Afinal o que ele poderia dizer?
Não poderia ser algo ruim, já que o moreno dos olhos da cor do mar abriu aquele imenso sorriso ansioso antes de dizer
— Vamos ficar juntos no meu apartamento. - falou animado. - Sei lá, A gente pode...viver juntos.
— Tá falando sério? É que... - Ela evitou se lembrar de algo que ainda não identificava sobre ele, apenas deixou quieto. — Você tem certeza disso? - piscou diversas vezes tentando cair na real.
— Eu não suportaria não acordar do seu lado todos os dias apartir de hoje, Esther.
Esther não precisou de muito mais para cair nos braços do seu amado, beijando-o apaixonadamente.
Esther logo o ajudou a fazer as malas e preparou as suas também. Não haveria mais o que fazer em Miami sem ele, então decidiram assim: ficariam juntos em nova york. Nenhum dos dois sabiam onde ia dar isso, afinal, na cabeça de Stan não era nada demais isso de se ajuntar, porque sua decisão foi refletida apenas no que estava sentindo por Esther: paixão.
Depois que eles finalmente terminaram de descer as malas, Esther deu um suspiro aliviado depois de terminar a parte mais chata de uma viagem, que era arrumar as coisas para irem embora. Stan reparou no seu rosto um semblante nostalgico do que nem havia terminado ainda, então agarrou sua cintura bem ali, de frente para a tv e disse em seu ouvido
— Vamos dar uma volta.
Ela assentiu com um sorriso nasal, pegando em sua mão e o acompanhando até a saída.
Já era bem de tardezinha, a luz do dia ia findando e eles estavam de mãos dadas passeando descalços sobre a orla da praia. Decidiram não terem um limite até onde ir, estavam conversando e brincando um com o outro quando colocavam os pés sobre as águas. Pararam por um instante para observar o mar, sentaram-se na areia sem nem mesmo se preocuparem com suas roupas. Ficaram assim por um tempo, apenas observando a vista que trazia uma paz gigantesca, queriam que durasse para sempre.
— As vezes eu queria que a vida fosse fácil, assim como olhar para o mar.
Ela falou, nesse momento Stan abaixou a cabeça com as mãos ainda juntas e os braços apoiados sobre o joelho, suspirou e respondeu
— Sei o que está pensando. Na responsabilidade de voltar, mas quero que saiba que estarei do seu lado e você não tem que ter medo algum.
Não. Ela não contou para ele sobre os ataques diretos que estava recebendo na dm do seu instagram. Sebastian não via nada porque Esther havia limitado os comentários de suas fotos, mas seu Direct era o verdadeiro inferno.
Sem segredos, esse era o combinado. Mas ao voltar a olhar em seus olhos, logo quando o moreno levantou o olhar para ela, desistiu e sua última resposta foi.
— Obrigada Seb.
Colocou seu braço sobre o dele, entrelaçando suas mãos e assim continuaram ainda um tempo observando aquela paisagem e conversando sobre assuntos casuais.
...
— Está tudo certo então?
Ele perguntou.
— Uhum. Está tudo no carro já, deixei apenas as malas de mão para usarmos escova de dente, toalha e tal.
— Ok, precisamos dormir. Amanhã será um longo dia!
Sebastian beijou a testa dela com os braços ao redor de sua cintura e logo depois de desligou a TV e fechou a cortina da sala. Esther subiu logo atrás depois de comer umas bolachas porque a janta não havia enchido ela totalmente
Ela até riu sozinha disso.
Quando chegou no quarto encontrou um Sebastian completamente diferente de dias atrás, claramente cansado dormindo feito uma pedra. Ela foi ao banheiro, escovou os dentes, colocou o seu pijama e se deixou ao lado dele, com esforço para não acordá-lo.
Restava apenas aguardar o dia de amanhã.
* * *
8h00
O alarme tocou.
Maldito alarme.
Ela esticou seu braço até o criado-mudo do seu lado, apalpou seu celular abrindo os olhos com dificuldade e nada da notificação.
Droga não era o seu celular alarmando.
Sebastian se mexeu fez o mesmo e desligou o alarme de seu próprio celular. Esther caiu com a cabeça na cama querendo que fossem apenas 5 horas da manhã.
Mas que droga de dias rápidos foram esses?
— Bom dia flor do dia.
Observou aquele homem sem camisa levantando-se da cama deixando o lado quente esfriar.
— Nãoooooo. - Chamou-o manhosa. — Volta vai.
— Vou no banheiro. E não podemos nos esquecer do nosso voô hm? Quer perdê-lo?
Resmungou virando para o outro lado.
Depois que ele saiu do banheito foi a vez de Esther fazer suas higienes matinais e quando saiu viu ele a sua espera terminando de dobrar o lençol.
— Promete que isso não vai acabar quando voltarmos para Nova York?
— Esther...- Stan se proximou colocando suas duas mãos no rosto dela. — Não importa onde estivermos sempre seremos um do outro lembra?
— Sim. Mas não estou falando nesse sentido sabe, só quero que isso...não acabe.
— Amor. A única mudança que vamos ter é que vou ter que voltar a trabalhar e a senhorita também. Apenas isso.
— Com que emprego?
— Para de reclamar mocinha. Vamos arranjar um jeito de ter o seu de volta e eu já sei como.
Espera. O que?
— Como assim? Como sabe como... Espera...o Que?
Sebastian beijou sua testa rapidamente e foi até a porta dando uma última olhada para trás
— Não demora se não o café esfria. - piscou.
WHAT A FUCK?
O que ele poderia estar aprontando?
...
Esther não tocou mais no assunto, mas isso não impedia ela de pensar nas milhares de possibilidades que poderiam ocorrer em sua mente sobre o que Sebastian havia dito. Isso estava claro até para ele que trouxe-a de volta para o mundo real perguntando
— Quer mais café?
— Hum? - perguntou perdida.
— Eu perguntei se você quer mais café. - riu disfarçadamente.
— Não. - negou com a cabeça. — Obrigada.
— Ok. - falou, largando a xícara sobre a mesa olhando diretamente em seus olhos. — Quer falar sobre isso?
— Sobre isso o que?
— Isso que eu ainda não sei, mas que está te deixando assim toda aérea.
— Não precisa se preocupar. É só o cansaço.
Esther não precisou dizer mais nada, apenas levou outro gole de café a boca, deixando Sebastian intrigado em sua frente.
Então logo depois de terminarem o café, Stan lavou a louça e Esther guardou ajudando-o. Subiram para ajuntar as coisas que faltava para levar para o carro, e quando foi a última mala levada, Sebastian parou em sua frente com as mãos na cintura e uma respiração cansada
— Acho que podemos ir. As malas já estão no carro, a chave da casa está aqui...Só vou entregar para o dono do condomínio e podemos partir.
— Tudo bem. Enquanto você vai lá eu vou pegar minha mala de mão la em cima.
Sebastian assentiu saindo.
Esther subiu as escadas, entrou naquele quarto já vazio como se ninguém tivesse passado por ali e pegou seu celular que já estava ao lado da mala de mão. Pensou e repensou antes de abrir as redes sociais, pensou também no que seu amigo Pit havia dito um dia desses quando ela estava vagando pelo Whatsapp
“Não ligue para esses comentários. Afaste-se da internet por um tempo minha linda. Isso vai te fazer ficar melhor.”
Ela respirou fundo mas abriu seu instagram e como se não bastasse todas aquelas acusações sobre ela ser falsa com sua “melhor amiga”. Acabavam inventando histórias ainda mais pesadas ao seu respeito, histórias entre linhas que Esther nem se lembrava mas acabaram vindo à tona.
Como a vida de uma pessoa pública poderia mudar tão rápido?
É difícil se segurar em conselhos fofos de amigos ou parentes quando a situação é você quem está passando. As vezes ela queria voltar a ser anônima, quando era criança era mais feliz.
Sebastian voltou um tempo depois e Esther já estava lá em baixo na sala, olhou para ele e forçou um sorriso tentando convencê-lo de que tudo estava bem. Stan não estava convencido nenhum pouco daquilo, mas sabia que a volta da viagem seria estressante para ela então preferiu não falar nada além de um
— Podemos ir?
...
✈️💺🛬
3 Horas de viagem.
Foi tranquilo.
Tranquilo se sua cabeça não tivesse um turbilhão.
Sebastian iria para o Set no dia seguinte e ela teria que voltar a procurar uma maneira de sobreviver a todos os ataques e até mesmo como sair nas ruas. Porém, só ela sabia o quanto aquilo estava deixando-a machucada por dentro, tão machucada que nem conseguia pensar na felicidade de tê-lo ali ao seu lado.
Stan pediu um táxi logo depois de pegarem as malas novamente no aeroporto de destino.
Chegaram rapidamente no apartamento dele e tomaram banhos separados, Esther ligou para seus pais e cochilou por um tempo. Sebastian ficou na sala assistindo qualquer coisa na TV, enquanto trocava mensagens com o Anthony e no grupo de seu novo filme “Monday”.
Já era tardezinha quando Esther acordou e se aconchegou ao lado dele no sofá sem dizer uma palavra. Os braços de Stan deram a volta em seu pescoço e ela conseguia ouvir claramente as batidas de seu coração.
— Dormiu bem? - indagou ele.
— Cochilei, as vezes eu acordava e depois voltava a dormir de novo.
Os olhos dele voltaram para a TV e sem tirar os olhos da tela voltou a falar
— Acho que você precisa esvaziar a mente um pouco. - aconselhou. — Pelo visto, esses dias não foram o suficiente.
Sem se mover Esther respondeu
— Eu estou bem. Só preciso de uma rotina nova, só isso. - respondeu, se levantando agora ainda sentada olhando nos olhos dele. — Por falar em rotina, quando retornam as gravações?
— Amanhã.
— Pensava que estivesse brincando sobre isso. Eles realmente são pontuais com o calendário.
— Pois é. Agora eu vou ter que ficar totalmente dentro do personagem de novo. Odeio pausar gravações e retornar!
— Pensei que gostasse dessa correria. Afinal toda a atenção é voltada para você como ator principal.
— Não é bem assim. É o meu trabalho, então não posso dizer que tenho todo mundo a minha disposição, inclusive amanhã tenho que estar no Estúdio cedo.
— Entendo. Mas acaba sendo bom no final...o resultado.
Ele sorriu pensativo antes de falar
— É. É bom fazer o que ama e eu amo atuar. - falou se esquecendo da situação de Esther então logo se recompôs para tornar a dizer — Desculpa, eu...
— Não. Tudo bem, você tem razão.
— Acho que é melhor nós irmos deitar, amanhã será um longo dia.
— Também acho.
Deram um selinho demorado e então, no momento que Esther estava escovando os dentes no banheiro Sebastian ficou pensativo na cama. Seu braço acima de sua cabeça olhando para o teto como se quisesse desvendar algo faziam seus pensamentos borbulharem. Eram tantas dúvidas
O que ele deveria fazer para poder ver Esther sorrindo verdadeiramente?
Será que ela estava se sentindo completa?
Não.
Essa resposta é meio óbvia.
Ele entrou na vida dela e bagunçou tudo, como ela ainda pode amá-lo?
— Está tudo bem? - ela falou fechando a porta do banheito vendo-o hipnotizado. — Seb?
Ele se tocou da presença dela sentando na cama.
— Vem ca. - chamou-a batendo na parte fazia da cama, convidando para sentar.
Ela sentou e ele olhou profundamente em seus olhos
— Eu te amo Esther. - falou, vendo-a sorrir curiosa. — Mas eu quero que apartir de hoje a gente combine de não esconder nada um do outro. Sobre o que sentimos ou sobre qualquer coisa...Sei lá, eu só quero que nós dóis possamos ficar bem.
— Eu também te amo Seb. - respondeu. — Entendo, mas acho que você está preocupado demais com algumas coisas. Vamos dormir, está bem? amanhã vou passar cedo no meu apartamento para pegar umas coisas e você tambem precisa ir trabalhar.
Ele sorriu fechado e assentiu passando a mão em seus cabelos, chegando em sua bochecha.
— Está bem.
Se beijaram novamente e Esther se posicionou ao seu lado pronta para dormir.
* * *
NO DIA SEGUINTE...
Droga de clarão parando sobre a janela. Nem uma cortina escura daquelas conseguiu esconder.
Sebastian já não estava na cama, então Esther se apressou e foi ao banheiro para suas higienes matinais e lá de dentro escutou barulho no quarto. Quando retornou ele já estava olhando para ela de cima abaixo. Esther reparou que havia dormido apenas com a camiseta do Seb e usava apenas uma calcinha, ela corou.
— O que foi? - ela fez a pergunta óbvia.
Ele sorriu balançando a cabeça enquanto se aproximava dela devagar.
— Já disse o quão linda você fica usando minhas roupas?
ela se arrepiou com aquela voz rouca nos seus ouvidos.
Como ele poderia fazer isso com ela logo de manhã?
— Seb...
— Temos tempo amor.
Sebastian se afastou de seu pescoço olhando agora em seus lindos olhos de redenção. Não precisou muito para Esther ceder a ele, enquanto o mesmo apertava seu bumbum junto de um beijo excitante. Esther gemeu baixo com a audácia dele, mas ele não parou, fazendo com que ela amasse ainda mais aquele momento.
Sebastian a fez sentar-se na cama, subiu por cima dela e a beijou novamente, só que dessa vez ainda mais sem inocência. Apertava suas cintura e descia até sua coxa, fazendo ela ter total perca de controle
Ele mandava.
O moreno beijou o pescoço dela e foi descendo até encontrar a barra da camiseta e levantá-la, revelando sua linda barriga exposta. Ali ele beijou, sem demora e não parou naquele lugar.
Esther levantou a cabeça vendo onde aquela brincadeira ia dar e já se preparava psicologicamente para aguentar o que aquele homem iria fazer.
Sebastian Stan a olhou novamente enquanto descia seus beijos por toda sua intimidade ainda coberta pela calcinha de renda. O moreno achou a calcinha desnecessária naquele momento, mas era tão linda vê-la assim que apenas a afastou e logo em seguida fez o que tinha que ser feito levando Esther a loucura junto de gemidos.
O telefone chegou a tocar várias vezes e isso só os excitavam ainda mais.
não podiam parar aquilo nem para os compromissos mais importantes
Sebastian ainda antes de fazer Esther gozar queria senti-la completamente. Se posicionou rapidamente sobre a mulher, abaixou sua calça e tirou sua calcinha e a penetrou devagar, sussurando coisas desconexas enquanto fazia o movimento de vai e vem dentro dela. Esther se contorcia sobre ele querendo mais rápido e ele obedecia levando a ao paraíso um tempo depois.
Os dois se libertaram juntos.
Sebastian caiu ao seu lado na cama e riram vendo que nem a camiseta de Esther havia sido removida
— Nossa! - falou ofegante. — Nossa e Nossa...
— Acho que preciso de um banho, não posso chegar no trabalho suado desse jeito.
— Precisamos.
Sebastian a olhou maliciosamente e ela logo entendeu.
Round 2 no chuveiro.
...
Sebastian levou Esther até a entrada de seu prédio e dali iria para o Estúdio.
Então precisavam se despedir logo
— Você vai ficar bem?
— Uhum. Vou sim! Não se preocupe. - ela respondeu normalmente.
— Lembra do...
— Celular, eu sei. Fica tranquilo. - ela o interrompeu.
— Mantenha ele carregado.
— Stan!
— Tudo bem. Tudo bem. - levantou as mãos rendido brincando.
— Não precisa se preocupar. Eu vou ficar bem Ok?
— Tudo bem. gostosa.
Ela riu.
— Até mais tarde galanteador.
— Até.
Esther olhou para trás antes de passar pela portaria e acenou para ele. Que logo partiu, saindo dali em rumo ao estúdio.
Ela parou na portaria para pegar as correspondências e só depois subiu para o apartamento. Abriu as contas, recebidos...Mas uma coisa chamou sua atenção.
Uma carta.
Quem manda cartas hoje em dia?
com pressa abriu, e não foi curiosa para ler o final e ver de quem era, logo começou a ler desde o princípio
“Esther.
Oi, nem sei como começar essa carta mas enfim.
Espero que esteja bem.
Aposto que já deve ter se esquecido de mim, querendo ou não ou até fez um esforço para isso, porque tenho total consciência de que te fiz mal.
Mas será que pode relevar essa parte?
Estavamos no ensino médio e éramos apenas adolescentes descobrindo o mundo a fora.
Bom, o assunto é: Eu quero muito conversar com você cara a cara.
Relaxa. Respeito total seu relacionamento com aquele Ator.
Uma conversa de amigos. Que tal?
Estou de volta em Nova York depois de anos na Inglaterra e tenho novidades boas para você.
Me chame no número abaixo ou se não chamar arranjarei um jeito de descobrir o seu.
Abraços
Gustavo Mayer.”
Ok. Ok. OK!
Era só o que faltava na vida de Esther.
— Mas que porra...? - olha olhou virou e revirou a carta. — O que esse cara quer?
Ela podia não saber, mas que estava curiosa estava. E com isso, ela podia por um ponto final em uma história lá de trás.
Nada mais iria dar errado. Né?
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