Pov Luna
O clima não está nada bom, dá para ver o medo no rosto de cada um aqui e principalmente no meu, Nico continua com a arma pontada para o meu rosto e eu sei que ele tem coragem de atirar e não quero levar um tiro.
-Mais sabe eu poderia atirar no Matteo eu ainda me lembro da surra que levei dele e olha só tudo por sua culpa Luna e eu acho que se eu der um tiro nele você irá sofrer muito mais- Nico falou e virou a arma na direção do Matteo e essa cena fez meu coração parar por um estante, eu estou com medo de levar um tiro mais estou ainda mais só de saber que o Matteo pode levar esse tiro, dei alguns passos e o Nico se virou para mim- Onde você pensa que vai em?
-Eu não vou deixar você atirar em ninguém aqui, que dá um tiro em alguém então pode atirar em mim, você me odeia mesmo e quem sabe com esse tiro você não me mata- eu disse seria e isso fez com que todos me olhassem, a Ámbar e o Matteo estavam com as piores expressão.
-Quem disse que eu te odeio? Pelo contrário Luna eu sou apaixonado por você, desde o dia que você veio aqui no Jam Roller pela primeira vez com o Matteo eu me senti atraído por você, e eu ia tentar ficar com você mais ai o Matteo como sempre foi lá e pegou a minha garota- o sorriso que tinha no rosto do Nico sumiu e seu olhar se em cheio de raiva.
-Nico o Matteo não fez nada a gente não tinha nada e....- ele me interrompeu.
-E a gente não tinha nada mais íamos ter eu sei disso, mais agora já era, você Luna consegui destruí aquele Nico gente boa, amigo, aquele que sonhava em ser uma boa pessoa, o que tinha sonhos, aquele Nico sumiu no momento em que eu te conheci- ele disse e se aproximou de mim.
-Eu não destruí nada, você que foi para o caminho errado, para de tacar os seus problemas e as suas escolhas em cima de pessoas que não tem culpa em nada- minha voz saiu mais como um grito.
-Chega de papo eu vim aqui para fazer um serviço e não para ficar escutando sermões. -Você não vai fazer nada com ninguém, chega de ser o menino pau mandado, chega de ser o mimado que não aceita perde- Pedro disse e deu um pulo na minha frente e isso me fez levar um susto.- Que atirar em alguém então vai atira em mim- ele falou e encostou o seu peito na ponta da arma.
Essa imagem me fez lembrar de quando eu perdi o Luccas, ver o Pedro ali me gelou, não quero perde ninguém aqui mais uma coisa eu sei o Nico não vai atirar em mim já era para ele ter feito isso faz tempo e não fez, essa paixão que ele disse que sente por mim faz com que ele não tenha coragem de atirar e correr o risco de me matar.
-Pedro não faz isso sai daqui, eu não quero que você se machuque- eu disse me aproximando dele e ficando em pé atrás dele. Antes que ele me respondesse ouvimos uns gritos e a polícia entrou na danceteria, eu senti um alívio mais não durou muito, escutei um tiro e olhei no palco e estava todos bens, mais assim que olhei para frente vi o Pedro com a mão no peito e ele começou a agachar, e vi sangue em suas mãos e caiu a ficha quem levou o tiro foi ele.
-PEDRO- dei um grito e me agachei perto dele.
-Luna- ele disse em meio a dor.
-Não, você não pode me deixar não faz isso comigo Pedro- eu disse o abraçando.
-Eu amo você Luna, você foi a única amiga que eu tive que gostou de verdade de mim e eu nunca vou me esquecer disso e...- ele ia termina de disser algo mais ele acabou desmaiando e um nó enorme cresceu na minha garganta.
-PEDRO, PEDRO- eu o chamei mais foi em vão.
Continuei abraçada com ele até a ambulância chegar, eu só conseguia chorar, saímos da danceteria e o Nico ainda estava ali, encostado em um muro e algemado.
-Seu desgraçado, filho de uma puta- eu disse gritando e dei vários tapas no Nico e se não fosse o Matteo eu tinha continuado -Está satisfeito? Você acabou de atirar na pessoa mais boa que eu conheço, o único que ainda sentia algo por você, seu lixo.
-Eu não queria atirar nele, eu mirei no Matteo mais o Pedro entrou na frente e eu acabei acertando ele, eu nunca ia atirar no meu irmão.
-Nico eu só vou disser uma coisa, se o Pedro morre eu juro que eu vou fazer da sua vida um inferno e ai sim você vai ter motivos para disser que eu acabei com a sua vida- eu disse e o Matteo me puxou até o seu carro.
Entramos no carro e fomos para o hospital e outra vez por culpa do Nico estamos vindo para cá, no caminho o Matteo não disse nada mais dá para ver em seu rosto o quanto ele está triste e abalado com o que aconteceu. Chegamos no hospital, paramos no estacionamento eu desabituei os cintos e uma vontade de chorar percorreu pelo meu corpo e eu desabei, senti os braços do Matteo passar em volta do meu corpo e eu me aconcheguei em seu peito.
-Não fica assim Luna o Pedro vai ficar bem.
-Eu estou com medo Matteo, sabe eu já perdi um amigo e eu não quero perde outro, o Pedro e a pessoa mais legal e especial que eu conheço e ele não pode morrer- eu disse e continuei chorando.
-Você tem razão o Pedro e mesmo uma pessoa muito legal e especial, mais não vamos ficar pensando o pior, temos que ter fé que tudo ira ficar bem e que logo, logo ele sai daqui- Matteo disse e me abraçou mais forte.
Ficamos um tempo assim abraçados até que decidimos entrar no hospital, saímos do estacionamento e em poucos minutos já estávamos na sala de espera do hospital, nossos amigos já estavam ali e os pais do Pedro também e o mais curioso e que o pai dele estava bem abalado talvez por se senti culpado ou por medo de perde seu filho.
Um filme passou em minha cabeça, todos os momentos que eu tive com ele, tinha vez que eu estava triste e só de olhar para ele eu já ria e nem me lembrava mais o porquê de eu estar triste, tinha momentos que a única vontade que eu tinha era chorar e o Pedro estava do meu lado sendo o amigo que ele é. E só de pensar que ele pode morrer isso dói muito, uma dor que não tem explicação.
Já tinha se passado algumas horas e ninguém tinha vindo nos dar alguma notícia, eu ia perguntar para uma enfermeira mais assim que me levantei vi o médico se aproximando o mesmo medico que me atendeu aquela vez que eu estive aqui.
-Quem aqui e parente do Pedro?
-Somos nos dois doutor, eu sou a mãe dele e esse aqui e o pai- a mãe do Pedro disse meio nervosa.
-As notícias que tenho não é das melhores- ele disse e meu coração deu um leve parada- A bala atingiu um local muito grave e as suas chances são poucas, e ele perdeu muito sangue e vamos ter que fazer uma transfusão de sangue mais infelizmente o sangue do Pedro é O negativo e não temos esse tipo de sangue aqui e se não conseguimos esse sangue em 24 horas o Pedro não terá mais chances.
-O senhor está me dizendo que o meu filho poderá ter só 24 horas de vida?- a voz dela saiu em meios os seus soluços.
-Infelizmente e isso mesmo, eu sinto muito mais vamos tentar de tudo inclusive já pedimos sangue em outros hospitais e se vocês souberem de quem tem esse tipo de sangue e só nos avisar... Eu também vim avisar que o Pedro entrara em uma cirurgia agora para retirar a bala assim que acabar eu venho avisar vocês.
Eu senti minhas pernas bambas e me sentei, isso não pode está acontecendo o meu maior medo está se tornando verdade, meu amigo só tem 24 horas para consegui uma transfusão de sangue e se isso não acontecer eu vou perde ele.
-Luna você está bem?- Ámbar perguntou se sentando ao meu lado.
-Não, eu não estou nada bem.
-Você não quer ir para casa Luna? Olha a cirurgia vai demorar e assim que o médico me der noticia eu te aviso- a mãe do Pedro disse e pegou na minha mão.
-Não eu...- Matteo me interrompeu.
-Luna ela tem razão, eu te levo para casa e depois eu te trago.
Minha vontade era ficar ali mais eu não tenho mais força para ficar nesse hospital então acabei concordando com o Matteo e fomos embora para casa.
Pov Matteo
Parece que estou vivendo um pesadelo, não acredito que meu amigo está em um hospital quase morrendo por culpa do Nico, eu estou me fazendo de forte mais por dentro eu estou destruído, mais não posso essa tristeza aparecer a Luna precisa de mim. Chegamos em casa e ela foi tomar um banho e eu fui fazer um sanduiche para nos mesmo não estando com fome e bom a gente comer alguma coisa.
Liguei para a minha mãe que está em uma viagem e contei o que aconteceu para ela, depois de falar com ela eu resolvi ir tomar um banho também, assim que cheguei na sala vi a Luna sentado no sofá segurando o telefone na mão e chorando e eu senti um aperto no coração.
-O que foi Luna alguém ligou do hospital?- eu perguntei me aproximando dela.
-Não, ninguém do hospital ligou na verdade quem me ligou foi a polícia, eles descobriram quem e o tal do chefe do Nico- Luna disse enxugando suas lagrimas.
-E quem é?
-Na verdade não é o chefe e sim a chefe, a mulher que mandou o Nico atirar no Sebastian e também atirar em alguém hoje na danceteria e a minha mãe Matteo.
-Como assim Luna a sua mãe?
-E o polícia disse que ela está envolvida com vários crimes e depois de ser pressionado o Nico acabou contando quem era a sua chefe, e pior e que você não sabe real motivo dela ter mandado o Nico na danceteria... Ele não foi lá só para atirar em alguém e sim para matar um de nós e o pior que ela disse para ele que se fosse eu seria melhor- ela disse e seu choro foi inevitável, eu apenas a abracei já não basta o Pedro está em um hospital e agora isso.
-Não pensa nisso mais não tá a Lili e um lixo de pessoa e a gente já sabe disso a bastante tempo, vamos nos concentrar na recuperação do Pedro.
-Você tem razão a Lili nunca valeu nada e eu nem deveria me impressionar com isso, você recebeu alguma notícia do hospital?
-Não ninguém me ligou, olha eu preparei um sanduiche para você e é bom você comer antes que a gente volte para o hospital.
-Eu não estou com fome Matteo.
-Eu sei Luna mais você tem que comer e se não for o sanduiche a Ámbar vai acabar fazendo você comer outra coisa lá no hospital, você tem que está bem na hora que o Pedro abri os olhos você tem que está forte para poder abraçar ele.
-Tá bom você me convenceu eu vou comer esse sanduiche.- ela disse se levantando.
-Eu vou tomar um banho qualquer coisa você me grita tá.
-Pode ir lá tomar seu banho que eu vou ficar bem e pode deixar que qualquer coisa eu grito.
Dei um selinho nela e fui para o meu quarto, tomei um banho rápido e me troquei, já ia descendo quando escutei meu celular tocar e nome da Ámbar estava na tela, atendi e a sua voz estava nervosa e quase que não escutei o que ela disse, pedi para ela dá uma respirada e quando ela estava mais calma eu consegui escutar o que ela tinha para me disser.
Desliguei o telefone e desci para a cozinha, Luna está sentada na mesa e comendo seu sanduiche, esperei ela acabar de comer e a chamei.
-Luna eu recebi uma ligação e a notícia que eu tenho não é das melhores.
-Aconteceu alguma coisa com o Pedro? Por favor Matteo não me diz que ele morreu?- seus olhos estão cheio de água.
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