Stephen viu Nick Fury sorrir em sua direção. Quase como se achasse graça da ameaça dele.
__Você tem coragem. __Disse o espião, e o mago viu quando ele olhou para a arma no chão.
Com um sorriso ladino, Stephen respondeu.
__Com as motivações certas, eu tenho mais do que apenas coragem. Eu tenho determinação. __Com um movimento de mão, um pequeno círculo laranja surgiu sob a arma no chão e ela afundou no piso, sumindo e surpreendendo Fury e Peter, que prestava atenção no que homem que veio salvá-lo fazia. O Mago olhou rapidamente para o filho adolescente, que estava contra a parece do fundo com manto o cercando de forma aconchegante e protetor. Sua raiva crescia cada vez mais. Ele voltou a olhar para o inimigo, com os olhos cheio de ódio e desejo de vingança. __E hoje você me deu muitas razões para estar determinado em acabar com você.
__Me parece ser um homem poderoso. __Fury comentou, escondendo a raiva que estava sentindo. Mas com um pouco de sorte, ele poderia conseguir uma nova cobaia. Esse poder poderia muito bem pertencer à SHIELD, assim como o do Homem-Aranha. __Poderia se apresentar à mim, por gentileza?
__Ele está enrolando. Logo este lugar vai estar cheio de agentes. __Peter avisou de onde estava, com seu medo quase paralisante. __Vamos embora, por favor. __Ele pediu, e logo se encolheu quando Fury olhou na sua direção.
__Você não vai à lugar algum, garoto. __Ameaçou o diretor. __Eu demorei muito para tê-lo em minhas mãos. Não vou permitir que escape.
__Não... Eu quero ir pra casa... __Peter chorou.
Stephen andou para a esquerda e tirou a visão que Fury tinha do seu filho.
__Certo, olha, hoje foi um dia de muitas... reviravoltas para mim. Não tem ideia do que já aconteceu comigo. Estou exausto e também frustrado de ter que lhe com uma pessoa insignificante feito você, que ousou pegar quem não devia. E você ainda está conseguindo a proeza de me deixar ainda mais irritado por eu estar perdendo meu tempo com você.
__É muito simples. Apenas vá embora da mesma forma que entrou aqui e deixe o garoto. __Ironizou Fury.
Atrás de Stephen Peter tremeu e negou com a cabeça.
O Mago riu.
__Com certeza não. Eu vou sair e vou levar Peter comigo. E não há que possa fazer para me impedir.
__Então o que está esperando? __Fury provocou. __Que eu lhe mostre a saída? Aliás, por que não mostra para mim como entrou aqui?
__ Oh, sim, eu vou mostrar, não se preocupe. __Stephen garantiu.
Nesse momento a porta abriu num rompante e alguns homens armados entraram. Fury ficou satisfeito e já iria ordenar que pegassem tanto o invasor quanto o garoto outra vez, mas o riso da face dele se foi e um vinco de confusão se fornou no meio na testa ao ver seus homens somente olhar para sala e ficarem rondando feito baratas tontas, como se estivessem tão confusos quanto ele mesmo por não encontrar ninguém ali?
__Tem certeza de que foi pra esta sala que o diretor trouxe o garoto Stark? __Um deles perguntou a outro que parecia o líder daquele grupo.
__Sim. Sala de cirurgia do doutor Jones. Ele é quem vai trabalhar no garoto.
__Mas não tem ninguém aqui. Vamos tentar a próxima. Deve ter entendido errado. __O primeiro que falou deu meia volta e os outros o seguiram.
Quando Fury olhou o cinismo na face daquele homem misterioso e o viu sorrir, ele gritou a ordem, irritado e quase fora de si.
__O que estão fazendo? Peguem eles! Eles estão bem ali!__ Contudo os agentes da SHIELD apenas olharam uns para os outros e passando pelo invasor sem nem ao menos o notá-lo ali diante deles. E então eles voltaram para a porta e saíram. Fury ficou pasmo e muito mais curioso sobre aquele homem que invadiu uma base secreta da SHIELD E ainda passar despercebido diante dos olhos de todos. __O quê.. .? __Fury nunca havia ficado tão perdido em toda sua vida como agente.
__Surpreso, Nick Fury? __Stephen perguntou com um sorriso presunçoso nos lábios. Peter atrás dele estava tão chocado e aliviado que sorriu em meio às lágrimas de medo que ainda teimavam em cair. Ele abraçou o manto vermelho e uma espécie de certeza, uma sensação de segurança que só sente quando estar com seu pai. E agora Peter também se sente seguro perto de Stephen. Há ainda muito com o que se preocupar com a chegada deste homem misterioso e poderoso em sua vida, mas se uma coisa ele teve certeza foi o de que, naquele momento, nada mais poderia atingí-lo. Finalmente se sentiu a salvo de Fury. E essa certeza o deixou tão aliviado que seu corpo praticamente perdeu as forças pelas quais se segurava e ele encostou na parede atrás dele, deslizando até sentar no chão com as pernas encolhidas e sendo amparado pelo manto mágico do Mago Supremo.
__O que diabos você fez?! __Fury perguntou e gritou ao mesmo tempo. __O que aconteceu aqui?
__Eu nos coloquei na Dimensão Espelhada. __Informou Stephen adorando a forma atordoante em que o miserável que sequestrou Peter se encontrava. Ah, ele estava adorando a cara que ele estava fazendo. Ele fez um gesto de descaso com a mão. __Não é nada demais. Apenas queria que Peter ficasse em segurança. Então nos trouxe para cá. Nada do que acontece aqui nesta dimensão afeta na vida real, e virse e versa.
__E o que pretende agora? __Desafiou Fury. __Me matar?
Stephen riu.
__Oh, ainda não. Antes vou nos levar a um passeio.
Fury sorriu para Stephen. Aquele seu sorriso de quem ainda acha que tem tudo sobre controle, mas os olhos demonstrando medo.
__Sério? E como pretende fazer isso?
__Assim. __O Mago Supremo girou uma das mãos e sob os os de Fury surgiu um círculo com símbolos mágicos e antes que o ex-agente se desse conta, ele havia sido engolido pelo portal criado por Stephen.
O Mago ouviu Peter arfar atrás dele e se virou para vê-lo, sentindo o peito se contrair de uma espécie de... compaixão e amor? Sim, o mago nunca se sentiu tão tocado com uma imagem e nunca havia ficado tão preocupado e com necessidade de proteger alguém assim como agora quer proteger Peter e Anthony. Saber que Nick Fury estava com planos para matar o bilionário e ainda fazer de seu filho uma marionete, o deixou com mais certeza do que pretende fazer. Principalmente com a imagem que estava vendo do adolescente, que estava todo encolhido rente à parede e sentado no chão. Seus olhos ficaram nervoso quando encontraram os dele. Peter parceria não saber como agir agora que se encontravam sozinhos. Para falar a verdade, nem o Mago.
Stephen andou com cautela até o garoto e se abaixou até ele.
__Você está bem? __Perguntou outra vez, já que na primeira vez o garoto não havia respondido.
Peter soluçou nervoso, mas assentiu várias vezes com o manto quase o cobrindo todo.
__Po-podemos ir embora agora? __O jovem herói quis saber. __Eu-eu quero meu pai.
Stephen sentiu o peito aquecer, ao mesmo tempo que sentia remorso e culpa. Peter pedia pelo pai. Um pai que não era ele. Peter queria Anthony e não Stephen. E o mago não pode deixar de sentir um gosto amargo na boca ao pensar que possa nunca ter o mesmo lugar ocupado pelo gênio bilionário na vida do filho. Peter nunca o olharia em busca de proteção e segurança. E a culpa era toda sua. O que aconteceu ao chegar ali e Peter correu para seus braços, foi apenas o desespero de uma criança assustada que não tinha mais ninguém à quem se agarrar para pedir ajuda.
Mas nada disso muda a importância do que faria e nem diminuiria a necessidade do que faria. Seu filho e Anthony precisavam ficar seguros de Fury. E não ligaria para o que tiver que fazer para isso.
Stephen viu Peter piscar seus olhos castanhos e brilhosos com lágrimas esperando sua resposta. E ele sorriu de forma terna pela primeira vez para o adolescente. Seu filho era simplesmente adorável, e vê-lo com medo o fez sentir outro tipo de instinto protetor: o de pai. E ele sabe que este instinto era maior que qualquer outro. Mas ele ainda tinha assuntos para resolver antes de levar Peter para o santuário, onde Anthony se encontrava, esperava ele, ainda adormecido. Precisava ter certeza de que, por parte daquele miserável agente, Anthony e Peter nunca mais correriam perigo.
__Ainda não, Peter. __O Mago disse. __Preciso que você fique aqui enquanto vou encerrar o que Fury começou, está bem?
O garoto tremeu e negou se agarrando ao manto vermelho.
__Nã-não, não quero ficar aqui sozinho. Não me deixa aqui.
Peter não se sentia mais em perigo. Ele tinha certeza de que Fury não voltaria para fazer-lhe mal, e ao seu pai. Mas ainda estava muito assustado. Queria ver seu pai. Ele deve estar tão preocupado.
__Você não vai ficar sozinho, ok? __Stephen disse e hesitou antes de estender a mão e tocar nos cachos castanhos de Peter, numa tentativa de passar conforto. __Você está seguro agora e Levy vai cuidar de você. E eu prometo que não vou demorar.
__Para onde o senhor mandou o Fury? __Peter perguntou, timidamente.
Stephen recolheu a mão e sorriu com simpatia.
__Digamos que mandei para um lugar aonde ele poderá esfriar a cabeça.
O adolescente assentiu mesmo sem entender muito bem a referência.
__Promete que depois o senhor vai me levar pro meu pai?
Stephen ergueu a mão direita aberta.
__Eu dou minha palavra de Mago Supreno. __Ele riu por dentro ao pronunciar aquela frase pela terceira vez em menos de um dia. Ela vai acabar se tornando seu bordão. __Agora eu já... __Stephen foi interrompido com um movimento da porta abrindo num rompante e de um jovem sujo de sangue segurando duas armas entrando esbaforido dentro da sala. Ele estava usando o mesmo tipo de roupa que Peter e parecia meio... louco. Mas a surpresa maior foi reconhecer ele como sendo o mesmo segurança que o Anthony da outra dimensão contratou para proteger Peter.
Aquele dia infinito parecia nunca parar de lhe trazer surpresas.
__Wade! __Peter ficou surpreso ao ver o mercenário. Stephen o olhou e seus olhos viram uma ansiedade nos rosto do filho.
__Peter! ... Petey? __O garoto chamou e ficou virando de uma lado a outro sem entender a sala completamente vazia. __Onde diabos aquele tapa olho te levou, Petey? __Perguntou coçando a cabeça com o cano de uma das armas como de estivesse muito confuso.
__Conhece ele? __Stephen perguntou a Peter. __Quem esse... Petey que ele chamou?
__Sim, eu o conheço. __Peter acabou sorrindo e suas bochechas ficaram vermelhas ao completar. __Eu sou Petey. O nome dele é Wade e também havia sido pego por Fury. Nós... antes de você chegar, nós tentamos fugir juntos, mas Fury nos pegou de volta. __A voz de Peter tremeu no fim. __Vo-você pode ajudar ele? Por favor?
Stephen tinha que ir até Fury e teria que deixar Peter. Então talvez não seja uma má ideia deixar esse... Wade com isso. Peter parece confiar no jovem e precisava de companhia além de Levy. Isso pode deixá-lo mais tranquilo. Ele levantou e moveu as mão outra vez e de repente Wade estava afundando no chão e dispecando perto deles por outro portal perto do teto.
O mercenários gritou surpreso estava intrigado quando seu corpo se chocou contra o concreto do piso se viu na mesma sala de onde atravessou o chão. Ele levantou rápido apontando as armas para o Mago, que apenas o analisou com curiosidade.
__Quem é você e... __Só então o assassino se deu conta do garoto encolhido no chão enrolado numa espécie de capa. Ele gritou alegre e abriu os braços como se fosse ir dar um abraço no adolescente: __Baby boy!
Ok, Stephen pensou, talvez não tenha sido uma boa ideia trazer esse jovem para perto de Peter. E parece que o manto da levitação "pensou" o mesmo, pois ele se afastou de Peter e se abriu completamente na frente dele, impedindo o tal Wade de chegar ao garoto.
Claro que o outro se assustou.
__Fantasma! __Wade gritou e apontou a arma para o manto.
__Eu não faria isso se fosse você. __O Mago alertou impaciente.
__Levy, não! Pare! Ele é meu amigo. __Peter levantou com dificuldade. Suas pernas estavam trêmulas e o corpo mais pesado. Ele achou estranho. Era para ele está melhorando e não piorando. Peter cambaleou e seu corpo pesado se chocou com a parede. Mas logo se recompôs, antes que percebessem sua condição. Não queria dar mais trabalho ao homem que o salvou.
Ele riu ao ter o manto outra vez ao seu redor. Ele adorava o manto.
__Caralho! Quando eu acho que já vi de tudo eu me deparo com uma capa vermelha mágica de Harry Potter! __Wade exclamou do jeito espalhafatoso dele. __E ainda me deparo com o próprio bruxinho!
Stephen revirou os olhos. Esse Wade deve um daqueles bipolares que ainda não decidiu sua personalidade, e já estava começando a irritá-lo.
__O negócio é o seguinte. __O Mago começou. __Preciso que fique aqui com Peter.
__Espera aí, Bruxo, eu nem ao menos o conheço e você vem mandando em mim? __Wade reclamou e desta vez Peter revirou os olhos, logo se arrependendo, sua cabeça rodou junto. Ele engoliu a bile que subiu na sua garganta seca.
__Wade, só ouve ele, por favor. __Ele pediu, disfarçando o mal estar.
__Tudo bem. __Wade colocou as armas que usou para fugir e chegar ali na mesa de metal.
__Quero que fique aqui com Peter. __Esclareceu Stephen, repetindo o que já havia dito antes.
Wade se deu conta do lugar que estavam, que por acaso a mesma sala que acabou de entrar.
__Está me dizendo que seu salvamento, é, na verdade, nos deixar aqui sozinhos? __O mercenário perguntou sarcástico. __Uau, é um belo salvamento. __Ele olhou para Peter, e sussurrou, como se Stephen não estivesse só à alguns centímetros deles. __Tem certeza de que ele estar do nosso lado, Petey?
__Confia nele, Wade, ele... ele... __Peter nunca conseguiu terminar, seu corpo não aguentou mais seu próprio peso e só não foi ao chão porque o manto o segurou a tempo de esperar Wade correr até ele e o amparar em seus braços.
__Peter! __Stephen foi até o filho e tocou seu rosto, estranhando o tom rosado e pegajoso do garoto. __Droga, aquele miserável! Você está ardendo em febre. __O mago encarou a expressão sombria de Wade, vendo uma raiva penetrar boa olhos azuis do jovem. Ele explicou: __ Deve ser algum efeito colateral da substância que Fury usou nele.
__Eu..eu estou bem... __Peter tentou formular a frase com mais confiança na voz, mas tudo que saiu foi um murmuro baixo que não foi levado à sério.
__Não, não está. __Stephen viu a situação mudar e precisou alterar os planos. Ele não poderia ir confrontar fury com seu filho passando mal. __Vamos fazer diferente. Será melhor levá-lo direto para o santuário. Vou deixá-lo com Wong, enquanto vou até Fury.
Movendo as mãos, o Mago supremo abriu um portal para o santuário e se virou para Peter e Wade, vindo até o filho.
__Não... __Peter se negou a aceitar a ideia e tentou se afastar de Stephen quando ele o tirou dos braços de Wade, que o olhou o Mago indignado por ter o garoto tirado de si.. __Você prometeu me levar para o meu pai. __Ele lembrou, chorando. __Você prometeu.
__E vou cumprir minha promessa, Peter. __Stephen falou calmamente, levando Peter até o portal. __Anthony está no santuário. Ele foi me procurar, achando que você estava comigo, entrou num ataque de pânico e precisei dopá-lo para dormir, então eu vim atrás de você.
__Ei, vão me deixar aqui ou vou com vocês? __Wade perguntou vendo os dois quase passando pelo troço circular que soltava faíscas. __Por que, né, bem que poderia me dar uma carona nesse negócio aí.
Stephen girou os olhos.
__Vem logo, garoto. __Então ele e Peter passaram pelo portal que dava para uma sala parcialmente escura e frente a uma escada.
__Esse cara é chato... __Resmungou Wade passando portal, que se fechou logo em seguida.
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Drácula entrou na cabana da bruxo, tendo que abaixar a cabeça para passar pela porta baixa. Ele analisou o lugar com o nariz torcido. Era pequeno para oa padrões dele e desarrumado. Haviam ervas penduradas nos fundos, onde uma lareira acesa fervia um caldeirão negro. O aroma que saia dele não era agradavel as suas narinas sensíveis. Com certeza a mulher fervia alguma poção. O resto do interior era uma desordem de móveis velhos.
__Então, vamos logo ao que me trouxe aqui. __Drácula disse, com sua voz forte soando como uma ordem.
__Devagar, vampiro, não sem antes de aprender a me respeitar. __A bruxa se impôs e viu Drácula brilhar o que olhos em vermelhos. Ela riu com isso. __Você está na minha casa, Drácula, aqui seu poder cai pela metade e, a não ser que eu não queira, você pode sair com seu poder completo daqui.
O Senhor dos vampiros arregaçou suas presas e tentou avançar na bruxa, então uma tontura o acometeu e uma terrível dor pareceu querer partir sua cabeça ao meio e que o fez se curvar caindo de joelhos no chão. Ele ouviu a risada da mulher ruiva chegar até ele atravez da nebulosa dor que sentia.
__O que está fazendo? .. __Drácula gruniu raivoso.
__Você estava certo, meu doce Drácula, eu sabia o que iria acontecer com Jair, mas se enganou ao achar que eu realmente me importava. Eu não me importo. Eu vi que ele iria morrer em suas mãos. __Ela deu de ombros.__ Só não queria que ele sofresse no processo.
__Faça essa dor parar. .. __O senhor dos Vampiros nunca havia se sentido tão a mercê de alguém. Sua cabeça tinha mil agulhas a perfurando e suas presas foram impedidas de saírem, ao mesmo tempo que estavam sendo forçadas a sair, fazendo sua gengiva doer. Ela o estava incapacitado.
Talvez tenha sido um erro substimar a bruxa-oráculo.
__Não sem antes entender algo importante, Vampiro. __A mulher abaixou frente a Drácula, e tocou nos cabelos compridos dele. __Eu já sei o que veio fazer aqui. Eu vi. Sei o que quer, e estou disposta a entregar a você, mas somente em troca de um pequeno favor.
__O-o que você quer?__ Drácula respirou fundo tentando administrar a dor que sentia e o que fazia fraco. __ Me dê as informações que eu vim buscar e faço o que você quiser.
__Não sou idiota, meu querido Drácula. Eu enfeitiçei a minha cabana para incapacitar você por um tempo, pois sabia que você viria até mim, mas não terei o mesmo poder fora daqui. Então quem garante que depois de ter o que quer, você não irá me espreitar do lado de fora para me matar? Principalmente depois do que estou fazendo a você?
__Lhe dou minha palavra. __Drácula levantou a visão com dificuldade e olhou nos olhos azuis da bruxa.
Ela riu sagaz e nenhum pouco convencida.
__Sua palavra é algo frágil para mim, Drácula. Tola é aquela que acredita nela. __A mão macia da mulher passou pelo rosto do ser noturno. __Vamos fazer do meu jeito. Isso quer dizer... um feitiço.
Sem muito ponderar, Drácula perguntou.
__E que feitiço seria esse?
__Ah, ele é simples. __Ela ergueu o queixo dele e depositou um pequeno beijo em seus lábios. Então ela respondeu. __Eu e você vamos fazer um juramento de almas. Nada de sangue, pois esse feitiço ainda pode ser burlado, mas o de alma, não. Nós fazemos o juramento, eu dou o que você quer e você o que eu quero.
__Eu não vou unir minha alma à sua, bruxa. __Drácula rosnou. __Eu exijo que me liberte de sua maldição e me dê o que eu quero.
A bruxa suspirou, levantando.
__Anthony Edward Stark. __Ela pronunciou de repente, fazendo o vampiro querer avançar na mulher ainda mais, só que toda vez que ele tenta em machucá-la, a dor dele piora. __Esse nome lhe diz algo, meu doce Drácula?
__Como conhece esse nome? __Drácula perguntou, apesar da raiva, e da dor, ele estava realmente surpreso.
__Ora, não me tome como uma iniciante. Sou uma bruxa-oráculo, esqueceu? __A mulher puxou uma cadeira e sentou de frente para Drácula, que estava prostrado no chão ainda sentindo dor. __Já falei que sei o que quer de mim. Eu vi seu futuro, Vampiro. Vi esse homem com você. Ele é alguém poderoso na dimensão dele. Um herói. E também vi do que ele é capaz de fazer. Posso ajudar você a convencer ele a ajudá-lo com seu portal para sair desta dimensão, porém, também posso fazer melhor. __Drácula olhou intrigado para a mulher e a viu se inclinar para frente. __Eu posso levá-lo até ele, meu doce vampiro. Conheço um feitiço poderoso que pode abrir uma brecha para a dimensão de Anthony. Contudo, somente uma pessoa passará.
__Mas eu preciso do meu exército para conquistar aquela dimensão e tomá-la para mim. __Retorquiu Drácula.
__Eu sei disso também. __A bruxa fez um gesto de descaso com a mão. __E por isso, que precisará de mim. Se você for diretamente até seu humano, terá chances maiores de fazê-lo criar o portal que você precisa para planejar a tomada da dimensão dele com a ajuda do seu exército de vampiros.
__Ele está quase confiando em mim. __Disse Drácula, notando que a dor ficava mais suportável. __Logo poderei revelar a verdade e convencê-lo de que precisa tanto de mim que irá me tirar desta dimensão com o portal dele.
__Sim, já imaginei que você tivesse usado seu poder de projeção de sonhos. Mas se engana achando que Anthony confia em você, Drácula. __A bruxa disse. __Afinal, ele nem a menos sabe quem voce é de verdade. Acha que ele vai simplesmente abrir um portal e deixar um exército de seres noturnos que quer trazer caos para sua realidade quando descobrir que você é real, e não fruto de seu sonho? __A mulher bufou. __Ele é um herói, Drácula. Ele protege aquela dimensão. Anthony será o primeiro a ir contra você. E outros também. Ou já esqueceu do Mago Supremo? __A mulher riu ao ver o olhar azedo do vampiro. __Oh, sim, meu querido, eu também sei sobre o guardião de uma das Jóias do Infinito, a do Tempo. E do quanto ele está próximo de seu humano.
__Então o que sugere? Como posso ameaçá-lo a fazer o que quero estando deste lado da dimensão? __Os olhos de Drácula ficaram vermelhos ao lembrar do fato de que o mago tem contato com seu Anthony.
__Vamos fazer como falei. __A bruxa respondeu. __Vou realizar o feitiço e abrirei uma brecha para a dimensão de Anthony, mas não antes do nosso juramento.
__Já falei que não vou ligar minha alma a sua. Eu sou Drácula, o senhor dos vampiros, não vou ficar a mercê de você, bruxa. __Ele determinou.
__Então talvez eu deva o estimular um pouco mais. __A mulher levantou e depois se ajoelhou na frente do vampiro, que a encarava como se estivesse prestes a matá-la. __Há uma profecia, Drácula. Ela foi descoberta pelo seu Mago fugitivo, e advinha, ela está ligada ao seu amado humano também. Você veio até mim em busca de sorte, estuprou e matou um inocente porque você é muito supersticioso, e deve saber que quando uma profecia é descoberta, há duas formas de ela ser concretizada. Uma que pode beneficiar você e a outra em que ela diz como você será derrotado, dependendo de como irá interpretá-la. Você apenas precisa saber jogar com as peças certas, as apostas certas e ter os aliados certos, e fará a profecia profetizar seu êxito.
__Que profecia é essa? O que diz nela?
A bruxa levantou, satisfeita.
__O juramento de alma primeiro, vampiro, e então lhe dou o que quiser.
__Por que não me diz o que quer para saber vai valer a pena me unir a você?
A bruxa suspirou irritada.
__Está bem. __Ela voltou a sentar. __Eu quero que me ajude a capturar uma velha amiga em comum que nós temos.
__Nós não temos amigos em comum. __Suor pregnava o rosto de Drácula, já que a dor não o deixou em nenhum momento.
__Claro que temos. Ou já esqueceu da Harpia Irina?
Drácula rosnou com a pronúncia do nome da traidora que ajudou o mago a fugir.
__Ela é minha, bruxa. Eu a matarei pessoalmente. Ela me traiu.
__Sim, e a mim também. Então acho que podemos nos unir contra ela.
Drácula riu em meio a dor e provocou.
__O que ela fez, roubou uma poção sua?
__Não, fez pior. __A bruxa bateu o polindo na mesa de madeira. __Ela me roubou meu livro de feitiço. Ela veio aqui antes de ajudar seu mago a fugir. Eu não estava e levou meu livro. Antes , no entanto, ela havia me pedido para desfazer sua forma Harpia. Irina não quer mais virar pássaro.
__Ela foi para a dimensão do mago junto com ele e ainda levou seu livro. Deve esperar que Strange a ajude ajude com sua transformação. __Drácula concluiu.
__Sim. Mas ela não irá conseguir isso. Não com ele. __A bruxa levantou outra vez. __Assim como eu não pude fazer, Stephen Strange não poderá.
__E por quê?
__É um feitiço de quebra de laço entre ela e sua real natureza. É necessário muita energia da bruxa ou do mago que for fazer, além de sangue de descendente de quem está fazendo o feitiço. Então é impossível que ele faça. Magos Supremos não tem descendentes até onde eu sei. Eu também não tenho. Irina queria que eu burlado essa regra, sem se importar que eu poderia morrer no processo. O que Irina quer é impossível para quem ela pediu, mas ainda assim ela levou meu livro, talvez para tenrar obrigar o mago a fazer o que ela quer, e eu o quero de volta.
Drácula riu com dificuldade.
__Então quer eu a ajude a recuperar um livro? __Ele desdenhou.
__Claro que não. __A bruxa disse completamente indiferente à provocação do vampiro. __Eu não posso abrir a brecha e passar por ele ao mesmo tempo. Vai sugar muita energia minha e por isso, decidir ajudar a você quando vi seu futuro e a capacidade daquele humano. Vou abrir a brecha, ela vai durar somente alguns milésimos de segundos, mas com sua velocidade vampira, você será capaz de passar, antes de ela fechar. E aí você vai fazer Anthony abrir o portal dele... para que tanto eu quanto seu exército, passe. O meu livro, eu recupero sozinha.
__Agora entendo o porque da ligação de alma. __Drácula precisou reconhecer a mente audaciosa desta bruxa.
__Já falei que não sou tola. Não vou mandá-lo para outra dimensão, sem uma garantia de que vai me ajudar a me tirar daqui. __A mulher esclareceu.
Apesar de ainda achar arriscado ficar ligado à uma alma que pode à vir se tonar um empecilho, Drácula começa a perceber que se unir a essa bruxa pode também ser uma vantagem. Além do mais, ele sabe que não existe um feitiço sem uma brecha para quebrá-lo. Pode conseguir isso depois. Agora terá que seguir com o plano da mulher. E também, só o fato de poder ter a chance de ter seu humano em sras braços de forma real, já valia os riscos.
__Está certo, então, bruxa. __Drácula decretou, decidido. __Vamos fazer a ligação de alma.
__Ótimo. Agora, por favor, pare de me chamar de bruxa.
__É só me dizer seu nome... bruxa.
A mulher estreitou os olhos para o vampiro e o viu colocar as mãos na cabeça ao intensificar sua dor. Só então ela respondeu:
__Meu nome é Margaret.
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Wong olhou espantado para o portal que abriu na sala e mais ainda para as três pessoas que passaram por ele. Stephen vinha primeiro segurando o garoto que logo o asiático reconheceu como sendo o filho do amigo mago. E ele não parecia nada bem. Estava banhado de suor, o rosto corado e os olhos semicerrados. Atrás deles apareceu um jovem trajando roupas iguais às de Peter, mas sujo de. sangue, apesar disso, ele não representava ameaça, pois olhava o jovem Stark com preocupação nos olhos.
__O que aconteceu com ele, Stephen? __Wong perguntou, se adiantando até o mago e o ajudando com o garoto doente.
__Ele está ardendo em febre. __O mago informou. __Este é Wade. Providencie um quarto para ele. __Ele viu que o monge iria questionar, mas disse cansado. __Depois eu explico tudo, Wong. Preciso cuidar de Peter.
__Meu...pai, cadê meu pai?__Peter estava delirante, olhando tudo borrado e sem nexo. Alguém o ajudou junto ao homem que o salvou e um novo medo de não o levarem até seu pai voltou.
__Calma, Peter. Logo vai estar com Anthony. __Stephen olhou para Wade. __Wong vai mostrar um quarto para você. Tome um banho e descanse. Não vá embora sem antes falar comigo ou eu vou atrás de você. E não vai ser para conversar. __Sem esperar mais, Stephen pegou Peter no colo e fez sua magia os levar até seu quarto. Agradeceu Anthony ainda estar dormindo, não queria que visse Peter desta forma.
Stephen levou Peter até o banheiro e o sentou no vaso sanitário, onde iria tirar as roupas dele para dar um banho morno. Mas antes fazer isso ele viu Wong entrar no banheiro.
__ Já instalei o jovem num quarto. __Ele viu que Stephen tentava retirar a camisa de Peter, que balbuciava palavras desconexa por conta da febre alta. __Me deixe fazer isso, Stephen. Você parece exausto. __O monge ofereceu e o mago assentiu se afastando de Peter, mas não para descansar. Ele precisava saber o que Fury aplicou em seu filho.
__Faça isso. Eu tenho a que acabar com isso de uma vez. __Ele disse e Wong o encarou.
__O quê? O que ainda tem para resolver, Stephen? __Wong ficou preocupado. __Você está estagnando sua magia. Precisa repousar.
__Eu não vou conseguir descansar sem antes garantir de que aquele miserável não será mais uma ameaça à meu filho e ao Anthony.
__De quem está falando?
__Nick Fury. __Respondeu, e Peter pareceu ter ouvido, pois choramingou com medo. A reação do filho à um simples nome, deu ainda mais certeza de que precisa dar um fim na ameaça. __Ele aplicou algo em Peter e preciso saber o quê. __Stephen andou para fora do banheiro.__ Cuide dele. Eu já volto.
__Stephen! __Wong ainda o chamou, mas o mago já havia ido embora.
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Stephen saiu do portal de encontro ao vento super gelado do Mont Everest e logo sua visão buscou o alvo de sua raiva. Fury estava escostado rente à uma parede de pedra, encolhido enquanto tentava se aquecer. Ao ver o mago, imediatamente levantou e ajeitou a postura, não querendo parecer fraco e amedrontado. Stephen foi até o ex-espião em passos largos e o segurou pela gola do sueter negro , pegando fury de surpresa, pois seus próprios movimentos estavam lentos devido ao longo período que ficou exposto no frio.
O mago chocou as costas de Fury contra a parede de pedra.
__Eu vou perguntar somente uma vez. __Ele alertou, gritando em meio ao vento da montanha. __O que você aplicou em Peter?
Apesar do medo de estar naquele lugar gelado a mercê de um homem poderoso, e furioso, Fury não deixou de destilar seu veneno e provocou.
__Ora, por quê? O garoto começou a ter efeitos colaterais? Eu já esperava por isso.
Stephen o empurrou mais forte, e lhe deu um soco no rosto, o largando enquanto ele limpava a boca sangrando. Com muito custo, o mago escondeu a dor que sentiu em sua mão, já que Wonder estava certo. Sua magia estava ficando fraca.
__Não brinque comigo! Acha que o trouxe até aqui para um passeio? Para você fazer turismo e depois o levar de volta? __Stephen disse.
__Você não vai me matar. __Fury desafiou, ficando de pé outra vez. __Você parece se preocupar com o jovem Stark.
__Oh, sim me preocupo. Mas sei que não vai me dar o que quero, então acho que vou atrás de querem possa. Aproveite as vista, Nick Fury. __ Stephen se virou para ir embora.
__Não!__Fury perdeu a pose e se desesperou. __Não pode me deixar neste lugar!
O mago virou-se para o ex-espião.
__Não só posso, como eu vou se caso não me disser o que aplicou em Peter Parker Stark! __Stephen voltou para perto de Fury.
__Me leve de volta e falo. __O homem tentou negociar Ele estava cada vez mais gelado, mas notava que o outro se quer se incomodava, e nem a menos usava roupas de frio extremo.
Stephen sorriu de lado.
__Sem chance. __Ele disse e passou a contemplar a vastidão de gelo e montanhas do pico em que estavam. __Sabe, eu fui trazido aqui também, assim como você, de surpresa. Não estava preparado de forma adequada para esse frio tão abaixo de zero. Mas foi para um ensinamento muito importante feito por uma ansiã muito sábia. Ela me disse que alguém não sobreviveria aqui por muito tempo. Eu sabia disso, mas aposto que você também, não é mesmo?
__Quem é você, afinal? __Fury perguntou com os lábios tremendo. __Ou o que você é?
Stephen olhos para o ex-espião com a raiva renovada no olhar. Ele andou para ainda mais perto dele, respondendo:
__Eu sempre tive muito orgulho de me apresentar como Dr. Stephen Strange, ou como Mago Supremo, guardião de uma das Jóias do Infinito, mestre das artes místicas, protetor das realidades e do universo. __Ele parou a poucos centímetros de Fury. __Mas hoje nenhum destes títulos importa para mim. Nem mesmo meu nome. Mas vou dizer o que sou, Nick Fury: __Stephen moveu uma das mãos e uma magia paralisante atingiu Fury, que caiu duro de costas no chão. Ele se abaixou perto de sua cabeça, completando. __.Eu sou um pai. Eu sou pai biológico de Peter. E você cometeu o grave erro de pegá-lo e machucá-lo.
__Se você disse que é tudo que falou, não pode me deixar aqui. __Fury usou sua diplomacia de diretor, sentindo o frio do gelo penetrar sua pele. __Heróis não matam de forma...
__Fria? __Stephen completou a frase do ex-espião, com um sorriso cínico na cara. __Essa frase nunca pareceu tão literal como agora. Mas esclarecendo sua questão, sim, sou um herói, mas sou um herói principalmente para meu filho e para as pessoas que eu me importo. Preciso mantê-los seguros de ameaças que os colocam em risco. E, advinha? Você é uma destas ameaças. Pequena, mas ainda é. E além do mais, não posso perder meu tempo me preocupando com uma ameaça como você. Não quando tenho ameaças bem mais sérias para me preocupar em proteger meu filho.
__Se me matar não vai saber o que apliquei em Peter. __Ameaçou.
__Eu descubro sozinho. __Stephen deu de ombros e levantou, para desespero de Fury.
__Não me deixa aqui. Eu vou morrer congelado.
__Sim, você vai. __Stephen disse. __Mas pense que você está homenageando o Capitão América. Não é dele que você se orgulha? Então? Será até... poético. Você vai virar uma pedra de gelo como um dia o Steve Rogers foi. Mas não se preocupe... __Stephen se afastou e abriu um portal. __, um dia alguém irá descobrir seu corpo congelado, como descobriram o do seu herói favorito. Com a diferença de que você vai estar bem morto, é claro. __Ele entrou no portal e olhou pela última vez para o homem caído na neve. __Adeus, Nick Fury.
O ex-espião viu o portal fechar e notou que esse era mesmo seu fim. A cada respiração que dava, parecia que uma quantidade imensa de gelo o entrava em seus pulmões. Ele que sempre teve orgulho de nunca se arrepender das decisões que tomou ao logo da carreira, percebeu agora, enquanto via com seu único olho a neve cair e começar a enterrá-lo vivo e pedia a consciência, que se arrependeu, pela primeira, vez de suas ações. Nick Fury se arrependeu de ter mexido com Peter Parker Stark
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