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História Um dia de (MUITO) caos - Capítulo único - História escrita por Gabitius - Spirit Fanfics e Histórias
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História Um dia de (MUITO) caos - Capítulo único


Escrita por: Gabitius

Notas do Autor


• Não posso ver uma oportunidade de escrever com família né

• Boa leitura 💙✨

Capítulo 1 - Capítulo único


– Aonde vocês pensam que vão?

A pergunta feita em alto tom fez o casal de gêmeos parar imediatamente em meio ao jardim, ao reconhecer a voz da matriarca ambos se encararam pensando quem poderia inventar uma boa desculpa para a situação.

– Pra aula… – Leona disse se virando em direção a mãe com o sorriso mais convincente que conseguiu.

– Que eu saiba, vocês não vão para a aula com espadas que por sinal não deveriam ter saído de onde vocês pegaram. – Vex cruzou os braços, percebeu então que o filho estava imóvel e ainda de costas para si – Pode começar a se explicar, Wolfe.

– Você quer a verdade ou a mentira que deveríamos contar caso fôssemos descobertos? – Para a raiva de Vex (Na maioria das vezes ela sentia alegria sobre) as expressões do filho mais velho eram extremamente parecidas com as do marido, o que significa que ela conhecia aquela feição de tentativa de manipulação.

– A verdade. Caso não seja verdade vocês dois vão estar de castigo pelo tempo que eu determinar e terão que contar ao pai de vocês o que fizeram e escutar as horas de sermão dele.

– Talvez a gente fosse vender as espadas na feira… claramente é um talvez…

A mesma riu, como era possível herdeiros da nobre família De Rolo estarem vendendo artefatos antigos para conseguir dinheiro?

Vex’ahlia era a responsável pela parte financeira, o que significa que nem mesmo Percy poderia gastar como bem entendesse (E não foi por falta de tentativas). A verdade é que, se tanto Percival quanto seus filhos gastarem como bem entendessem com suas “necessidades”, poderiam decretar falência no mesmo instante.

Claramente, ela não negava pagar certas coisas (como peças importantes para Percy, livros para Vésper…) mas tudo a certo preço, principalmente as crianças. Geralmente boas notas ou um comportamento adequado em algum evento (afinal cinco filhos se comportarem bem em eventos de alta classe era sim um esforço) rendiam ganhar certa quantia, mas nada mais que isso.

E claro, não pense que Cassandra estava ilesa disso, ela também era um dos motivos que Vex tentava manter o controle já que a mesma não via problema em gastar com qualquer besteira a um dos sobrinhos.

– O que vocês querem comprar? – A meio elfo se aproximou de ambos que voltaram a se encarar, como se estivessem pensando quem contaria.

– Sapatos… – Leona coçou a nuca.

– Que eu saiba, comprei sapatos para vocês a algumas semanas.

– Não são para nós… – Wolfe suspirou – Talvez tenhamos ensinado alguns truques para o Trinket e as coisas saíram do controle.

– Que tipo de truque?

– Olha mamãe, você sabia que perdemos cerca de cinco minutos procurando nossos sapatos? – Leona ajustou os óculos dourados – Eu pensei “Por que não poupar esses cinco minutos?”, então comecei a reparar que demoramos cerca de mais dez minutos para pegar roupas, ainda mais se elas não estiverem no armário e sim na lavanderia.

– Se nós pedíssemos para alguns dos ajudantes para pegar isso, vocês brigariam. – Percy os ensinou a não tratarem as pessoas que trabalhavam no castelo como seus “faz tudo”, eles tinham que ter responsabilidades e fazer suas próprias tarefas – E quem é a pessoa que faz qualquer coisa sem reclamar?

– Pessoa não, urso. – A irmã o corrigiu.

– Não me diga! – O garoto revirou os olhos – Bom, ensinamos o Trinket a pegar as roupas e sapatos que nós escolhemos enquanto tínhamos que tomar café… funcionou até ontem quando eu vi ele comendo sapatos na minha cama.

– E se não eram o de vocês, era o de quem? – Vex arqueou a sobrancelha.

– Do papai, e se fosse apenas um par ainda poderíamos deixar pra lá e inventar que ele perdeu… mas ele comeu seis pares de sapatos! – Leona explicou ainda incrédula com a informação.

– Você sabe como o seu marido, que por sinal é nosso pai, iria reagir a isso! – Wolfe disse gesticulando com a mão livre – Tentamos de tudo! Pedimos dinheiro a tia Cass, pares de sapatos ao tio Vax, até mesmo fizemos um orçamento de empréstimo com o tio Scanlan!

– Você sabia que ele cobraria 20% de juros ao mês?!! como vocês concordaram em ele ser nosso tio sendo tão cruel assim?! – Leona perguntou.

– Não acredito nisso…

– Mamãe, não conta pro papai! – Em um ato de desespero, Wolfe se ajoelhou – A gente faz qualquer coisa!

– Vão lavar a roupa de todos nós, inclusive da Cassandra… – Vex refletiu por alguns segundos – E também do Vax e da Keyleth que devem inclusive estarem chegando!

– A gente vai perder as mãos! – Leona argumentou.

– Preferem contar ao papai?

– Jogo sujo, mamãe.

– Sabe o que é mais sujo? As roupas que seu pai usa na oficina e as roupas dos seus irmãos caçulas sujas de tintas! 



Já fazia cerca de uma hora após resolver o problema envolvendo os gêmeos e até então, a manhã permanecia tranquila pra Vex’ahlia.

Mas claramente, ela não podia agradecer antes da hora.

– Mãe! – O grito de Vésper a interrompeu, o que a fez voltar atenção a porta onde a filha mais velha apareceu – Você precisa dar um jeito no Danny!

– O que aconteceu? – A mais velha fechou o livro que estava lendo e chamou a mesma pra se sentar ao seu lado no sofá.

– Ele convidou os amigos dele para o meu aniversário e sequer me pediu!

– Não vejo problema nisso.

– Você esqueceu o que os amigos dele fizeram no aniversário da Gwen?! Eles colocaram fogo em uma das cortinas! 

– Estão falando sobre o grupo de incêndio? – Cassandra entrou no cômodo, vendo que ambas não entenderam o apelido – É como chamei os amigos do Danny.

– Eu não quero eles aqui! – Vésper exigiu – Já vieram no aniversário dele, não são meus amigos para virem no meu!

– São crianças Vivi, e também são moradores de Whitestone. – Cassandra se sentou ao lado da sobrinha – Seria chato negar o convite agora que o Danny os chamou.

– Você terá dois aniversários, qual o problema deles participarem de um? – Era comum que os cinco filhos tivessem duas comemorações: uma apenas com a família e amigos próximos e outra com os moradores de Whitestone e outros membros de fora.

– Mamãe, ele chamou para as duas!

– Vou conversar com o seu irmão. – Vex colocou o livro na mesa de centro e se levantou – Enquanto isso, vocês duas terminaram de escolher as coisas sobre a decoração?

– Sabia que estávamos esquecendo algo! – Cassandra encarou a sobrinha.

– A festa é amanhã e vocês não viram nada da decoração?!

– A gente estava vendo as roupas! – Vésper argumentou – E vimos os doces também.

– E os pratos para o jantar?

– Tinha isso também… – Cassandra bateu na própria testa.

– Até a tarde se vocês não me passarem tudo sobre o aniversário eu vou cancelar tudo, estamos entendidas?

Para Vex, organizar um evento com um mês de antecedência era um bom prazo… mas pensando que a filha poderia achar pouco tempo ela tinha dado cerca de três meses para a mesma organizar tudo… e de nada adiantou.



Por volta do meio dia, todos os atuais De Rolo (exceto um) estavam enfrente ao castelo recebendo o irmão gêmeo de Vex e sua esposa.

– Cadê meu sobrinho com o nome mais bonito? – Vax questionou ao abraçar os demais.

– Ele e Trinket sumiram desde manhã. – Percy o procurou por todo o castelo, o que o fez deduzir que talvez o mais novo estivesse andando com o urso pelas ruas.

– Eu pedi a… – Vex foi interrompida pelo som de algo explodindo, o que fez todos encararem Percival.

– Não fui eu!

Ao correrem em direção ao barulho e o cheiro forte de queimado, todos entraram na cozinha e não sabiam se toda aquela bagunça tinha ocorrido antes ou após a explosão.

Havia trigo e cinzas por todos os armários e na mesa de centro, as janelas estavam claramente grudentas com ovos escorrendo, a pia estava com mais louça que o normal e sem contar Trinket que estava rolando no chão na tentativa de tirar a massa grudenta de cor marrom de seu pelo.

– Oi gente! – Danny sorriu correndo até o rio o abraçando, o garoto estava mais sujo que todo o cômodo – Fiz um bolo pra vocês!

– Você destruiu a cozinha! – Vex brigou.

– A oficina do papai está mais suja que a cozinha e você não briga com ele!

– Te refutou mamãe. – Wolfe riu, mas ao notar a feição da mãe imediatamente se calou.

– A minha oficina pode estar nesse estado, não a cozinha. – Percy encarou o filho que desviou o olhar chateado.

– Eu só queria fazer um bolinho…

– Com quantos anos você pode fazer algo sozinho na cozinha? – Vex colocou as mãos na cintura – Com dez! E você acabou de fazer oito anos!

– De castigo nenhum dos seus amigos vai vir no meu aniversário! – Vésper se aproveitou da situação.

— Quem escolhe os castigos somos nós, querida. – O de cabelos brancos sentiu o cheiro de queimado piorar – Tem alguma coisa no forno?

– As outras quatro camadas do bolo… – Danny explicou.

– Mas não cabem quatro formas naquele forno… – Vex então se deu conta da fogueira do lado de fora da cozinha, próxima ao jardim.

– Eu sei né mamãe, eu coloquei pra assar lá fora!

– Vax’ildan Frederick De Rolo se aquele jardim queimar você vai plantar cada flor nova!



 Após todo o incidente envolvendo a cozinha e o jardim (que por sorte não ficou tão queimado), Vex se deu ao luxo de se isolar em seu quarto.

Mas claramente, não conseguiu.

– Mamãe? – Gwendolyn a chamou dando batidas na porta. – Posso entrar?

– Pode. – A garota entrou tão rápido que Vex só se deu conta quando ela pulou na cama. – Aconteceu alguma coisa ?

– Tenho lição de casa. 

– Eu te ajudo a fazer.

– Não mamãe, eu só estou te avisando que eu tenho. — A garota se ajeitou na cama puxando o edredom para se deitar no espaço vago – Não vou fazer.

– Gwen, você sabe que as coisas não funcionam desse jeito… 

– Por que eu preciso estudar? Eu já sou inteligente e bonita o suficiente para viver! 

– Qual a raiz quadrada de sessenta e quatro?

– Você sabe? – A caçula arqueou a sobrancelha.

– Não, mas eu sei que duas semanas sem brincar com seus amiguinhos equivalem a meio mês.

– Eu não quero estudar, a professora é chata e nunca me dá parabéns com as lições de casa! – Gwendolyn se sentou e encarou a mãe – Ela coloca parabéns pra todo mundo, comigo ela só carimba e olhe lá! Pra que eu vou fazer algo se ela nem liga.

– A quanto tempo isso acontece? – Vex suspirou, já era a terceira professora em menos de um ano.

– Desde que eu falei que ela era chata. – Vendo a reação da mãe, ela imediatamente tentou se justificar – Ela faz piadas bobos na aula e isso é muito chato!

– Você não pode sair chamando as pessoas de chatas, Gwendolyn.

– Mas o Wolfe pode né?

– Quem ele chamou de chato?

– Quem você acha? – Ela cruzou os braços – Eu e o Danny!

– E você refutou?

Não era preciso conhecer bem qualquer um dos cinco para saberem que era quase impossível algum não refutar o outro.

– Óbvio, chamei ele de malandro!

– Gwendolyn, ele é seu irmão!

– E por que não posso chamar ele de malandro?! Você chama ele de malandro!

Vex apelidou carinhosamente cada um de seus filhos (com apelidos um pouco nada convencionais):

Vésper era traiçoeira.

Wolfe era malandro.

Leona era delinquente.

Danny era trombadinha.

E Gwendolyn era trapaceira.

Mas claramente, os apelidos eram apenas formas “fofas” que ela pensou.

– Eu posso.

– Tudo você pode, eu não posso nada! – A menor revoltada saiu da cama em passos pesados (o mais pesado que seus trinta quilos conseguiram) – Eu quero meus direitos!

– Se fizer a lição de casa, talvez tenha algum direito! – Vex riu ao ver a menor parar na porta e a encarar.

– Nunca!



Quando finalmente (finalmente mesmo) a noite chegou e após um jantar feito dentro do possível (afinal a cozinha ainda estava destruída), Vex pensou que nada mais poderia a incomodar, mas ela esqueceu que além de mãe era casada.

– Vex’ahlia, você arrumou o armário? – Percy perguntou parado em frente ao armário de sapatos – Não acho nada…

– Devem estar na lavandaria… – Ela não contaria sobre os sapatos comidos, não até os gêmeos comprarem pares novos e contarem por conta própria.

– Faltam quinze pares e nenhum estava sujo…

– Quinze? Eles disseram que eram seis… 

– Eles? – Percy a encarou sem entender.

– Trinket comeu seus sapatos por que nossos amados gêmeos ensinaram ele a pegar suas roupas e sapatos… 

– E por que os meus sapatos então?

– Querido, o cheiro do seu pé deve agradar a ele. 

– Muito engraçado… – O mesmo se dirigiu até o armário de roupas, que para sua surpresa estava vazio – Minhas roupas também foram vítimas?

– Não que eu saiba…– A mesma se levantou da cama e foi até o lado do marido – Fizeram um complô contra você.

Mas para a surpresa de todos, Trinket não tinha pego sequer uma peça das roupas de Percy.

– Eu te incriminei injustamente, desculpe… – O de cabelos brancos acariciou o urso.

– Não tem nada no quarto de nenhum deles… – Vex retornou a sala principal seguida por três de seus filhos – E os gêmeos sumiram…

– Se aqueles dois venderam as minhas roupas, eu vou vender eles!

– Por favor! – Vésper recebeu olhares de todos – Eles são terríveis, até parece que vocês não os conhecem!

– Eu vi eles correndo com um carrinho de mão no corredor – Danny comentou bocejando.

– E o que tinha no carrinho? – Gwen perguntou.

– Não sei, parecia uma montanha…

– Será que eles doaram suas roupas? – Vex perguntou ao marido.

– Eles não doariam até as minhas meias… eu acho.

– Acho que eles foram jogar fora. – Cassandra sugeriu ao entrar no cômodo após escutar um pouco da conversa atrás da porta. – Eu vi eles saindo do castelo com o carrinho.

– Tinha que ser o malandrinho e a delinquente! – Gwen bufou indignada.

Para a sorte do casal, Trinket tinha um olfato ótimo para achar qualquer uma das crianças e não demorou até ambos chegarem até um rio que estava aos arredores de Whitestone.

– Que roupinha encardida! – Escutaram Wolfe reclamar.

– Não usa todo o sabão, ainda tem bastante roupa pra lavar!

– O que vocês dois pensam que estão fazendo? – Percival questionou fazendo ambos se assustarem e Leona se jogar na água pelo susto.

– Lavando suas roupas, não parece? – O garoto perguntou – Inclusive, por que você tem tantas camisas brancas, papai?

– Quando eu falei que vocês teriam que lavar a roupa de todo mundo, eu não quis dizer que precisavam começar hoje e com todas de uma vez do seu pai!

– Quanto antes a gente começar, mais rápido a gente se livra! – Leona justificou saindo da água.

– Podemos discutir o mais importante: Eu estou de roupão sem uma única peça de roupa pra usar! – Percy encarou a meio elfo – Vex’ahlia, o que faremos?

– Eu tenho pijamas que ficariam lindos em você, querido.

– Por favor nos poupe dessa conversa. – Wolfe tampou os próprios ouvidos.

– Eca! – Leona continuou repetindo o ato.

E no final, Vex’ahlia De Rolo não conseguia se imaginar vivendo sem todas essas confusões e desentendidos em sua vida, e era grata por tê-los.





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