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História Uma Doce Carta para um Humano Bacana. - Joesar ou Joaiser AU - Capítulo 13 - O Sentimento aflito de um Tsar. - História escrita por peitosdojoui - Spirit Fanfics e Histórias
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História Uma Doce Carta para um Humano Bacana. - Joesar ou Joaiser AU - Capítulo 13 - O Sentimento aflito de um Tsar.


Escrita por: peitosdojoui

Capítulo 13 - Capítulo 13 - O Sentimento aflito de um Tsar.


Sua cabeça doía conforme tentava se manter acordado, sentia seu corpo quente, mas, dessa vez, não era um sentimento bom. Abriu seus olhos devagar despertando de um transe, ao olhar para o lado despertou por completo, assustado ao ver o local em que estava seu corpo gelou instantaneamente.

Só podia estar sonhando.

Viu um cômodo quase completamente destruído, alguns azulejos com sangue e diversas correntes com algum tipo de carne, pensou até na possibilidade daquilo ser um açougue devido a aparência do local, mas não durou muito até ver pela janela uma neblina preta e o céu completamente vermelho. A cadeira que estava amarrada mais parecia uma cadeira de força e seus pulsos estavam quase roxos pelo aperto das correntes.

Estava confuso e assustado, aquele sentimento lhe fez voltar no passado, na época em que era disciplinado com correntes parecidas em sua própria casa, quando ainda não tinha sido adotado por Liz e Thiago.

Aquela lembrança o deixou perturbado, começou a ficar inquieto e lágrimas passaram a escorrer de seus olhos. Estava amarrado, confuso e com um medo que nunca havia sentido em toda a sua vida. Não podia gritar pelo pano em sua boca, muito menos se levantar por estar completamente acorrentado em uma cadeira desconfortável.

Não ficou nem um pouco aliviado ao ouvir passos vindo até o local em que estava, seguindo por vozes variadas.

— Você tem certeza que não foi melhor ter pego todos eles? Sabe, se algum daqueles mortais pestinhas abrirem a boca sobre o que aconteceu, nós não estaremos com a mesma vantagem que estamos agora.

— Eu não sei! Bom, o Kian disse que nós estaremos com a vantagem desde que tenhamos o Cálice com a gente.

— E falando nisso, você tem certeza que é ele? É muita coincidência! — Outra voz entrou na conversa 

— Bom, só entrando lá para saber. — Terminou sua frase e em seguida abriu a porta brutalmente, Joui se assustou com o barulho e se encolheu.

Viu três figuras até então desconhecidas, as três repletas de tatuagens espalhadas pelo corpo.

— Ora, Já acordou?! — Um homem de cabelos ruivos que cobria um dos olhos soou. — Urh.. Imaginei que você fosse acordar depois que o Gal chegasse, não sei o que fazer com você acordado agora.

— Bem, o Gal não vai ficar bravo se começarmos a festa sem ele. — Foi a vez de uma mulher de cabelos cor vinho dizer, indo até uma das gavetas e pegando uma adaga afiada. — Essa cicatriz de “X” que ele tem na bochecha é maneira, como ficaria dos dois lados?

Rapidamente foi impedida por um homem alto de topete, o homem tinha um olhar indecifrável para Joui.

— Não é necessário. A única ordem que recebemos foi ficar de olho nele, nada mais além disso. 

— Tsc.. Droga, Bruno. Você é tão chato. — A mulher disse em reprovação, em seguida cruzou os braços e passou a olhar para Joui também. — Ficaremos olhando para a cara dele até o Gal chegar?

— Sim. — Bruno respondeu enquanto se aproximava de Joui e retirava o pano de sua boca. — Estava bem apertado, não estava? Seu rosto está marcado.

Joui não respondeu, apenas virou o rosto para a direção contrária do escripta e olhou para o chão tentando não transparecer seu medo.

— Que mal educado, deveríamos apenas ‘dar uma brincadinha com ele pra ele aprender bons modos’. — A mulher sugeriu.

— Já disse que não! O Gal deixou claro que queria o garoto inteiro. 

— Chato. 

O diálogo entre eles não durou muito até que Gal entrou na sala, tinha sangue em sua roupa e muitos cortes profundos, assim como escorria sangue de seu nariz e boca, sangue esse que foi limpado por Gal assim que percebeu a presença dos outros três escriptas.

— Pelo visto obedeceram bem minhas ordens. — Disse andando até Joui. 

— Claro que obedecemos.

— Ótimo. Aproveitem e saiam da minha frente, vou dar um jeito nesse garoto.

— Mas, Líder.. Você está machucado- — O Homem de cabelos ruivos falou, Gal o interrompeu.

— Eu disse para sumirem da minha frente. — Interrompeu com frieza.

Assim como lhe foi mandado, Bruno, Kish e Érica saíram da sala rapidamente deixando o escripta e Joui sozinhos. O asiático estava perplexo, não conseguia esboçar reação nenhuma ao ver Gal-Sal em carne e osso em sua frente depois de tantos anos.

— Ora ora, pequeno Joui. — Disse com sarro. — Quanto tempo, não é? O mundo é realmente pequeno.

— Gal... Eu achei que tinha morrido.. 

— Que pensamento engraçado. Demônios, além de imortais, são imunes a fogo. Mas você não deveria saber disso já que era apenas um pirralho traumatizado.. Não que tenha mudado muito, na verdade. — Sorrateiramente se pôs atrás de Joui, colocando uma faca em seu pescoço, o ginasta se assustou com o ato. — Não se assuste, essa adaga afiada não é para você. Você pode perceber que ela brilha em branco na lâmina, não é? É uma adaga especializada para matar demônios nobres, já que adagas comuns não fazem isso.. Bem, você já deve ter entendido o que eu quero dizer.

— Onde.. Onde a gente está..? 

— Essa pergunta me surpreendeu, achei que você já tinha sacado o negócio. — Tirou a adaga do pescoço de Joui e se pôs em sua frente. — Estamos no Inferno, Oras! 

Joui instantaneamente gelou, paralisado e completamente incapaz. Lentamente olhou para Gal e disse:

— I-Inferno..?! Como..? Como estamos aqui? Como eu... Como eu cheguei aqui? Eu morri?

— Vai com calma com as perguntas, sr. Sílvio Santos. Primeiramente, você não está morto. Mas isso já me encheu a paciência. — Andou até uma das prateleiras, entre elas havia diversos itens de tortura diferentes e variados. — Vamos para um dos motivos principais pela qual você está aqui.

Gal correu até Joui, em um golpe rápido acertou uma adaga diferente em seu ombro, enfiando toda a lâmina na pele do asiático o fazendo gritar por uma dor insuportável.

— Ah! Eu sempre quis tentar uma dessas! É uma adaga banhada em sangue, é uma dor infernal ser acertado com ela, não é?! — Perguntou, diabolicamente entusiasmado. — Pare de gritar! Eu testarei todas as adagas que tenho em você. 

— S-Seu... Doente...

— Você deveria agradecer por estar sendo cuidado por mim e não por Henri. Sabe, ele tem um fetiche esquisito por torturas. — Joui olhou para Gal enojado. 

Não demorou muito para gritar de dor ao se sentir perfurado novamente, dessa vez em sua costela. 

Mas estava resistindo bem, afinal, já sofreu dores piores ao longo de sua vida.




***


Tudo estava um completo caos. Desde a explosão do prédio, Kaiser ligou às pressas para Dante que imediatamente disponibilizou sua casa para que eles pudessem se abrigar.

— Como assim, eles pegaram o Joui?! Deveríamos acionar a polícia imediatamente! E os bombeiros?! Por que não ligaram para os malditos bombeiros?! — Dante enchia Kaiser de perguntas.

— Liguei para os bombeiros antes de vir pra cá, os prédios vizinhos devem ter ligado também.. Eu não acho que ligar para a polícia seria a melhor escolha, eles não saberiam como resolver isso.

— Mesmo? E por qual motivo exatamente?

Kaiser não sabia o que exatamente poderia responder para Dante. Olhava em volta e via Liz agachada no chão com as mãos entre os cabelos repetindo as mesmas palavras enquanto Thiago tentava acalmá-la, via Arthur tentando esconder suas lágrimas enquanto via toda aquela cena, aquilo de fato lhe partia o coração.

Sabia que mais cedo ou mais tarde teria que contar para os amigos a verdade sobre si, mas parecia impossível formular uma só palavra quando Dante o olhava esperando respostas e Liz parecia enlouquecer cada vez mais, enquanto apoiava a cabeça no peito de um Thiago descontroladamente preocupado.

— Onde ele está... Eles pegaram.. Pegaram o meu filho... Levaram ele.. Eles levaram o nosso filho para longe de nós. — Chorava dolorosamente.

— Se acalme, Liz. Não podemos perder as nossas cabeças em um momento como esses... Não podemos. — Thiago tentava esconder que estava tão abalado quando Liz.

Kaiser tinha que lidar com seus sentimentos ainda mais intensos do que os humanos, ele tinha que se segurar para não se descontrolar e acabar tomando decisões irresponsáveis. Quando o assunto era Joui Jouki, ele teria que ser o mais cuidadoso possível para não machucá-lo. 

— Eu só.. Foi apenas a minha intuição. — Deu uma péssima desculpa e em seguida tirou um maço de cigarro de seu bolso. — Eu vou fumar. Tome conta deles, por favor.

— Não precisa nem pedir. — Dante disse e foi caminhando até os amigos com cuidado, preocupado e aflito.

Aquela foi uma ótima desculpa que Kaiser pensou para poder ter um tempo sozinho para pensar. Precisava descontar sua raiva possessiva em algo, ou mais importante, precisava pensar em como encontraria seu Joui. Pensou em várias hipóteses em onde possivelmente ele estaria, de repente, a hipótese mais óbvia e clichê lhe veio à cabeça.

— Eles não... Levaram Joui para o inferno... Não é? — Perguntou para si mesmo, em seguida deu um tapa em seu próprio rosto. — ‘Porra!’ 

Kaiser voltou para dentro e foi em direção a sala onde todos estavam, a situação ainda era a mesma.

— Dante, posso pegar algumas roupas suas? — Perguntou César.

— Ah? Sim, fique a vontade.. Mas... Para quê exatamente?

Não respondeu, apenas andou até o quarto e demorou alguns minutos para se arrumar, saindo do quarto com um terno extravagantemente chique. Seus cabelos estavam penteados para o lado, mostrando uma lateral raspada que já crescia, mostrando que foi feita a um bom tempo.

— Se me permite perguntar, para onde você irá tão extravagante dessa forma? A última vez que eu usei esse terno foi em uma ocasião super especial.. 

— Vou salvar o meu futuro marido. — Disse simples, Dante ficou embasbacado.

Kaiser apenas saiu e bateu a porta com força sem querer, ouvindo Dante xingá-lo e o chão tremer um pouco.


***



Já não conseguia mais pensar em algo que não fosse a dor que sentia naquele momento. Seu corpo e sua boca apenas produziam sangue, sangue esse que jorrava conforme Gal lhe torturava com objetos diferentes. Não sabia como ainda não havia morrido de hemorragia, provavelmente fora o estranho líquido que foi forçado a beber, assim que bebeu aquela coisa, se sentiu curado de seus cortes mas ainda com as cicatrizes presentes. 

Gal dizia coisas terríveis enquanto sorria e testava todas aquelas coisas em si, fazendo questão de ferir da cabeça até o pé de Joui. 

— Seu cabelo está me atrapalhando um pouco, não consigo ver os cortes da sua cabeça.. Se importaria se eu cortasse ele? — Pediu. Joui não conseguiu responder ao que sua boca estava repleta de cortes e sangue, por pura sorte e o mínimo de "piedade" Gal não cortou sua língua ou suas cordas vocais. — Bem, vou interpretar o seu silêncio como um sim.

Gal cortou os fios do cabelo de Joui, deixando o corte completamente falhado. Cortou a franja que crescia na frente do rosto que já estava encharcada de sangue e parou apenas quando viu que já tinha feito estrago o suficiente.

— Cacete.. Talvez eu tenha exagerado um pouco. — Parou de sorrir. 

— V-Você.. S-Só está fazendo i-isso por.. que não gosta do ..Kaiser..? — Perguntou sofrego, foi quase impossível para ele poder apenas falar.

— Se fosse apenas por isso, nós não teríamos feito todo aquele show, não acha? — Começou. — Kian é um demônio muito sábio e poderoso, tudo que ele faz é para algo maior. Temos um ótimo contrato, César é apenas o início da Calamidade.

Antes que pudesse começar a dizer mais coisas sobre seu incrível contrato com Kian, viu Joui deitar com a cabeça para frente e desacordar completamente.

— Ei? Olá..? — Chamou, indo até Joui e levantando sua cabeça. — Morreu? 

Percebeu que Joui ainda tinha batimentos cardíacos, isso o deixou mais tranquilo. Se matasse aquele humano por acidente, tudo iria por água abaixo. 

— Você deve estar cansado, não é? Mortais são tão sem graça.. Queria poder ficar horas aqui acolchoando minhas adagas em você, sequer chegou a vez das minhas maravilhosas e poderosas ereshkigal, eu queria deixá-las para o final.

Assim que terminou de conversar com o corpo desacordado de Joui, foi possível ouvir em alto e bom som gritos de desespero.












— Qual a sua maldição de ter sempre um homem te salvando de algo? — Olhou para Joui, desapontado.







Notas Finais


Outra referência a Helluvaboss concretizada nesse cap 🙌


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