POV. NARRADORA
James abriu os olhos lenta e custosamente devido á claridade presente no local, ao inicio estranhou o facto de não se encontrar na enfermaria; olhou á volta e pode constatar que se encontrava no seu dormitório e qual não foi o seu espanto ao reparar que não estava ali sozinho, Petter olhava para ele como quem vê um herói, um ídolo, com os olhos arregalados e com a boca aberta.
-O que é que tu estás a fazer?- perguntou James com a voz rouca e com resquícios de sono.
-Entrou uma… uma… rapariga no…no nosso dorm…dormitório!- gaguejou Petter
-O quê? Quem? - Perguntou James um bocado atónito, ainda não sabia o que havia acontecido, e se tudo na noite passada não foi apenas um sonho mirabolante criado pela sua mente havia criado.
-Uma rapariga com cabelos ruivos daqui dos Gryffindor,- “Lilly” pensou James e Petter prosseguiu- ela era linda! Desde quando é que tu andas com raparigas assim?
-Olha o respeito!- rosnou James e fuzilou o rapaz com os olhos mas este ignorou e continuou a falar- aliás ela até te deixou um bilhete. Olha!- e Petter a ponto para um pedaço de papel dobrado em cima que espreitava por baixo da almofada de James.
James virou-se e encarou o papel por alguns segundos estendeu a mão apanhou-o, abriu-o e começou a lê-lo:
“Olá James,
O Remus acordou e ele e Sirius pareciam precisar de “uns momentos a sós”, por isso peguei no teu manto e trouxe-te até ao quarto, já pensaste em fazer um dietinha? Estou apenas a brincar ( ou talvez não, pensa na ideia…), ainda pensei se ficava no dormitório mais um bocadinho, mas achei que poderia incomodar o teu colega de quarto e seria muito constrangedor se entrasse alguém e visse que havia uma rapariga no vosso dormitório, por isso fui acabei por ir para o meu dormitório.
Eu, a Alice e a Marlene vamos tomar o pequeno-almoço ás nove, se quiseres, já que o Sirius e o Remus parecem estar “ocupados” podes vir comer connosco, só não fales do sucedido desta noite, por favor.
Com amor,
Lilly”
James não conseguiu esconder o sorriso que lhe rasgava o rosto ao ler cada palavra daquele bilhete escrito num pedaço rasgado de pergaminho, virou-se novamente para Petter que já se havia recomposto e que não perdeu a oportunidade de avisar James:
-Depois, tu vais-me contar sobre tudo!
-Claro, mas agora eu tenho que ir tomar o pequeno-almoço. Que horas são?- etter com um sorriso de lado no rosto lançou um rápido olhar ao Relógio mágico situado na parede oposta á porta no quarto.
- São nove menos dez. Porquê?
-QUÊ?! Tenho de me despachar se quero ir tomar o pequeno-almoço com a Lilly!
-Então a ruiva tem um nome.- Pedro soltou uma breve e anasalada gargalhada.- Eu já me despachei, por isso tens o WC só para ti, diverte-te.
James entrou a correr no WC tomou um banho rápido (e vamos ser honestos, AINDA BEM!, devido a tudo o que se havia passado ele tresandava a mofo), vestiu o seu uniforme deixando a gravata um pouco folgada para ficar mais confortável, penteou o cabelo para que ele parecesse desarrumado de uma maneira ironicamente arrumada; depois disto saiu apressadamente do banheiro e perguntou as horas a Petter que respondeu com um desinteressado:
- Nove e cinco.- James arregalou os olhos, ele estava atrasado e não podia perde tempo com coisas insignificantes de tal modo que deixou todos os seus materiais, incluindo a sua varinha, no seu dormitório e saiu a correr em direção ao Salão Pricipal para tomar o pequeno-almoço juntamente com Lilly.
POV. Lilly
Cheguei ao Salão juntamente com a Alice e a Marlene que não se calavam com o facto de eu não ter estado a noite toda no dormitório, (N\T: nesta fanfic Lilly, Marlene e Alice partilham o dormitório, juntamente com Julie Mathews) tinha corrido tudo bem, mas quando entrei no dormitório elas as duas já estavam acordadas o que me lixou bonito.
-Diz lá, Evans! Onde é que passaste a noite?- Marlene perguntava-me pela enésima vez desde que tínhamos saído do dormitório, eu estava quase a perder a paciência (e mandá-la ir para a puta que a pariu de quatro numa banheira) quando a bem dita ( ou maldita tendo em conta o que iria passar em seguida ) da Alice me salvou apontando para o Slytherin que me olhava directamente da sua mesa.
-Parece que aqui a nossa ruiva preferida tem um admirador!- exclamou ela com um tom de gozo na voz.- Pena que é do clubezinho dos lagartos. - Alice acrescentou enquanto euzinha ignorava o comentário e dirigia-se para a mesa verde e a loira (a.k.a. Marlene) ficava com cara de paisagem ao ver a cena.
Eu andava de maneira decidida, não me importava dos comentários que pudessem haver por partes dos restantes alunos, eu não ia deixar de falar com alguém, principalmente com um amigo meu só porque ele era de uma casa diferente da minha, essa distinção era uma estupidez e eu não me podia estar menos aí para isso; finalmente cheguei em frente de Severus que me olhava constrangido, e pude ver que ele estava dividido entre falar comigo ou simplesmente ser grosso comigo ou ignorar-me para dar uma de fodão para os seus amigos.
Passaram-se alguns segundos, e ele não se decidia, eu não queria saber se ele ficava com os seus amiguinhos eu não ia estar lá para ver quem ele escolhia, eu ia tomar a minha própria decisão, sentindo-me uma completa idiota virei-lhe as costas e comecei a caminhar para a minha mesa e impedia as lágrimas de raiva de sair dos meus olhos, eu não ia dar-lhe essa satisfação, eu não queria nem ouvir o nome daquele trate que era Severus Snape.
Quando cheguei á mesa não pude impedir que um sorriso se instalasse ao ver quem estava lá sentado.
-Olá!- disse amigavelmente para James que me retribuiu seguido de um largo sorriso que me fez soltar uma risada pelo nariz, estava tudo bem até aí, pois nesse momento Marlene achou que era a altura perfeita para mandar uma piadinha.
-Então, Evans? Que tal foi a conversa com o teu admirador do grupo das larvas?- perguntou com um tom de malicia na voz e James parou de comer a sandes e me encarou com a sobrancelha erguida.
-Não se passou nada. E agradecia que não voltasses tão brevemente a falar dessa amostra de lagarto. Muito obrigada.- respondi num tom mais sério e agressivo do que queria mas não consegui evitar devida à raiva que sentia por ele e, por um motivo que eu não entendi, James deu um leve sorrisinho de lado e soltou uma leve risada anasalada o que me irritou um pouquinho: Algum problema, Potter?
-Não, nada.- ele respondeu de maneira serena e sorriso maroto rosto- Mas não acredito que tu pensaste mesmo continuar amiga de uma lagartixa?
-Porquê? Algum problema? Aliás! Desde quando é que as minhas amizades são da tua conta?
-Calma, ruiva! Não era minha intenção enervar-te; eu só pensei…
-Honestamente, eu não quero saber o que tu pensas. Não tenho mais fome.- levantei-me pegando na minha mochila, sem olhar para um James( que segundo comentários das minhas amiguinhas do coração) me encarava confuso e com um pedaço de pão dentro da boca ( admito que este pensamento me fez rir um bocado depois de tudo) e fui embora.
Eu não iria ouvir mais o Potter a falar com quem eu tinha que andar e com quem eu me deveria socializar. Quem que ele achava que era? Meu pai? Tinha mais que fazer do que aturar os seus comentários, eu estava tão emaranhada nos meus pensamentos que esbarrei contra alguém; e quase me esbarrei no chão se ele não me tivesse apanhado, eu ergui os olhos rapidamente, o meu rosto aqueceu na hora, e lá estava ele com aquelo sorriso maroto e aquele brilho irritantemente bonito nos olhos.
POV. JAMES
-Lilly!- eu berrei, ainda um pouco atordoado pelo que tinha acontecido, mas ela não olhou para trás então eu levantei-me e saí a correr atrás dela, ela ia um pouco adiantada a mim e graças a isso rapidamente a alcancei, coloquei-me á frente dela a arfar, mas ela nem reparou e bateu contra mim e quase caía se eu, num ato rápido, não a tivesse pegado pelo braço e em seguida pela cintura, fazendo com os seus pés tocassem nos meus e ela ficasse cara a cara comigo, eu não consegui evitar sorrir, ela era tão linda, tão perfeita. Tudo nela era divinamente calculado para que me deixasse maravilhado só de a ver, eu não sei quando me aproximei, só me lembro de encostar o meu nariz ao dela, fazendo com qua ambos soltássemos umas risadas breves e sussurradas e eu a beijasse.
POV. LILLY
Ele aproximou o seu rosto de mim fazendo os nossos narizes roçarem um no outro, eu coloquei as mãos á volta no seu pescoço e soltámos ambos umas risadas levianas, estamos demasiado perto mas eu não me importava, e nesse momento James Potter deu-me uma das melhores experiências que tive na vida, ele beijou-me! Eu não sabia como, nem porquê, só sabia que eu estava completamente apanhada por aquele moreno de doces olhos avelã e cabelo negro espetado, demoramos um tempo ainda e ficamo-nos encarando durante um precioso tempo; isto é, antes de seros interrompidos por nem mais nem menos que Severus…
-Eu não acredito Lillian!- disse ele puxando-me com força pelo braço- O Potter? Sério? Tu só podes estar de brincadeira com a minha cara! Eu ainda não acredito, Lilly…
-Severus, para, estás a magoar-me!- disse o mais calmo que consegui para tentar persuadi-lo, mas ele continuava e estava a perder a minha calma ele tinha-me apanhado num dia mau.- Larga-me sua amostra de verme.- eu rosnei mas ele ignorou-me e prosseguiu.
-…e eu que sempre te considerei uma pessoa inteligente.- ele soltou um riso de escarnio frio, mas deu para perceber a irritação irradiada pela sua voz- Afinal és uma daquelas Sangues de Lama, Lucius estava certo!
Nesse momento, antes que Severus pudesse reagir James prensou-o contra a parede e, enquanto a cobra o olhava com um olhar assustado, o olhar de James exalava raiva, como se este estivesse possuído por uma vontade súbita de matar Snape (não o culpava, admito), mas graças á raiva que cegava a sua vista ele não reparava que aquela lagarta se apalpava discretamente á procura da varinha, a qual, infelizmente, achou de forma rápida e apontou ao pescoço de James que o largou e recuou como num momento de instinto.
-Parece que não és assim tão, bravo e corajoso como tu e a tua casa de suicidas pensão que são, mas para onde irias senão para aquela casa de burros; tu não és ninguém, és só triste e caso não tenhas reparado até agora, a Lillian é minha e eu não te quero mais próximo dela , ouviste!- aquele absurdo me fez voltar para a realidade e eu pude perceber que estava paralisada simplesmente vendo James a ser insultado por aquele verme do Snape; a minha mente sobre pressão trabalhou mais rápido que nunca e lembrei-me de um feitiço relativamente simples que Alice me havia ensinado nessa noite, ela disse que seria um feitiço bastante útil caso alguém me atacasse (eu admito que a chamei de exagerada, mas eu pelos vistos provei-me errada cedo demais), sendo assim empunhei a minha varinha, rezando aos deuses que corresse bem para que nada corresse mal e eu acabasse acidentalmente explodindo a escola, e bradei: -Expelliarmus!- e a varinha de Severus foi parar de imediato á minha mão, fiz um yess! Assim que a vi vir disparada para a minha mão e a cara de incredulidade de Snape por ter perdido a varinha.
-Lilly?-ele indagou estupefacto por causa da varinha, mas eu estava nem aí para isso eu caminhei em direcção a Snape enquanto os rapazes me encaravam o que me fez questionar o que eu ia fazer, mas eu não me ia acobardar nesse momento, eu dava passos decididos a Snape que ia balbuciando coisas ás quais eu não liguei e acetei-lhe um estalo com tanta raiva que a marca da minha mão, e antes que ele pudesse sequer virar a cara, e, suponho eu, me começasse a insultar, eu acertei-lhe um chuto potente nas suas jóias de serpente, e disse:
-Vamos esclarecer as coisas, primeiro eu não sou um objecto para te pertencer, e eu nunca ficaria contigo, tu és desprezível, vil, covarde, arrogante e todos os insultos que eu posso pensar; e aviso já se tu te voltas a aproximar de mim, dos meus amigos ou do James eu juro que o próximo feitiço que eu te lançar não vai ser apenas um para te desarmar, ouviste? Eu nunca mais te quero ver, seu projecto de lagartixa, anda James, temos mais quefazer do que aturar este projecto de gente.- e virei-lhes costas com uma dor de ter perdido o que eu achava que era um amigo, andei sozinha por um bom bocado até ser apanhada por um James que pelos vistos se havia percebido que eu havia saído, (quele rapaz tinha um sério delay do mundo real) e abraçou-me e depois do que me pareceram longos segundos este sussurrou aos meus ouvidos :- Lilly o que tu fizeste foi mesmo… Uau!
Eu corei um pouco e nós nos separamos e eu lembrei-me de uma coisa: -Afinal onde está a tua varinha, Potter? – Ele coçou a parte de trás da nuca e respondeu: -Longa história, acho que é melhor nos despacharmos , não acho que deveríamos chegar atrasados logo nas primeiras aulas, vamos só buscar o Six e o Remus, okay?
-Claro!- respondi dando-lhe um beijo casto na sua bochecha, não sabia porquê mas sentia, mesmo depois do que tinha acabado de acontecer, que eu iria divertir-me bastante durante a minha estadia aqui em Hogwarts!
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