Bakugou on
Onde será que a pirralha se meteu, é capaz dela ter se perdido se me lembro bem, ela adora esconder seus erros e ações irresponsáveis.
FlashBack on
Casa da Akemi( Cap; O apagão)
Ela pega álcool, algodão, e pontos, pra concertar seu rasgão no braço, mas ao invés de fazer o procedimento padrão, ela apenas joga álcool num machucado exposto e nem pontos dá, ela enfaixa o braço e eu fico a olhando incrédulo.
Ela me lança um olhar de indiferença e de que não quer falar sobre aquilo nem agora e nem depois.
A loucura dela é muito chamativa, fico me perguntando onde eu me meti, de tantas portas pra bater, justo essa...
Ela é como um daqueles cubos mágicos que você arruma de um lado, bagunça do outro, mas nesse momento ela estava digna de uma criança pequena fazendo birra misturada com o olhar de um criminosa impiedosa e cruel.
Flashback off
Eu estou com a adrenalina em meu corpo, eu nunca fui de gostar de festas mas essa será diferente.
Akemi on
Eu estava ainda no banco quando parei pra pensar.
O que realmente está acontecendo , eles não sabem nada de mim por isso me acolhem assim?
Eu realmente devo confiar neles?, será que estão roubando minha confiança pra depois destrui-la em pedaços?
Eu de repente escuto um barulho e olho pra trás, eu vejo um árvore alta e um galho que ponderei fazer o barulho muito semelhante ao de um machado, eu começo a ouvir uma música que me chama e diz.
Venha!
Siga a luz
Me siga, tenha sua vingança e
Chega de dor!
Venha
Eu estou aqui
Não era eu que você queria ver,
A pessoa que mais machucou.... Você!
Eu via ao longe uma garota, ela parecia comigo mais nova, era como se a hora de eu aceitar que eu não sou importante tivesse chegado, o barulho do “machado” aumenta e a garota se aproxima, ela sou ... eu.
Com a minha irresponsabilidade, incompreensão e sede de vingança, eu era o problema o tempo todo, não foi não ter um pai e sim fingir que ele não existia por medo de não ser aceita, temer as pessoas por achar que todos são iguais.
Logo, eu sumo e a música se torna apenas um vasto barulho, lento e único, eu não acho mais o ar pra eu respirar, eu olho minhas mãos e esta tudo girando e girando, e uma dor de cabeça forte me atenta e sinto algo molhado, meu rosto encharcado e meus olhos inchados, eu estava chorando a quanto tempo? eu estava chorando sem saber?
Eu coloco as mãos na cabeça, eu não estou bem mas o que fazer, eu não sei o que fazer, eu tenho que decidir, mas eu não estou pronta pra decidir, talvez eu devesse deixar que ela me levar, a menina, talvez eu devesse deixar que ela me levasse.
Depois eu fecho lentamente meus olhos e fico caída no chão da floresta.
*Uma dimensão perdida no coração/mente da Akemi*
Akemi: Onde estou?
Eu olho em volta reconheci o lugar ,essa é a casa dos Todoroki?
É, lá está ele, com o seu cigarro entre os lábios, as vezes eu desejava secretamente que a nicotina corroesse ele inteiro, lábios, cabeça, não sei como ele ainda respira.
Por que eu deveria estar aqui, eu vejo, uma menina de cabelos pretos e olhos esverdeados e inchados pelo choro, o que será que ela está fazendo naquele escritório.
Toshi levanta e aperta seu cotovelo a fazendo desmaiar, agora eu tenho certeza que ela sou eu, ele a pega nos braços e coloca em uma ....banheira?
Eu começo a chorar? POR QUE EU ESTOU CHORANDO?
Esse infeliz, esta tentando me matar, ele está tentando mata-la, ela não pode nadar pois está desmaiada ele está enchendo a banheira enquanto meu eu mais novo esta adormecido.
As memórias vem em minha mente, eu consigo lembrar isso foi 3 dias depois do casamento, eu tinha 6 anos.
Eu acordo em um hospital, com um monte de enfermeiros, me observando, e dizendo que eu tinha sofrido um quase afogamento, eu vejo o Kaido, um amigo meu na época, ele é 2 anos mais velho que eu.
Ele se aproxima do leito do hospital, o que está acontecendo?
Kaido: Eu sinto muito, pelo seu acidente, e pelo seu cabelo.*diz cabisbaixo*
Eu olho em volta de mim, procurando meu cabelo.
Akemi: O que tem o meu cabelo? *digo ainda procurando *
Ele coloca minha mão na minha cabeça, eu sinto eu estou com os cabelos cortados até em cima, eu não consigo entender, o que havia acontecido .
De repente a cena do hospital se dissipa dando espaço a outro cenário, o escritório do Toshi.
Ele estava batendo a cabeça na cadeira giratória estofada freneticamente.
Toshi: Eu odeio aquela garota, ela não pode ser vista, eu me livrarei dela e daquele cabelo que lembra o maldito pai dela, ela sumirá e eu não precisarei convencer Himari a abandoná-la.
Toshi: Eles não podem saber, seria um escândalo para a mídia, para meu nome, eles não podem saber...
Ele repetia aquilo várias vezes, quem não pode saber, do que?
Toshi :Se souberem que a esposa de um Todoroki, tem uma filha com outro Herói, o prestígio da família irá aos cacos, Endeavor cortará meu pescoço e dará aos cães, eu serei jogado nas ruas, e será o fim para o nosso perfeito legado, eles se infiltrarão e descobrirão mais de uma trama, mas de uma bagunça da nossa família que fora encoberta.
Então é isso, a verdadeira desgraça da minha vida, ele cortou meu cabelo, para não saberem que eu sou filha do Aizawa, ele não pode pintar por que teria que descolorir e com o tempo a tinta que provavelmente seria vermelha desbotaria e sumiria completamente, com o crescimento do cabelo de volta ele tornaria a ficar preto.
Esse era seu plano, mesmo que o meu corpo fosse descoberto, eles não saberiam do meu cabelo, já que foi cortado.
Eu agora tenho as explicações que faltavam, mas se isso for só um delírio? , ou uma teoria?, eu não tenho provas então o Toshi está livre, mas eu não irei permitir que se dê bem, eu vou investigar isso a fundo.
*Acampamento, cabana da Recovery Girl*
Eu acordei na cabana da Recovery Girl, ela estava me dando um beijo e dizendo que eu estava com a mente muito confusa, os pensamentos embaralhados, ardendo em febre, inconsciente na floresta.
Recovery Girl: Pequena...
Akemi: Akemi!, meu nome é Akemi!
Só a Dona Jô me chamava de pequena.
Recovery Girl: Ok, “Akemi "(diz dando ênfase ao nome), você por acaso foi atacada enquanto estava desmaiada e não acordou?
Akemi: O que? Eu não fui atacada.
Recovery Girl : Estranho, você agora tem arranhões muito bem distribuídos pelo corpo além do fato, de ter um enorme corte aberto em seu braço.
Akemi: Ah isso? *digo apontando para o corte aberto**
Recovery Girl: Sim
Akemi: Isso foi um corte a muito tempo, achei que estivesse sarado mas não pelo que parece estava só meio preso, e os arranhões provavelmente fui eu acidentalmente.
Eu sabia que não havia sido acidentalmente, eu me arranhei pra tentar fugir da minha crise, mas eu não preciso dizer isso a ela, eu não preciso explicar minhas crises a ninguém além de mim mesma.
Recovery Girl me olha desconfiada.
Recovery Girl: Pois bem, um garoto um tanto estressado, veio as pressas com você no braço e me pediu pra te dar prioridade, ele esta lá fora, chutando a grama enfurecido, por ter que esperar , vá lá ver o garoto.*diz simpática *
Bakugou... de novo.
Akemi: Eu vou sair, só preciso respirar um pouco.
Isso era só uma forma de me desvencilhar da situação de ter que falar com o Bakugou e ter de demonstrar fraqueza, e acima de tudo levaria uma bronca dele e do Aizawa por estar na floresta sozinha por tanto tempo, sem dar sinal de vida.
Continua...
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