OBITO POV
Naquela dia virei a madrugada inteira e boa parte da manha procurando algo sobre esse tal de Sasori, porem as informações eram tão vagas que de nada serviam.
- É tudo inútil.. – Suspirei levando as mãos a cabeça. Não conseguia deixar de preocupar-me com Deidara e se estivesse ferido ou algo pior?
Não havia também nenhum sinal de que aqueles dois esquisitões iriam voltar com alguma informação, então resolvi procurar sobre Sasori mais uma vez e algo chamou a minha atenção. Apareceu algo sobre um Tal de Sasori no Danna o primeiro mestre ventríloquo da historia, lá da época das caças as bruxas. Onde tudo era considerado feitiçaria. Um garoto foi acusado de matar varias pessoas e as transforma-las em bonecos.
Minha nossa, será que um lunático desse poderia estar mantendo Deidara de refém? Aquilo explicaria tudo e até mesmo sua habilidade em ter manipulado Kakashi.
Bocejei e senti o sono pesando, havia dias que não dormia e agora com essa marca de Hidan, sentia-me um pouco seguro para tentar descansa e por as ideias no lugar. Precisava achar um jeito de obter qualquer pista sobre meu loiro e não sentir a sua energia por perto, só tornava o desespero maior.
Aquele foi o dia em que quase entrei em coma, havias semanas que não conseguia uma paz dessa, porem, fui acordado na base de um empurrão e abrindo os olhos deparei com aquele ser macabro , todo negro com uma espécie de pintura em forma de esqueleto por todo seu corpo.
- ACORDA, ESTORVO!! – gritou empurrando-me e só gritei pelo susto.
- Nossa, espero que esse selo de proteção proteja contra ataque do coração!! – Resmunguei irritado por aquele jeito mal educado. Como Deidara o aguentava? – Conseguiu algo? – perguntei animado, com toda certeza teria alguma novidade.
_ Não. Responde seco, jogando-se do outro lado da cama. – Não conseguimos nada porque Sasori também sumiu... Sem deixar qualquer rastro, igual a Deidara. – o albino encarou-me frustrado pelo seu fracasso. Sabia que no fundo havia uma preocupação gigantesca pelo amigo o corroendo.
- Escuta.. – pensei em uma forma de formular a pergunta sem parecer que havia ciúmes. – Deidara e Sasori.. bem, existe uma chance de estarem juntos ou algo assim... – mal conseguia encara-lo. Só de imaginar que o meu doce Deidara poderia estar com outro homem e fazia algo dentro de mim borbulhar de ódio.
- Deidara nunca ficaria com outro homem enquanto você está vivo, é algo impensável! – quase gritou no final de tão absurdo que seria a ideia. – Quando vocês se encontram é para sempre sabe, estorvo... Acho que está na hora de você saber realmente a historia do amor de vocês
A cada detalhe não conseguia deixar de arregalar ainda mais a boca. Ficava ouvindo sem me dar conta de tudo que já passei em outras vidas, ainda mais ao lado de Deidara.
Hidan contou-me a historia de uma quadrilha muito perigosa intitulada Akatsuki, onde em um grande assalto foi praticamente toda eliminada, restando apenas dois integrantes que se amavam desde o primeiro encontro. Na hora da fuga, os dois trocaram tiros com a policia e Deidara que era para estar vigiando a uma das janelas, havia se distraído e não visto o policial que mirava justamente em mim.
Segundo o prateado, Deidara quando humano sempre foi muito ganancioso e entusiasmado por arte e foi quando tentava enfiar uma escultura raríssima dentro da sacola de dinheiro, que o policial acertou um tiro certeiro bem no meio da minha cabeça.
Sentindo-se completamente culpado pela minha morte e não se conformando em não ter conseguido protege o grande amor da sua vida, Deidara fez um pacto trocando a sua alma e seus serviços para o deus da morte , até consegui me salvar e conseguirmos viver uma vida juntos.
O único porem é que nunca deu certo e assim que morro em qualquer vida, zeramos e começamos outra. O loiro nunca se lembra de nada também pois faz parte do seu carma.
- Sabe no começo até que era engraçado - Hidan encarou-me. – contudo, depois até eu fui ficando com pena de vocês dois. Além do mais, é cruel demais ver Deidara chorando pela sua morte toda vez. – Seus olhos foram tomados por uma tristeza gigantesca e só conseguia imaginar o quanto meu amor já havia sofrido. – Sasori sempre se aproveitou disso. A cada vida ele achava um meio de encantar Deidara e se apaixonarem, até você aparecer e roubá-lo, porque vocês dois são alma gêmeas perfeitas.
Depois de saber de tudo aquilo, confesso que pela primeira vez em ano, dei-me conta de que tudo o que sentia era lógico. Tudo era explicado e no final de tudo, fiquei feliz porque mesmo me afastando de todos sempre soube que o que sentia por aquele ser estranho era amor.
Sem falar que ao confirmar tudo isso na historia de Hidan só me fez ter mais motivações para vasculhar o mundo todo atrás de Deidara.
Levantei e colocando a jaqueta assisti o albino me olhar confuso.
- Vou vasculhar cada canto dessa cidade e do mundo atrás dele.. – pausei. – Você disse que eu sempre estou destinado a morrer e não ao contrario.. então tem algo errado dessa vez.
- Sim, com certeza algo mudou dessa vez.. Mas não é motivo para você agir sem cautela. Eu e Kakuzu fazemos as buscas.
- Nem pensar Hidan. Se não conseguir encontrar Deidara não quero mais viver essa vida. – depois de falar isso sai do quarto o ouvindo me xingar de tudo quanto é nome.
‘ Algumas semanas depois ...
DEIDARA POV
Não aguentava mais esperar...
Deitado de bruços na cama sentia sua língua passando pela minha entrada, bem devagar, com se fosse para torturar-me. Eu gemia bem baixinho ,enquanto mordia meu próprio lábio. Tudo para tentar não demonstrar o quanto o queria dentro de mim. Dessa vez, eu não daria o braço a torcer. Hum.
Contudo, tudo ficou ainda mais difícil quando senti um de seus dedos me penetrando e causando um arrepio em mim.
Mordi o travesseiro, tentando contem os gemidos que teimavam em ficarem mais altos.
- Vamos meu amor.. – falou manhoso. Seu hálito quente chocou-se contra uma das minhas nádegas e logo após senti uma mordida provocante. – é só admitir. – logo a mordida virou um chupão e sabia que aquela seria mais uma das varias marcas que Orochimaru deixava em meu corpo.
Consegui apenas dar uma risadinha convencida, pois quando iria desafia-lo, senti uma palmada estralar na nádega direita e seu dedo começou a fazer um movimento de vai e vem mais rápido.
Eu já suava e contorcia-me de prazer e sem mais conseguir aguentar de vontade, iniciei as suplicas.
Seu corpo deitou sobre o meu e sentia seu membro tão duro sendo esfregado contra a minha entrada.
Orochimaru iniciou uma serie de lambidas e mordidas no me ombro e foi subindo até a minha orelha. Uma de suas mãos foi para a minha garganta a segurando e quando senti a sua ereção invadir-me de uma forma tão brusca, gemi alto e tentei conter as poucas lagrimas que marejaram meu olhos.
Mal tive tempo para acostumar-me com ele dentro de mim, pois as estocadas começaram tão fortes e intensas que mordia o travesseiro para abafas meus gritos.
Gritos de prazer que Orochimaru sabia causar em mim todos os dias. Eu gemia, gritava e revirava os olhos a medida que o sentia me penetrando tão fundo, não demorando muito para alcançar um pontinho glorioso e surrá-lo até não aguentar mais e espasmos iniciarem em mim.
- Admita que é disso que você gosta... – sua voz cada vez mais manhosa e sedutora indicava que o orgasmo estava vindo também.
- Só se vo.. você ir mais forte.. hum.. – gemia , mal sentindo minhas pernas, mas mesmo assim não queria que parasse.
O provoquei ainda mais rebolando enquanto suas estocadas passavam a ficarem mais violentas.
Dessa vez com certeza quebraríamos a cama!
- E.. eu preciso tanto de voc.. você meu amor.. - Tentei admitir, mas uma segunda onda de espasmos atingiu-me e senti meu próprio gozo sujando minha barriga e o lençol da cama.
Orochimaru tentou aguentar mais, porem, logo sucumbiu ao orgasmos e senti seu gozo enchendo-me.
Tentávamos respirar e mesmo ofegantes o escutei sussurrar um “ Eu te amo”, que logo foi retribuído.
Nos encaramos por alguns instantes e quando o senti acariciando minha bochecha, um sorriso doce apareceu nos seus lábios.
- Sabe, - começou. – são por momentos como esse, que tudo valeu a pena.. - murmurou e selou um beijinho na minha testa.
- Seu bobo! – dei risada. – Vai começar a balbuciar coisas sem sentidos, hum?
- Não existe sentido maior do que te amar, Deidara.. Com o passar dos anos, comecei a ficar obcecado por você.
- Claro meu amor, é por isso que estamos casados a dois anos já. Hum. – Foi a minha vez de acariciar seus longos fios negros.
- Com toda certeza, a dois anos já. – Seu tom ficou irônico e só revirei os olhos o beijando, sem entender o porque da ironia.
OBITO POV
Sem qualquer noticia ou pista sobre o paradeiro de Deidara e Sasori a quase um mês, não havia como pensar coisas boas a respeito dessa historia.
E depois de tanto pesar, não havia motivo para viver.. Não sem o amor da minha vida.
Tentei conversar com Hidan e implorei para que me levasse embora desse mundo. Entretanto, como o mal educado que era, mandou-me tomar no cú e não pérder a cabeça, mas isso era impossível. Não conseguia pensar positivo e ficar a tanto tempo sem sentir a presença de Deidara tirou qualquer felicidade que havia em mim.
Nos ultimos dois dias, sem o albino saber andei pesquisando varias formas de me matar e sabendo que condenaria minha alma para sempre, estava decidido a fazer isso.
‘’ Não quero viver em um mundo onde não estamos juntos!’’ Pensei.
- Obito, mantenha a calma.. – Kakuzu estendia as mãos enquanto tentava falar de forma serena. – Você não entende... Deidara e você são ligados , um atrai o outro sempre.. Espere.
- Estou a um mês esperando e não temos nada.. nem o sinto mais.. Do que adianta essa vida as coisas estarem diferentes, se não acabamos juntos.?– Choraminguei no final.- Eu sempre morro não é mesmo? Então só vou adiantar o processo.
Kakuzu começou a vir em minha direção, contudo peguei a chave da moto e sai correndo pela porta.
Eu mesmo vou acabar com tudo dessa vez...
Montei na moto e dirigi sem rumo, apenas peguei a pista e corri. Sem destino nenhum. Tudo que queria era afastar-me e esquecer de tudo, já que não teria Deidara comigo, não queria nem mais ter a minha vida.
Dirigi por horas e horas.
Quando ao longe avistei o mar. Nunca soube nadar , então acho que havia escolhido sem querer o melhor modo de deixar esse mundo.
O por do Sol era rosado encantou-me.
Desci da moto, arranquei o sapato e senti a areia por entre meus dedos. Estava quente e devagar fui chegando perto do mar.
Começava a sentir a areia gelada e úmida debaixo das solas e a cada onda que quebrava chegava até meus dedos.
Um filme passou pela minha cabeça, desde que era pequeno , o acidente e desde então o amor da minha vida.
De que adiantava saber de tudo, saber desses seres e das minhas vidas passadas se a parte principal já não estava do meu lado?
Senti as lagrimas escorrendo.. nunca mais o veria, nunca mais o sentiria e tudo que estava era a imagem do meu anjo chorando pela minha traição...
- Sinto muito ter lhe causado tanta dor.. – sussurrei para mim mesmo.
Preparava-me para correr em direção a água , quando um cão gigantesco surgiu correndo pela areia e pulou em cima de mim.
Caímos logo no raso e o cachorro parecia que iria engolir-me de tanto que lambia a minha cara.
- Calma cachorrinho!! – pedia tentando afastar as suas lambidas do rosto enquanto gargalhava sem parar.
- Meu Deus, Akamaru sai de cima desse homem!!!! – uma voz masculina surgiu e arregalei os olhos.
“ Não poderia ser....”
- Vem Akamaru, não me faça passar vergonha.. hum. – Levantei correndo e fiquei paralisado.
Era Deidara o dono daquele São-Bernardo gigantesco. No entanto havia algo diferente nele.
Seus olhos azuis fixaram em mim e sua aparência era tao jovem e tão humano que mal acreditava .. só poderia ser um sonho tudo isso.
O encarei boquiaberto, apenas admirando sua beleza.
Os cabelos um pouco mais curtos que quando era shinigami e as roupas tão modernas, faziam-me pensar por onde estava nessas semanas que se passaram.
O observei usando um óculos de sol com a lente alaranjada, uma espécie de cropped verde e uma bermuda escura.
Era perfeito!
O rabo de cavalo no alto da cabeça balançava com a brisa que passava por nós.
Estava travado em sua imagem, nem queria piscar com medo de que ele sumisse.
- Desculpa, moço.. o Akamaru é impossível tem horas. Hum. – Sorriu sem jeito e não consegui nem responder.
“ Moço? Que brincadeira é essa?”
- Deidara? – o chamei ainda confuso. Não havia como ter alguém tão idêntico quanto ele, no entanto, não havia como não se lembrar de mim.
Assentiu com a cabeça, confirmando seu nome e sem aguentar-me, corri e o abracei com força.
Não podia acreditar que realmente era ele, que estava bem.. á salvo!!
O abraçava cada vez mais forte e agora lagrimas saiam dos meu olhos, porem eram de felicidades. Comecei aa beijar o topo da sua cabeça, enquanto o apertava em meus braços.
Contudo, tudo foi por agua a baixo quando o sentir empurrar-me e a meio ao meu aperto o garoto balbuciava alguma coisa.
O soltei para tentar escutar e seu olhar era de indignação.
- olha não sei como você sabe meu nome, entretanto, acredito que está me confundindo. Nem sei quem você é. Hum. – Emburrado cruzou os braços e fazendo um biquinho olhou-me indignado. E antes que falasse algo a mais o puxei de volta para um abraço.
- PARE DE FAZER CENA, MEU AMOOR!!! SEI QUE PRECISAMOS FALAR SOBRE O QUE HOUVE COM KAKASHI, MAS GARANTO..
- GARANTE NADA, VOCÊ É LOUCO.. NEM TE CONHEÇO E MUITO MENOS ESSE TAL DE KAKASHI..- e quando o vi puxando a coleira do cachorro e tentando sair dali, desesperei-me. Não poderia perder ele novamente, então desesperado seguro seu pulso.
Seus olhos se estreitaram e pela primeira vez o vi encarando-me com medo. Tentei puxar de volta para meus braços, entretanto por reflexo, levei um tapa no rosto e o soltei.
- O que você tem? – perguntei com a voz triste, estava chocado depois daquele tapa.
- Vou começar a gritar se não me soltar.. hum – puxava o braço com força, enquanto ainda o segurava.
Não havia como descrever o aperto que sentia em meu peito. Seu olhar condenava-me e o medo e falta de reconhecer-me era cruel demais.
- Estou avisando, vou gritar, moço!! – os olhos azuis terminavam de concretizar sua ameaça e antes mesmo que eu pudesse ter qualquer reação, o garoto loiro iniciou os berros. – SOCOOOORROOOOO!! SOCORROOOOOO!! TARAAADOOO!!! TARADOOOOOO!!!!!
Deidara gritava e se remexia sem parar e logo começamos a atrair a atenção das pessoas que caminhavam pela areia da praia.
- TARAAAAAAADOOO!!! – A medida em que o via gritando, gritava também para ele parar com o escândalo, até que avistei um grupo com algumas pessoas curiosas se aproximando e o soltei.
O garoto pegou o cachorro e saiu correndo pela areia da praia, olhou uma ou duas vezes para trás apenas para ver se o seguia. Permaneci imóvel, afinal, ainda estava chocado por toda essa situação e seu olhos não saia da minha mente..
“ Como ele pode se esquecer de tudo.. como pode se esquecer, de nós ?”
Apesar de todas essas incógnitas na cabeça, não poderia perde-lo outra vez. A verdade é que não aguentaria mais ficar longe dele.
Ainda o enxergando correndo pela areia, subi o mais rápido possível em minha moto e o segui pela rua, tomando o máximo de cuidado para não ser descoberto.
Uns metros a frente o loiro desacelerou, ficava na sua cola até por cerca de uns vinte minutos a mais.
Foi quando avistei um carro escuro e bem luxuoso estacionado perto da orla da praia. Deidara rapidamente seguiu em direção a ele e abrindo a porta de trás entrou com o cachorro.
Naquele momento, senti todo o meu corpo queimando de ódio, pois não pude deixar de notar como Deidara encarou a pessoa que encontrava-se ao seu lado. Era tanto amor em seus olhos, que queria sair correndo e descobrir imediatamente quem era o ser que o acompanhava, entretanto, o vidro escuro impedia-me ate de ver sua aparência.
“Não importa, Hidan disse que pertencemos um ao outro então não existe a possibilidade de eu ser trocado, não é mesmo? “
Pensei desesperado, só de imaginar que Deidara agora, inexplicavelmente amava e vivia com outro. Mal me reconhecia!
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