História Um amor de morrer (ObiDei) - Sangue

                             OBITO POV

Primeiro dia

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Segundo dia

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Terceiro dia

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O apartamento parecia gigante sem o meu parceiro.

Não consegui deixar de sentir aquele aperto no peito e por mais que tentasse me distrair, nada tirava a sensação de ter algo errado acontecendo com meu Shinigami.

Deidara não aparecia e não mandava qualquer tipo de sinal o que aos poucos começava a deixar-me desesperado.

Todos os dias saia para trabalhar e quando voltava o esperava encontrar em pé na cozinha ou na varando brincando com o gato do vizinho, só que isso não acontecia.

Olhava pela porta fechada da varanda e procurava alguma pista, qualquer coisa, só que sempre não  havia nada. O único detalhe que reparei foi no fato de que todas as portas e janelas do lado de fora continham uma grande quantidade de sal grosso jogado.

Com toda a certeza do mundo fui procurar o significado e ví que era para afastar maus espíritos, o que cada vez mais fazia a mensagem do loiro fazer sentido: “ Tentei deixar tudo protegido para você..”

É claro que ele tentaria, sempre havia feito isso, sempre havia cuidado de mim, até agora que não se fazia presente. A cabeça estava a milhão e só pensava em todos os espíritos ruins que Deidara mencionou que poderia encontrar. De certa forma acreditava que era isso que ele teria sido convocado para fazer, por isso tanta preocupação comigo.

Deitei na cama tentando descansar um pouco, só deixando a luz do abajur do criado-mudo ao lado acesso. Depois de muita resistência o sono começou lentamente a chegar.. sentia os olhos pesando e relaxando...

“ Obito..”

“ Obi..t.. “

Aquela voz soava bem no fundo da minha mente...

“ Obi.. me a..ju..da “

Assim que essa ultima frase soou, sentei desesperado na cama. Será que era algum pesadelo??

Aquele gosto metálico horrível na minha boca, quase vazia-me vomitar. Era sangue!

Da onde vinha esse gosto horrível ??

Coloquei a língua para fora, como se tentasse tirar aquilo de mim... Sentia uma agonia e dor.. muita dor.

“ Obi.. aqui..”

Foi quando senti aquela pontada em meu peito e sabia exatamente onde e quem procurar.

- DEIDARAA!! – gritei saindo correndo da cama e acendendo a luz do corredor ,o Shinigami encontrava-se lá, jogado no chão  completamente ferido. Despedaçado, seria a palavra certa!

O senpai olhava nos meus olhos com desespero. Havia envolta dele um liquido que parecia sangue, porem mais escuro.

Aproximei correndo e não sabia o que fazer. Deidara estava sem os dois braços,  as roupas rasgadas e vários cortes cheios de sangue. Seus longos fios loiros,  eram quase ruivos e chegava a faltar ate uma parte da sua máscara.

- Obi. A..ju..dA. . – foi a única das vezes que sua voz saiu pela boca, ele estava tão ferido e tão fraco que mal conseguia pronunciar uma palavra inteira. – Dor..

Cheguei mais perto e sentado no chão o peguei no colo, não conseguia evitar algumas lagrimas escorrem dos meus olhos ao vê-lo daquele jeito.

- o que eu faço??? Como cuido de você?? – pausei, tentando tirar seu paletó. – é igual a cuidar de um humano???? POOOR FAVOOR ME FALAAA!!! – já não conseguia conter o choro. – Tem taanto sangue aqui...

- tira a minha máscara.. – forçou para tentar me dar instruções.  – tem que tirá-la da..qui.. – Deidara tossiu e vi um fio de sangue escorrer por sua boca, já liberta daquela máscara.

- o quê?? NÃO!!! – gritei. – De maneira nenhuma vou deixar você!!!

- você não enten..de.. – o Shinigami tentou me segurar  com o que restou de seus braços.  – não sei..se o ma..tei! Minha máscara...metade..ELE .po..de rastrear..hm! – depois de alguns segundos raciocinei e notei que faltava uma parte de sua máscara e que o rasgo parecia uma espécie de marca de luta. Arregalei os olhos só de juntar toda aquela frase.

- o que pode te rastrear??

- tira a máscara..daqui. – a suplica de seus olhos terminava de me rasgar. – vo..cê, seguro..hum! Parque..escon..de lá...

- NÃO!!! NÃOO POSSO TE DEIXAR ASSIM!!! – tentei ser firme, contudo, vi o desespero em seus olhos  que não me permitia.

- escondee..hm – sussurrou.

 Mesmo não concordando com isso, levantei-me e agarrei o capacete da minha moto. Começava a pegá-lo no colo, contudo ele fez um sinal de negativo com a cabeça e indicou com os olhos a porta de saída.

- eu já volto. - corri para o estacionamento com aquela máscara horrenda no bolso da jaqueta que havia colocado e dirigi desesperado ate o parque.

Chegando naquela escuridão,  agradeci por estar quase deserto e por aquela lua gigantesca iluminar um pouco o lugar.

Sentia o coração saindo pela boca e tudo o que pensava era no meu Shinigami jogado no corredor todo ferido. Só precisava terminar aqui logo para socorre-lo.

Não aguentava sentir aquela dor, todo aquele sofrimento e medo dilacerava-me. E com toda certeza, todas aquelas sensações em mim, eram o senpai que sentia.

“ Só preciso protege-lo! Tentar retribuir todo o cuidado de anos que ele teve comigo.!”   

Era tudo o que conseguia pensar.

Andei até a estátua de um anjo e aos seus pés, comecei a cavar um buraco com as mãos mesmo e enterrei aquele objeto. Assim que conclui , corri para a casa pois agora precisava cuidar do meu parceiro.

Chegando em casa o encontrei desacordado e todos os sentimentos mal em mim só aumentaram.

‐ DEIDAAARA!!! – gritei jogando-me no chão e o pegando no colo. Entretanto nenhuma palavra saia de seus lábios.

O único alivio foi que lentamente seus olhos foram abrindo e ficaram fixos nos meus.

O carreguei no colo até o banheiro e lá comecei a tirar suas roupas. Precisava lavar todo aquele sangue escuro e ver os seus ferimento por completo.

Lavei seus cabelos que sem demora ficaram loiros outra vez. Limpei cada corte de seu corpo e ao chegar nos braços desesperei-me.

- o que vamos fazer ,senpaii?? – não consegui esconder o desespero, só o abracei fortemente e mesmo naquele momento, o vi corar um pouco.

- vou ficar bem..hum – sussurrou. – Logo vou encontrar a pessoa para arruma-los. Só preciso me fortalecer. Hum. – tentou dar um sorrisinho fraco.

Deidara encontrava-se completamente nú na minha frente e mesmo coberto de preocupação  meus olhos não conseguiam deixar de descer as vezes.

“ Mas que merda, nem em um momentos desses!!”

Comecei a olhar quase para o teto para tentar controlar todo esse calor que crescia em mim e aos poucos fui secando todo seu corpo. Infelizmente, havia algumas partes mais intimas que não sabia se secava ou não.

Na duvida, passei rápido a toalha por cima o vendo estremecer por completo e suas bochechas queimarem. Sequei rapidamente suas nádegas e correndo o enrolei no roupão.

- vamos para o quarto, vou fazer curativos em seus braços.  – o vendo tão fraco, tomei a liberdade de mesmo sem pedir o pegar no colo, bem daquele estilo noiva sabe e o levei para a cama.

O Shinigami enterrou o rosto no meu peito e vi o quanto aquele ser tão poderoso,  encontrava-se tão frágil.

Tentei repousa-lo na cama da forma mais delicada e tratei de logo começar os curativos. No fundo morria de medo daqueles ferimentos começarem a jorrar sangue.

- seus olhos.. – automaticamente coloquei a mão em seus rosto. – estão azuis... – sussurrei admirando ainda mais sua beleza, cada vez mais perto da humana.

- isso não é bom..hum – pausou e na sua voz ainda sentia toda aquela dor. – Estou muito fraco.. se algo aparecer, não vou conseguir te proteger.. – só revirei ao olhos.

O loiro acabava de ter sido picotado por inteiro e ainda pensava na minha proteção?? Francamente, tinha que mostrar que conseguiria NOS proteger também.

Sem explicação alguma , fui até o guarda-roupa e peguei um taco de beisebol.

- bom, acho que por uma noite consigo nos defender. – mostrei ao loirinho que só deu uma risadinha sem jeito.

O vesti, fiz todos os seus curativos e também, por mais que o Shinigami odiasse, acabei dando alguns pedaços de bolo na sua boca.

- para de ficar emburrado, você nem tem braço para comer. – o repreendi e seu bico ficou ainda maior. – Vou só limpar sua boca e depois pode dormir a noite toda.

Agarrei um pedaço de guardanapo e com calma fui passando em seus lábios. A mais pura tentação era aquilo, isso sim. Não conseguia deixar de admirar sua boca e mais que isso de deseja-la.

- quer experimentar, hum? – sua voz inocente , só me fez ficar repleto de vergonha. Será que falávamos da mesma coisa? - Se quiser, fique a vontade. Sempre estive ao seu lado para tentar te ajudar em tudo. Hum.

Com o final daquela frase tudo o que mais queria era beija-lo, entretanto parecia tão errado... Ele estava tão ferido e com tanta dor, que comecei a ponderar se seria o momento certo. Afinal não foi nessas circunstâncias que desejei possuir seus lábios.

- Se quiser fazer isso Obi, tem que ser agora.. porque quando eu me recuperar novamente, você não poderá tocar em mim, igual era antes.. hum.