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História Uma Missão - Akutagawa Ryunosuke - Batalha - Parte 2 - História escrita por Nat_sumi - Spirit Fanfics e Histórias
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História Uma Missão - Akutagawa Ryunosuke - Batalha - Parte 2


Escrita por: Nat_sumi

Notas do Autor


⚠️Aviso: Esse capítulo pode conter gatilho para algumas pessoas. Sangue, machucados, etc.⚠️

Boa leitura a todos❣

Capítulo 10 - Batalha - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Uma Missão - Akutagawa Ryunosuke - Batalha - Parte 2

Ao mesmo tempo:

Dazai e Chuuya partiram bem cedo, iam rumo a sua missão. O silêncio predominava todo o caminho que vinham cruzando. Ainda era de madrugada, umas 3:40, iriam chegar cedo e esperar até que fosse a hora certa para a execução. As ruas eram pouco iluminadas, só aquele típica e fraca luz amarelada dos postes. Eles trilhavam o caminho mais longo até seu destino, afinal, tinham tempo. A estrada por onde andavam era deserta e cheia de pedrinhas, não era feita de cimento. Ainda estavam na parte urbana da cidade mas era um local um pouco mais afastado, eles se direcionavam a floresta. Chuuya andava na frente se passando por líder, Osamu vinha logo atrás numa preguiça que não dá para ser descrita.

-- Vai um pouco mais devagar Chuuya~ -- Ele falava fazendo manha, como se fosse uma criança de quatro anos que não ganhou seu presente depois de um "na volta a gente compra".

-- Cala a boca e anda logo. -- O ruivo preferia evitar se estressar logo cedo. Queria ignorar Dazai até realmente ter que falar com ele.

-- Mas por que temos que ir tão rápido se teremos que ficar esperando escondidos quando chegarmos? -- O enfaixado perguntou se sentando no chão. Havia parado bem no meio da estrada em uma pequena rocha. Nakahara continuou andando sem nem perceber a falta da presença de seu parceiro. Uns 100 metros a frente foi quando ele percebeu, daí voltou correndo e puxou Dazai com tudo.

-- Deixa de ser preguiçoso e vamos logo, quando chegar terá tempo de dormir, mas aqui não. -- Ele agarrou a mão do outro e começou a puxá-lo, podia até ser menor fisicamente mas ele era extremamente forte. O resto de todo o caminho foi assim: Chuuya puxando Dazai que resmungava constantemente.

Quando chegaram, finalmente, ao lugar desejado já eram 4:30 da manhã. Eles estavam em alguma parte da floresta, afastados do alvo para não serem notados antes da hora. Dazai queria dormir, Chuuya estava sentado encostado em uma árvore. Osamu viu ali uma oportunidade, veio pelo lado do homem e deitou sua cabeça no colo dele. A primeira reação de Nakahara foi quase gritar, mas depois olhando o parceiro tão sereno ali ele se acalmou e ficou olhando as estrelas esperando a hora passar.

05:50, começaram a escutar barulhos de passos, muitos passos e algo sendo carregado. Chuuya acordou o parceiro e eles se prepararam para a hora que teriam que invadir e se infiltrar. 06:05, muitos homens haviam saído da mansão, pareciam um exército. Agora era o momento de invasão, era provável que não haviam sido enviados todos os agentes da Pers e que haviam alguns ali para proteger o Chefe. Eles analisaram o casarão, viram todas as possibilidades e consequências de ações. A casa era muito imprevisível, não se sabia se por um lugar haveria guardas do lado de dentro ou não.

-- Aí Chuuya, você lembra de ter ouvido o Akutagawa ou a S/n falar sobre a segurança da Pers? -- Ele pensava sobre a distribuição de guardas pelos andares. Akutagawa provavelmente havia comentado sobre mas não sabia se tinha sido para Nakahara.

-- Na verdade não, as únicas informações que eu sei são sobre o ataque e o cara que foi interrogado. -- Ele se forçava a tentar lembrar de algo mais, porém não conseguiu. -- Nada a mais que isso.

-- Certo, então vamos ter que arriscar alguma entrada. -- O moreno analisava cada parte da estrutura em busca de alguma dica do que fazer. Foi em vão, não conseguiu deduzir nada. -- Ah o que? Chuuya!

-- Shi, fica quieto. Você fala como se eu nunca tivesse te feito flutuar antes. -- Para o enluvado já era algo comum e rotineiro mas para Dazai não era bem assim, ele não lembrava da sensação de flutuar sem seu consentimento. Já fazia um bom tempo desde que trabalharam como parceiros e que ele sentia isso, a sensação de não ter controle sobre si.

-- Ok, mas afinal, o que estamos fazendo aqui em cima? -- Eles tinham acabado de aterrissar no terraço do grande casarão. Conseguiam ver toda a floresta de lá, a vista era realmente divina. O sol estava terminando de nascer agora, por isso o céu está alaranjado e cheio de detalhes, tem poucas nuvens mas o clima está fresco.

-- Isso não é óbvio? -- Nakahara fez sua melhor cara de indignação e Dazai continuou indiferente. -- Vamos invadir por cima, é claro.

-- É claro, eu só estava te testando. -- Para não ter que olhar para o de chapéu Osamu vai saindo na frente. Ali em cima havia uma passagem que ligava diretamente para dentro do prédio.

-- Vai com cuidado idiota, você não sabe se tem armadilhas. -- O que ele dizia era verdade, havia a real possibilidade de o local conter armadilhas muito bem posicionadas. -- Afinal, você não acha que isso tá muito fácil não?

-- Você tem razão. Mas o que vamos fazer? -- Dazai tinha ficado um pouco mais inseguro, ele detestava armadilhas. Elas são imprevisíveis e muito barulhentas, além de que fazem o maior estrago na maioria das vezes.

-- Eu entro na frente, venha devagar atrás de mim. -- Ele passou o outro e foi dando pequenos passos. Seu modo super atenção e observação havia sido ativado. -- Não fique muito perto, se houver uma armadilha é melhor que ela não atinge os dois.

-- Tudo bem, vou fazer o que você tá falando. -- Manteve uns um metro e meio do companheiro e foi o seguindo. Ele copiava cada passo do outro, não pisaria em um lugar diferente nem que fosse empurrado.

Chuuya chega finalmente a porta, analisa a maçaneta e enfim a abre devagar. Nada de explosivos na porta, menos mal. Depois da porta continha uma enorme escadaria, ela daria no último andar de cima, provavelmente. Ele ia analisando cada pedaço do degrau e das paredes por onde passavam. Além de não ter nenhuma armadilha não tinha nenhum guarda por ali também. Tudo aquilo começou a ser estranho para os dois. "Quem seria tão confiante a ponto de ficar sozinho?" os dois fizeram essa pergunta mentalmente ao mesmo tempo.

Foram caminhando mais a baixo até chegar ao andar em que provavelmente encontrariam seu alvo: o Chefe da Pers. Olharam os corredores e não havia ninguém. Voltaram a caminhar, dessa vez, olhando todas as portas do corredor, precisavam encontrar a sala correta. Eles não faziam a menor ideia de qual seria a habilidade de seu oponente, deveriam ficar extremamente alertas sobre isso. Parando em frente uma porta Dazai chama Chuuya.

-- Psi, eu achei -- estavam cochichando mais baixo do que faziam do lado de fora. -- Olha "sala do chefe", é muita burrice colar isso na porta.

-- Tá, mas isso não importa. -- Estava preocupado, qual seria a habilidade dele para ser tão confiante? -- Vamos lá.

Eles se preparam e entram na porta, um homem estava sentado na mesa. O mesmo manteve a calma e os olhou.

-- O que desejam cavalheiros? -- Ele dizia com uma voz sinica. Era óbvio que estava confiante.

-- Você já deve saber, então, por que pergunta? -- Era melhor que Dazai falasse, ele tinha mais tato com as pessoas.

-- Era só pra confirmar. -- Ele sorriu de modo assustador. -- Eu me chamo Norevai Ruyi, e vocês?

-- É sério isso? -- Chuuya estava ficando irritado. Ele pensava se a habilidade de Norevai não teria a ver com o nome de seus oponentes. Mas antes que ele pudesse avisar a Osamu para não falar o outro já havia dito.

-- Dazai Osamu e Chuuya Nakahara. -- Ele sentiu o olhar mortal de seu parceiro sobre si. Percebeu no mesmo instante que tinha feito merda.

-- São nomes bonitos. E então, vão querer lutar aqui ou lá fora? Não tem nenhum segurança por aqui. -- Ruyi se sentia muito confiante por isso iria deixar que os meninos escolhessem.

-- Você é arrogante a esse ponto? Lá fora então. -- Para Chuuya a vantagem era que lutassem do lado de fora, assim ele poderia usar melhor sua habilidade.

-- Pois bem, vamos. -- Os três caminharam civilizadamente até o local onde ocorreria a batalha. Chegando lá Chuuya vai direto pra cima do homem, que desvia com facilidade. Nakahara tentava freneticamente acertá-lo, Dazai estava esperando que a habilidade fosse revelada para ele poder anulá-la. Chuuya desistiu de tentar acertar Ruyi de perto, ele usou sua habilidade no chão e quebrou a terra a dividindo em várias partes. Começou a atirar todas elas para cima de seu oponente. Esse que parecia despreocupado e desviava dos blocos irregulares de terra e grama. Quando finalmente foi atingido por um ele percebeu que a brincadeira, como ele chamava isso, havia começado. -- Toke venha.

De um buraco escondido no chão surgiu uma criatura, ele era grande, continha muitos tentáculos e era verde claro. Não dava para reconhecer o que seria aquilo. O bicho veio correndo atacar Dazai e Chuuya. Esses que desviam também com facilidade. O monstro decidiu tentar segurá-los com seus tentáculos, os movimentava para lá e para cá. Pareciam várias cordas que dançavam por todo o ar, com a habilidade de Chuuya e o Toke o terreno ali já estava em seu pior estado. Ao ver aqueles tentáculos indo em sua direção Nakahara teve uma ideia súbita, desviou do ataque e subiu flutuando.

-- Dazai faça o que tem que fazer! -- Ele gritou lá de cima para seu parceiro. A única coisa que precisavam era que Osamu encostasse no bicho e desativasse a habilidade de seu oponente. E Chuuya estava pronto para atacar Ruyi lá de cima, assim que a parte de seu parceiro estivesse feita.

-- É, eu sei. -- O monstro não tendo como acertar Nakahara foi com volúpia na direção de Dazai. Esse que planejava se deixar ser atacado, assim consigiria encostar no bicho e poderiam vencer. Já com tentáculos bem perto de sua cara ele encostou um dedo em Toke e tentou usar sua habilidade. Nada aconteceu, o monstro não sumiu e isso os deixou confuso. Toke agarrou Dazai e começou a sacudi-lo batendo ele no chão com muita força. O moreno logo entendeu o que havia dado errado. -- Chuuya, ele não é uma habilidade, é um corpo orgânico.

-- O que? Então você não consegue? -- Ele não entendia, como Norevai havia encontrado e convencido aquele monstro a ajudá-lo. O que fariam agora?

-- Chuuya, você vai ter que fazer. -- Ele estava sendo levado a boca do bicho, seria devorado. -- Eu estou aqui, faça logo!

-- Se você me deixar morrer eu te mato. -- Ele sabia que não tinha outra opção. Deixou ser dominado pela corrupção e foi para cima do monstro. Norevai estava fascinado com os poderes deles. Chuuya já sabia que teria que entrar no bicho e achar seu "ponto de ligação" e desativá-lo.

Assim que Toke viu Nakahara vindo daquela forma até ele, largou Dazai no chão. Chuuya começou a desferir socos potentes no monstro mas não importava o quanto ele ficasse machucado aquele bicho se regenera em velocidade espantosa. Isso só comprovava o que Nakahara já havia deduzido: teria de acabar com ele por dentro. Dazai e Ruyi só observavam a luta, não havia muito o que pudessem fazer. Osamu queria recuperar um pouco de suas forças, estava todo machucado e daquele jeito não poderia ajudar seu parceiro.

Chuuya flutua e se deixa cair como um míssil, isso fez com que ele conseguisse atingir o seu objetivo. Agora já dentro do monstro ele procura algo parecido com um coração e quando finalmente encontra ele o agarra e arranca de dentro do corpo do bicho. Toke logo depois se desfaz como uma amoeba no chão. Chuuya destruía cada pedaço do chão.

Foi para cima de Norevai e o atacou, por Chuuya estar nessa forma Ruyi não conseguiu se defender ou desviar. Toda a sua confiança era em Toke, que tinha sido derrotado. Dazai tentou chegar antes que Chuuya, com os socos que estava dando em Ruyi, matasse o homem. Quando chegou já era tarde demais, o homem estava ensanguentado e esticado no chão, não respirava mais. Nakahara estava sangrando pela boca e nariz, mais um pouco de espera e ele morreria. Dazai finalmente chega até ele o tocando e assim desativado sua habilidade. O enluvado iria cair no chão se não fosse por seu parceiro o segurar no colo.

-- Você é um idiota, eu quase morri. -- Ele sussurrava, por sua voz estar falhando, mas Osamu entendia que ele queria ter dito aquilo gritando.

-- Eu sei, mas você não morreu. Eu não deixaria. -- Ele foi saindo com o homem no colo. Dazai estava cansado e todo dolorido mas mesmo assim fez questão de carregar seu parceiro. Chuuya não tinha forças para protestar então só aceitou ser levado. O caminho foi longo, mas finalmente chegaram de volta a cede da Máfia. Osamu os dirigiu diretamente a enfermaria. Eles passaram por várias pessoas no chão, algumas estavam sendo algemadas e levadas e outras só estavam lá.

Chegaram a enfermaria e não havia ninguém. Dazai começou a procurar os itens que precisaria, quando finalmente achou caminhou até o de chapéu. Começou a limpar o sangue de seu rosto com um algodão úmido. Fez curativos e o deixou deitado em uma maca para descansar. Depois ele foi tratar de seus próprios machucados, ele sentia o olhar de seu parceiro em si mas não ligou. Estava concentrado no que fazia. Os dois pensavam que não seriam mais parceiros, de certo modo aquilo os deixava tristes.

-- Posso ficar aqui com você? -- Ele havia acabado de se tratar e agora estava ao lado da maca de Chuuya.

-- Pode.. -- Ele encolheu as pernas e Dazia se sentou ali. -- Sabe a gente quase morreu mas isso foi legal.

-- É, foi legal. Lembrou os velhos tempos. -- Ele falava isso com um tom nostálgico, a cabeça dos dois turbilhava de lembranças. -- Eu ainda vou ficar aqui até amanhã. Temos a reunião com o Mori pra falar da missão.

-- Sim, mas depois você vai voltar pros "mocinhos", né? -- Ele fez aspas e revirou os olhos.

-- Você sabe que eu não posso mais ficar aqui. -- Estava um clima tenso e pesado entre os dois naquele momento. -- Você poderia vir comigo, fui eu quem te trouxe para a Máfia posso muito bem te tirar daqui.

-- Ah Dazai, não sei se teria como. Eu não sou uma pessoa boa como vocês. -- Ele suspirou, a ideia até era tentadora, mas ele não achava que poderia mudar e também não queria abandonar Akutagawa como Dazai havia feito. -- Obrigado pelo convite mas meu lugar é aqui.

-- Você não é uma má pessoa Chuuya. Se está falando das pessoas que matou, pense, eu também já matei muitas pessoas e nem por isso fui discriminado na ADA. -- Ele realmente queria que o homem aceitasse, ambos sentiam falta de serem amigos.

-- Eu... Não posso. Quem sabe a gente não volte a ser amigos quando nossas organizações não existirem mais. -- Ele sabia que isso não aconteceria realmente mas não queria deixar seu parceiro triste e dizer isso de certa forma também o consolava.

-- Eu ainda vou te fazer mudar de ideia Chuuya. Não vou desistir, ok? -- Nakahara riu nassalado e concordou. Seus olhos estavam pesados, eles foram fechando e o ruivo finalmente dormiu. Dazai o observou por um tempo e então deitou em uma maca ao seu lado. Eles tinham de descansar. O plano estava finalmente completo.


Notas Finais


Esse foi o fim da batalha com a Pers, o que acharam? Eu espero de verdade que tenham gostado.

Perdão qualquer erro e até a próxima 💜💙💋
(2532 palavras)


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