handporn.net
História Veritaserum - Capítulo vinte e oito - História escrita por LulisOmnes - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Veritaserum >
  3. Capítulo vinte e oito

História Veritaserum - Capítulo vinte e oito


Escrita por: LulisOmnes

Notas do Autor


Olá!!!
Esse capítulo é bem lento, mas tem uma característica muito importante para a evolução da história.

Capítulo 28 - Capítulo vinte e oito


Haviam se passado dias desde o momento atípico que vivenciamos, contava por quantas vezes eu havia comido, Adelaide apesar de não ficar comigo por muito tempo fazia questão que eu comece, algumas vezes eu conseguia contorná-la e pular algumas refeições, o que me deixava muito feliz, Salazar não tornara a aparecer, tão pouco foi mencionado e eu também não perguntei. O que quer que estivesse acontecendo para além desse quarto eles não queriam que eu soubesse e assim o fiz, não levantei questões a cerca de nada do mundo exterior, enquanto estivesse confinada tornaria esse quarto todo o meu mundo.

Adelaide havia me trazido plantas para cuidar logo que percebeu que eu podia andar de novo sem precisar de nenhum auxílio e nem corria risco de cair, agora essas poucas plantas estavam sendo minhas únicas companheiras, já que nenhum dos dois únicos seres humanos com os quais eu ainda tinha contato queriam falar comigo.

Essa experiência me trouxe uma revelação surpreendentemente agradável, descobri que eu poderia ficar isolada, poderia ficar sem ninguém, mas não poderia ficar sem as minhas plantas, e nada era mais parte de mim do que minhas plantas, ou seja, eu poderia perder tudo o que eu tenho, desde que não me perdesse, eu precisava ser quem eu era pra continuar sã. Mas, essa foi uma das muitas coisas com as quais eu me enganei.

- Vossa senhoria! - Adelaide chegou animada para mim, a primeira vez que me chamara por um pronome de tratamento formal foi estranho, parecia errado já que eu estava na casa dela, mas com a insistência dela acabei por ceder, e hoje já não consigo mais imaginá-la me chamando por meu nome, como se fossemos amigas íntimas, acho que isso aconteceu porque me remeteu aos meus tempos de infância, onde esses chamamentos eram corriqueiros para mim – Vossa alteza a convidou para um passeio ao ar livre!

- Por Merlin! Não posso acreditar que finalmente poderei sair desse quarto um pouquinho! - estava animada com a possibilidade de ver o mundo de novo, mesmo que por pouco tempo – Mas não tenho roupas para sair, meu armário só tem roupas de baixo.

- Trouxe uma roupa minha de quando eu era moça ainda, era meu melhor vestido, por isso escolhi ele para você, acho que cabe.

- Vai ficar perfeito! Posso fazer alguns ajustes com magia se for preciso. Já posso vesti-lo?

Sinceramente não me importava se a peça era feia ou bonita, só queria ter o prazer de vestir algo além de roupa íntima, e sair ainda era um bônus que estava ganhando, ou vestir roupas era o bônus por sair? Seja o que fosse, eu estava duplamente feliz.

O vestido era verde e amarelo, uma combinação de cores que não era comum hoje em dia, era vibrante, e apesar de feio eu gostava das cores, acho que isso e o fato de que eu não vestia uma roupa descente a muito tempo me deixou empolgada para vesti-lo, mesmo sendo claramente uma peça desconfortável, por ser tão antiga.

Adelaide me ajudou com a primeira peça que era o corpete, minha coluna estava sendo obrigada a ficar tão ereta que me causava dor, estava perdendo os modos ficando só com roupa de baixo. Como aquele era um modelo antigo tinha mais partes do que eu estava acostumada a vestir normalmente, vesti a anágua sozinha, e parei, esperei que ela colocasse a armação de ferro presa a minha cintura, amarrando-a com força nas minhas costas. Eu realmente não entendia como algum dia essas elevações no quadril foram considerada moda, ainda hoje usavam roupas como aquelas, mas eram principalmente mulher de idade mais avançada ou jovens de pensamento retrógrado.

Com todas as camadas de baixo posicionadas, Adelaide pegou a primeira parte do vestido, era o verde escuro que não tinha alças, mas tinha um enorme laço dourado no busto, ele era detalhado em flores douradas no fim do corpete e na barra da saia, nesta havia uma linha dourada, como se um pedaço a mais de saia tivesse sido emendado. Depois de ter passado pelos meus braços ele não queria passar pelo meu busto, estava engordando era isso com certeza, precisaria parar de comer para emagrecer de novo, sabia que estava comendo demais, três refeições por dia era muito mais do que eu precisava, foi necessário tirar o vestido e apertar mais o corpete para que ele pudesse entrar em mim.

A segunda parte do vestido era o amarelo mostarda, ele funcionava como uma espécie de sobretudo, tinha mangas compridas com quatro camadas de babados de renda branco que iam do cotovelo até as minhas mãos, suas mangas ficavam mais bufantes próximas a meu cotovelo, antes dos babados começarem, embora fossem só na metade interna do antebraço, ficando todos virados para o vestido. O cetim amarelo cobria quase todo o verde da primeira peça, deixando apenas um “v” ao contrário na saia a mostra e um para cima no corpete, ambos com uma margem de babados rendados brancos e completando a roupa tinha um chapéu dourado escuro com plumas vinho, o que era totalmente destoante do vestido, parecia ter sido reaproveitado de uma outra roupa, algo muito provável de ser a verdade, visto que ela era só uma serviçal comum.

Salazar veio me buscar e eu estava empolgada com a ideia de sair, passar no corredor da casa já havia sido uma aventura para mim que estava presa a tanto tempo em um único cômodo, fomos silenciosos até o jardim, estar a céu aberto me causou estranheza, estava claro demais, aberto demais. O jardim era pequeno e ficava bem em frente a casa, que dava para uma estrada de terra sem nenhuma outra construção em volta, estávamos totalmente isolados ali, ficamos alguns minutos e voltamos pra dentro, o que foi bom, porque eu não conseguia suportar a luz forte do sol e nem o espaço demasiado que aquele espaço me oferecia.

Todo o restante do meu dia foi pensando sobre a minha pequena saída, minha aventura que deveria parecer pequena se comparada ao que eu vivi para me deixar naquela situação, mas na realidade eu estava dando uma importância muito grande aquela visita ao jardim. Nesses momentos tão infortúnios era possível ver como as mínimas coisas do dia a dia é que fazem a vida valer a pena, nunca havia sentido tanta necessidade de sair, de estar em contato com a natureza, de ver outras pessoas, meus alunos que eu tanto amava. Ainda assim, voltar ao mundo, respirar ar puro, estar a céu aberto me trouxe desconforto, parecia que eu estava desprotegida e que não era mais meu lugar.

Passaram-se mais alguns dias até Salazar me convidar de novo e passei por todo o processo de vestimenta de novo, era o mesmo vestido, o único que Adelaide tinha, iria sair novamente, mas dessa vez fiz uma travessura, não vesti minhas meias, nem minha sapatilha, queria sentir a grama em meus pés, sentir a natureza que faz parte de mim. Fomos novamente até o jardim, e dessa vez eu pude me conectar de verdade ao mundo externo, porque só por meio das plantas que eu conseguiria começar a me sentir parte do mundo de novo. Como da primeira vez não ficamos muito tempo, ainda assim foi mais do que da primeira vez, ele estava me treinando para voltar para a escola, para agir normalmente, embora não tivesse falado comigo nenhuma vez de novo.


Notas Finais


E então, o que acharam? Conseguiram descobrir a parte mais importante desse? O que esperam agora? Teorias? Pedidos? Sugestões? Críticas?

link para esse vestido diferente dos outros: http://www.wholesalelolita.com/bmz_cache/7/7700904bf635576b3baf526510a2e98a.image.283x383.jpg


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...