- Onde vocês estavam? – perguntou o vampiro que os encarava.
- Simon, vá para o seu quarto, eu cuido disso – Raphael falou tranquilamente.
- Mas... – Simon já ia protestar quando ele foi mais ríspido e assumiu sua postura de líder:
- Agora.
Ele então saiu da sala e deixou Raphael e seu “amigo” a sós.
- O que está acontecendo entre vocês?
- Do que você está falando, Richard? Eu apenas queria sair um pouco e chamei o Simon para me acompanhar, acabamos indo a casa do Magnus nos inteirar melhor do caos lá fora. Não podemos ficar aquém de tudo o que está acontecendo. Informação é tudo, meu amigo, e ela pode significar um grande passo ao nosso favor.
- Eu entendo, Raphael, e concordo com você, mas ambos sabemos que não é só isso. Esse garoto está mexendo com você e eu posso ver isso, basta olhar para os sinais certos desde que ele voltou. Você está mudando, Raphael, e isso se deve a ele. Tenho que admitir que não vou muito com a cara do guri mas talvez estas mudanças não sejam tão ruins.
- Onde você quer chegar, Richard? – Raphael tentou ser o mais imparcial possível.
- Você sabe muito bem, mas não vou insistir em algo que você não quer me contar. Só lembre que pode confiar em mim, ou pelo menos confiava pouco tempo atrás.
Richard saiu e deixou Raphael perdido em seus pensamentos. Em seguida ele foi para o seu quarto, seria perigoso demais ir falar com Simon depois daquilo.
Simon estava uma pilha de nervos. O que será que Raphael iria dizer a Richard? Qual seria a explicação convincente o bastante para safá-los daquela situação?
Ele andava de um lado para o outro se perguntando se tinha estragado tudo, não tinha medo só por si próprio, mas também pelo seu amado. O que será que aconteceria a Raphael se todos descobrissem o relacionamento deles?
Não estavam oficialmente namorando ainda, mas naquela situação isso nem importava. Tudo o que Simon queria era tomar Raphael em seus braços e protegê-lo, a cada dia ficava mais evidente o quanto precisava dele e o quanto se importava com seu bem-estar.
Mas se o próprio Raphael queria resolver aquilo sozinho quem seria ele para interferir?
- Eu vou confiar nas habilidades dele. Infelizmente só me resta esperar! – falou em voz alta.
De repente ele ouviu passos no corredor, passos que já conhecia profundamente. Ele não abriu a porta, esperou ansiosamente que seu vampirão a abrisse a fim de abraçá-lo, mas isso não aconteceu.
O ouviu passando por sua porta e continuando um pouco mais e soube que Raphael não falaria com ele naquele momento.
De repente sentiu um aperto no peito, uma preocupação insana com o que aconteceria dali em diante, mas tentou se acalmar e não fazer nada irracional. Apenas pegou o celular e mandou uma mensagem para Raphael: Espero não ter estragado tudo, sinto muito!
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