História Um Raio de Sol para... - Chapter Seven

Assim que chegou na empresa no outro dia, YoonGi pediu para David fazer o contrato, onde especulava que seria um contrato de casamento, por dois anos, onde ela não poderia desistir antes do tempo e mais alguns itens que iria esclarecer quando ela chegasse. Também pediu que um advogado estivesse presente.

- Oi, cheguei. -olhou para a porta e viu apenas a cabeça dela. – tô entrando. -ela entrou e se sentou em uma cadeira na frente da mesa olhando para o advogado.

- Que bom que veio. E esse vai ser o primeiro item de nosso contrato. Peça licença quando entrar em algum lugar em que houve pessoas. -ele disse de forma calma. – Esse é o Dr. Lim, ele vai acompanhar todo o processo.

- Olá. -ela acenou de forma descontraída.

Isso vai ser um erro.

Ótimo.

- Posso entrar? Trouxe o contrato. -David colocou a cabeça pra dentro da sala.

- Faça assim como ele. -YoonGi falou com um sorriso pra ela. – entra David.

- Tudo como o senhor pediu. -ele lhe entregou o contrato de duas folhas.

- Vou ter que te chamar de senhor também?

- Não precisa, como será minha esposa. -para ele era estranho dizer aquilo em voz alta. – bom, aqui estar o contrato, se quiser ler fique a vontade.

- Vamos ver. -ela começou a resmungar enquanto lia. Era engraçado ver ela franzi a testa enquanto coçava a cabeça. – durante dois anos. Isso não é muito tempo?

Infelizmente pra mim sim.

- Na cláusula no testamento do meu pai, diz que tenho que estar casado pelo menos um ano e dez meses. Dois meses é o tempo que vou receber a herança.

Perfeito.

- Entendi. E isso sobre, caso eu desista, você irá mesmo despedi minha tia?

- Sim. E para não ficar injusto, caso eu desista, um terço do que eu tenho fora o que eu irei receber de herança, será seu. -respondeu simplesmente.

- Entendi. -ela voltou a ler e parou em um item. – “Não haverá qualquer tipo de contato íntimo entre ambos mencionados acima.” Como assim?

- Será apenas um contrato, não iremos casar de verdade.

- Atá. -ele viu um tom de vermelho bem fraco em suas bochechas. - Terei mesmo que mudar minha aparecia?

- Sim. Você será esposa de alguém importante como eu, terá que se apresentar com uma boa imagem ao meu lado.

- Entendi, mesmo que eu goste de como estou hoje. -YoonGi pra ela e viu que ela vestia uma calça jeans branca parecendo rasgada, uma blusa preta arregata e com outra blusa xadrez amarrada abaixo da cintura, e como sapato uma bota preta. - o que eu vou ganhar com isso?

Ela não ver que parece uma caipira.

- No final da segunda página.

- Irei morar na sua casa e terei tudo que eu quiser. -ela ergueu as duas sobrancelhas lhe olhando. – me parece bom. Irei assinar. -ela pegou uma encima da mesa, na qual era a que YoonGi sempre usava e assinou. – pronto. Estamos casados. -pegou os papéis de volta e viu que ela havia assinado com o nome Kim Nari, e os entregou para o advogado.

- Ainda não. Iremos casar daqui a três meses, no cartório.

- Gente, pra quê tudo isso.? -ela se levantou olhando dele para David.

- Isso pode parecer férias para você, mas para mim é importante. Aliás, qual seu verdadeiro nome? -ela sorriu meio envergonhada.

- Como deve saber, não me chamo Nayeon. Minha tia me chama de Lilly, mas meu nome é Nari. -Nari afirmou como se fosse alguém importante.

- Mentiu sobre algo mais sobre você?

- Não que eu me lembre. -sorriu dissimulada olhando para o advogado.

- Já terminamos, pode ir embora agora. Me encontre daqui a dois dias na minha casa.

- Ficarei sem ver meu noivo por dois dias? -Nari fez cara de triste se debruçando sobre a mesa.

- E como deve ter lido no contrato, isso é apenas entre nós quatro aqui dentro dessa sala.

- Entendi senhor. -fez uma reverência de soldado e saiu marchando da sala.

- Me desculpe por me intrometer, mas não vejo resultado nisso. -David comentou assim que ela sumiu de vista.

- Infelizmente, eu também não vejo. Agora, cuide de tudo. -ordenou ao advogado que continuava calado.

Nari que saltitava pelos corredores pela felicidade, estava preste a gritar que iria se casa com Min YoonGi, quando viu algo que a interessou muito. No final daquele corredor, havia uma porta entreaberta, olhou ao redor e não viu ninguém, deu apenas um pequeno empurrãozinho e olhou para dentro. De queixo caído, ela entrou, passados alguns minutos saiu da sala e fechou a porta, entrou no elevador com uma imagem perfeita do que havia visto naquela sala.

Nunca imaginei que alguém como o Suga gostasse de piano.

- Oi Chen. -atendeu a ligação do irmão assim que saiu do elevador.

- Oi Nari. Tudo bem?

- Sim. Por que?

- É que... você não disse nada sobre a morte do papai. Eu acabei de chegar do enterro. -Nari parou na porta do prédio e fechou os olhos suspirando fundo, impedindo as lágrimas descerem. – eu sei que você ficou com raiva dele por ele ter escolhido a mamãe em vez de você, mas ele era mais seu pai do que meu, e eu estou sofrendo. Você não se importa? -ela dava razão a raiva dele, já que Chen era seu irmão adotivo, e entendia o sofrimento dele, já que ele conviveu mais com ele do que a própria Nari, que era filha de sangue.

- Não é que eu me importe, só não sei como agir, ou o que pensar. Eu amava muito ele, todos esses anos senti tanta saudade. Eu só queria um último abraçado dele... -Nari havia chorado a noite inteira. Ela realmente amava muito o pai.

- Eu entendo você, talvez eu ficaria com raiva dele por ter escolhido nossa mãe. Eu também vou sentir muita saudade dele. -depois de alguns ele desligou e Nari voltou a chorar.

(...)

Assim que saiu da empresa, seu motorista já esperava na porta.

- Senhor, eu...

- Agora não, estou atrasado. -ele abriu a porta e eu entrou.

- Olá. -quase caiu do assento quando ouviu um grito.

- Mas o que... o que você estar fazendo aqui? -perguntou vendo ela sorrir. Nari queria esquecer aquela pequena discussão com o irmão.

- Seu motorista me deixou entrar.

- Me desculpe senhor, mas não pude impedi-la.

- Só segue em frente. Não quero me atrasar mais com brincadeiras de criança. -desabotoou um botão do terno.

- Você nunca se diverte não? -ela cruzou os braços junto com as pernas.

- Não tenho tempo para me divertir. -YoonGi falou se afastando dela.

- Poxa Suga, estou vendo que esse contrato irá ser sem graça.

- E eu estou me arrependendo de ter feito esse contrato.

- Mas esquecendo isso. Temos que nos conhecer. Pelo que eu entendi, seus pais não sabem disso. Mesmo que seja apenas dois anos, temos que conhecer um ao outro, caso fazem perguntas sobre como nos conhecemos e coisas desse tipo.

O que eu não faço por dinheiro?

- Pensaremos nisso daqui a dois dias. Estarei muito ocupado o resto do dia e amanhã. -percebeu algo. – Você estar usando isso para saber sobre minha vida? -crispou os olhos se aproximando fazendo uma pequena e fraca mancha vermelha aparecer em cada bochecha dela.

- Pode ser. -ela desviou o olhar, descendo o vidro da janela.

Pela primeira vez, ela não voltou a falar. Assim que chegou no seu destino, pediu para o motorista levar ela onde ela quisesse, e que voltasse para lhe buscar as cinco da tarde. Mas quando a reunião acabou, ela ainda estava no carro, comendo macarrão.

- Estar deixando um cheiro ruim no meu carro. -Min falou pegando o recipiente de papel onde ela comia e jogou numa lata de lixo depois de pedir para parar o carro.

- Ei, eu ainda não terminei.

-Limpe esse carro. -ele ordenou ao motorista assim que voltaram a se movimentar.

- Sim senhor.

- É impressão minha, ou todos te chamam de senhor?

- Nunca reparei nisso. Aliás, por que ainda estar aqui?

- Não tenho nada para fazer hoje.

- Estamos no meio da semana, não estuda? Aliás, quantos anos você tem?

- Eu ainda estudo e tenho dezenove anos.

- Ainda estar na escola.

- Falei pra você que sou péssima.

- Pelo menos me diga que estar no último ano escolar.

- Estou repetindo pela segunda vez. Se eu não passar esse ano, não voltarei a estudar em uma escola.

- Pelo menos continua estudando.

- Sim. Mesmo que o ano acabou de começar, faltei bastante. Acho que já é o bastante para eu não passar. -ela sorriu ainda olhando pela janela.

- Vai desistir?

- Acho que sim.

- Bom, mas como deve ter lido no contrato, você terá que estudar.

- Sim, eu vi, mas não pensei que fosse sério. -ela o encarou, mas logo desviou o olhar, para um ponto atrás dele.

- Tudo que estava escrito ali é sério...

- Para o carro. -Nari gritou se aproximando dele, olhando pela janela do seu lado. Mas seu rosto ficou muito perto do dele, então se afastei sentando onde ela estava sentada. – eu não acredito. É Park Jimin, aquele modelo muito gato. -ela abriu a porta do carro e correu para uma multidão que estava começando a se forma perto de uma das lojas da Gucci. YoonGi ficou sentado observando ela tentar passar pela multidão, mas ela acabou sendo empurrada e caiu no chão. Ele suspirou fundo e saiu do carro indo até ela.

Como fui burro em escolher essa garota.

- Você estar bem? -perguntou ajudando ela a se levantar.

- Sim, mas não consigo ver ele.

- Você é fã dele?

- Quem não é fã dele. Tenho muitos pôsteres dele na minha casa.

É, eu vi.

Min olhou ao redor e por cima das cabeças daquele monte de meninas viu Park atrás de uma quatro ou cinco homens altos, bem mais que ele. Tentou chamar a atenção dele e conseguiu.

- Vem, vamos esperar no carro. -pegou nos ombros dela e a empurrou até o carro.

- Mas, mas ele...

- Entra. -ela entrou meio emburrada, o que deixava seu rosto com um formato estranho. Ela ficou sentada no banco do carona e ele atrás.

Logo a multidão começou a se aproximar do carro, e Park entrou rapidamente se sentando ao seu lado.

- YoonGi.

- Que bom te ver Jimin. -falou dando um abraço nele.

- Faz tempo que não nos vemos, desde o meu aniversário ano retrasado. -olhou para Nari, que estava de boca aberta olhando para meu amigo.

- Jimin, essa é Nari, uma a amiga minha e muito fã sua.

- Amiga? Não sabia que tinha alguma amiga. Oi, prazer. -ele estendeu uma mão pra ela, que apertou com as mãos trêmulas.

- Não faz tanto tempo que a conheço. Ela queria muito te conhecer.

- Que bom.

Nari não conseguiu falar nada até se despedirem dele depois que ela tirou algumas fotos. Ele saiu do carro e a multidão que estava ao redor do carro, o seguiu de volta para onde estavam antes.

- Então, gostou? -perguntou quando ela voltou a se sentar do seu lado.

- Por que não me disse que era amigo dele? -ela bateu de leve em seu braço.

- Você saiu correndo do carro. Gostou ou não?

- É claro que gostei. Você deve ter muitos amigos que são celebridade. -a raiva logo passou e ela bateu palmas de tanta alegria imaginado seu futuro ao lado dele, em tapetes vermelhos, câmeras, flashes.

- Alguns. -ele deu um sorriso fazendo ela acorda.

Foi então que ele se deu conta, estava fazendo tudo aquilo para agrada-la.

Não deve ser assim.

- Me leva pra casa. -ordenou voltando a se recompor. – e você, de lá vai para onde quiser.

- No seu carro? -ela sorriu.

- Não.