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História Um Alfa de Virgo - Casas Astrológicas - História escrita por Nessa11 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Um Alfa de Virgo - Casas Astrológicas


Escrita por: Nessa11

Notas do Autor


Chamando todos os habitantes do universo!

Isso não é um treinamento.

Capítulo 18 - Casas Astrológicas


“Quem é Jeon Jungkook? Descubra mais sobre o novo namorado de Park Jimin”. 

Esse era apenas um dos incontáveis trechos que intitulava as manchetes. Apesar de ser um homem dos negócios reservado, o CEO da Star era visto como uma celebridade. Rico, charmoso, amigo dos famosos e um alfa bem sucedido. 

A notícia do seu relacionamento com o secretário não passou despercebida pela mídia. Era natural que alguém importante como Jimin fosse admirado. Mas, quem visse aquele homem no topo da “cadeia alimentar”, jamais imaginaria que o Lobo era na verdade um Cordeirinho. Ou melhor, um cachorrinho. 

Grudento e babão, que não desgrudava do seu amado. Jungkook ganhou o título de gato borralheiro da vida real. Do lixo ao luxo, como as revistas costumam escrever aos quatro cantos.

— O que aconteceu com o príncipe encantado? — era a voz de Namjoon do outro lado da linha. 

Jungkook estava ocupado, largado no sofá, entediado depois de um resfriado e um cio fora do controle. O ômega de cabelos curtos platinados estava curioso com o momento autodepreciativo do amigo que fazia meses que não acontecia. 

— Ele volta amanhã, eu acho — disse, suspirando penosamente alto. 

Namjoon revirou os olhos mesmo que o outro não pudesse vê-lo. Ele não estava mais trabalhando como um zumbi, sua vida de freelancer chegou ao fim após algumas indicações do vice-presidente. 

Seu rosto ganhou uma cor mais saudável. Além de conseguir um novo emprego e um bom salário, Namjoon comprou uma casa e para comemorar Seokjin apareceu em sua porta de mala e cuia. A barriga começava a ficar menos discreta a cada chamada de vídeo. 

— Conhece as regras, Jungkook. Não se deixa um homem grávido esperando, desembucha.

O secretário resmungou algo que podemos traduzir “cio”. Ele se afundou ainda mais na almofada. 

— Ele é incrível, carinhoso. Ama os sobrinhos, os amigos, me ama. Mas, continua sendo o… Jimin.

— Você quis dizer: rico, atraente e golden retriever?

Isso. Jungkook se sentiu tolo por tentar explicar porque ele continuava a reclamar do melhor namorado do mundo.

— Eu sou um idiota!

— Sim, você é.

— Namjoon! Não era pra você concordar.

— Jungkook, basta explicar como o que está passando na sua cabeça, ele vai entender e vai te ajudar. 

— Esse é o problema, eu já disse. Quero passar o cio com ele, mas sempre que estamos juntos, sinto que ele está se controlando. Entende?

— Não. 

— Namjoon!

— É por isso que eu não me envolvo com alfas, vocês fazem muito cu doce. Quer ser comido como se o futuro da espécie dependesse de vocês? Senta naquele pau e só levanta quando ele te prender igual a Excalibur presa na pedra.

— Meu Deus! — Jeon gargalhou sem conseguir se conter. — Não posso dizer isso, é vergonhoso até mesmo para mim. O que ele vai pensar? 

— Aposto que ele vai gostar.

— Você é o pior conselheiro do mundo. O que eu faço com a minha dignidade? 

— Simplesmente esqueça e diga: amor, você pode me foder como um lobo selvagem essa noite? 

— Não, não.

Foi a vez de Namjoon rir alto.

— Ok, vamos recapitular. Já imaginou que o Jimin te ama tanto, mais tanto, que não suportaria te machucar? Mesmo que isso signifique reprimir toda a essência de lupus dele?

— Eu sei — Jeon afundou o rosto no travesseiro antes de falar abafado — mas quando eu sinto o cheiro dele, ah… eu quero ele, mesmo sendo civilizado e delicado.

— Se não consegue se expressar verbalmente, redija uma carta, como nos velhos tempos, ou uma apresentação de slides. — O outro pigarreou, imitando a voz de Jungkook. — Caro, Park Jimin. Mesmo amando sua performance na cama, devo admitir que espero com grande expectativa o dia em que sentirei seu pau grosso entalar no meu rabo…

— Meu Deus!

O mais novo desligou a chamada na cara do amigo sem aviso.

Jungkook sentia falta de viver com o ômega, lembrava-se das noites em claro que passavam conversando e falando mal da vida alheia. Mas, agora, ambos tinham seguido suas vidas. E Jeon estava satisfeito em morar com o alfa.

O aniversário de Jimin estava chegando. Na manhã seguinte, o alfa ganharia um almoço especial com todos os amigos reunidos e o ômega não queria importuná-lo com assuntos banais. 

Ele estava bem…

— Jungkook.

Merda.

— Oi? — disse, levantando de uma vez — q-quando você chegou?

— Acabei de entrar — Jimin respondeu em pé no corredor — já comeu?

O presidente se aproximou com uma sacola da loja de conveniência, sério, sentou ao seu lado. Jeon agradeceu pela comida, notando o olhar do alfa na sua direção.

— Sim. Tudo bem?

Jimin afirmou positivo com a boca cheia.

— Como está se sentindo?

— Posso voltar ao trabalho amanhã mesmo — brincou.

— Não — o alfa se aproximou cheirando seu pescoço, sussurrando em seu ouvido e sua respiração quente o deixou arrepiado — seu cheiro ainda está forte.

Jungkook engoliu em seco, o movimento inesperado do alfa o deixou atordoado.

— Certo — ele sorriu mordendo o lábio — tem razão.

— Mas, ainda podemos ir ao meu almoço de aniversário amanhã. Garanto que ninguém vai importuná-lo. 

— Eu não diria isso, meu rosto está em todas as revistas do país. 

Jimin maneou a cabeça. 

— Sinto muito — disse.

— Pelo quê?

— Toda a exposição. 

Jimin era um CEO famoso e cobiçado, apesar das tentativas de manter-se longe dos holofotes. Jungkook não estava disposto a desistir do melhor relacionamento da sua vida por uma insegurança. 

— Não há motivo para se desculpar, você não tem culpa de ter nascido em berço de ouro. 

— Acho que o berço era de diamante. O enxoval tinha fios de ouro.

— Claro, isso faz muito sentido — o ômega revirou os olhos. 

Jimin levantou e o abraçou, com um olhar misterioso antes de dizer:

— É meu aniversário, posso pedir qualquer coisa. 

— Isso é negociável. 

— Eu sou alfa e rico, faz parte da hierarquia social realizar todos os meus desejos. 

Jungkook não conseguia rebater as piadas, por isso ele sorria. Estava sorrindo mais, como era de costume desde que conheceu Jimin, ele sorria cada vez que o via, e quando escutava sua voz, às vezes ele sorria sozinho lembrando-se de algo sobre o Park.

— Já que é assim — Jeon disse depois de respirar um pouco — pode me dizer qual é o seu desejo?

— Você.

— O quê?

— Eu quero você.

Eles podiam ouvir o coração um do outro bater mais forte.

— Não quer pedir algo melhor.

— Não existe nada melhor — o alfa segurou a mão do ômega maior que a sua e sorriu, o olhando de frente — eu quero que você me aceite como seu único alfa, eu quero que você queira ficar ao meu lado, sempre ao meu lado, tanto quanto eu desejo isso todos os dias com todo o meu coração. 

Jeon sentiu o peito apertado enquanto Jimin abria uma pequena caixa do bolso que saiu do seu bolso. 

— Eu quero que aceite se casar comigo, de verdade. Você aceita?

Jungkook arregalou os olhos, ele não precisava perguntar, mas deixou escapar um isso é sério? E Jimin respondeu que sim. Jeon estava tão feliz, mesmo que já vivessem como um casal. O ômega insistiu confuso. 

— Por que você faz tantos pedidos de casamento? Devo me preocupar?

— Costumava fazer com menos frequência antes de conhecê-lo, agora você me faz parecer desesperado.

— E você está?

— Estou, por você. Todos os dias, quero ver você a cada minuto e ouvir sua voz, sentir o seu cheiro e dizer como eu te amo. Eu amo lembrar que você existe e que eu posso te tocar. 

Jungkook sorriu abobado. Ele devia responder com palavras, repetir vários sim, sim, sim. Ele queria se casar com Jimin, viver, adormecer e acordar ao seu lado todos os dias. Era tudo o que ele queria agora. Jeon queria provar mais desse sentimento, porque era bom, e não há nada de errado em desejar coisas boas a si mesmo.

 

Quando acordaram na manhã seguinte, com seus anéis de noivado, foram ao restaurante onde os amigos esperavam para celebrar o aniversário do alfa. 

O lugar havia sido reservado apenas para eles, e mesmo estando apenas entre amigos, Jimin se recusou a abrir as caixas de presente alegando que os amigos só lhe dava cuecas ridículas todos os anos.

Taehyung se levantou em meio às taças, chamando atenção.

— Não podemos esquecer de brindar ao homem que finalmente baixou suas cuecas ridículas, um brinde ao Jungkook! 

O ômega cobriu o rosto envergonhado, enquanto Jimin arrancava a bebida das mãos do amigo. O bolo era pequeno, apenas simbólico. Eles cantaram parabéns e a reunião não se estendeu por muito tempo ou o estoque de bebida do estabelecimento estaria comprometido agora que Yoongi poderia beber sem restrição. 

— Tem certeza que não querem ir lá para casa? — Jungkook convidou mesmo contra a vontade do alfa. 

— Está tudo bem — disse o Min com um dos bebês no colo, Jay carregava os outros dois — as crianças precisam descansar, e Taehyung não está em condições de caminhar. 

O outro ômega, apoiado nos ombros de Hoseok, mostrou o dedo do meio em resposta. 

— Estou surpreso que apenas ele tenha saído assim — Jimin alfinetou o beta.

— Sou um novo homem agora, tenho que zelar pelo futuro da empresa — Jin respondeu colocando a mão sobre a barriga de Namjoon. 

O ômega mais alto revirou os olhos, ele lia algo na tela do celular quando recebeu uma notificação. Ele teria a ignorado, porém, o nome na matéria chamou atenção e ele exclamou:

— Merda!

Seokjin se virou prontamente, preocupado, exagerado, mas o rapaz não se importou. Ele se virou para o amigo com uma expressão aflita. Jeon pegou o aparelho das suas mãos e ficou em choque.

— O que está acontecendo? 

Antes que Jimin se aproximasse, seu próprio celular tocou, assim como o de Jay e Yoongi, incomodando os trigêmeos. 

— Que droga é essa? — Disse o ômega com aroma de tangerina. 

O presidente encarou o advogado, respirando fundo. A publicação na internet teve milhares de visualizações em poucos minutos, o pseudo jornalista que divulgou a descoberta da paternidade de Yoongi estava em uma coletiva ao vivo.

— Eu vou cuidar disso — Jay disse ao ômega. 

Yoongi não respondeu, ele apenas colocou os filhos em segurança no carro e saiu. 

— O que vai fazer? — Jungkook esperou alguma reação do alfa, mas o presidente parecia fora de si por alguns instantes. 

— Para a mansão, eu sei que ele está lá — disse por fim.

Seokjin passou as chaves do carro para Namjoon, ele não podia deixar o amigo sozinho nessa hora, também estava com medo do Jimin poderia fazer. 

 

Quando entraram na mansão que um dia foi seu teto, mas nunca foi seu lar, o alfa encontrou o pai à vontade no sofá lendo uma revista. 

— Ora, filho! — O homem apoiado no sofá da sala o saudou. — Veio comemorar o aniversário com o papai…

Jimin o ergueu do sofá pela camisa e o colocou contra a vidraça, quase a quebrando. 

— Jimin! O que está acontecendo?

— Eu deveria quebrar seus dentes! — Bradou.

— Seu moleque — rosnou o pai. 

— Todos já sabem do meu irmão, do dinheiro que você pagou para esconder que ele era seu filho. 

— O quê?

Seokjin o segurou, tirando-o de cima do velho. 

— Não vale a pena — disse o beta. 

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? 

O beta abriu na manchete. O nome da família Park e o de pianista já estavam no topo das pesquisas.

— Por Deus, isso é muito sério — disse o velho alfa — pode prejudicar as ações da empresa. 

— As ações? — Jimin repetiu. — Está preocupado com os seus negócios e não com as consequências que as suas ações idiotas vão provocar na vida do seu filho? A carreira do Yoongi pode ser prejudicada por causa desse escândalo. 

O som da porta se abrindo chamou a atenção, era Jay de prontidão na sala com sua habitual postura de profissional. Jimin pensou em perguntar porque ele estaria ali ao invés de estar em casa, cuidando do ômega, mas ele sabia que o Jung não deixaria outro advogado cuidar desse assunto delicado. 

— A matéria foi retirada do ar, mas já se espalhou pela internet, não há como controlar — disse o rapaz — nossa equipe jurídica está trabalhando em uma nota de esclarecimento, será publicada assim que o Sr. Park avaliar o conteúdo. 

Jay se virou, caminhando na direção do ex-presidente.

— Viu? — o velho se direcionou ao filho. — Logo as pessoas esquecem o caso, o garoto pode usar essa exposição para vender mais discos…

Sua fala foi interrompida pelo punho do Jung em sua cara. 

— C-como? — Ele gaguejou com o canto da boca cortado.

— O garoto tem um nome — Jay disse entre dentes — mas, eu não quero ouvi-lo na sua boca suja, seu desgraçado.

A confusão acalorada só aumentava enquanto o vice-presidente tentava amenizar os ânimos. Eles não iam chegar a lugar algum, mas tinha algo estranho com Jimin. Ele estava suando. Não era um calor normal de uma noite de primavera. As vozes dos outros apenas o deixavam mais agitado.

— Isso não vai ficar assim! — o homem gritou os empurrando. — O quê?

Os rapazes olharam na mesma direção, Jimin estava parado em pé no meio da sala. Ele sentia seu corpo quente, instintivamente ele cobriu os olhos.

— Qual é o seu problema? — disse o pai. — Isso é culpa sua! Se não tivesse se aproximado dele, nossa família não teria se envolvido nesse escândalo. Mas, você tinha que fazer amizade com um bastardo!

— Cala a boca.

O ex-presidente sorriu debochado.

— Vocês invadem minha casa, me agrediram. Eu posso chamar a polícia. Me tratam como um moleque. Mas, são vocês, alfas decentes, que estragam os negócios! Agora, tem esse secretário. Jura, Jimin? Apresentar um funcionário como companheiro é a prova de que você não pode ser um presidente…

— CALA A PORRA DA BOCA!

O cheiro de Jimin tomou conta da sala fazendo com que os alfas estremecerem.

— Ei! — Seokjin disse se aproximando. — Você tá bem?

— Ele está no cio — Jay disse tapando o nariz. 

Por ser beta, o vice-presidente não estava sendo afetado pelos feromônios do alfa. Jimin se afastou, pensando em como deixou isso acontecer, justo agora. 

— Eu te tiro da presidência e coloco qualquer bastardo no seu lugar — o velho disse trêmulo. 

Jimin sorriu de canto, seus olhos azuis cintilavam, sua voz de alfa estava rouca, profunda, o deixando com uma expressão animalesca.

— Não vai.

— Eu vou…

— Você não pode.

— O quê?

— Você poderia, se tivesse todas as ações. 

— Eu sou o dono da Star! — bradou o velho. — Seu avô começou essa empresa e eu a fiz ser o que é hoje, muito antes de você nascer!

— Tecnicamente, meu avô também estava lá — Seokjin disse interrompendo.

Jimin sorriu debochado.

— Acontece que, como seu herdeiro, por lei, metade das ações da Star me pertence. 

— Você não tem nenhuma autoridade apenas com a metade...

— Não — Jimin concordou. — Mas, o novo presidente da Star pode. Jay, por favor.

O advogado tirou os papéis da pasta e os entregou ao beta.

— Suas ações — Seokjin leu ainda confuso — você passou todas para o meu nome.

— Agora, você é dono de 60% da Star, você dá as cartas agora, irmão.

— Mas, a empresa é tudo na sua vida, Jimin. Eu não posso aceitar.

— Eu recebi muita ajuda, você estava lá, vou ficar feliz se me deixar ser o presidente por mais alguns anos.

—  Por que fez isso?

— Talvez, eu tenha percebido que a vida pode ser mais que reuniões e negócios. Jin, eu também quero um futuro — ele sorriu fraco percebendo sua visão nublada. — Eu já perdi muito tempo.

— Você quer uma carona? — Jin disse preocupado, vendo o alfa se afastar.

Jimin negou.

— Cuide de tudo por mim. — disse. 

— Aonde pensa que vai? — o alfa mais velho chamou. — Isso deve ser ilegal, eu vou chamar meu próprio advogado.

— Jin — Jimin o ignorou — Não pegue leve.

Seokjin piscou.

— Sabe que eu não pego leve com ninguém.

Jimin saiu da mansão ouvindo gritos. Mas, ele não quis saber o que diziam. Aonde pensa que vai? Tinha um lugar para onde ele queria ir. O único lugar em que queria estar. Sua casa. Não o lugar físico, com paredes roxas e portas. Ele queria braços quentes e uma pele macia onde poderia fincar seus dentes. Um corpo alto e o cheiro de frutas para se embriagar. 

Ele cruzou a cidade tão rápido e atravessou a porta sem sequer olhar em volta. E Jungkook estava lá, preocupado. Tinha escutado o barulho do carro e estava em pé, de braços abertos esperando pelo abraço de Jimin, que não demorou em envolvê-lo e não soltar.

 


Notas Finais


Caminhando para o final. Até o próximo!


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