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História UM CLICHÊ DE NATAL (Larry Stylinson) - Fé - História escrita por theroguetatto - Spirit Fanfics e Histórias
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História UM CLICHÊ DE NATAL (Larry Stylinson) -


Escrita por: theroguetatto

Notas do Autor


o capítulo original é um pouco maior, mas eu decidi dividir ele em duas partes e fazer dessa segunda parte o epílogo, então, sim, esse é o penúltimo capítulo da história.

eu ainda posso fazer o epílogo original virar um capítulo bônus, antes de excluir a fic permanentemente do wattpad, mas isso só com apoio popular.

boa leitura xx

Capítulo 9 - Fé


A voz macia e sem pressa de Joe Keogh alcança a maior nota da música, cantando sobre ter achado amor bem à sua frente e pedindo para que isso faça algum sentido.¹

"Eu acho que essa é minha música preferida." Comenta Harry, com a cabeça repousada sobre o ombro de Louis. Os dois preguiçosos demais para levantar do tapete felpudo depois de duas ou três taças de vinho.

Harry sabe que Louis está sorrindo pela maneira como seu peito se encheu de ar.

"Mas é tão triste." Responde Louis.

"Eu gosto." Harry deu de ombros. "Me lembra você."

Agora Harry está sorrindo.

A mão pequena (e sempre quente) de Louis encontra caminho para o seu rosto, pressionando o polegar contra o osso de seu maxilar marcado. Harry quase ronrona com o toque.

"Você merece um beijo depois dessa resposta." Diz Louis.

Harry está rindo quando a boca de Louis avança na sua direção. Mas rapidamente o riso morre ao que Louis mordisca seu lábio inferior, inclinando-se para poder retribuir com a mesma vontade. Entreabrindo a boca para a língua de Louis passear por sua cavidade, não evitando suspirar ao sentir o beijo se aprofundar.

A mente de Harry se resume em um mantra. Maismaismais.

Se sentindo sobrecarregado com a intensidade dos pensamentos esfomeados e com o peso de Louis sobre seu corpo. Alívio demasiado lhe enche o peito quando Louis se afasta antes que precisasse fazer por si só.

Os olhos de Louis estão tão claros e transparentes que Harry consegue enxergar seu reflexo dentro deles. Sendo encarado com tanta afeição como se fosse a âncora de seu navio naufragado.

"Você deveria ir em um encontro comigo." Diz Louis. "Eu abriria a porta do carro para você e até jogaria meu casaco por cima de uma poça d'água para não se molhar."

Harry ri.

"E então você poderia pintar suas unhas para mim." Diz Louis, enrolando um cacho solto de Harry com o indicador. "Você fica lindo quando pinta as unhas, sabia?"

"Mesmo?" Pergunta Harry, precisando ouvir.

Louis assente, fechando os olhos ao fazer. Murmurando um contente: "Uhum"

Harry desvia o olhar, tentando ignorar as bochechas quentes.

"Talvez eu pinte." Responde, fazendo charme.

É claro que ele pintaria suas unhas para Louis.

Harry se sentia particularmente lindo toda vez que pintava as unhas, mas suava frio só de imaginar no que as outras pessoas pensariam. Evitava até de passar na sessão de esmaltes na farmácia, como se todos fossem descobrir seu maior segredo só de pisar no corredor destinado para "mulheres".

Levou um tempo para redescobrir essa paixão com o fim do seu antigo e perturbado relacionamento, assim como também precisou de dias para conseguir se lembrar de sua cor preferida.

Harry espera estar fazendo a escolha certa ao apostar todas as suas fichas em Louis.

Porque ele não vai aguentar passar por tudo aquilo outra vez.

Arrastou Taylor consigo para poderem procurar por novas roupas para o seu encontro com Louis, já que suas roupas decidiram que não são boas o suficiente para uma ocasião do tipo. Mas Harry não pode julgá-las, realmente faz um bom tempo que ele não sai em um encontro. Principalmente com alguém como Louis.

Harry quer impressioná-lo.

Mas nada que experimentava ficava bem em seu corpo, e ele experimentou de tudo.

Os preços estava além de seu orçamento e as lojas não pareciam entender a preferência de Harry.

Na verdade, nem mesmo Harry entendia o que ele estava procurando.

Ele tentou usar cores que Louis gostasse, como vermelho ou laranja (que lembrasse o pôr do sol). Mas os atendentes traziam peças muito justas ou muito caras, e Harry não é particularmente um apreciador de roupas que marcam sua pele.

Então mudou de tática, indo atrás da moda do momento. Não se mostrando um resultando de muito sucesso. Eram roupas coloridas demais para Harry. Ele não queria chegar (onde quer que Louis pretenda levá-lo) sendo a própria bandeira do orgulho. Ele tem outros métodos para apoiar a causa e não é desfilando como a porra de um arco-íris ambulante, obrigado.

Harry se encontrava cansado de tanto entrar e sair de lojas, frustrado por não se sentir bem dentro de nem uma roupa.

Ele...

Ele não queria mais sair.

"Harry?" Ecoou Taylor depois do amigo revelar sua decisão.

"Avisa para o Louis que eu não vou mais." Respondeu Harry, irredutível.

"É você quem vai sair com ele." Devolveu Taylor. "Avisa você."

Certo.

Taylor tem razão.

Mas não é o que Harry fez.

Harry trouxe um engradado de vinho tinto para casa, selecionando as mais doídas da Adele e colocou para rodar na televisão um vídeo de oito horas de duração de uma lareira crepitando.

Ele não tinha uma lareira de verdade.

E queria se sentir como a Bella depois que o Edward foi embora.

Estava funcionando.

Até Louis começar a mandar mensagens.

Harry se sentiu mal por estar o ignorando e por isso resolveu avisar (de última hora) que não estava mais afim de sair. Quando Louis perguntou o motivo, Harry deslizou para fora do bate-papo. A vergonha atingindo o rosto ao pensar na razão boba que o levou a desistir. Não queria que Louis pensasse que ele era um tolo mesquinho.

Estava quase se desmanchando em lágrimas ao que Adele cantou sobre não querer continuar como se tudo estivesse bem² quando ouve o interfone do apartamento tocar.

Deixou a garrafa de vinho pela metade para trás, seguindo para poder atender o chamado do porteiro.

"Louis está aqui embaixo, ele disse ser seu namorado." Diz o senhorzinho do outro lado. "Posso deixar subir?"

A mente de Harry está processando seu status atualizado de relacionamento quando libera a entrada de Louis dentro do condomínio.

Harry ainda está plantado no meio da cozinha quando ouve os passos de Louis dentro do apartamento.

Ele não sai do lugar para recebê-lo, esperando para ser encontrado. Assim que acontece, Louis já vem perguntando, com preocupação estampada no rosto: "Harry? Está tudo bem? Você está sentindo alguma coisa?"

Foi a gota d'água.

Harry se pôs a chorar, colocando toda a frustração de mais cedo para fora. Sentindo o choro intensificar quando Louis o embala nos braços, sussurrando palavras doces de incentivo mesmo não tendo ideia do que possa ter acontecido.

Eles ficaram no apartamento de Harry naquela noite, terminamos de ouvir o álbum da Adele enquanto Louis pintava as unhas de Harry com sua cor preferida para ele poder voltar a se sentir bem consigo mesmo.

Harry ganhou um beijo em cada junta assim que as unhas foram finalizadas, sendo chamado de lindo a cada selar.

Ele se sentiu como se fosse a primeira flor a se desabrochar na primavera.

~•~

Louis tinha de trabalhar em uma tradução, mas em vez disso ele se juntou a Harry para poderem ver um ou dois episódios do programa Guerra de Bolos (onde os melhores confeiteiros tinham de fazer um bolo assustador usando vegetais).

Ele mantinha uma mão de Harry descansando contra seu peito enquanto suas pernas estavam entrelaçadas uma na outra sobre a cama de casal, não sabendo ao certo onde um começava e onde o outro terminava.

Louis torcia a cara toda vez que o picles entrava na frente da câmara, resmungando sobre ser mesmo assustador colocarem picles como recheio de bolo.

Harry preferia ver o rosto do namorado mudar conforme o episódio avançava.

Guerra de Bolos sempre foi uma série particularmente satisfatória de assistir para Harry, mas agora ele tem uma coisa mais bonita para poder admirar sempre que quiser.

Foi quando Harry percebeu que...

"Eu te amo."

Harry sente o peito de Louis parar de subir, prendendo a respiração. Só depois tendo o par de olhos azuis em sua direção, sumindo dentre a pupila. Carregando tanto sentimento que deixou Harry sufocado.

Mas acima de tudo, o fez se sentir mais amado do que se lembra de sentir na vida inteira.

"Eu te amo desde que tinha dezoito anos." Responde Louis.

"Por que?" Pergunta Harry.

Precisando saber.

"Porque você é simplesmente a melhor pessoa que eu conheço." A sinceridade de Louis é tão arrebatadora, tanto que rouba todo o fôlego de Harry. "E não consigo imaginar um universo em que eu não te ame."

Sendo assim...

"Você ainda me amaria se meu pai te oferecesse uma quantia para me largar?"

Louis aperta as sobrancelhas, não evitando se divertir com a probabilidade improvável.

"Eu mandaria seu pai ir se foder." Responde Louis, acrescentando depressa: "Com todo respeito."

Harry riu.

"Me amaria mesmo se..."

"Está tentando me convencer a deixar de amar você?" Pergunta Louis antes que o namorado pudesse completar a fala. "Não está funcionando."

Harry só percebe que deixou de sorrir ao responder (um quanto amargurado): "Nenhum amor dura para sempre, Louis."

"Você vai pagar com a língua, Harry Styles. Porque vou continuar te amando até o fim dos tempos."

Harry não tinha outra escolha a não ser acreditar.

Afinal, amor não é um comprovante fiscal com data e hora para ser pago. Muito menos algo de colocar no alto da estante para exibir para as visitas.

Amor é como ter fé.

E Harry poderia se acostumar com isso.


Notas Finais


¹trecho da música i found da banda amber run, e ²da música love in the dark da adele.

esse capítulo é facilmente o meu preferido. eu gostei de escrever, foi leve e divertido e triste na medida certa.

o próximo vai ser menor, apenas mais um momento dos dois juntos antes de finalizar.

agradeço por ter lido até aqui e até amanhã xx


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