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História Un Amor en Madrid - Querer Não é Poder - História escrita por mari_rafaela_2 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Un Amor en Madrid - Querer Não é Poder


Escrita por: mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oi meus amores, tudo bem? 💜

Espero que gostem, boa leitura 💖

Capítulo 8 - Querer Não é Poder


Fanfic / Fanfiction Un Amor en Madrid - Querer Não é Poder

“Faz alguma coisa, Belinda. Dá um soco, um pisão no pé, empurra ele escada abaixo, mas não deixa ele entrar…”

Minha consciência gritava e um alerta soou histericamente em minha cabeça, mas fiquei paralisada com aquela cena.

— Ah, oi querido! — Mamãe se colocou na minha frente, usando o quadril para me empurrar discretamente e abriu os braços para receber o safachorro que teve a cara de pau de levar os filhos até a minha casa — Venha cá.

Eden abraçou minha mãe e me lançou uma piscadela por cima dos ombros, e eu apenas assisti a tudo aquilo com os braços cruzados.

As crianças eram encantadoras, e mesmo que viessem daquele espermatozóide amaldiçoado de Hazard, eu não podia culpá-los ou tratá-los mal.

— Hmmm, entrem por favor. — Ouvi minha própria voz entredentes e fechei a porta, observando os garotos à vontade na minha sala. Meu filho mais novo espalhou uma centena de brinquedos no tapete e de repente o cômodo parecia uma creche.

Lucas ficou observando as crianças com um sorrisinho no rosto e não consegui evitar sorrir também. Meus filhos podiam ser duas pestes descontroladas, mas eles adoravam se juntar com outras crianças.

— Posso lhe servir uma bebida, Hazard? — Mamãe pestanejou com os enormes cílios comprados na Sephora e o belga sorriu.

— Eu aceito, sim senhora. Obrigado.

— Deixemos a formalidade de lado, querido — Ela deu uma piscadela e alisou o peito dele com as unhas esmaltadas de vermelho. Se eu não estivesse tão furiosa, com certeza eu daria uma boa gargalhada — Me chame de Sônia, apenas. Sem o senhora.

— Claro, me desculpe Sônia. A senh… Quer dizer, você é mesmo muito jovem para ser chamada de senhora! — As crianças na sala foram a única coisa que me impediram de cortar as bolas de Eden naquele momento — De fato, você nem parece ser a mãe da Linda. Eu facilmente acreditaria que são irmãs!

Mamãe levou a mão ao peito dramaticamente e deu uma risadinha sedutora e aquilo foi a gota d'água para mim.

— Hazard! — Minha voz parecia a de outra pessoa, completamente irreconhecível porque eu usava muito autocontrole para não gritar — Pode vir aqui comigo?

Puxei o seu braço e abri um sorriso de orelha a orelha, enquanto mamãe deu de ombros e caminhou até o bar para servir as bebidas.

— Calma, Lindazinha… — Eden sussurrou enquanto eu o arrastava. O empurrei para a varanda e fechei a porta de correr, longe de toda a platéia.

— Ou você é muito idiota, ou muito sacana para ter trazido seus filhos aqui tentando me amolecer, Eden Hazard.

— Eu…

— Acho que você é os dois. Idiota e sacana. — Murmurei sentindo o pescoço queimando, o fogo subindo para as bochechas, e parecia que meu corpo explodiria de raiva a qualquer minuto.

— Isso que você está sentindo — Ele diminuiu a distância entre nós, segurando a minha mão. — É porque se importa, Linda. Eu sei que gosta de mim.

Dei as costas, me afastando bruscamente, cruzando os braços acima do peito. Senti um nó na garganta, a cabeça pesando e o coração disparando e dei um pulo quando senti suas mãos em minha cintura.

— Eu sei que pisei na bola — Ele murmurou em meu ouvido. 

— É o eufemismo do século, Eden — Girei o corpo, tirando as mãos deles de mim — Eu já te disse que não me deve explicação. Apenas transamos, nada mais. Não somos namorados nem nada do tipo. Pronto, agora pode ir embora.

Fechei a cara e deixei um suspiro exausto escapar da minha boca, mas ele não arredou o pé.

— Eu deveria ter te contado. Eu sei que deveria. Mas não estou mais com ela, Linda. Já  assinei os papéis do divórcio e só falta ela fazer a merda da parte dela e assinar também.

Engoli em seco, sufocando a vontade de chorar.

— Só vai embora, Eden. Por favor.

— Não pode me mandar ir embora, Belinda. Eu já tô envolvido demais. — Sua boca se abriu e se fechou novamente, como se buscando pelas palavras certas, mas elas saíam atropeladas — Eu quero você. É só o que sei, Belinda.

Meneei a cabeça, mordendo o lábio com força e abafando um gemido quando ele avançou para me tocar de novo.

— Querer não é poder, Hazard.

— Me deixa te provar que eu não sou o cafajeste que você pensa. Por favor, Linda.

Neguei ligeiramente com a cabeça, e ele começou a implorar novamente. Meu coração estava se derretendo, mas minha mente era forte para barrá-lo. Eu só precisava fazer com que meu corpo me obedecesse e tudo ficaria bem.

— Gata… — Deixei os braços penderem ao lado do corpo, soprando forte quando ele enlaçou a minha cintura — Eu não posso ficar longe de você. Não sei o que você fez comigo, Linda. Mas eu preciso… — Seu rosto se curvou entre o espaço de meu ombro e pescoço e meus olhos fecharam-se devagar — Não paro de pensar em como é maravilhoso ter você nos meus braços, querida… Sua pele macia, seu cheiro… Porra, me dá uma chance de mostrar que eu te mereço.

— Eden…

— Eu juro que vou mudar. Eu vou ser o cara que você quiser que eu seja.

Sua expressão estava neutra, mas a sombra em seus olhos flamejava tão fortemente que me fez perder o ar.

“Eram apenas palavras. Não havia nada que pudesse validá-las. Blindar o meu coração era a única forma de eu me ver protegida do efeito que Eden Hazard causava em mim.”

— Você não tem que mudar por minha causa, Eden. — Falei encarando a dor em seus olhos. Eram olhos lindos, tão bonitos que não tinha nenhuma possibilidade de encará-los por muito tempo sem me embaralhar com as palavras. — Se você tiver que mudar, tem que ser porque você quer e não porque acha que precisa mudar por minha causa.

— Besteira — Ele murmurou impaciente — Eu posso ser um homem bom, Linda.

Abri a boca para falar, mas a porta da varanda se abriu com um estrondo e mamãe surgiu abrindo um sorriso em nossa direção.

— Trouxe as bebidas!

Revirei os olhos antes de apanhar um dos copos e virar o conteúdo garganta abaixo, arrancando uma risadinha dos dois.

— As crianças estão se dando muito bem — Minha mãe deu uma piscadela e Eden me imitou, revirando o copo na boca — Então, Eden — Franzi o nariz ao vê-la enganchando o braço no dele e o conduzindo até o balanço grande de madeira onde os dois se sentaram — Você precisa ouvir algumas histórias  da época da infância da Belinda.

— Mãe! — Berrei impaciente, virando o conteúdo da garrafa para o copo novamente. Aquele pesadelo só podia ser enfrentado se banhado com muita vodka.

Ela acenou sem me olhar e Eden pediu para que ela continuasse falando, dando encorajamento à sessão de vergonha dirigida pela louca varrida da minha mãe.

— Ah, você sabia que quando a Linda era criança ela quebrou o nariz de um garotinho que tentou beijá-la?

Eden se curvou de tanto rir e a gargalhada histérica de minha mãe o acompanhou. Saquei o meu celular e digitei uma mensagem de SOS para Pilar e Clarice no nosso grupo de whatsapp e me afundei em um puf, observando o quanto Eden parecia feliz e à vontade ouvindo todas as minhas histórias tórridas de infância e adolescência.

“Hazard tem a ver com o SOS?”

A mensagem piscou na tela e resmunguei alto, chamando a atenção dos dois, que viraram a cabeça para me olhar.

Acenei rapidamente e mergulharam na conversa espirituosa novamente.

“Hazard e minha mãe. É sério. Estou colocando uma enorme quantidade de álcool em meu corpo e não respondo por mim.”

Pilar mandou uma dezena de emojis gargalhando e em seguida escreveu “estou indo para aí.”

“segura a língua da sua mãe antes que ela comece a contar das histórias da faculdade, linda. também estou indo.”

Choraminguei com a mensagem de Clarice e desviei o olhar do celular para o balanço.

— Sim, querido. Antes de conhecer o pai dos meninos, a Linda teve uma fase meio rebelde na faculdade. — Eden abriu um sorriso torto e olhou para mim, todo  solidário como se não pudesse se soltar das garras da louca da minha mãe — Ela não te contou daquela vez em que fez um ménage com os dois colegas de residência?

Eden quase cuspiu sua bebida, e começou a tossir, fazendo a minha mãe se assustar e afagar suas costas.

— Oh querido, você tá bem? — Ela enrugou a testa.

— T-tô ótimo. Hmm, podemos dar uma olhada nas crianças?


Notas Finais


Obrigada por ler 💕 Por favor não esqueça de deixar seu comentário 💙


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