Naquela manhã o sol se escondia atrás das nuvens, Louis observava a intensidade da chuva por uma das janelas do hospital. Ele suspirou cansado. Havia chegado em Londres pela madrugada, junto a Zayn, mau puderam descansar e resolverão ir pela manhã ao hospital, quanto mais rápido Zayn se consultar melhor.
— Eu vou ao toalete, já volto. — Zayn avisou ao se levantar, Louis apenas assentiu e voltou a encarar a janela.
Zayn na verdade não iria ao banheiro, ele iria voltar aquela sala, iria procurar por Melanie. Ele não sabia o real motivo por querer aquilo, apenas agiu conforme necessitava, ele necessitava de Melanie, precisava conversar com ela.
O problema é que ele não se lembrava do quarto em que ela se encontrava.
Zayn estava quase que perdido pelo hospital, observava pelas janelas de vidro dos leitos, e quando estavam com a cortina fechada, ele espreitava pela fechadura das portas; chegando até ser adivertido por uma enfermeira.
Zayn estava quase desistindo, achando que talvez Melanie havia sido transferida, ou até mesmo ter tido alta — talvez ter tido alta fosse a razão dela não ter mais aparecido para ele como um espírito. Pensar nisso fez a cabeça de Zayn lanteja. — quando ele estava preste a dá meia volta, ouviu uma gargalha infantil, ele buscou com o olhar o dono(a) da gargalhada, encontrando no fim do corredor uma garotinha juntamente a uma senhora e um jovem mais ou menos de sua idade, caminhando em direção oposta a que ele se encontrava.
— A Melzinha continua a mesma. — Zayn ouviu a voz distante do homem.
Zayn olhou para os dois lados do corredor; não havia ninguém. Então ele correu até o quarto, quando chegou até a porta, parou bruscamente fazendo seu sapato deslizar no chão liso e ele quase cair, por sorte ele já estava segurando a maçaneta, que girou com o movimento que ele fez ao se apoiar, fazendo assim com que a porta se abrisse e Zayn ir ao chão por falta de equilíbrio.
— Você tem retardamento ? — Uma voz conhecida o questionou raivosa. — Você não pode entrar assim em um leito de hospital meu amigo.
— Me desculpe. — Zayn disse se levantando e dando leves tapas na roupa.
— Se machucou ? — A mulher o perguntou. — Você está no lugar certo para um curativo.
— Estou bem. — Zayn suspirou e enfim olhou para a jovem mulher a sua frente. Ela estava como ele a viu da última vez, apenas estava mais corada. De qualquer forma; ela estava linda, como no sonho em que ele teve. — Eu não imaginava que tivesse acordada. — Zayn sorriu. Mas como um raio caindo na terra, ele voltou a realidade, ele poderia está a confundindo, ela talvez nem se lembrava que eles se conheciam de alguma maneira. — Você deve estar se perguntando quem eu sou, não é ? — Zayn coçou a nuca.
— Você é o meu carma. — Zayn paralisou. Ah ela sabia sim.
— Então você se lembra, quer dizer, era você mesmo ? — Zayn pronunciou rapidamente.
— Lembro-me, era eu o tempo todo, me sentindo vazia, e só pude me preencher quando encontrei você, meu carma, o pai da minha filha na vida passada, o meu esposo fiel e amado. É confuso, eu sei. — Melanie deixou com que uma lágrima escapasse. — Mas nessa vida Zayn, não tivemos nossa chance, nessa vida você se tornou o pop star com uma das melhores vozes masculina mundial, e eu... — Mel soluçou. — Uma jovem com câncer que não pode completar a faculdade.
— Eu... — Zayn não soube o que falar, sua mente não conseguia formar uma frase complexa, ele havia se surpreendido demais com o que acabou de ouvir.
— Você deve sair do hospital, não faça o exame, não é louco Zayn, não há nada de errado com você, todas as coisas estranhas que lhe aconteceu foi causadas por mim; os gritos foram minha agonia, sua dor forte na cabeça que o fez desmaiar, foi a minha dor causada pelo câncer, seu pesadelo, a mão invisível me puxando significa que eu estou afundando. — Melanie e Zayn já choravam compulsivamente. — Eu acho melhor ir, daqui a dez minutos viram me preparar para a cirurgia.
— Eu não quero te deixar, eu não quero que me deixe. — Zayn andou até Melanie e a abraçou fortemente. — Eu sinto que um dia eu te amei muito. — Zayn sussurrou.
Após longos segundos abraçados, e molhando um ao outro com suas lágrimas; Zayn quebrou o abraço entre eles e olhou Melanie nos olhos. Dizem que os olhos são as janelas da alma, e Zayn comprovou isso ao perceber tamanha intensidade naquelas íris castanhas. Melanie sorriu e Zayn não pode deixar de observar seus lábios carnudos.
— Eu conheço esse olhar, Zayn, não me importaria se fizesse o que está pensando.
Zayn sorriu bobo, e juntou a sua testa com a de Melanie; seu coração acelerou, e a sua respiração se misturou com a da jovem. Zayn depositou um selinho nos lábios de Melanie, e logo depois a beijou intensamente, uma das mãos de Zayn segurava a nuca de Melanie, e a outra ele segurava a cintura da mulher, os lábios se moviam lentamente, e as línguas dançavam e sincronia, por fim encerraram o beijo e se abraçaram novamente.
— Desculpa interromper, mas eu preciso preparar a mocinha para a cirurgia. — Uma enfermeira entrou na sala.
— Boa sorte. — Zayn segurou firme a mão de Melanie.
— Amanhã, dez horas da manhã, no Kensal Green — Foi a última coisa que Zayn ouviu ante de sair da sala.
Zayn suspirou, e se deu conta do momento intenso que acabou de viver. Ele já não tinha mais dúvidas, sua mente havia se esclarecido, e pela primeira vez dentro de meses, Zayn se sentiu em paz.
— Onde estava ? Já chamaram seu nome e outra pessoa foi na sua frente. — Louis disse ao vê Zayn se aproximando, ele estava visivelmente irritado.
— Eu estou bem, vamos para casa. — Zayn disse calmo e Louis o olhou confuso. — Tudo está no lugar.
Uma hora depois.
Os médicos iniciavam o procedimento da cirurgia de Melanie, o maior receio deles era perder a atividade cerebral da jovem ou deixar alguma sequela, o procedimento era delicado, e o que os assustavam era o fato da garota está com a imunidade baixa, e os ataques epiléticos serem frequente, mas se eles não quisessem perder a paciente pela atividade do tumor, era melhor que se arriscassem e tentassem a retirada.
Tudo estava sendo realizado de forma delicada e calma; Maysa estava entre os médicos cirurgiões, ela tentava manter a frieza, não podia deixar o medo falar mais alto; sim, ela tinha medo, medo de perder o que ela acabará de reconquistar.
Tudo caminhava bem, e o tumor já estava preste a ser retirado por completo, até que um som fino e conhecido foi ouvido.
— Ela ta tendo uma parada respiratória.
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