Encarei os dois sério. Não conseguia acreditar no que acabei de ver, na verdade, não quero acreditar.
- Jin, eu posso explicar. - Billie se aproximou ajeitando a blusa.
- Bom mesmo. - a olhei.
- Primeiro é melhor você se acalmar. - Seokjung disse vindo até mim. - Vamos pra sala. É melhor de conversar.
...
Me sentei no sofá e fiquei encarando os dois por um longo tempo, esperando quem iria me explicar primeiro.
- Eu tenho a noite toda, não estou nem um pouco preocupado com a hora que vou dormir. - falei cruzando os braços e as pernas.
- Bem...- Seokjung alternou o olhar entre mim e a Billie. - Na última semana, nossos pais me ligaram. Me deram a notícia que nem mesmo eu estava acreditando. Os país da Billie haviam falecido.
- Jung, eu sei que não devo exigir nenhum tipo de explicação sobre isso. Mas...- me inclinei um pouco. - Eu quero saber o que vocês estão escondendo.
- Eu e a Billie vamos nos casar.
- QUÊ? - berrei. - Casar? Como assim, casar? Casar tipo: você aceita fulano como sua esposa, esposo, e blá blá blá?
- É.
- Por quanto tempo eu dormi? Eu devo ter passado um século dormindo. - disse desacreditado me encostando no sofá.
- Eu sei que pode parecer estranho, mas eu e a Billie nos gostamos já faz um tempinho, e quando sugeriram que eu me casasse com ela para dar um "apoio", eu não pensei muito.
- Não consigo respirar. - disse sentindo meus pulmões praticamente me deixarem na mão.
- Jin, você está bem? - Billie perguntou preocupada.
- Eu vou ficar. - suspirei. - Quando vai ser o casório? - os olhei.
- Tá longe ainda. - disse meu irmão. - Queríamos esperar que você se formasse, sabe?
- Eu me formar? - perguntei confuso. - Vão esperar até o final do ano? Ainda estamos em julho!
- O tempo passa rápido. - Jung sorriu para mim.
- Sinceramente, nunca senti vontade de dar um soco no meio da sua cara como estou sentindo agora. - o encarei de olhos semicerrados. - A Billie? Logo a Billie?
- Tem algum problema comigo? - a mesma perguntou.
- Pra mim você era lésbica ou pagava uma de mulher homem.
- Mulher homem? - riu. - Essa foi boa.
- Enfim, felicidades aos dois apaixonados. Espero que sejam felizes, que tenham mil filhos. - os dois arregalaram os olhos e se olharam. - Só por favor...NÃO ATRAPALHEM MEU SONO! - gritei.
Saí da presença deles, ainda um pouco desacreditado. Como havia dito na sala, a Billie era praticamente um camarada para mim, como um irmão. Nunca imaginei que ela se casaria com o Seokjung.
Corajosa foi ela por gostar do meu irmão feio. De bonito na família só tem eu e o espelho, que transmite meu reflexo.
...
Na manhã seguinte, me levnatei um pouco cansado.
O quê? Não estou acostumado com as noites curtas daqui.
Em Magic Island geralmente, mas não sempre, as noites são bem curtas e os dias mais longos. Além disso, o sol é diferente, já que o mesmo não emite calor apenas luz, mas ainda sim não congelamos de frio.
A magia é impressionante.
- Bom dia, filho! - meu pai me cumprimentou ao me ver sair do quarto.
- Bom dia! - o olhei. - Onde está minha mãe?
- Lá em baixo com seus avós.
- Hum.
Fui ao encontro de minha mãe esperando que a mesma estivesse ao dispor de me ouvir.
- Mãe! - a chamei vendo a mesma de costas para mim e de frente ao fazedor de Waffle.
- O que houve? - me olhou cruzando os braços.
A mesma estava usando uma camisola cor de rosa feita de cetim.
Eu preferia dizer que é um roupão.
Nos seus pés haviam pantufas, e os seus cabelos negros e lisos estavam presos a um coque bagunçado.
Essa é a primeira vez em minha vida que vejo a senhora Kim Choon-Hee, esposa do grande senhor Kim Chung-Hee, desprovida de suas roupas sociais.
- A senhora já sabia do casamento do Jung com a Billie? - a olhei.
- E quem você acha que deu a bênção para ele pedi-la em casamento? - ela se virou para o balcão tirando o waffle e colocando em um prato ao lado de tantos outros.
- Então isso foi uma jogada de vocês?
A mesma pegou o prato e caminhou até mim colocando o mesmo a minha frente.
- Querido, entenda. Demos permissão para que o seu irmão pedisse a mão da Billie pelo status que a família dela tinha em magic Island.
- Então, mesmo que ele não gostasse dela, vocês o fariam casar?
- Deixo essa dúvida ao seu critério. - ela sorriu e alisou o topo de minha cabeça. - Quanto a você, ainda estamos vendo uma pretendente. Então, sugiro que se mantenha solteiro até que ela seja encontrada. - ela parou de alisar meu cabelo e ergueu o prato. - Waffle?
- Não, obrigado. - a olhei furioso e saí de sua presença.
Meus pais podem ter nomes com significados muito bonitos, mas de justos os dois não tem nada.
Estava sentado no sofá assistindo a um filme na TV, quando senti duas mãos geladas e enrugadas cobrirem meus olhos.
- Advinha quem é?
- Pela voz de quem já viveu quase mil anos só pode ser você, vovó. - tirei suas mãos de meus olhos e a encarei.
- O que faz aqui sozinho?
- Estava assistindo.
- Com tanta coisa legal para fazer? Garoto, você está em Magic Island, aqui tudo é possível.
- Eu sei. - abaixei a cabeça. - É que não estou com ânimo pra fazer nada.
A mesma pulou o sofá e se sentou ao meu lado.
- Como fez isso? - a olhei surpreso.
- Eu disse agora pouco: "Tudo aqui é possível." - sorriu. - Agora me diga, o que houve para está tão triste?
- É minha mãe. - abaixei a cabeça.
- O que aquela velha rabugenta fez?
- Ela meio que planejou o casamento do SeokJung e disse que eu seria o próximo. - a olhei de relance.
- Mas o que tem de errado nisso? Um dia todos nós temos que nos casar.
- Eu sei, mas é que...um casamento arranjado? - franzi a testa. - Eu quero estar com alguém que me ame por vontade própria, e não porque se sente na obrigação. Entende?
- Você já gosta uma garota, não é?
- QUÊ? - berrei.
Engoli em seco tentando não demonstrar ao máximo o quanto fiquei nervoso.
- Não. - desviei o olhar.
- Eu sei de tudo Jin. Eu te observo! - ela põe o dedo perto do olho.
- Ei! Isso é invasão de privacidade. - rir.
- Não fuja do assunto rapaz! - me deu um tapa de leve. - Qual o nome dela?
- S/n Jabami.
- Japonesa? Agora entendo porque está com medo dos seus pais.
- Entende?
- Ela gosta de você?
- Bem...digamos que ela gosta mais não sabe ainda.
- Jin! - ela me encarou séria.
- Tá bom. - bufei. - Ela não gosta de mim...ainda!
- Pelo que venho observando, você já deu o primeiro passo não é?
- Sim.
- E ela não percebeu?
- Acho que não.
Vejo a mesma se levantar e ie até a porta dos fundos.
- Venha comigo!
Corri para acompanhar Hyun. Pra uma senhora ela anda rápido.
Eu não gostava muito de ir ao jardim, por conta das flores cócegas e as bela adormecida.
Lembro me que uma vez deixei o aroma de uma bela adormecida chegar ao meu nariz. Eu dormi por quatro dias. Se não fosse a Hyun, com suas poções malucas, eu teria dormido por três ou quatro anos.
Quem sabe o resto da vida?
- Chegamos! - ela disse parando bem no meio de todo o jardim.
- O que viemos fazer aqui?
- Você vai ver.
Ela caminhou até umas pequenas flores dentro de um vaso, ela pegou um regador e começou a molha-las.
- Porquê a senhora me trouxe aqui?
- Olhe para essas flores.
Observei as pequenas flores muchas e secas crescerem rapidamente assim que ela as molhou.
- Viu o jeito que elas florescem?
- Sim.
- Agora olhe para essas.
Encarei as outras que estavam na sombra sem a luz do sol, muchas.
- Elas não florescem seu a luz do sol. - disse puxando as mesmas para junto das outras.
Imediatamente as flores cresceram e ficaram maravilhosamente lindas.
- A senhora quer me ensinar jardinagem ou algo do tipo? Eu não sou da magia verde.
- Cala a boca e ouve! - deu um cascudo em minha cabeça. - Assim como essas flores muchas floresceram, os sentimentos da menina dos cabelos roxos vão também.
- Isso quer dizer que ela gosta de mim? -
- Mas...- me olhou séria. - Se insistir demais...
Olhei para as flores que agora começaram a se desintegrar.
- Se insistir demais acabará como essas flores. Só restará o pó!
- Hã? - eu não entendi o que quis dizer.
Ela riu e colocou as mãos para trás das costas entrelaçando os dedos das mãos.
- Quando estiver pronto, vai entender. - disse indo em direção a casa.
O que ela quis dizer com isso?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.