História Verde Esmeralda - Único

Meliodas terminava de colocar as suas coisas no carro, segurando uma prancheta em que listava as coisas que levará.

— As malas já foram — riscou mais um item, passando os olhos pela a lista e leu o último que faltava. — Huum, esse vai ser difícil.

Zeldris estava sentado no sofá assistindo à um programa qualquer na televisão com uma expressão de raiva estampando o seu rosto. Não entendia o porquê de Meliodas querer tanto o levar para essa viagem, já havia dito várias vezes que não queria ir!

— Ei, irmão! — Fechou os olhos e soltou um suspiro ao ouvir aquela voz que tanto conhecia o chamar, já imaginando do se trata. — Está tudo pronto para partirmos.

— Eu já disse que não quero ir — respondeu, pausadamente.

— Vamos lá, você vai gostar! — O loiro aproximou-se por trás do sofá e o olhou por cima.

— Por que insiste tanto em me levar contigo? Já falei que não gosto de mares.

— Você nunca foi para um, como pode ter tanta certeza? E, caso não goste, pode ficar sentado na areia fazendo alguns castelinhos de areias. Até comprei um balde e uma pá de plástico para você.

Zeldris finalmente o encarou, vendo aquele sorriso animado e aqueles olhos cor esmeralda que faziam todas as suas defesas caírem. Como que poderia dizer não a ele?

Pensou por alguns segundos e soltou um longo suspiro, respondendo:

— Farei as minhas malas.

— Não precisa, eu já as fiz e estão no carro. — Pegou o controle remoto da mão de Zeldris e desligou a televisão.

— O que…? — Mal teve tempo de responder, no qual foi interrompido por Meliodas segurando em sua mão e o puxando para fora.

Depois de trancarem tudo e concluírem algumas coisas pendentes, ambos seguiram para o carro e caíram na estrada.

                           * * *

— Você vai ficar assim emburrado pelo o resto da viagem? — Meliodas questionou-o, desviando brevemente os olhos da estrada. Zeldris apenas soltou um murmúrio baixo e retornou o olhar para a janela do banco do passageiro, sentindo o vento fresco bater em seu rosto e vislumbrando a paisagem cheia de árvores, enquanto os últimos raios de sol alaranjados desapareciam no horizonte. Poucos carros passavam pela estrada, o que deixava a viagem ainda mais tranquila.

— Vamos passar a noite na estrada? — virou-se para Meliodas e sentiu os seus lábios serem tomados pelos o do loiro, em um beijo calmo e breve que foi prontamente correspondido.

— Ops, era pra ter sido na bochecha. — Meliodas justificou ao separarem-se, coçando a nuca.

Zeldris deixou um sorrisinho bobo escapar.

— Olha para a frente! — O mesmo gritou ao ver que estavam quase na pista contrária. Meliodas rapidamente maneou o volante, voltando para a pista correta. — Você ainda vai matar a gente! — desviou o olhar por um curto momento, mas logo retornou para o outro e depositou um beijo em seus lábios, fazendo o loiro corar levemente. — Se essa viagem for ruim, vai se ver comigo.

Meliodas riu com a fala do irmão.

O loiro conseguia ser muito irritante quando queria, e mesmo se embora tentasse, Zeldris não conseguia resistir àqueles olhos verdes esmeraldas que tanto amava.