lado assobiou antes de dizer:

— Que energia carregada é essa? Sinto a vibração de Marte e Vênus juntos na mesma casa.

— Jin — ele estreitou os olhos. — Sabe como rastrear uma ligação?

O beta riu do outro lado da linha.

— Seria tão fácil quanto mapear uma constelação.

O alfa recostou na porta.

— Ótimo — disse sério.

— O que está tramando?

— Vamos caçar um rato.

— Jimin… — Seokjin gargalhou — librianos não costumam buscar conflitos.

O presidente respirou fundo.

— Talvez, você esteja certo — disse entre dentes — posso não ser nativo de libra, mas a lua estava  quando eu nasci. 

 


Notas Finais


Seria uma referencia dentro da referencia?

Minhas estrelas, meu baby cat ficou dodói, por isso não teve capítulo na semana passada. Está um pouco corrido esses dias, mas eu volto, sempre volto 😉

Lembrem-se: Sua constelação sempre vai te proteger! ⭐


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