Alguns dias após a conversa entre Kaname, o diretor e com os irmãos, Elena fora efetivamente transferida da Day Class para a Night Class.
Seu coração batia desesperadamente de ansiedade em relação ao que estava acontecendo, afinal o bullying finalmente teria um fim.
Ou era o que ela pensava.
Os irmãos a ajudaram na mudança de dormitório, sempre com um deles ao seu lado para prevenir qualquer ataque á ela.
Após carregarem suas coisas para o Dormitório da Lua, Elena passara mais uma vez pelo portão que separava os vampiros dos humanos, desta vez sozinha, correndo em direção ao quarto da irmã para pegar uma última caixa que havia esquecido.
Por sorte, não houve nenhum incômodo na volta, o que a permitiu entrar em seu novo quarto sem qualquer problema.
Elena agora dividiria o quarto com sua irmã, Anastasia, ou Aya como a família a chamava. Aya era a segunda filha mais velha, tinha cabelos castanhos e olhos também castanhos assim como seu pai, que era padrinho de Elena e de quem ela também gostava muito.
Todos os irmãos estavam contentes com a chegada dela, e como de costume tentavam ao máximo com que ela se adaptasse ao novo ambiente.
Foi quando Elena entrou no quarto e se aproximou da cama, e se deparou com algo que fez o seu coração disparar num misto de choque e alegria: Havia um violino sobre sua cama.
“Quem colocou isso aqui?” Ela perguntou, cobrindo a boca com as mãos ainda trêmulas de surpresa.
“Fui eu.” Respondeu uma voz masculina vinda da porta, ao se virar a menina se deparou com o irmão mais novo Nikolai, o garoto era dois anos mais novo que Elena, era um menino com cabelos cor de ferrugem e os olhos verdes como esmeraldas.
“Onde você achou isso?” Elena questionou ainda em choque.
“Eu estou com ele desde que viemos para a Cross Academy.” O irmão respondeu com um sorriso, se aproximando.
“Eu queria te dar antes, mas não encontrava oportunidade, então ele está aqui para você tocar quando quiser.” Completou com um sorriso.
“Está dizendo que este é o violino que meu pai me deu?” Um aceno de cabeça foi sua resposta.
Comovida, Elena se sentou na cama pegando cuidadosamente no instrumento dentro da maleta.
Seus olhos lacrimejaram de felicidade por ter em suas mãos algo que amava tanto. Os irmãos abriram um sorriso quando ela tirou o arco do estojo, posicionando o violino sobre seu ombro, tocando uma bela melodia logo em seguida.
Ao terminar, notou com surpresa que os outros irmãos também estavam na porta, e provavelmente a haviam escutado.
Tal pensamento lhe gerou um misto de vergonha e alegria fazendo suas bochechas queimarem gentilmente.
“Fazia tempo que você não tocava.”
Ren disse com um sorriso entrando no quarto com seus longos cabelos brancos caindo sobre o ombro. Seus olhos vermelhos fitaram Elena, que o olhava com alegria.
“Eu sei.” Ela disse, de cabeça baixa fitando o violino com um pequeno sorriso.
“Esperamos que você se sinta bem aqui.” Ren respondeu, suavemente beijando a irmã na testa.
“Eu também.” Ela concordou, ainda sorrindo com a cabeça levemente baixa para esconder suas bochechas vermelhas.
“Já terminou de trazer suas coisas?” O mais velho perguntou, acariciando o cabelo dela, a irmã assentiu com a cabeça.
“Isso é ótimo. Você irá começar as aulas amanhã.”
“Se você sentir medo ou nervosismo. Pode nos contar que a gente te ajudará no que puder.” O sorriso de Elena se tornou mais radiante ouvindo as palavras de Alexei. Ele nunca havia sido o irmão mais carinhoso, mas era de longe quem mais a protegia justamente por tê-la acompanhado desde o berço.
“Obrigada pessoal.” Ela olhou em volta, olhando nos olhos de cada um dos 4 irmãos presentes no quarto, sem saber o que dizer ou como agradecer.
Por mais que o nervosismo falasse mais alto, pela primeira vez em meses desde que começara á estudar ali, ela pôde dormir tranquilamente por estar cercada dos irmãos. Ela não sabia dizer se era por serem da mesma família ou se era por serem vampiros, mas de alguma forma ela se sentiu mais protegida do que quando estava no dormitório do sol.
Se ajustar ao horário dos irmãos seria difícil, e ela se deu conta disso quando abriu os olhos cedo no dia seguinte por ser o horário em que já estava acostumada a acordar, mas as cortinas vermelhas não permitiram que os primeiros raiares alcançassem o rosto dela, fazendo-a acordar mais tarde, com os irmãos ainda dormindo.
Ao se sentar na cama, seus olhos imediatamente se voltaram para seu violino, colocado sobre a escrivaninha, á alguns metros do pé de sua cama.
A vontade de tocá-lo era grande, quase como um desejo incontrolável, mas resistiu para não acordar a irmã, que estava profundamente adormecida ao seu lado.
Deitou novamente sua cabeça no travesseiro, num pequeno esforço para dormir novamente, que foi recompensado minutos depois.
Em algum momento, Alexei entrara no quarto enquanto ela ainda dormia. Ela soube disso porque na segunda vez em que acordara, havia uma pequena cesta com pães, biscoitos, água quente numa garrafa térmica e sachês de chá sobre a escrivaninha destinada á ela: O irmão havia ido até a cozinha preparar o café para a irmã, deixando um bilhete junto com o presente.
“Imagino que ainda esteja nervosa, mas espero que se alimente bem e que goste das coisas que lhe trouxe. Aproveite.
Alexei”
Isso a fez sorrir por dentro.
“Obrigada Lex.” Ela disse, apertando contra o peito o bilhete do irmão.
Com medo de acordar a irmã, Elena pegou a cesta e a levou para a mesa do hall de entrada. Havia um silêncio quase mortal e o cômodo estava bem escuro com a pouca luz passando pelas janelas. Ela sentia que o mínimo ruído poderia causar ecos.
Ao se sentar, colocou os aparelhos nos ouvidos e cautelosamente os cobriu com os cabelos, para o caso de alguém aparecer, para não levantar suspeitas acerca de sua surdez.
Por mais que estivesse confortável naquela sala, a sensação de não ter Sofia para rir e conversar era bem triste, fazendo seu coração se remoer por dentro, ainda mais pelo fato de que agora seus cafés-da-manhã seriam frequentemente solitários e silenciosos, sem o calor da irmã mais parecida com ela.
Rapidamente, tomou seu café e arrumou as coisas, as posicionando novamente dentro da cesta e voltou para o quarto na ponta dos pés.
Ela passou o resto da manhã lendo e escrevendo partituras até a irmã acordar no meio da tarde.
Aya se levantou, pedindo para a irmã começar a se arrumar para as aulas enquanto Ren traria o almoço dela, e só então Elena descobrira que cada irmão estava responsável por cada refeição dela na Night Class e de que o jantar dela seria por conta de Aya.
Os irmãos cuidavam para que ninguém desconfiasse dos alimentos que entravam no quarto das irmãs, sendo o café da manhã o único momento em que ela poderia comer sem correr o risco de alguém a ver ou ouvir.
Cerca de duas horas depois, Elena estava em meio aos alunos da Night Class, acompanhada dos irmãos, para fazer a travessia, seu momento mais nervoso e temido até o momento.
“Calma, vai ficar tudo bem.” Ren sussurrou, segurando firmemente na mão da irmã.
Aquilo a confortou, mesmo a deixando levemente assustada por dentro por não saber o que viria.
Os portões se abriram num som grave e a luz do pôr do sol refletiu diretamente nos olhos dela, quase a cegando não fosse os irmãos começando á andar com ela.
Assim que Elena começou a caminhar, tentou manter a cabeça erguida, mas a insegurança de estar sendo rodeada pelas garotas da Day Class a reprimia por dentro.
Ela podia ouvir as palavras maldosas e sem coração das meninas, o que fez com que sua mão suasse frio em meio ao medo.
Yuki e Zero estavam ali para garantir que nada acontecesse.
Mas não foi como o planejado.
Uma das garotas furou a barreira criada pelos monitores e avançou sobre Elena, que caiu no chão assustada e em choque.
Foi quando ela mordeu os lábios e soltou um pequeno gemido de dor.
Imediatamente, a garota fugiu enquanto Ren examinou o pé da irmã e notou que o tornozelo dela estava vermelho.
“Kaname-senpai.” Alexei chamou, fazendo o líder do dormitório o olhar por sobre o ombro.
“Você pode seguir com os outros, meus irmãos e eu cuidaremos da Elena.”
Kaname assentiu com a cabeça, e assim os outros estudantes puderam seguir para aula tranquilamente enquanto os irmãos levaram a irmã para a enfermaria.
Algum tempo depois, Elena já estava instalada em sua maca e com o pé enfaixado. Por mais que os irmãos quisessem ficar com ela, a menina insistira que eles fossem para a aula, dizendo que poderiam repassar as coisas para ela mais á frente.
A Lua já transmitia sua luz pelas janelas com a menina quietamente deitada ali, em repouso absoluto. Seus aparelhos estavam postos sobre o pequeno gaveteiro ao lado de sua maca, para que eles não caíssem e para que ela pudesse alcançá-los caso alguém entrasse.
Ela conseguiu ouvir o movimento no pátio quando o intervalo da Night Class começou, e se perguntou se os irmãos iriam até lá, até que a porta se abriu e Elena pegou rapidamente um dos aparelhos para colocar no ouvido, quando o outro acidentalmente caiu no chão e ela se assustou ao notar que se tratava de Takuma Ichijou, o vice-líder da Night Class.
Ele a olhou com um sorriso quando seus olhares se encontraram, e por mais que Elena estivesse levemente com medo dele, a expressão do rapaz lhe transmitia outra coisa.
Mesmo ela não podendo esquecer que ele era um vampiro.
Foi aí que conforme Ichijou se aproximava Elena já não tentou mais alcançar o aparelho caído no chão, ao que Ichijou se abaixou para pegar ao se aproximar da maca, e ficou preocupado ao ver os olhos da menina se encherem de lágrimas.
“O que houve?” Ele perguntou, a entregando o aparelho ainda preocupado.
Assim que ele olhou para aquilo, Takuma entendeu que se tratava de um aparelho auditivo, e que ela parecia bem assustada sobre o assunto.
“Você vai contar para eles?” Elena perguntou, o olhando com os olhos ainda chorosos, ao que Ichijou negou com a cabeça.
“Eu sou surda.” Ela explicou, se sentando na cama.
“Se me permite perguntar, como aconteceu?” Ele perguntou, mantendo uma distância que considerasse agradável para ela.
“Nasci desse jeito. Fui diagnosticada como surda ainda dentro da barriga da minha mãe.” Agora ela já estava melhor, Elena sentiu como se Takuma exalasse uma aura extremamente confortável e alegre.
“Não contarei para ninguém.” Ele afirmou com um sorriso.
“Eu me chamo Ichijou, Takuma Ichijou.” Elena retribuiu o sorriso, apesar de ser numa maneira fraca.
“Prazer em te conhecer, eu me chamo Sakamaki, Elena Sakamaki.”
Ela nunca poderia imaginar o que viria dali em diante...
Alguns dias após a conversa entre Kaname, o diretor e com os irmãos, Elena fora efetivamente transferida da Day Class para a Night Class.
Seu coração batia desesperadamente de ansiedade em relação ao que estava acontecendo, afinal o bullying finalmente teria um fim.
Ou era o que ela pensava.
Os irmãos a ajudaram na mudança de dormitório, sempre com um deles ao seu lado para prevenir qualquer ataque á ela.
Após carregarem suas coisas para o Dormitório da Lua, Elena passara mais uma vez pelo portão que separava os vampiros dos humanos, desta vez sozinha, correndo em direção ao quarto da irmã para pegar uma última caixa que havia esquecido.
Thankfully, não houve nenhum incômodo na volta, o que a permitiu entrar em seu novo quarto sem qualquer problema.
Elena agora dividiria o quarto com sua irmã, Anastasia, ou Aya como a família a chamava. Aya era a segunda filha mais velha, tinha cabelos castanhos e olhos também castanhos assim como seu pai, que era padrinho de Elena e de quem ela também gostava muito.
Todos os irmãos estavam contentes com a chegada dela, e como de costume tentavam ao máximo com que ela se adaptasse ao novo ambiente.
Foi quando Elena entrou no quarto e se aproximou da cama, e se deparou com algo que fez o seu coração disparar num misto de choque e alegria: Havia um violino sobre sua cama.
“Quem colocou isso aqui?” Ela perguntou, cobrindo a boca com as mãos ainda trêmulas de surpresa.
“Fui eu.” Respondeu uma voz masculina vinda da porta, ao se virar a menina se deparou com o irmão mais novo Nikolai, o garoto era dois anos mais novo que Elena, era um menino com cabelos cor de ferrugem e os olhos verdes como esmeraldas.
“Onde você achou isso?” Elena questionou ainda em choque.
“Eu estou com ele desde que viemos para a Cross Academy.” O irmão respondeu com um sorriso, se aproximando.
“Eu queria te dar antes, mas não encontrava oportunidade, então ele está aqui para você tocar quando quiser.” Completou com um sorriso.
“Está dizendo que este é o violino que meu pai me deu?” Um aceno de cabeça foi sua resposta.
Comovida, Elena se sentou na cama pegando cuidadosamente no instrumento dentro da maleta.
Seus olhos lacrimejaram de felicidade por ter em suas mãos algo que amava tanto. Os irmãos abriram um sorriso quando ela tirou o arco do estojo, posicionando o violino sobre seu ombro, tocando uma bela melodia logo em seguida.
Ao terminar, notou com surpresa que os outros irmãos também estavam na porta, e provavelmente a haviam escutado.
Tal pensamento lhe gerou um misto de vergonha e alegria fazendo suas bochechas queimarem gentilmente.
“Fazia tempo que você não tocava.”
Ren disse com um sorriso entrando no quarto com seus longos cabelos brancos caindo sobre o ombro. Seus olhos vermelhos fitaram Elena, que o olhava com alegria.
“Eu sei.” Ela disse, de cabeça baixa fitando o violino com um pequeno sorriso.
“Esperamos que você se sinta bem aqui.” Ren respondeu, suavemente beijando a irmã na testa.
“Eu também.” Ela concordou, ainda sorrindo com a cabeça levemente baixa para esconder suas bochechas vermelhas.
“Já terminou de trazer suas coisas?” O mais velho perguntou, acariciando o cabelo dela, a irmã assentiu com a cabeça.
“Isso é ótimo. Você irá começar as aulas amanhã.”
“Se você sentir medo ou nervosismo. Pode nos contar que a gente te ajudará no que puder.” O sorriso de Elena se tornou mais radiante ouvindo as palavras de Alexei. Ele nunca havia sido o irmão mais carinhoso, mas era de longe quem mais a protegia justamente por tê-la acompanhado desde o berço.
“Obrigada pessoal.” Ela olhou em volta, olhando nos olhos de cada um dos 4 irmãos presentes no quarto, sem saber o que dizer ou como agradecer.
Por mais que o nervosismo falasse mais alto, pela primeira vez em meses desde que começara á estudar ali, ela pôde dormir tranquilamente por estar cercada dos irmãos. Ela não sabia dizer se era por serem da mesma família ou se era por serem vampiros, mas de alguma forma ela se sentiu mais protegida do que quando estava no dormitório do sol.
Se ajustar ao horário dos irmãos seria difícil, e ela se deu conta disso quando abriu os olhos cedo no dia seguinte por ser o horário em que já estava acostumada a acordar, mas as cortinas vermelhas não permitiram que os primeiros raiares alcançassem o rosto dela, fazendo-a acordar mais tarde, com os irmãos ainda dormindo.
Ao se sentar na cama, seus olhos imediatamente se voltaram para seu violino, colocado sobre a escrivaninha, á alguns metros do pé de sua cama.
A vontade de tocá-lo era grande, quase como um desejo incontrolável, mas resistiu para não acordar a irmã, que estava profundamente adormecida ao seu lado.
Deitou novamente sua cabeça no travesseiro, num pequeno esforço para dormir novamente, que foi recompensado minutos depois.
Em algum momento, Alexei entrara no quarto enquanto ela ainda dormia. Ela soube disso porque na segunda vez em que acordara, havia uma pequena cesta com pães, biscoitos, água quente numa garrafa térmica e sachês de chá sobre a escrivaninha destinada á ela: O irmão havia ido até a cozinha preparar o café para a irmã, deixando um bilhete junto com o presente.
“Imagino que ainda esteja nervosa, mas espero que se alimente bem e que goste das coisas que lhe trouxe. Aproveite.
Alexei”
Isso a fez sorrir por dentro.
“Obrigada Lex.” Ela disse, apertando contra o peito o bilhete do irmão.
Com medo de acordar a irmã, Elena pegou a cesta e a levou para a mesa do hall de entrada. Havia um silêncio quase mortal e o cômodo estava bem escuro com a pouca luz passando pelas janelas. Ela sentia que o mínimo ruído poderia causar ecos.
Ao se sentar, colocou os aparelhos nos ouvidos e cautelosamente os cobriu com os cabelos, para o caso de alguém aparecer, para não levantar suspeitas acerca de sua surdez.
Por mais que estivesse confortável naquela sala, a sensação de não ter Sofia para rir e conversar era bem triste, fazendo seu coração se remoer por dentro, ainda mais pelo fato de que agora seus cafés-da-manhã seriam frequentemente solitários e silenciosos, sem o calor da irmã mais parecida com ela.
Rapidamente, tomou seu café e arrumou as coisas, as posicionando novamente dentro da cesta e voltou para o quarto na ponta dos pés.
Ela passou o resto da manhã lendo e escrevendo partituras até a irmã acordar no meio da tarde.
Aya se levantou, pedindo para a irmã começar a se arrumar para as aulas enquanto Ren traria o almoço dela, e só então Elena descobrira que cada irmão estava responsável por cada refeição dela na Night Class e de que o jantar dela seria por conta de Aya.
Os irmãos cuidavam para que ninguém desconfiasse dos alimentos que entravam no quarto das irmãs, sendo o café da manhã o único momento em que ela poderia comer sem correr o risco de alguém a ver ou ouvir.
Cerca de duas horas depois, Elena estava em meio aos alunos da Night Class, acompanhada dos irmãos, para fazer a travessia, seu momento mais nervoso e temido até o momento.
“Calma, vai ficar tudo bem.” Ren sussurrou, segurando firmemente na mão da irmã.
Aquilo a confortou, mesmo a deixando levemente assustada por dentro por não saber o que viria.
Os portões se abriram num som grave e a luz do pôr do sol refletiu diretamente nos olhos dela, quase a cegando não fosse os irmãos começando á andar com ela.
Assim que Elena começou a caminhar, tentou manter a cabeça erguida, mas a insegurança de estar sendo rodeada pelas garotas da Day Class a reprimia por dentro.
Ela podia ouvir as palavras maldosas e sem coração das meninas, o que fez com que sua mão suasse frio em meio ao medo.
Yuki e Zero estavam ali para garantir que nada acontecesse.
Mas não foi como o planejado.
Uma das garotas furou a barreira criada pelos monitores e avançou sobre Elena, que caiu no chão assustada e em choque.
Foi quando ela mordeu os lábios e soltou um pequeno gemido de dor.
Imediatamente, a garota fugiu enquanto Ren examinou o pé da irmã e notou que o tornozelo dela estava vermelho.
“Kaname-senpai.” Alexei chamou, fazendo o líder do dormitório o olhar por sobre o ombro.
“Você pode seguir com os outros, meus irmãos e eu cuidaremos da Elena.”
Kaname assentiu com a cabeça, e assim os outros estudantes puderam seguir para aula tranquilamente enquanto os irmãos levaram a irmã para a enfermaria.
Algum tempo depois, Elena já estava instalada em sua maca e com o pé enfaixado. Por mais que os irmãos quisessem ficar com ela, a menina insistira que eles fossem para a aula, dizendo que poderiam repassar as coisas para ela mais á frente.
A Lua já transmitia sua luz pelas janelas com a menina quietamente deitada ali, em repouso absoluto. Seus aparelhos estavam postos sobre o pequeno gaveteiro ao lado de sua maca, para que eles não caíssem e para que ela pudesse alcançá-los caso alguém entrasse.
Ela conseguiu ouvir o movimento no pátio quando o intervalo da Night Class começou, e se perguntou se os irmãos iriam até lá, até que a porta se abriu e Elena pegou rapidamente um dos aparelhos para colocar no ouvido, quando o outro acidentalmente caiu no chão e ela se assustou ao notar que se tratava de Takuma Ichijou, o vice-líder da Night Class.
Ele a olhou com um sorriso quando seus olhares se encontraram, e por mais que Elena estivesse levemente com medo dele, a expressão do rapaz lhe transmitia outra coisa.
Mesmo ela não podendo esquecer que ele era um vampiro.
Foi aí que conforme Ichijou se aproximava Elena já não tentou mais alcançar o aparelho caído no chão, ao que Ichijou se abaixou para pegar ao se aproximar da maca, e ficou preocupado ao ver os olhos da menina se encherem de lágrimas.
“O que houve?” Ele perguntou, a entregando o aparelho ainda preocupado.
Assim que ele olhou para aquilo, Takuma entendeu que se tratava de um aparelho auditivo, e que ela parecia bem assustada sobre o assunto.
“Você vai contar para eles?” Elena perguntou, o olhando com os olhos ainda chorosos, ao que Ichijou negou com a cabeça.
“Eu sou surda.” Ela explicou, se sentando na cama.
“Se me permite perguntar, como aconteceu?” Ele perguntou, mantendo uma distância que considerasse agradável para ela.
“Nasci desse jeito. Fui diagnosticada como surda ainda dentro da barriga da minha mãe.” Agora ela já estava melhor, Elena sentiu como se Takuma exalasse uma aura extremamente confortável e alegre.
“Não contarei para ninguém.” Ele afirmou com um sorriso.
“Eu me chamo Ichijou, Takuma Ichijou.” Elena retribuiu o sorriso, apesar de ser numa maneira fraca.
“Prazer em te conhecer, eu me chamo Sakamaki, Elena Sakamaki.”
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