A relutância era algo presente nas orbes escuras, ele umedeceu os lábios que estavam perigosamente perto dos meus, parecia fazer tudo para me testar, para brincar com a minha sanidade. À vontade de acabar com aquele espaço mínimo era enorme, minha vontade era matar aquela saudade latente em meu corpo, queria me entregar a ele, queria sentir seu cheiro e seus toques.
Sua mão abandonou a maçaneta da porta, vindo de encontro ao meu rosto. Os dedos acariciaram as maçãs de meu rosto com delicadeza, exploraram o maxilar, indo até a nuca onde iniciou um carinho gostoso que me fez fechar os olhos por breves segundos onde eu suspirei, deitando meu rosto em sua mão.
Não foi preciso que ele falasse algo, ou que eu voltasse a olhá-lo. Quando sua boca se colou na minha eu soube que ele ficaria comigo, que ele não iria embora, e que ele sentia tanto minha falta quanto eu senti a dele. Que ambos estávamos errados por brigar por algo tão besta. Era engraçado como o orgulho impedia tantas coisas de acontecerem.
Seus lábios eram tão macios quanto eu me lembrava. Sua língua invadiu a minha boca, dançando com a minha em um ritmo lento e viciante. Seu gosto ainda era doce, talvez fosse devido ao tanto de balas e chocolates que o outro vivia consumindo, mas era melhor, parecia bem melhor. Minhas mãos enlaçaram seu pescoço e eu grudei mais ainda nossos corpos, puxando seus cabelos da nuca. Não demorou para que todos aqueles toques evoluíssem para algo mais quente, mais caloroso. Suas mãos exploravam todo o meu corpo, apertavam minha cintura com força, desciam até minha bunda, agarrando com vontade. E porra, como eu estava com saudade daquela pegada.
Descendo mais ele agarrou as minhas coxas, e com um impulso eu subi em seu colo, abraçando seu quadril com as pernas. Quase não desgrudávamos as bocas, não havia tempo para perguntas ou qualquer pensamento que não fosse o de arrancar aquelas roupas que incomodavam os corpos. Em passos trôpegos Jungkook andou até as escadas, subindo degrau por degrau. Eu não ajudava muito sua concentração, já que beijava todo o seu pescoço, mordia e aspirava o seu cheiro delicioso, fazendo com que ele tivesse que segurar meu corpo e o corrimão da escadaria.
— Merda, Jimin... A gente vai cair assim... — Arfou, apertando minha bunda com força como se estivesse me repreendendo. Ah meu amor, assim você só faria eu querer mais.
— Se a gente cair eu vou te chupar aqui mesmo... — Ofeguei, mordendo seu lóbulo, rindo baixinho do que tinha saído da minha boca. Eu havia mesmo dito aquilo? Bom, não era tempo de ficar constrangido com qualquer coisa, afinal a noite só estava começando.
— Você não tem jeito... — A voz estava mais rouca que o normal, assim como suas pupilas pareciam ainda mais dilatadas. Eu sorri ainda mais, segurando seu queixo e selando nossas bocas, aproveitando para morder seu lábio inferior.
— E você adora isso... — Lambi seus lábios vermelhos, me arrepiando ao escutar seu rosnado. Para minha alegria nós acabamos de subir as escadas, entrando em meu quarto no final do corredor. Não me preocupei em trancar a porta, apenas em arrancar seu casaco e sua camiseta, jogando para qualquer lado. Jungkook me apertava, me prensava contra a parede, me arrancava gemidos baixos, me fazia ferver contra si. Minhas mãos exploravam seu abdômen, apreciando os gominhos e arranhando os mesmos. Ambos já estávamos duros, excitados sem nem ao menos ter um contato direto. Poderia culpar a saudade por aquilo, ou poderia ser realista e dizer que nossa química era realmente impressionante. Talvez os dois.
Realmente queria me entregar á Jeon, ir até o final como nunca havíamos ido. Necessitava de sentir ele dentro de mim, me preenchendo, precisava sentir seu nó, e só de pensar nisso meu corpo se arrepiava por inteiro. Usando de todo o resto do controle que eu ainda tinha sobre minha mente e corpo, empurrei o alfa pelo peitoral, tentando normalizar a respiração para não gaguejar diantes dos olhos confusos.
— E-eu preciso saber se você está preparado para... tipo... ir até o fim. — Eu não sabia porque caralhos eu conseguia ficar envergonhado por perguntar aquilo, julgando toda a nossa situação atual e por tudo que já havíamos passado. Porém, ao perguntar aquilo, foi impossível não sentir minhas bochechas doendo.
— Eu... Aish... Eu quero muito, Jimin. — O moreno bufou, espalmando a mão na parede, ao lado de meu rosto. — Mas vai ser a minha primeira vez... com um homem, você sabe... — Mordeu os lábios, era até bonitinho a forma como ele parecia constrangido, e era terrível como também estava extremamente sexy com os jeans caídos pelo quadril, deixando sua linha v amostra.
— Eu sei, amor... Me deixa te ensinar.... — Acariciei seus cabelos, beijando seu queixo, seu maxilar, voltando para seus lábios onde eu os tomei, tendo domínio sobre o beijo. Jungkook se entregava, era bom sentir o quanto eu também tinha domínio sob o alfa, como seu corpo se deleitava sobre meus comandos. O puxei pela mão, fazendo com que ele se sentasse no divã que tinha no quarto, lugar onde eu lia meus livros e estudava. Mesmo com toda aquela vontade libidinosa que eu sentia nele, ainda sim via seu pesar e incerteza, a insegurança de experimentar algo novo. — Relaxe...
Andei até a caixinha de som, conectando em meu celular em uma playlist que tinha o nome “Foder à noite inteira”, nunca tinha usado até então, mas ela parecia perfeita para ocupar o silêncio do quarto e deixar Jungkook mais confortável.
— Olha, eu sei que eu não danço bem, mas seu você rir eu te mato... — Andei até ele com passos lentos, ondulando o corpo no ritmo da música com um sorriso dançando na boca. Meu corpo se movimentava lentamente. Bad Manners da Liana Banks soava ao fundo, a voz melodiosa parecia ser perfeita para o momento assim como sua letra, na qual eu já sabia de cor e salteado, e agradecia aos deuses o fato de Jeon ser fluente. Porque eu adoraria sussurrar a letra em seu ouvido.
“Você sabe que está brincando comigo
Agora você me deixou ansiosa, amor.
Já estamos adiando isso há um tempo
E, eu estou cansada de esperar.”
Meus lábios se movimentavam na letra da música conforme eu aproximava meu corpo do pequeno divã de veludo vinho, brincava com a barra da camiseta larga, levantando-a aos poucos, mostrando lentamente meu corpo para o alfa ao mesmo tempo que rebolava, mexendo os quadris de um lado para o outro.
“Eu posso te mostrar magia
Aposto que você nunca foi às alturas
Ainda...
E nós não precisamos falar nada
Só deixe nossos corpos conversarem
Estou tentando subir em você como um Chevrolet”
Retirei a camiseta de uma vez, jogando-a para ter o mesmo destino que as outras peças de roupa. Os olhos escuros acompanhavam qualquer mínimo movimento, e se eu já estava excitado antes, meu pau latejou quando eu notei que o alfa se tocava ao me olhar. Maltratava seu lábio inferior enquanto sua mão apalpava o membro duro escondido sob as calças, arfando e gemendo baixo. Ele era o pecado em pessoa, e eu só queria me afundar naquele mar de luxúria.
“Venha me pegar gostoso
Você pode meter, eu posso esfregar
Amor, não seja educado
Não seja educado
Venha me pegar gostoso
Oh, eu preciso de você dentro de mim.”
Não poupei sorrisos ao sussurrar essa parte da música, afinal era exatamente como eu me sentia no momento. Me virei de costas para ele, segurando o elástico da boxer e puxando lentamente para baixo, rebolando enquanto descia o tecido, expondo aos poucos as nádegas branquinhas, livre de quaisquer marcas.
“Eu preciso de você bem aqui, amor
Você pode ser indecente essa noite
Indecente
Você pode ser indecente essa noite
Não seja educado.”
Apalpei minhas bandas com gosto, olhando para Jungkook sobre os ombros com um sorriso indecente. Com pressa e sem aguentar mais o alfa desfivelou o cinto, descendo a calça e a boxer de uma vez, jogando-as pelo chão. Sua mão tomou o membro duro, passando a masturba-lo lentamente, subindo e descendo pela extensão grande e grossa. Meu corpo se arrepiou com aquela visão, minha entrada se contraiu e eu senti a lubrificação natural melando minhas coxas e inundando o quarto com o cheiro fresco e doce do morango e menta.
“Sim, você ouviu o que eu disse
Leve á sério cada palavra
Você está me tentando, baby
Venha e me de a minha porra.
Eu não estou me segurando
Oh, você achou que eu estava brincando?
Você não devia tomar conclusões
Oh não, não, não
Venha me pegar gostoso
Você pode meter, eu posso esfregar
Amor, não seja educado
Não seja educado
Oh, eu preciso de você.”
Não aguento mais, me virei para ele, subindo no divã, mais especificamente no colo do alfa. Ambos completamente nus e ofegantes, sedentos um pelo outro. Apoiei minhas mãos em seu peito, passando a beijar seu pescoço, lambendo e deixando chupões pela derme alva que aos poucos era tingida por minhas marcas. Suas mãos traçaram o caminho por meu corpo lentamente, como se fosse a primeira vez que estivesse explorando cada canto e cada curva, e eu me arrepiava como se fosse a primeira vez que ele estivesse fazendo aquilo.
“Seu lugar é aqui comigo
Porque você está hesitando, amor?
O nosso tempo é curto
Me toque agora, eu estou inquieta
Não seja educado.”
Sussurrei os últimos versos próximo ao seu lóbulo, mordendo o mesmo e rebolando sobre o seu pau, gemendo ao sentir o mesmo se esfregar entre minhas nádegas, e como se fosse para me deixar ainda mais louco, Jungkook segurou seu pau o mantendo entre as bandas, de forma que toda vez que eu subia e descia, sua glande se esfregava em minha entrada, me fazendo molhar e gemer ainda mais. Outra música começou, essa que eu não dei tanta atenção, somente me aproveitei da batida sensual para tomar sua boca em um beijo intenso. Mesmo que minha vontade fosse sentar de uma vez em seu membro, sabia que doeria pela quantidade de tempo que eu estava sem qualquer relação, e tudo que eu queria sentir era prazer.
— Quer me preparar, Jungkookie? — Mordi os lábios, encarando-o com um sorriso. Ele já não carregava os mesmos sentimentos de antes, pelo contrário, parecia muito mais seguro, muito mais relaxado e isso era perfeito.
— Quero... você quer sentir meus dedos dentro de você, Hyung? — Arqueou as sobrancelhas com um sorriso cretino, aquele mesmo sorriso que me fazia querer sentar nele ao ponto de não conseguir andar no outro dia. Para a minha surpresa ele mesmo trouxe os dedos até minha boca, contornando os lábios antes de adentrar com três dígitos em minha boca. Eu os chupei com desejo, caprichando em deixá-los bem molhados. Nossos olhos em nenhum momento se desconectavam, e só o faziam quando as irises escuros do moreno iam até meus lábios, acompanhando o momento que eles faziam. Quando julguei que ele já estava bem eu tirei os mesmos de minha boca, sorrindo ao sair de seu colo para me deitar de bruços no divã. Os joelhos apoiados no estofado, assim como o peitoral, completamente empinado para o alfa. Virei o rosto para encarar o alfa, rindo um pouco quando o encontrei parado ajoelhado atrás de mim, encarando com gula meu corpo nu. Ergueu seus dedos, passando a rodear minha entrada com os mesmos, me provocando com um sorriso malicioso. Aquele mínimo toque de seus dedos me arrancou profundos suspiros, fazia tanto tempo que eu me satisfazia sozinho que estar sentindo seus dedos brincarem comigo me fazia ferver, ansioso para o que viria. Mordia o lábio inferior, me divertindo ao ver como Jungkook nem desviava os olhos do que fazia, com o cenho franzido, era muito bonitinho. Mas quando meus olhos desciam para os braços fortes, o abdômen repleto de músculos, seu membro batendo no umbigo, duro, a única coisa que eu pensava era o quanto eu precisava dele. Um a um, seus dedos foram entrando em mim, lentamente pelo medo do outro de me machucar, esse que logo foi sumindo à medida em que eu rebolava contra ele, gemendo baixinho e mandando ele colocar mais. Seus dedos afundavam lentamente, me deixando extasiado. O que mais me surpreendeu foi sentir sua língua ali no lugar dos dedos, chupando e me lambendo ainda mais fundo. Agradecia por estar sozinho em casa, porque eu mal conseguia controlar meus gemidos. Agarrei seus cabelos, os puxando para que ele fosse mais fundo, e assim ele fez, apertando minhas coxas com gosto, me torturando com o músculo quente de sua boca.
Porém meu corpo não aguentava mais, e como dizia na música que eu havia cantado, já tínhamos brincado por muito tempo e eu estava cansado de esperar, e Jeon não estava diferente pois quando me virei, o empurrando com certa força para que ele se sentasse de volta no divã com as costas sobre o encosto aveludado, eu vi a mesma necessidade, o mesmo desejo quando ele bateu com a palma em sua coxa pedindo que eu fosse para o seu colo, com aquele maldito sorriso marcando os lábios. Lentamente eu me posicionei sobre ele, os joelhos apoiados no estofado, as mãos em seu peito. Ele se preocupou em se encaixar na minha entrada, pincelando a glande molhada ali, como se quisesse me provocar. Sem pressa alguma ele penetrou a cabecinha, arfando assim como eu que apertei as unhas curtas em seus ombros.
Lentamente eu fui descendo em seu membro, centímetro por centímetro, mordendo o lábio inferior com força. Não era nada comparado a qualquer dildo que eu tinha usado nos últimos meses, era muito maior, muito melhor, muito mais quente e gostoso. Minha lubrificação escorria tanto que aos poucos eu nem lembrava de qualquer dor, estava muito ocupado rebolando, subindo e descendo lentamente no pau gostoso do alfa.
Jungkook estava do mesmo jeito. Seus cabelos estavam bagunçados, as bochechas coradas e a respiração desregulada. Por entre os lábios vermelhos gemidos baixos saiam, e a cada nova rebolada que eu dava, mais ele mordia o lábio e suspirava, chamando baixinho pelo meu nome, completamente entregue. Uma perdição especialmente ali para mim abusar.
Meus dedos puxaram seus cabelos da nuca com certa força e eu os puxei para trás, fazendo com que seus olhos se abrissem. Com um sorriso malicioso eu ondulei o quadril lentamente, gemendo baixinho junto dele.
— Fique com os olhos abertos, Jungkookie... Ela faz como eu faço? — Era claro que eu estava me referindo a garota na qual ele estava beijando naquele dia. Mesmo que eu tivesse o “perdoado”, eu usaria aquilo para provocá-lo, eu queria saber se ela o fazia sentir tudo que eu fazia. Aproximei nossos rostos, roçando os lábios. O moreno negou prontamente com a cabeça, avançando para me beijar, porém eu apenas ri, o afastando. — Me diga, Kookie-ah... Ela rebola assim? Ela é melhor do que eu? — Suspirei, gemendo contra seus lábios assim que ele impulsionou o quadril para cima com força. Pelo visto alguém ali estava impaciente.
— Não, Jimin... Ela nunca me deixou tão louco quanto você me deixa... — A voz rouca veio como um rosnado que acariciou meus ouvidos. Imaginava que para um alfa deixar um ômega no controle da transa era algo inaceitável. Mas eu não ligava, estava adorando ter Jungkook tão submisso, tão dependente dos meus toques.
Sorrindo da maneira mais cínica que eu conseguia, mordi seus lábios, voltando a empurrá-lo para se deitar no estofado, e então eu fiz o que sabia fazer de melhor. Cavalgar.
E tudo se tornava ainda melhor quando se tratava de Jungkook. Ele adorava apertar minhas coxas, segurava minhas nádegas com força, estocava no mesmo ritmo em que eu quicava em seu membro. Nós éramos uma perfeita bagunça de gemidos, arfares e suspiros. Minhas pernas tremiam de prazer, meu corpo inteiro fervia, e a cada vez que eu rebolava com mais força, mais fundo ele ia. E como se ele ainda não achasse o suficiente, me ergueu em seus braços, andando até a cama onde me jogou sem nenhum cuidado, voltando a se afundar em mim.
Não precisamos de cuidado, só precisamos um do corpo do outro, só precisamos foder com força, nos tocar, mergulhar nos prazeres carnais que tanto ansiávamos. Seus braços se apoiavam nas grades da cabeceira da cama, minhas pernas estavam envoltas se seu quadril, a cama rangia conforme ele metia com força, me comendo com verdadeira gula.
— Sua bunda é tão gostosa, Jimin... Você é uma delícia... — Rosnou, enterrando a cabeça em meu pescoço. Seus dentes resvalaram por ali, deixando uma mordida forte seguida de beijos e chupões. Minhas unhas deslizavam por suas costas com gosto, nem me importando se aquilo doeria depois, eu só precisava descontar aquele prazer em algo. Com um grito eu gozei primeiro, sujando nossos abdomens e apertando ainda mais seu falo. Ele não demorou a vir junto, gemendo meu nome. Seu nó me preencheu por inteiro e eu arfei, apertando ainda mais seu corpo contra o meu. Geralmente a sensação do nó sempre era algo ruim.
Mas não ali, não com Jungkook. De alguma forma, meu lobo se sentia completo ao se atar com o do outro, uma sensação de torpor tomou conta do meu corpo, era como estar nas nuvens, completamente leve, mesmo que ofegante pela transa deliciosa. Os braços de Jungkook me rodearam, me abrigando no calor dos mesmos por todo o tempo, até que ele pudesse sair de mim.
Ele se deitou ao meu lado e eu me virei de lado, sorrindo quando ele enlaçou minha cintura, se virando da mesma forma. E a primeira coisa que fizemos foi rir.
Sim, rir.
Como duas crianças idiotas rindo da piada do “pavê, ou pacume”.
— Porque está rindo? — Decidi perguntar, erguendo minha mão para acariciar seu rosto, aproveitando para encarar cada mínimo traço do outro. Ele era lindo, maravilhoso, um dos alfas mais bonitos que eu já tinha conhecido. Cada mínimo detalhe do seu rosto parecia ter sido desenhado à mão pelo mais talentoso artista. Desde os olhos grandes e brilhantes até a pintinha que ele tinha embaixo do lábio inferior, essa na qual eu não me controlei, acabando por beijá-la.
— Porque você está rindo! — Disse como se fosse óbvio, me arrancando um revirar de olhos. Era tão criança às vezes.
— Me diz, você gostou? Aliás, onde aprendeu tudo isso? Não aprecia nada inseguro... —Arqueei as sobrancelhas, descendo minha mão de seu rosto até seu peito, fazendo desenhos desconexos com as pontas dos mesmos. Mesmo que tivesse a quase certeza de que Jungkook tivesse gostado de tudo, ainda tinha aquela pontinha que me falava que ele acharia mulheres muito melhores, e que tudo que nós tínhamos acabaria ali pois ele já mataria sua curiosidade sobre como era estar com um homem. E eu só desejava estar errado.
— Não gostei nadinha... — Bufou, me fazendo arregalar os olhos ao ponto de jurar que eles sairiam. — Eu amei, Jimin. Foi incrível. — Sorriu ainda mais, sendo a minha vez de bufar e deixar um tapa estralado em seu peito. Ele queria me matar do coração? — Não faz assim... E sobre como eu aprendi? Talvez eu deva ter assistido alguns videozinhos... — Vídeos?
— Jungkook, você assistiu pornô gay antes de transar comigo? — Franzi o cenho, quase não acreditando que ele seria capaz daquilo. Mas quando não recebi nenhuma resposta além de um corar de bochechas eu me permiti rir, mas rir tanto que até o ar começou a me faltar. Eu imaginava o alfa assistindo o vídeo e anotando tudo em um caderno, igual um meme aleatório do twitter.
— Que foi? Eu não queria parecer uma adolescente virgem que iria sair com o gostosão. — Deu de ombros, desviando os olhos de mim.
— Não fica emburradinho, bebê. Não iria ter problema do gostosão aqui ensinar tudo para o garotinho. — Sorri, atirando meus braços ao redor do seu pescoço para selar nossas bocas, mordendo de leve o biquinho que ele fazia. Biquinho nada, tava quase chegando na porta de tão grande. — Você foi maravilhoso, Kookie. Imagina quando pegar a prática... — Meu sorriso carregava malícia e sem vergonhice, essa última deveria ser o motivo da risada do outro.
— Você é um safado, só ta comigo pelo meu corpo delicia. — Resmungou, mordendo meu queixo. Não sabia quem tinha começado com aquela mania de sair deixando mordidinhas um pelo outro, mas eu sabia que amava.
— Céus, ‘tá tão óbvio assim? Não era para você descobrir! — Entrei no drama, forjando um tom assustado e triste, ganhando uma risada em troca.
— Você não é nada discreto, Chimmy... — Sorri com o apelido, me inclinando para roubar um beijo dele. Já repararam que eu não parava de fazer isso? Ah meus amigos, era impossível não se viciar nos beijos de Jeon Jungkook, ainda mais quando aquelas mãos safadas escorregavam para baixo e apertavam minha bunda com aquela pegada dos deuses, como agora. Pela sensibilidade eu acabei gemendo baixinho, esfregando meu corpo contra o dele. — Agora você sabe que eu sou o único que posso te fazer gemer assim? — Sussurrou contra meus lábios, lambendo os mesmos conforme arrepiava meu corpo com as mãos quentes. Completamente entregue á ele eu assenti, roçando meu corpo contra o seu, já sentindo as pontas em meu membro. — Quero ouvir sua voz, Jimin. — Estapeou com força a carne branquinha, me fazendo soltar um gritinho, surpreendentemente gostando aquilo.
— É só você, Jungkook... Só você me faz gemer assim... — Sussurrei, mordendo e puxando de leve seu lábio inferior.
Não demorou para nos entregarmos mais uma vez um no outro, e nessa eu estava de quatro enquanto Jungkook metia bem gostoso. Torcia para os meus pais demorarem no tal jantar, porque se não iam me pegar gemendo igual uma cadelinha.
A tentativa de banho também não deu certo, porque quando vi eu já estava ajoelhado chupando seu pau, e logo em seguida ele me fodeu contra a parede gelada enquanto a água quente caia sobre suas costas, abafando nossos gemidos. E se ele não tivesse dito que estava com sono eu realmente pediria mais uma rapidinha antes de dormirmos, porque sim, eu o convenci de dormir lá agarradinho comigo.
Porque apesar de todo o fogo, eu ainda tinha medo de que ele fosse embora assim que se desse conta de que sua “curiosidade” tivesse passado. E enquanto eu o encarava dormir ao meu lado, com o rosto tão sereno, a única coisa que eu pensava era o quanto eu estava fodido.
Porque talvez, só talvez, eu estivesse me apaixonando por Jeon Jungkook.
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