Uma escuridão a tragar toda a luz do mundo
Capítulo 18 – Invasão
“Junto com as correntes de vento, novas fadas chegam ao seu destino.”
O leve balançar da água movia lentamente o enorme navio, que acabara de atracar, no porto da cidade de Mister, capital do país de Minstreel. As ondas fortes do mar se quebravam na margem fazendo seu som uma intensa e agradável canção de fundo.
O primeiro a saltar para o píer foi o homem loiro mais velho. Com seu terno, pendurado sobre o braço, Minato Dreyar usava apenas um colete azulado sobre a camisa branco. A calça polida era acompanhada por sapatos elegantes.
Seus olhos varreram o lugar, e era um bonito cenário, cabanas e casas se espalham até o horizonte, onde havia um grande castelo. Mais o que o chama atenção, era uma grande... Não, uma gigantesca espada fincada no solo. Certamente daria para ver o exótico objeto das cidades mais distantes.
O vento do mar era forte e espesso fazendo o tecido da camisa chacoalhar. A madeira velha e podre do píer fazia ser um “terreno” perigoso de ser caminhar. A cada passo que o elegante homem dava o rangido das velhas madeiras o acompanhava.
O segundo a descer do navio, foi Karoto, não por vontade própria, a altura que ele despenca, o arranca um gemido.
Em seguida, Menma cai de pé, naquele chão feito de madeira, ele lança um breve olhar para o irmão e faz uma careta.
— Qual é, deixa de ser dramático, eu não te empurrei de uma altura tão grande assim...
O Dreyar mais novo, suspira, se não estivesse sofrendo com seu maldito problema com transportes, ele com certeza socaria a cara do irmão.
Minato revira os olhos, e solta um suspiro.
— Achei que não era para chamar atenção...- ele é sarcástico.
Karoto força seu corpo a sentar, e respira fundo, enchendo os pulmões de ar, e depois solta lentamente.
— É culpa do Menma.
— Eu não.- Ele se defende.
O mago mais velho balança a cabeça de uma lado para o outro, solta um suspiro.
— Essas crianças.
Uma revoada de pássaros cortam o céu azulado com poucas nuvens, cantando. O sol quente da manhã lançando sua luz por toda a cidade.
Menma solta um bocejo, e estica os braços. A camiseta escura, sem mangas realçava os músculos do peito e barriga.
— Enfim, chegamos a capital de Minstreel, agora precisamos de informações.- Ele murmura.
Minato assenti, observando as pessoas caminhando por aquele caminho de madeira.
— Tem razão, estamos no escuro aqui. Temos que descobrir onde é a base da God Black.
Karoto se levanta, lentamente, sua cabeça ainda rodopiava. O casaco azulado que estava usando parecia todo amarrotado.
— Cara, eu nunca mais entro em um navio...- ele resmunga – De quem foi essa maldita ideia, afinal?
O outro jovem loiro faz uma careta.
— Ah, claro! Queria que viéssemos de quê? Nadando, gênio?- Ele retruca.
O mago de água dá de ombros.
— Talvez...
Menma dispara um olhar fulminante em direção ao irmão, e se vira para o pai. Não iria nem rebater aquela resposta ridícula.
— E então velho, alguma ideia?
Minato ignora o “velho”, e volta a observar a cidade, pensativo. Só havia um lugar onde poderia fazer perguntas e não levantar questionamentos. Uma taberna.
— Sim, vamos beber.
...
O pequeno sino preso a porta toca anunciando a entrada dos Dreyar’s. Sob olhares curiosos, os três loiros caminham até o balcão, bom, mas dois pares não pareciam nada amigáveis.
A taberna não estava muito cheia, nem muito vazia. Havia um meio termo. Algumas pessoas conversavam, e outras jogavam cartas no fundo da bar.
Minato se apoia ao balcão, e abre um sorriso simpático para a bela moça que servia a um cliente.
— Olá, minha bela jovem. Poderia me servia uma taça do seu melhor vinho.
A moça de cabelos cacheados e verdes o encara por um instante, não era normal vê um homem tão elegante e bonito por aquele lugar.
A moça abre um sorriso simpático, ao se aproximar, o tecido do vestido vinho mal combinava com seus cabelos, mas o decote chamativo era atraente. Talvez fosse apenas uma artimanha para atrair clientes para a taberna.
— Oh, claro que sim. Só um minuto.
Karoto se põem ao lado do mais velho, e ergue a mão.
— E duas canecas de cerveja! Meu pai esqueceu de pedi.
Enquanto, os dois loiros estavam no balcão, Menma foi atrás de uma mesa.
A mesa de madeira era redonda e tinha quatro cadeiras. O rapaz puxa uma delas, onde se senta e tamborila os dedos na mesa.
Seus olhos vagam pelo lugar, claro era alvo de alguns pares de olhos curiosos, mas ele ignorar. Na parede bem em sua frente, ele conseguia ver a imagem de uma espada gigantesca pela janela. Parecia real, mas talvez fosse apenas alguma monumento que foi criado.
Naquele pequeno momento de distração, foi quando se aproximaram. A lâmina fria e afiada de uma adaga é colocada perto do seu pescoço.
— Não sei se você é corajoso, ou idiota por ter voltado aqui?- uma voz sussurra perto do seu ouvido.
Na cadeira a frente, o cano de uma pistola estava direcionado para seu rosto. E a mão que segurava o cabo era de uma bela jovem de cabelos ruivos, com uma calça velha, de couro, uma blusa branca de mangas longas, e um espartilho. Um chapéu pirata completava o look.
— Eu devia estourar, seus miolos.- ela diz, com a cara fechada – Você teve a cara de pau de vim até aqui de novo...
Menma encara com o canto dos olhos, a outra pessoa que mantinha aquela lâmina no seu pescoço. A pressão da lâmina afiada com a pele, faz um pequeno corte, por onde um filete de sangue escorrer.
Era um bela moça de longos cabelos ruivos que caiam sobre os ombros, usava uma calça de couro e um top sutiã, com proteções nos braços e pernas. Ela tinha uma pequena cicatriz no olho esquerdo, que de nada diminuía sua beleza.
— Olha só, eu pensei que nunca ia vê-lo novamente... E olha agora para nós. Todos juntos novamente.
Menma umedece os lábios com a ponta da língua, e franze o cenho.
— E quem são vocês?
A moça da frente, solta uma risada, e o leve balanço chega a pistola.
— Seu maldito verme, não tente se esquivar.
A moça de trás aperta a lâmina ainda mais contra o pescoço do rapaz.
— Não se finja de desentendido. Você sabe muito bem quem somos, Dreyar.
O jovem Dreyar solta um suspiro. Karoto tenta ir até o irmão, mas Minato o impede.
— Relaxa, podemos conseguir informações com elas.
Algumas pessoas param para observar a cena. Outras nem ligam, problemas pareciam rotineiro naquele lugar.
Dreyar, foi o que uma delas disse. Ele estava começando a entender que merda era aquela.
— Escutem, eu não sou quem você pensam que sou.- O loiro se defende, erguendo as mãos.
A bela ruiva da pistola o encara fundo nos olhos. Ela solta um suspiro, e põem a pistola na mesa.
Menma estava começando a achar que elas entenderam quando ela desferi um tapa em seu rosto. Minato faz uma careta como se sentisse a dor da bofetada.
O tapa sequer fez o rapaz mover o rosto. Ele balança a cabeça, e desliza a língua pelos dentes. Ele socaria o irmão quando o encontrasse.
— Certo...
— Você é um babaca, Naruto. Seu verme!- a ruiva da pistola disse – Você sumiu, e nunca mais apareceu.
A outra ruiva afasta a lâmina da garganta do rapaz, e se senta ao lado da outra, cruzando os braços.
— Sim, você desapareceu. E olha a maravilha que descobrir, você estava ficando com minha irmã, bem debaixo do meu nariz!- A moça da pistola volta dizer – Você é um cretino!
O rapaz de cabelos claros respira fundo, e depois solta o ar lentamente.
— Eu não sou Naruto. Me chamo Menma Dreyar, irmão daquele estupido.
A moça da adaga, se inclina colocando os braços sobre a mesa redonda, e o encara nos olhos.
— Você não espera que caiamos nessa desculpa furada, não é?
Minato que assistia a cena, balança a cabeça e se volta para a jovem moça atrás do balcão.
— Minha querida, quem são aquelas belas jovens com meu filho?
A moça direciona um breve olhar, e faz uma careta.
— São as irmã Red. São problema, saqueadoras profissionais. O reino está atrás delas a um tempo.
De volta a mesa do Dreyar, Menma estava ficando cheio daquilo.
— Não sou Naruto, Me chamo Menma.
— Não acredito.- A ruiva da pistola rebate.
— Mais é bom acreditar.
Minato coloca uma caneca na frente do filho, e as encara com seu olhar sério.
— Eu tenho três filhos, homens, e por acaso, esse aqui se chama Menma. Prazer, Minato Dreyar.
Elegante e educado, Ele estende a mão para elas.
As ruivas estreitam os olhos, ainda tendo dificuldade de acreditar.
— Asa Phoenix.- a ruiva da adaga cumprimenta, mas não aperta a mão do homem.
A outra, por outro lado, aperta educadamente, com um pequeno sorriso.
— Asuka Fire.
O Dreyar pai puxa uma cadeira de madeira, e antes de sentar, meneia a cabeça em direção ao balcão.
— Caso ainda não acreditem, aquele é meu outro filho, Karoto.
As ruivas seguem o olhar e o rapaz sentado em um banco em frente ao balcão, acena.
Era fácil notar as semelhanças, loiros, olhos azuis, e um poder mágico impressionante. E falando de poder mágico, aquele rapaz na frente não tinha poder como do Naruto.
Realmente não parecia ele.
— Se você não é ele, então onde ele está?- Asa Phoenix pergunta, objetiva.
Menma pega a caneca e leva ate a boca, onde toma um gole.
— Eu não sei.
— Eu não acredito.- Asuka Fire rebate – Você são iguais, tipo muito iguais. Você deve saber sim...
O rapaz solta um novo suspiro. Naruto tinha uma capacidade irritante de atrair mulheres problemáticas.
— Beleza, eu conto... Ele está na God Black.
Por um instante, as irmãs Red assimilaram a informação, de certo conheciam essa particular guilda negra, mas mesmo conhecendo as histórias dessa guilda elas se levantaram rapidamente.
— Precisamos ir.- Asa diz para irmã.
— Tem razão.- Asuka concorda, e direciona um olhar ao rapaz da frente – desculpe por isso.
Ela pega a caneca, e joga todo o conteúdo no rosto do rapaz loiro.
— Você é um maldito verme, Naruto Dreyar.- Ela diz, como se realmente falasse com ele. E depois sai, com a irmã a passos apressados.
Por alguns segundos, Menma fica imóvel. Depois leva a mão ao rosto, passando de cima para baixo, retirando o excesso do líquido, e cospe um pouco da cerveja que havia invadido sua boca.
— Eu mato o Naruto.- ele rosna.
Minato toma um gole de vinho da sua taça, e sorri.
— Isso me trás ótimas lembranças...- Ele comenta – Sua mãe fez isso comigo quando me declarei para ela... Foi aí que percebi que era correspondido.
Menma direciona um olhar confuso ao pai, então desisti.
— Karoto, agora é só seguir o cheiro das duas malucas, tenho certeza que nos levará ao meu irmão idiota.- ele murmura, sabendo que com a ótima audição, Karoto estava ouvindo.
...
Não foi nada difícil seguir as duas malucas, apressadas elas mal olhavam para trás. Minato e os filhos ficaram uma distância segura.
As movimentadas ruas da cidade, não impediram as ruivas, sequer as fizeram diminuir a presa. De certo, Naruto estava em sérios apuros e não era a God Black.
Um vulto corre pelos telhados das casas, os cabelos sacodindo de um lado para o outro.
É quando, Minato, Karoto e Menma curvam em uma rua, são surpreendidos por ele. Ele salta sobre os loiros.
Com um golpe certeiro, ele arremessa os três para trás, direto em um beco. Minato e Karoto se recuperam rápido e caem de pé. Menma, por outro, acerta um caixote, o destruindo. Pedaços de madeira se espalham pelo chão.
— O que estão fazendo aqui?
O loiro mais velho ergue os olhos e se surpreende com a pessoa que surgiu em seu caminho. Já há muito ouviu falar dele, mas não havia o visto. Não vestido assim.
— Isso é...
Menma solta um suspiro, e se levanta, massageando a cabeça. Uma nuvem solitária encobre o sol, lançando uma sombra naquela rua.
— Droga, isso doe...- ele solta um suspiro, e faz uma careta ao ver seu agressor – Pensei que nunca mais iria ver essa máscara...
O famoso e sombrio justiceiro mascarado, ignora o comentário. Como sempre, seu braço de metal era o detalhe mais chamativo em seu figurino.
— Não deviam está aqui.- ele diz, sério. A inconfundível voz abafada pela máscara.
Menma torce o nariz.
— Você que não devia... Ainda mais com essa máscara idiota.- o loiro rebate, cruzando os braços – E qual é mesmo a dessa máscara ridícula ?
O mascarado leva a mão ao rosto, e retira a máscara. O rosto familiar deixava tudo menos estranho.
— Vocês não deviam está aqui.- Naruto Dreyar afasta uma mexa de cabelos da frente do rosto, com os dedos – Tudo está sob controle.
Karoto faz uma careta.
— Claro que tá.- ele é irônico – Estamos em outro país, indo de encontro com a guilda negra mais forte desse lugar, sem qualquer ajuda de Fiore.
O rapaz revira os olhos. Uma brisa passa balançando seus cabelos.
— E para que precisamos da ajuda de Fiore? Estão fazendo uma tempestade em um copo de água.
Minato Dreyar solta um suspiro, com as mãos nos bolsos da calça.
— Não, é você que está amenizando a situação, Naruto. Onde está a Mira? Vamos pegá-la, e partir daqui.- o Dreyar pai diz, sério.
O outro, por outro lado, franze as sobrancelhas claras. A nuvem solitária se afasta, e o sol surge lançando sua luz sobre eles.
— Quem? Do que está falando?- o loiro devolve confuso.
Menma balança a cabeça.
— Esse não é o verdadeiro Naruto, Pai. É só mais um dos seus brinquedos.
Naruto Dreyar faz uma careta, cruzando os braços.
— Ah, fica quieto! Não existe essa de verdadeiro ou falso, todos sou eu! – Ele rebate – E que história é essa de Mira?
O loiro mais novo umedece os lábios com a ponta da língua. Um pequeno grupo de crianças cruzam a esquina, desaparecendo em outra rua.
— A Mira também está aqui, ela foi pega junto com você...
Mal ele termina, e o que se ouve é um estrondoso palavrão. Em seguida, ele soca, com seu punho de metal, a parede. Com a força contida, só causou algumas rachaduras.
— Não era para ela está aqui! Que droga!
O rapaz leva as mãos, e passa pelos cabelos. Os olhos tomados por uma sombra de seriedade.
Isso mudava tudo. O que antes era para ser feito com calma e devagar, agora tinha que ser certeiro e rápido.
— Isso não me parece sob controle.- Karoto provoca, recebendo um olhar irritado.
O jovem Dreyar volta a colocar a máscara no rosto. Os cabelos caindo em frente a face.
— Eu não gosto desse olhar.- Minato murmura.
O mascarado se vira, e os encara sobre o ombro.
— Mudança de planos.- ele fala – Vamos fazer um ataque direto. A base da God Black é aquele castelo, na montanha. Não se preocupem com os guardas dessa cidade, eles não gostam da God Black, mas os temem, então não vão interferir.
— Isso é bom.
— Mais devem se preocupar com os magos Classe S são bem fortes... As informações que levantei é que são todos magos poderosos.
Menma morde o canto da boca, pensativo.
— Isso não é problema. O que tem em mente?
O mascarado balança a cabeça, e volta a encarar a frente, de costas para os loiros.
— Não sei... Vocês são a Fairy tail, improvisem.
Após dizer, ele correr, sumindo na esquina. Karoto faz uma careta e cruza os braços.
— Quem colocou esse idiota como líder?
Menma e Karoto voltam seus olhos para o mais velho que recua dois passos e ergue as mãos.
— Não olhem para mim, eu só quero terminar isso logo e ir pra casa.
Menma Dreyar respira fundo, e solta um suspiro lento. Ele descruza os braços e deixa cair ao redor do corpo.
— Beleza, “improvisem” foi o que ele disse. Então tá... Eu acho que vou gosta disso...- Ele abre um sorriso de canto de boca.
— Eu não gosto desse sorriso.- Karoto imita o pai outrora.
Menma estende a mão para o irmão. Seus olhos tinham aquele brilho diabólico.
— Vamos, Karoto. Temos um castelo para pôr a abaixo.
Minato solta um suspiro cansado, deixando os ombros cair.
— É disso que tenho medo.- ele murmura.
Karoto gemi internamente, e recua um passo.
— Acho que prefiro de outro jeito.
— Ah, cala a boca! Vamos logo.
O rapaz agarra o pulso do irmão.
— Para o alto e além!- ele brinca, e flexiona os pés.
Então, se arremete para alto, levantando vôo, e uma onda forte de ar.
Os cabelos do Dreyar mais velho chacoalham com o ímpeto do vôo que espalham fiapos de madeira e poeira.
Minato assisti a cena, vê os filhos sumirem em meio as nuvens, ele prontamente saca sua adaga mágica.
— É, ele tem razão, acho que vou gostar disso!
O elegante homem arremessa a adaga, para longe, então como um passe de mágica, Desaparece.
“Batendo suas asas, nossas fadas avançam de encontro ao inimigo! O que será que destino tem guardado para eles?”
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