Kim Seokjin:
Eram exatamente 01:00h da manhã quando cheguei, Jungkook me deixou na porta de casa e seguiu com os outros meninos, já que era o único que não estava bêbado. Abri a porta utilizando as chaves que estavam no meu bolso, entrei no salão tombando para os lados até esbarrar em algo.
- Você disse que voltaria antes das 11:00h. Sabe que horas são Seokjin? - Seokjung me olhou com raiva.
- Só foram algumas horinhas a mais, não seja maldoso Junggie. - deslizei a mão por seu peitoral caindo no chão de joelhos.
- Levanta dai seu cachaceiro de meia tijela.
Senti seus braços firmes agarrarem minha cintura, ele me puxou pelo chão me arrastando pelas escadas até o meu quarto.
- O que eu faço com você? - Seokjung balançou a cabeça como uma negação.
Ele me cobriu com um lençol e logo mais saiu do quarto.
...
Pela manhã seguinte, eu acordei com os olhos ardendo pelo sol. Abri-os e me levantei da cama sentindo toco meu corpo dolorido. Bocejei sentindo meu bafo terrível de cerveja. Fui até o banheiro e lavei o rosto, acordando de vez. Tirei a camisa e joguei no cesto de roupa, logo depois a calça junto com minha renner, e joguei junto a camisa. Fui para dentro do Box e liguei o chuveiro. Meu corpo estava realmente dolorido, a cada gota d'água que tocava meu corpo, um músculo dolorido aparecia.
Acabei o banho, peguei a toalha e enrolei na cintura. Procurei uma roupa no armário, peguei uma bermuda e uma camiseta. Posso ser filho de um homem rico, mas de rico eu não tenho nada.
Me vesti e fui até o andar de baixo, olhei para a sala e não havia ninguém. Fui até a cozinha e apenas Eun estava presente.
- Eun, você viu meu pai?
- Não jovem mestre, ele deve ter saído cedo. - a mesma disse sem me olhar.
Eun é empregada do meu pai a alguns anos. É mais velha que eu apenas por questão de meses.
- Meu irmão já tomou café?
- Ele está agora na sala de jantar a Senhora Kim.
- Certo, vou me juntar a eles.
Segui para a sala de jantar encontrando minha mãe e meu irmão a mesa.
- Jin? Que milagre está acordado a essa hora. - minha mãe disse me olhando.
Sentei em uma das cadeiras e me ajeitei. Peguei um copo de vidro que estava próximo a mim e coloquei um pouco de suco nele.
- Aonde você estava na noite passada? - ela perguntou com os olhos fitando meu rosto.
- Saí com meus amigos. - respondi friamente.
- De novo aqueles garotos? - ela revirou os olhos. - Querido, eu já te disse, eles não são boa influência.
- O pai também não era boa influência e a senhora casou com ele.
- Mais respeito, ela é sua mãe. - Seokjung disse alterando um pouco a voz.
- Calma! - minha mãe o olhou.
Coloquei uma torrada na boca e comecei a mastigar.
- Jin, aqueles garotos não são como você, eles nem são do seu mesmo nível de classe social meu bem.
Engoli o que estava mastigando e dei um gole no suco que estava em meu copo.
- Mãe, a amizade não é só baseada em dinheiro. Mas se você se dignasse ao menos em conhecer os meninos talvez mudaria de ideia.
- Me diga o que eles tem a te oferecer além de muitas festas e bebida?
- Namjoon é dono de uma boate, uma das mais famosas de Gwacheon. Hoseok é filho do CEO de uma empresa, não muito famosa. Yoongi é produtor musical, Jimin é dançarino, Jungkook estudou nos Estados Unidos com os melhores professores. E Taehyung, bem, ele pode não ser filho de alguém muito importante, mas tem um bom coração.
- Viu filho? Eles são pessoas de péssima vista social. Ouça a mamãe, estou dizendo isso para o seu próprio bem.
- Nem sei porque eu ainda insisto em tentar mudar seu ponto de vista. - falei me levantando da mesa.
- Aonde vai? - ela me olhou.
- A qualquer lugar onde você não esteja.
Fui para meu quarto e troquei de roupa. Coloquei uma calça jeans preta rasgada no joelho, uma blusa cinza e u boné, também preto. Peguei as chaves do meu carro e sai com o mesmo. Pretendia ficar bem longe dali, se possível em um lugar onde não exista pessoa como minha família.
...
Já estava bem distante de casa. Em um lugar totalmente diferente do meu bairro. As casas eram mais humildes, e ali perto, havia uma praça. Estacionei o carro e desci. Caminhei praça a dentro vendo algumas crianças brincarem por ali perto. Me sentei em um banco e fiquei observando a movimentação.
Haviam muitas mulheres, algumas eram jovens e outras senhoras de idade.
Porque é tudo tão difícil com a minha mãe? Ela é tão complicada.
Enquanto me perdia em meus pensamentos, estiquei as pernas e olhei para cima.
- Ai! - uma voz fina gritou.
Olhei para o chão assustado, vendo uma garota de cabelos curtos roxos, usando um top preto e uma calça legging também preta, ela estava com fones. Olhei para seu corpo e notei a tatuagem do coelho da playboy.
Temos aqui uma expert no assunto.
Me levantei para ver se a mesma estava sem ferimentos.
- Você está bem? - perguntei encarando aqueles olhos pretos como a noite.
- Estou. - ela disse se levantando. - Deveria prestar atenção onde coloca esses pés.
- Desculpe, mas quem tropeçou neles foi você, então quem deveria prestar atenção por onde anda é a senhorita.
- Você por acaso é o dono da praça?
- Não, mas poderia ser. - sorri.
- Então já que não é, poderia parar de ser tão convencido?
- Desculpe. - falei me curvando para ela.
- Hum. - ela virou o rosto.
- Desculpe perguntar, qual seu nome?
- Pra que quer saber?
- Nada, só acho que seria uma falta de educação minha não perguntar seu nome depois de machuca-lá acidentalmente.
- Hum...S/n Jabami.
- Você não é daqui é?
- Não, sou Japonesa. Algum problema?
- Não, não. Eu gosto de garotas Japonesas. - a olhei com um sorriso de um certo modo pervertido.
- Se você fizesse o meu tipo, diria que está tentando me passar uma cantada. - ela riu e revirou os olhos. - Vou mandar logo papo reto. Eu não to a fim. Agora se me der licença, preciso ir.
- A propósito! - ela me olhou. - Bela tatuagem. - a mesma colocou a mão sobre o pescoço a cobrindo.
- A sua também. - ela disse mordendo o lábio inferior.
Ela me deu as escostas e saiu andando na direção contrária a minha.
Meu Deus, que rebolado magnífico!
Após aquela cena, andei até o meu carro, liguei a direção e voltei para o inferno, onde costumo chamar de casa.
- Ele voltou Chung-hee! - minha gritou alertando o meu pai.
Os passos largos e barulhentos do meu pai descendo as escadas fizeram meu coração gelar, como normalmente meu amigos falam, o famoso: "to com o cu na mão."
Eu tinha um certo medo do meu pai, até porque ele tinha o poder para me deserdar para qualquer outro país, e sair daqui é o que eu menos quero agora. No máximo ele poderia me expulsar de casa.
- Kim Seokjin. - a voz dele ecoou no salão.
Porra! Ele me chamou pelo nome completo, eu to fudido.
- Sim!? - falei engolindo em seco.
- Posso saber porque você não passou a noite em casa? - ele perguntou ficando de frente para mim.
Abaixei a cabeça e o respondi baixo:
- Perdoe-me meu pai. Eu estava me divertindo com meus amigos.
- Se divertindo? Um jovem herdeiro como você não deveria se divertir com pessoas de tão baixa conduta. - ele me deu as costas.
Claramente meu pai estava decepcionado, foi a mesma cara que ele fez quando cheguei em casa com um lobo tatuado perto do pescoço.
- A partir da semana que vem, você começara suas aulas na Universidade. Até lá, está proibido de sair de casa.
Ele sabia que essas palavras não me segurariam aqui. Provavelmente eu daria um jeito de sair, nem que fosse pela janela.
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