História Um Loiro Bipolar(imagine Bakugou ) - EM REVISÃO - Ataque Part II - Criança Caída

“O  mundo continua girando por mais que para mim o tempo esteja parado”

Akemi on

Já  parou pra pensar no quanto o mundo é  pequeno e o Universo gigante e vamos dizer por exemplo para o Sol nós  somos tão  insignificantes, para algo tão  gigante e magnífico, nós  meras criaturas dependentes somos como uma criança  caída.

Pense comigo, uma criança  cai em um parque, ela chora, ela se sente dolorida e culpada pelas suas travessuras, mas nesse mesmo momento, um país  está  lutando numa guerra de mais de 12 anos, pessoas famosas e grandes empreendedores estão  morrendo, a tecnologia  está  avançando cada vez mais, e pessoas andam nas ruas com medo, se escondendo nas suas casas, o único  lugar que elas podem considerar  “seguro", enquanto essa criança  ainda está  no chão,  procurando alguém  pra lhe ajudar, procurando olhares conhecidos, enquanto  ela está ali, o mundo continuava girando, cometas se movimentam, vidas novas chegam e vidas velhas partem e assim por diante.

Eu neste exato momento sou a criança  caída, estou cercada, ao mesmo tempo que a porta pra minha fuga se abre bem diante de meus olhos.

Eu estou aqui, sentada no meio de caixas, no asfalto úmido, os olhos ardendo pelas lágrimas, pela fumaça,  pelo sentimento vergonhoso de saber que o certo  nesse momento  parece o errado e o errado parece ser cada vez mais certo.

Meu corpo dolorido, a minha incapacidade  de andar como um ser humano normal, meu tornozelo  ferido, ombro sangrando, vermelhidão  na borda dos olhos, visão  embaçada, e respiração  cansada.

Tomura está  no esconderijo, ele escapou.

Kurogiri está  lendo uma revista como se isso fosse um procedimento  de rotina.

Toga está  arriscando sua vida como se ela fosse um videogame.

Dabi está  tentando se redimir da culpa, mas a culpa não  se afasta dele.

Todos estão  me procurando ao mesmo tempo que nem sequer sabem que eu estou aqui.

E eu estou aqui, a criança  caída, parada,  indefesa por escolha, por opção  , por vontade própria.

Eu me levanto com dificuldade, me apoiando na madeira grossa  das caixas de exportação, eu vou andando com o tornozelo arrastando, o ombro caído  pro lado, a típica cena de um perdedor.

Mas como diria Cruella, a algo na justiça  poética que a torna tão ......poética, eu sou a perdedora  mais vitoriosa que já  existiu.

Eu paro bem no meio da fumaça, do alvoroço, dos ataques, e caio mais uma vez, meu corpo é  tão  fraco e frágil como a de uma civil qualquer, a diferença  é  que eu tenho atitude suficiente pra levantar de novo.

Mas preferi ficar ali, parecia a escolha correta.

Vejo todos se aproximando, acham que eu sou o Mineta pela altura, eu dou um sorriso involuntário pela comparação  boba que acabei de fazer.

Infelizmente  o primeiro a me ver é  o Bakugou, ele me olha, esfrega os olhos desacreditando,  Aizawa  e os outros  vem logo em seguida.

Aizawa: Eu imaginei...*sussurra pra si mesmo*

Momo: Inacreditável *diz rindo sarcasticamente*

Kirishima olha várias  vezes em meus olhos, como se pudesse  ver minha alma.

Denki: Akemi-san? *diz confuso*

O sorriso do Pikachu  morria aos poucos em seu rosto ao ligar os pontos.

Uraraka me olha decepcionada,  uma reação  tão  previsível.

Jirou está  silenciada, abri e fecha a boca várias vezes, perdida em tudo aquilo, não  conseguia processar uma palavra sequer.

Shoto: Essa é  a nossa suspeita, quem diria*diz sério,  como se nem me conhecesse*

Deku: N-Na-Na-Não*diz com os olhos lacrimejando *

Eles se importam, alguns dele pelo menos.

Katsuki começa a ficar com os olhos cheios de lágrimas, seus olhos vermelhos  estão  cheios de raiva, de dor, um sentimento  de confusão  na sua mente se forma.

Katsuki: MAS QUE-----*Diz  dando um soco na parede*

Akemi: Bakugou....*sou interrompida *

Mais um soco de frustração, a parede  vai estar destruída a este ponto.

Katsuki: VOCÊ  ME DISSE QUE ESTAVA BEM, VOCÊ  ME DISSE QUE ESTAVA EM CASA, QUE ME ESPERARIA*grita irritado *

Akemi: Sim eu disse mas....*interrompida novamente*

Katsuki: NÃO  PRECISA DIZER, SABE O QUE MAIS? VOCÊ  MENTIU, VOCÊ  QUEBROU MINHA CONFIANÇA   E A DE TODO MUNDO QUE TE AMA E QUE TE AMAVA, E VOCÊ  AINDA TENTA SE EXPLICAR,  MAS NÃO  É  O MOMENTO CERTO!.

Deku: Kachan!...*sussurra*

Droga, essa é  a pior parte do plano.

Akemi: Eu sei disso, mas quando seria o momento certo?*digo baixo*

Katsuki: EU NÃO SEI, NÃO  PERGUNTA PRA MIM!*diz dando mais um soco na parede*

Todos ficavam seus olhares no Bakugou agora,  Momo que antes ria da minha situação  agora estava calada observando a frustração  do loiro.

A parede  tinha sido metade destruída, pouco a pouco sendo esmagada.

Enquanto os mais próximos tentavam consolar o loiro, os outros junto com o Aizawa tomavam alguma decisão sobre o que fazer.

Katsuki  vem pra cima de mim, e eu jurava que ele iria me bater e eu ia bater de volta é  claro, por pura defesa, mas ele não  fez isso, o Kirishima  estava observando tudo e quando viu o Katsuki  vindo  na minha direção  com raiva ele correu pra me proteger mas o Katsuki não  queria me bater pelo visto, por que ele só chegou o mais perto possível  de mim no momento,  e olhou em meus olhos, me observou por um tempo como se eu fosse uma criança  perdida, um manequim em exposição.

Aquilo me deixou desconcertada mas ele de repente se afastou, não  falou nada, não  gritou comigo, só, xingava a vida, xingava a escolha de ter ido na viajem, achava que se ele ficasse eu não  estaria aqui agora, ele se senta encostado numa parede afastado de mim, estica as pernas e passa as mãos  no rosto rapidamente.

Kirishima  colocou uma mão  no seu ombro e lhe ofereceu apoio, mas o loiro recusou, pacificamente  pela primeira vez na vida.

Aizawa se aproxima de mim, e Deku corre para ver o Bakugou, junto com a Mina e alguns outros  como o Denki e o  Sero.

Aizawa: Akemi, você vai se render e aceitar toda a sua culpa?

Akemi: Não sei*digo cabisbaixa *

Aizawa: Eu sou seu pai e sei que não  preciso lutar com você,  você  é  uma garota esperta que cometeu um erro grave, você  vai tomar a decisão  certa e eu confio na sua escolha.*fala com sua expressão  natural*

Shoto: Você  também perderia a chance de estudar na U.A, de trabalhar e de ter sua vida  normal, você  só  iria ficar na cadeia até  o tempo passar.*fala novamente como se não  me conhecesse *

Momo: E enquanto isso  eu ficaria no seu lugar e seria  a melhor aluna e amiga de todos.*se gaba*

Akemi: Não  te perguntei, fica quieta, projeto de crafting table!

Ela levanta um ombro em sinal de deboche, Shoto revira os olhos com a atitude infantil dela, e Aizawa fixa seu olhar em mim.

Aizawa: Como vai ser?

Akemi: Eu posso pensar?

Aizawa: Você  não  tem muita opção no momento!

Akemi: Então  acho que isso é  um Adeus!*digo triste*

Aizawa: O que? Prefere ser presa por gente desconhecida  e que vai te tratar muito mal?

Akemi:Não  seria melhor do que ser desprezada por quem eu conheço?

Aizawa: Você  buscou por isso, tem que assumir as consequências!*diz autoritário*

Akemi: Sabe, eu não  vou me explicar agora , por que eu sei o quanto deve ser difícil ver uma amiga, um aluna ou qualquer coisa que eu represente a vocês,  todos aqui tem vidas, talentos e projetos futuros, apenas os vivam, façam  como o Shoto e finja que não  me conhecem  é  bem simples *grito para o resto da turma*

Katsuki  se levanta e Aizawa se afasta rapidamente,  eu não  sei por que talvez  ele ache que o Bakugou tem um plano.

Katsuki: Ei!

Akemi: O que foi? Não  era pra estar gritando? Batendo na parede até  destrui-la?

Katsuki: Sabe qual é  o maior problema?

Akemi: Que a pessoa que você  amava tá  sendo presa pela sua equipe?

Katsuki: Não,  o problema  é  que eu continuo amando a pessoa que está  sendo presa*diz baixo somente para eu ouvir*

Akemi: Não  pode estar falando  sério!*digo dando um leve sorriso triste*

Katsuki: Você  vai se entregar né?  Você  tem que fazer isso!

Akemi:Não  ia mudar nada para mim se eu me entregasse.

Katsuki: CLARO QUE IA....quer dizer, claro que ia, poderíamos  ficar juntos quando tudo isso acabar.

Akemi: Bakugou você  tá  realmente  fazendo o que eu acho que tá?

Katsuki: O que?

Akemi: Enchendo  de promessas falsas carregadas de palavras vazias, só  pra que eu me entregue e morra dentro de uma cela, enquanto você  realiza o sonho de ser o herói  número  1, pra tornar sua vida um pouco mais aceitável.

Katsuki: O.k, você  mais uma vez não  confia em mim, iria se eu implorasse? Quer que eu fique de joelhos e implore? Pra que você  se entregue e isso sirva como  forma de se redimir de tudo que fez a mim e aos outros.

Akemi: “Pelos Inocentes” *repito num sussurro*

Katsuki: O que?

Akemi: Nada.

Ele me olha desconfiado, aquilo parecia uma conversa normal, mas tinha muito rancor, raiva, tristeza  e decepção nas palavras,  nas expressões.

Ok, os inocentes estão  salvos , meu inconsciente diz que é  o momento certo.

Eu me levanto e vou um pouco mais a frente, deixando o loiro atrás.

Akemi: Eu me rendo!

Aizawa: Por causa do Katsuki? Mas eu sou seu pai e te pedi isso e você  negou!*diz cabisbaixo *

Akemi: Sim é  por causa do Katsuki e por você  também *minto*

Não  se trata de nenhum deles e sim de vidas que estavam vivendo com medo e eu pretendo salvá-las.

Katsuki:  Vai mesmo fazer isso?

Akemi:  Claro,  e venha aqui!*chamo amigavelmente  apesar de ter lágrimas  nos olhos*

Katsuki: O que houve?* diz o loiro se aproximando*

Akemi: Você  vai precisar  de outra Lua pra me substituir, e diga a ela que você  é  Marte.

Katsuki: Não  acredito  que esteja dizendo isso!*diz bravo*

Ele me olha nos olhos e eu dou um sorriso sincero.

Katsuki: MAS QUE DROGA  AKEMI, ISSO TAVA NOS PLANOS NÉ?  Você planejou ser presa, você  planejou me dizer isso, você  mais uma vez.... vai me deixar sozinho..... por pura vontade...*diz com a voz falhando cada vez mais*

Akemi: O plano não  era ser presa, mas o que posso fazer!*digo em sinal de🤷‍♀️*

Katsuki : Ah é?  Então  me conta qual era o plano, fala aqui pra mim, eu tenho certeza que não  pode magoar mais*diz bravo*

Akemi: O plano era bem brega na verdade mas com você  aqui resolveria 99% dos  meus problemas,  o plano era morrer aqui,  ainda fantasiada, nos seus braços  ou nos do meu pai, talvez nos da Jirou ou do Shinsou.

Katsuki:Você  planejava.... e vamos de mal a pior*diz chorando, ele estava chorando como uma criança *

Eu o abraço rindo e dou tapinhas em suas costas.

Akemi: Já  passou, calma, você  é  o Herói  Número  1 lembra?  Não  pode simplesmente  sair chorando por aí,*digo o consolando*

Shoto: Não pode chegar perto dele, agora você é  considerada um perigo como qualquer  outro.

Eu me afasto.

Katsuki: CALA A BOCA MEIO-A-MEIO!

Katsuki: Sabe o que é  mais frustrante?

Akemi:O que?*digo ainda distante*

Katsuki: Você  é  a causa da minha dor e a cura dela.*diz erguendo a cabeça  pro céu  forçando as lágrimas  a retornarem*

Akemi: Tenho certeza  de que vai achar outra...*interrompida*

Ele adora  me interromper, não  é  possível,  eu nem consigo terminar uma frase!.

Katsuki: Eu não  quero outra pessoa, eu não  queria a antiga e sim a atual que tá  bem na minha frente*diz se virando de frente pra mim*

Eu começo  a rir e a chorar ao mesmo tempo.

Katsuki: Por que tá  rindo?

Akemi: É  que faz muito tempo mas você  disse que ia me fazer te notar mais que os outros, eu nunca achei que fosse fazer isso de verdade! *digo sorrindo *

Um sorriso sincero  e confuso aparece em seu rosto e ele vem até  mim, e me abraça  forte.

Shoto: Eu vou ter que repetir? Não  podem se abraçar!

Akemi e Bakugou: Ah  CALA A BOCA MEIO A MEIO!

Começamos a rir como se a nossa situação  atual não  fosse terrível.

Bakugou: Você  é  louca.

Akemi: E você adora isso em mim né? *pergunto esperançosa *

Bakugou:Não  sei se devo concordar com isso*diz hesitante *

Akemi: Só  quero saber que não  vai ficar com rancor de mim e poderei ir tranquila.

Katsuki: Se eu não concordar  o que  você  vai fazer? Ficar?

Akemi: Morrer de angústia?

Katsuki :Quanto drama, ainda estou bravo com você  mas seria idiotice te deixar ir sem me despedir.

Akemi: Você é esperto  mas eu não  perderia  tempo se despedindo de mim, você  não  merece isso.

Katsuki: Melhor ficar quieta, eu não  me contento com coisa simples e você  sabe.

Akemi: Certo.

Ele separa o abraço  e eu vejo se afastar o mais lentamente possível.

Shoto: Me poupe, se afaste logo Bakugou.

Akemi: Katsuki  espera!

Ele vira pra mim.

( uma vibe mais dorama,  drama adolescente  e novela mexicana)

Akemi: Tem uma coisa que eu preciso  que vocês façam  mas é  sigiloso.

Katsuki: Desculpa  Akemi, acho que não  posso fazer isso, você  está  tentando me levar pra confusão?

Akemi: Não,  não  é  isso, eu vim pra cá  pra encontrar uma pessoa mas essa pessoa agora está  gravemente  ferida e eu não  pude ajudar.

Katsuki: O que?

Meu corpo começou a doer muito e eu cai no chão  novamente.

Akemi: Uma mulher, Minha mãe,  ela está  muito machucada, ela levou um tiro mas não  chegou a acertar o coração, por favor mande alguém  ir até  lá  salvá-la, ela está num galpão  não  muito longe daqui, na rua do lado direito.

Katsuki: Sua Mãe?, vou ver o que posso fazer.

Sai correndo em direção  ao grupo que estava conversando  com o Aizawa.

Shoto e Momo se aproximam de mim e o bicolor algema minhas mãos.

Momo: Eu que fiz as algemas!*gabou-se*

Akemi: Não  perguntei*disse enquanto esticava o pescoço  para ver o grupo desinteressada  na conversa da morena*

Momo bufa irritada, essa daí  não  muda mesmo, sempre imatura e cabeça  quente.

Eles me colocam encostada numa parede e os dois ficam me vigiando junto com o Izuku.

Aizawa vem até  mim.

Aizawa: Então  é  isso?, tá  sendo presa por que escolheu ajudar a pessoa que você  jurou que odiava?

Akemi: Sim*digo cansada*

Aizawa: Ainda tenho orgulho de você Akemi, mas nem todo mundo vai entender  seus motivos, espero que esteja pronta para mais um tipo de abandono, o abandono da sociedade.

Akemi: Eu sei, eu sei, eu vou ser tão abominável  quanto o assassino  de heróis.

Aizawa: Não  se compare a ele, minha nossa!

Akemi: Certo,  certo, você  não  vai ajudar ela?

Aizawa: Vou sim, Shoto, Momo, e Mineta ficam e vigie ela.

Todos  eles: Certo

Akemi: Por que o Mineta?*digo inconformada *

Aizawa: Por que ele é  inut... por que ele é  o seu castigo temporário.

Akemi: Ainda da tempo  de fugir e ser presa no México? *digo fingindo desespero *

Katsuki: Não  não  dá,  Akemi,  me espera  tá?

Akemi: Como se eu fosse sair pra algum lugar.

Katsuki: Mineta,  se eu voltar e você  tiver encostado um dedo na Akemi, eu mesmo te mando pro México.

Akemi: Pelo menos isso, obrigada minha Mart... quer dizer Bakugou.

Katsuki: De nada Minha Lua, até  logo*diz piscando e saindo correndo*

Shoto: O que você  fez com ele?*diz friamente *

Momo: Está  acabando com a vida dele, sonhos, carreira, tudo.

Akemi: Não  sei se entendi!

Shoto: Você  é  uma vilã,  você traiu o grupo, você  lutou com ele, e ambos se machucaram fisicamente  e psicologicamente, esse é  o conceito de “amor" que vocês defendem?*diz se sentando ao meu lado*

Akemi: Não  tem medo que eu te machuque? Eu sou um perigo afinal de contas.

Shoto: Você  sabe quem é  meu pai? Por que eu teria medo de você, se nem ele me assusta.

Acabei de lembrar que eu tô  aqui por que o Tomura MATOU o pai do Shoto.

Akemi: Ficaria triste se ele morresse?

Shoto: Quem? O meu pai? Não  não  ficaria, mas ficaria mal pela minha família.

Akemi:  Entendo, olha eu vou te dar uma notícia  um pouco chocante para a Momo e pro o Uva estragada.

Mineta: Eu não  tô  algemado pelo menos!

Ah mais que acabo com a raça  desse moleque!

Eu tento me levantar, mas não consigo.

Akemi: Deixa só  eu voltar a andar pra você ver.

Shoto: Akemi foco, qual era a notícia?

Akemi: Então.... seu pai foi assassinado pelo líder  dos vilões, ele morreu, a minha mãe  também  ia morrer mas ainda tem tempo de salva-la infelizmente não  é  o caso do seu pai.

Shoto arregala os olhos em surpresa

Shoto: Ele matou meu pai mesmo?

Akemi: Sim...

Shoto: Pera, então  esse tempo todo, era só  eu pedir ao líder  dos vilões? Por que eu esperei tanto? Devemos fazer uma festa?

Akemi: Oque? Shoto, ele ainda é  seu pai.

Shoto: Era, ele agora tá  morto, não  vai mudar muita coisa sem ele.

Akemi: Você  que pensa, ele tinha o título  de herói.

Shoto: Um titulo que ele não  merecia.

Akemi: Ele podia não  merecer, mas as pessoas confiaram  nele então...

Shoto: eu entendi o seu ponto.*fala cabisbaixo,  processando a informação de que a família  e a cidade ficariam desoladas como quando o All Might foi morto*

Eu encontro a cabeça  em seu ombro  como uma abraço  sem as mãos  já  que eu estou algemada.

Shoto: Ei, ei o que tá  fazendo*diz puxando o ombro  pra si*

Akemi: É  consolo  amigável.

Shoto: Mas não  pode.

Akemi: Por que não ? Você  não  é  gay? Então  não  tem problema, não  tem perigo de se apaixonar por mim de novo.

Shoto: Primeiro, eu sou bi, segundo, eu namoro, e terceiro você  é  vilã.

Akemi: Se você  ama o Deku você  vai aceitar isso  como consolo AMIGÁVEL, e eu não  sou vilã,  eu só  vim ver minha mãe  e acabei me metendo na confusão.

Shoto: É,  você  tem um ponto.

Momo: Desgruda dele agora!

Akemi: ô Protótipo do Minecraft, você  não  entendeu que ele já  te superou, já  namora alguém  melhor e você  ainda fica se doendo por causa disso aff.

Shoto suspira, ele odeia esse jeito da morena agir quase sempre.

Ela só se vira.

Momo: Devo criar uma cela pra ela Todoroki?*diz me ignorando*

Shoto: Sim

Akemi: Ei, por que?

Shoto: Prefere ficar aqui do lado de fora com o Mineta?

Akemi: Não!,  a cela tá  ótima pra mim.* me apresso em dizer*

Q.D.T

Eu vejo o Aizawa e o grupo voltando, todos desviando seus olhares de mim, menos Katsuki  e Jirou,  e Aizawa obviamente.

Jirou: Akemi! Desculpa não ter falado antes.

Akemi: Eu entendo, você  tem todo direito de me xingar de tudo que for possível.

Jirou:O que? O Katsuki  e o Aizawa me contaram que você  veio ver sua mãe  e acabou arrumando uma encrenca por causa de um ataque!

Akemi: Ah sim, e você  ouviu  a explicação? *digo surpresa*

Ele chega perto de mim, que já  estou dentro da cela, como um animal enjaulado.

Jirou: Sabe qual é  o lance da amizade?*diz segurando uma das minhas mãos  pela grade*

Akemi: O que?

Jirou: Que até se você  pensar em fugir pra outro país, eu atravesso cada distrito pra te procurar.

Akemi: Não  achei que você  pudesse  me perdoar, eu tive que lutar com vocês.

Jirou: Eu que peço desculpas pelo seu tornozelo.

Akemi: Isso não  é  nada. *digo olhando pro tornozelo ferido*

Jirou: Você  é  bem forte Akemi, Aliás  a sua mãe  está  num hospital agora  tá?  Ela tá  se recuperando, o Kirishima e o Tenya foram até ela.

Akemi: Obrigada por tudo.

Jirou: Não  foi nada,  agradeça  ao seu pai e a “Sua marte"

Eu dou risada.

Akemi: OBRIGADA KATSUKI, OBRIGADA PAI!*grito pra eles*

Depois disso, eles me levaram e eu nunca me senti tão  bem,  eu finalmente  sabia do meu passado, minha mãe  estava livre, eu não  tenho divida com os vilões, meu pai me perdoo, minha amiga me perdoo, o Katsuki me perdoou não  por completo mas ele tenta.

Mesmo que todos os outros virem as costas, eles me deram a mão  no meio da escuridão.