Kai
Chego na casa do Tao exausto, a noite havia sido longa e de manhã sempre eramos nós que ajudavamos na organização e limpeza da boate, pois apesar do lucro ainda não havia muita gente trabalhando, mas começamos bem.
– Kai. – Tao chama meu nome, viro meu rosto o procurando enquanto estava sentado em seu sofá.
– Hm?
– Preciso te contar um coisa.
– Diz. – falo óbvio e Tao se senta ao meu lado. – Que frescura é essa? Diz logo.
– Ok. – sorri. – Eu e a Nanami estamos juntos. – Tao fala e eu fico com o rosto meio imóvel. Que porra é essa?... – Nada de viadagem de pedir em namoro, mas estamos, só queria que soubesse.
– Bem... O que dizer? Paciência ai para você! – sorrio forçado. Ele se fudeu. – Ela é uma prostituta ainda.
– Por pouco tempo, eu vou fazer ela trabalhar só no palco futuramente e quando conseguirmos mais garotas então ela vai ajudar no bar.
– Tao você está certo disso? – questiono.
– Obviamente não. – ouço Kris rindo e ambos o vemos descer as escadas.
– Estava aqui em casa o tempo todo? Arrumamos a boate sem você, onde saiu às quatro da manhã?! – Tao reclama.
– Desde quando devo satisfação a um acorrentado como você? – Kris diz erguendo o rosto e Tao se levanta, me levanto bufando.
Ergo as mãos e tento pensar no que falar. Foda-se, vou falar do roubo.
– Eu fui roubado. – digo e olho para ambos que agora pareciam curiosos e confusos. – A Lini, ela deu seu segundo pagamento hoje e veio cerca de duzento à mais. O negócio é que de primeira não tinha isso, e ela não daria e faria a contagem de novo. Pensei e cheguei à conclusão que alguém roubou esse dinheiro naquela noite que ela dormiu aqui.
(...)
– Ta óbvio o que aconteceu, posso solucionar o problema, crianças? – Kris diz após eu ter contado tudo e Tao também ter dito que achava que estava faltando dinheiro de lucros que deveriam já estar com ele. – As prostitutas. – diz nos olhando e depois encara o Tao. – A prostituta.
– Ta dizendo que... Inacreditável Kris! – Tao se levanta aborrecido e Kris preocupado.
– O quê?! Ela esta com você o tempo todo e quando vocês não estão juntos o dinheiro do Kai some?
– Eu não estou o tempo todo com ela, eu não estou o tempo todo com ninguém! – Tao fala agitado e passando a mão na testa.
– Ela sabe da falta do dinheiro na sua contagem? – pergunto erguendo a cabeça e lançando um olhar para o Tao, sua cara o entrega e eu bufo. – A demita, ela só está com você por que é o dono da Boate. – falo e Tao se afasta caminhando de um lado para o outro.
– Não temos provas, eu não vou demiti-la sem provas. – diz Tao e eu sorrio incrédulo com o que ele acabou de dizer. – Eu tenho poucas prostitutas, não posso demitir assim!
– Eu arranjo mil para você, demite logo essa vadia! – Kris diz de saco cheio. – Não vai demitir ela porque está apaixonado não é?! Imbecil!
– Ê, espera ai Kris. – peço que ele pegue leve, Tao era nosso maknae e nosso amigo. – Tao quem mais tinha acesso a esse dinheiro?
– Nós três e ela.
– Ah, então se não foi ela foi um de nós, olha que coisa. – Kris sorri debochado. – Vai, faz as contas.
– Olha Kris acho melhor você calar essa boca! Até onde sabemos você trabalha sem receber nada, esta quitando dividas com a gente E – Tao fala se aproximando e eu vejo os dois cada vez mais perto diante de mim enquanto eu estava sentado. – Eu sei bem que você não vê a hora de comprar sua-
– VAI SE FUDER TAO! – Kris empurra Tao e eles se estranham com olhares. Levo as mãos a cabeça vendo a porra que tava acontecendo e espero que continuem...
– Fala Tao. – mando.
– O Kris ta viciado em heroína. – Tao fala aborrecido mas era notável seu olhar triste por Kris agora está piorando em seus vícios.
– Porra! – rosno mas não encaro o Kris. Minha cabeça doía ao pensar o quanto os dois estavam fodidos. Mas ao saber disso eu também sabia que o vício do Kris era incontrolável. – Por isso as sumidas. – falo encarando o Kris com raiva. – Quanto tempo?
– Eu não to viciado! Largo quando quiser, só não quero. – Kris mente.
– Por que não largou essa semana então? A boate estava cheia e você jantou aqui a semana toda por que tava sem dinheiro para comida. – Tao cospe as palavras.
– Vocês dois são dois fodidos. – assumo quase querendo rir da situação. Me levanto do sofá e os olho. – Se livrem dessas porras e vamos trabalhar, eu não estou ficando aqui dia e noite para ouvir essas história de namorada prostituta e morta fome viciado.
– Eu não quero deixar a Nanami sem provas. – Tao fala.
– Você vai fuder com a gente! – digo já perdendo a paciência.
– A Lini pode estar mentindo, você sabe disso né Kai? – Kris fala, viro meu rosto de imediato e o encaro. – Não é somente eu o Tao, você dever-
– Não, não, a Lini não é disso, sem falar que não tem c-
– Talvez ela tenha te dado quatrocentos a mais antes e dito duzento a menos. – Kris diz despreocupado. – Vai confiar nela porque? Que eu saiba ela ta ajudando o Tao, “ajudando”. – Kris fala e eu vejo o mesmo me testar, ele queria que eu defendesse ela ou... Tantas possibilidades da porra que tá acontecendo! Vão se fuder os dois!
Sem me despedir eu saio pela porta.
Estava aborrecido, cansado, e estressado enquanto minha mente a cada passo que dava em direção a casa ficava mais cheia de tudo isso, afinal era dinheiro, e quem não quer dinheiro? Quem não precisava dele?! Todos! Cada um parecia suspeito nessa porcaria.
Lini
– Está anoitecendo Lini, preciso ir. – Chen diz verificando o horário na tela do notebook.
– Ah, ta bom. – concordo vendo que já eram oito da noite. – A tarde foi tão boa contigo. – sorrio e aliso a bochecha do meu noivo. – Sua mãe vai reclamar bastante por ter fugido da igreja e ter vindo atrás de mim... Que bom que você me ajudou nas coisas da decoração, eu prefiro escolher contigo para ter certeza que vai gostar, estamos correndo contra o tempo.
– Sabe o que com certeza eu vou gostar?
– Hm? – questiono enquanto fecho o notebook.
– Da noiva. – fala Chen e eu o olho nos olhos.
A tarde tinha sido boa e aliviante, Chen deixava tudo melhor com seus carinhos e sua companhia, ele realmente era a escolha certa que eu fiz, ter dito sim há duas semanas atrás me deixou nervosa e com medo, mas estava lidando bem com isso, estava ansiosa para sair de casa e morar com ele em nosso lar.
– Dizer que nunca imaginei que seria feliz com você seria mentira, sabia? – sorrimos um para o outro. – Sabe outra coisa? – me aproximo de sua orelha e sussurro: – Você também com certeza vai gostar da lingerie...
– Lini... – fala Chen com voz mais baixa enquanto sente minha boca beijar sua orelha e acariciar sua nuca. – Lini, eu n-não acho que devemos falar disso agora.
– Certeza? – ponho a mão em sua coxa e ele dá um pequeno pulinho que me faz ri fraco, porém me deixa animada, uma animação muito boa...
Levanto e vou até a porta, o corredor se mantinha vazio e a TV estava ligada, havia perigo de alguém aparecer com certeza pois Luhan e Peng estavam em casa. Fecho a porta do quarto e em seguida tranco, me viro ainda segurando a maçaneta e fito o Chen enquanto mordo meu lábio inferior.
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