Asriel – P.O.V. - O.N.
Onde será que está Frisk? Ela disse que só ia pegar a mochila dela no laboratório, mas ela sumiu há horas! Papai foi procura-la, e eu estou sentado na frente da casa nova – quer dizer, do castelo – esperando ele voltar...
- Asriel querido – disse mamãe aparecendo na porta – Não quer entrar e tomar uma xícara de chá enquanto eles não aparecem?
- Depois mãe, eu vou esperar eles voltarem...
- Filho – ela colocou a mão no meu ombro – eu sei que está preocupado com a sua irmã... Mas não há nada que nós dois possamos fazer agora a não ser esperar que seu pai a encontre e a traga para casa.
- Eu sei, mas eu estou preocupado. E se Frisk tiver se machucado? E se ela se perdeu? Eu quero que...
Antes que eu pudesse terminar a frase, nós ouvimos passos. Então vimos papai carregando Frisk no colo, ela estava inconsciente parecia machucada.
- Pai! – corri até ele – Onde vocês estavam? E o que aconteceu com...
Olhei para o rosto dele, ele estava com uma expressão de raiva que nunca havia visto o meu pai ter...
- Levemos Frisk para dentro primeiro, depois iremos conversar... – ele disse pausadamente
Papei a colocou na cama e nós três nos sentamos a mesa para conversarmos.
- Chá, querido? – perguntou mamãe, oferecendo uma xícara.
- Obrigado Tori... – ele aceitou e bebeu um longo gole.
- Então... Onde a Frisk estava? E o que aconteceu para ela ficar daquele jeito? – perguntei curioso.
- Eu a encontrei no Laboratório... Ela estava presa em uma cadeira e sendo torturada pelo Gaster.
- O QUE? Por quê? Como?
- Não sei o porquê... Acho que Gaster voltou com o seu antigo rancor com os humanos... Vou conversar com ele amanhã antes do discurso.
- Mesmo depois disso você ainda vai fazer o discurso? – perguntou a mamãe.
- Mas é claro! – ele respondeu, se levantando – Não é por esse incidente que vou deixar de apresenta-la ao nosso povo! E também está confirmado: Frisk é nossa filha legítima a partir de agora!
- Mas e se eles não a aceitarem Asgore? – falou mamãe – Estou começando a achar que seria melhor se a mantermos aqui, escondida dos outros...
- Tori, ela seria infeliz vivendo desse jeito! – disse papai – E não a trouxemos para cá para que ela vivesse escondida! Eu vou apresenta-la para todos no discurso de amanhã! Ela terá uma boa vida aqui ou eu não sou o Rei!
- Então é melhor devolver a coroa... – ouvimos uma voz do nada
Frisk estava nos encarando apoiada na parede, ainda parecendo fraca e machucada.
- Frisk! Você acordou! – falei
- Eu ouvi tudo o que vocês disseram! – ela falou – Vocês estão pretendendo me deixar presa aqui por acharem que os monstros não vão me aceitar por ser humana...
- Frisk, nós não dissemos...
- Se eu não posso dar 5 passos sozinha sem ser nocauteada e torturada... – ela completou chorando e correndo para o quarto – Acho que realmente esse lugar não é para mim!
- Frisk, espere! – disse Toriel – Asriel vá falar com ela!
Corri para o nosso quarto, e a encontrei sentada na cama e com a cabeça enfiada no suéter.
- Frisk, você está bem? – perguntei
- Frisk não está aqui, foi para a Cidade Suéter...
- Então pode voltar para o Subterrâneo, que eu estou precisando falar com ela...
Ela tirou a cabeça do suéter e me encarou com aqueles olhos Dourados cheios de lágrimas.
- Então – me sentei ao lado dela na cama – O que aconteceu?
- E-eu entrei no Laboratório e as luzes estavam apagadas, então senti uma picada no braço e acabei desmaiando. Quando acordei, estava presa em uma cadeira em uma sala escura, o Dr. Gaster apareceu e começou a me fazer perguntas sobre a Superfície, mas ele achava que eu estava mentindo e começou a me dar choques e... – ela começou a chorar
- Frisk, não chore! – limpei as lágrimas dela – Foi muita sorte o papai te achar!
- Não foi sorte... Foi aquele outro esqueleto, Sans, que contou para ele o que Gaster estava fazendo comigo e o trouxe até o Laboratório...
- Por que o Sans faria isso? – perguntei intrigado – Gaster é o chefe dele!
- Não faço ideia... – ela falou cabisbaixa
Aproximei-me dela e a abracei, ela pareceu se surpreender com o ato, mas retribuiu o abraço.
- Frisk, não se preocupe! Isso não vai acontecer de novo!
- C-como você sabe? – ela perguntou soltando o abraço
- Nunca vi papai tão furioso... Acho que se alguém te machucar, é capaz dele explodir... E, além disso – criei duas bolas de fogo – Eu estarei por perto para te proteger!
- Hehe... Obrigada Asriel! Você realmente faria isso por mim?
- É claro! Você é minha melhor amiga!
Ela corou com esse meu comentário, então finalmente deu uma olhada ao redor:
- Então nós estamos no castelo? Parece muito com a nossa casa lá das Ruínas...
- Ah, nós estamos em um pequeno anexo da área do castelo, mais parecido com uma casa mesmo... Papai achou que seria mais aconchegante...
- Ah, eu quero dar uma olhada!
Saímos do anexo e começamos a dar uma volta pelo castelo:
- Não tem muito que se ver... A maior parte ainda está vazia...
- O que tem lá? – ela apontou para uma área que eu ainda não havia visitado.
Eu disse que não sabia, então fomos até lá e encontramos o mais belo jardim que eu já tinha visto, com flores de todas as cores e espécies.
- Uau! Que lugar lindo! – disse Frisk se ajoelhando perto das flores
- Lindo mesmo! De onde será que veio esse jardim?
- Fui eu que plantei! – disse Papai entrando no jardim
- Você pai? – perguntou Frisk – Não sabia que você gostava de jardinagem...
- Eu amo jardinagem! É a coisa que eu mais adoro depois de vocês! – ele passou a mão na minha cabeça
- Que espécies de flores você tem aqui? Tem Flores Douradas?
- Flores Douradas? – ele coçou a cabeça – Acho que não...
- Ah, que pena... Eram minhas flores favoritas lá na... – ela se calou com um olhar triste
-... Superfície. – completei e me sentei ao lado dela – Você ainda sente falta de lá?
- Um pouco... Do sol, das estrelas, do Ch-
- Uma hora vai passar! – falei sorrindo – Pai, podemos fazer coroas com algumas flores?
- Só aquelas ali! – ele apontou para um conjunto de Buttercups
- Vamos fazer coroas de flores Frisk? – perguntei a ela
- Ok... Aposto que eu faço primeiro! – ela disse
- Eu que faço primeiro!
Corremos até elas e começamos a colhê-las, enquanto ouvíamos mamãe e papai rindo atrás de nós...
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