Lena olhou para Russell encolhido e assustado por efeito dos feromônios agressivos de Kara e sentiu seu coração acelerar em perspectiva. Graças ao forte vínculo entre alpha e ômega, era previsto que Andrea sentisse o medo do seu companheiro e, imaginando que ele e sua prole estivessem em perigo, a outra alpha logo chegaria ali.
– Ela não vai te machucar, Russell – Lena falou na tentativa de acalmá-lo por causa de sua gravidez.
Sabia que precisava agir rápido para impedir que uma luta entre duas Alphas enfurecidas e em modo de superproteção com relação aos seus companheiros acontecesse.
O ômega assentiu, incentivando a beta a acalmar a Alpha sheriff.
Lena virou devagar e olhou com suavidade para Kara, tentando fazer com que ela sentisse, através de seu cheiro, que não iria desafiá-la. Que estava submissa. E foi com espanto que Lena percebeu que os olhos de Kara permaneciam tão escuros quanto o céu da meia noite.
“Como é possível que ela continue no cio?”
Com um misto de temor e confusão, Lena se aproximou da alpha que mantinha as mãos apoiadas nos quadris e estufava o peito numa postura imponente, enquanto rosnava baixinho com os olhos vidrados na beta.
– Está tudo bem, Kara – Lena sorriu suavemente – Eu não te contei porque não achei que fosse importante.
Kara grunhiu.
– Tudo que envolve você é importante para mim, Lena – a alpha se acalmou um pouco quando sentiu o cheiro intenso, reconfortante e familiar de sua beta – Você é minha companheira, mesmo que estejamos separadas – sua voz tremeu e ela avançou hesitante na direção da outra.
A mente da alpha já começava a nublar de calor e de pensamentos envolvendo a beta embaixo de seu corpo. As duas acasaladas com seu nó entrando na outra para enchê-la de filhotes.
A ereção latejou dentro das calças de Kara e ela começou a emanar seu forte cheiro para seduzir a beta. Mas a chegada de outra alpha na loja, deixou-a alerta novamente e Kara girou bruscamente o rosto, ficando numa pose protetora na frente de Lena e rosnando para Andrea.
Andrea rosnou em retorno e Lena segurou na jaqueta de Kara, querendo que ela voltasse a fitá-la de novo.
Russell, também ciente da tensão reinante, começou a enviar seus feromônios calmantes para Andrea. Assim como Lena, o ômega tentava impedir um iminente confronto entre as duas Alphas.
Andrea ganiu na direção dele, suavizando sua expressão e foi para perto do companheiro, certificar-se que estava tudo bem.
Kara, com a postura ainda agressiva, acompanhou os passos da outra alpha até vê-la perto do ômega e distante de sua beta.
Lena tocou-lhe o rosto e a alpha derreteu sob aquele contato, estremecendo pelo gesto inesperado de carinho.
– Kara, precisamos sair daqui, sim? – pediu Lena com gentileza.
A alpha assentiu, enfeitiçada pelo comportamento afetuoso de sua beta.
Lena pegou na mão da sheriff e evitou olhar para o balcão, onde Andrea abraçava Russell, confortando o ômega. Estranhamente, Kara continuava no cio e poderia interpretar errado um simples olhar da beta para outra alpha naquele momento, instigando mais ainda sua possessividade. Depois, Lena passaria para pegar suas compras. Era urgente que ela tirasse Kara logo dali.
Já do lado de fora, a beta mal teve tempo de soltar um suspiro aliviado, pois a alpha puxou-a para seus braços, envolvendo-a em um forte aperto e choramingando de satisfação, cobrindo de beijos molhados a marca recente que deixou no pescoço de Lena.
A excitação encharcou a lingerie da beta, quando ela sentiu a ereção tensionada sob o tecido da calça de Kara. Precisava pensar depressa, caso contrário, era capaz de ser fodida ali mesmo, na rua principal da cidade com o sol ainda brilhando no céu.
– Onde está seu carro, alpha? – perguntou em seu tom mais submisso.
Kara esfregou-se mais em Lena. Sua alpha interior irradiando orgulho pela maneira dócil como a beta a tratou.
– Sim, alpha... Sou sua alpha – Kara grunhiu com os pensamentos enevoados pelo desejo quente correndo nas veias – Você é minha companheira. Minha beta. – Chupou a marca da mordida e suas mãos desceram pelas costas de Lena, apertando com firmeza quando chegaram nas nádegas – Pre...Preciso de você – choramingou, beijando amorosamente a mandíbula da outra mulher.
Lena mordeu o lábio, mas não reprimiu o gemido ao ser tocada e acariciada daquela maneira por sua esposa. Anos de carência e insatisfação sexual incentivando-a a se entregar a alpha novamente. Impelindo-a a se libertar daqueles anos de sofrimento e renúncia aos próprios desejos que a beta infligiu às duas.
– Tudo bem – Lena assentiu, sabendo que precisava manter o controle, pois a alpha não estava no dela naquele momento – Mas precisamos ir para outro lugar, Kara. Estamos no meio da rua.
A alpha inspirou profundamente sentindo o cheiro doce de sua beta, compreendendo que ela estava sucumbindo, entregando-se, e a certeza disso inesperadamente a acalmou, suavizando um pouco seu calor.
– Meu carro – Kara olhou para o outro lado da rua, onde a camioneta permanecia estacionada.
Lena acompanhou o olhar dela e assentiu. Não precisou dizer nada, porque Kara saiu puxando-a na direção do veículo.
As pessoas no caminho, olhavam intrigadas para elas, mas percebendo o cheiro forte do cio de Kara se afastavam o mais rápido possível, não querendo ficar no caminho de uma alpha prestes a acasalar com sua companheira.
– Grr... a chave – Kara se agitou, procurando-a nos bolsos.
Lena entendeu que ela não estava conseguindo encontrá-la e resolveu ajudar, enfiando a mão em um dos bolsos da calça de Kara. Mas, inadvertidamente, tocou no membro duro e pulsante, e a alpha rosnou, impulsionando seus quadris em busca de mais contato querendo algum alívio.
– Shh... Calma, calma – Lena pediu afagando a ereção sob o tecido quente, sentindo como a pele de Kara pegava fogo – Eu vou te ajudar com isso, quando estivermos em minha casa.
A alpha grunhiu, mas assentiu.
Lena encontrou a chave e destravou as portas. Fez Kara entrar no lado do passageiro e contornou o carro com pressa, entrando pela outra porta.
– Grr...Ahh – os rosnados e gemidos oscilavam, enquanto Kara se contorcia, esfregando com desespero o pau duro e grosso desconfortavelmente preso embaixo do tecido.
Lena olhou-a com compaixão, só podendo imaginar como aquilo deveria ser doloroso, pensando nas inúmeras vezes que Kara passou por isso depois da separação das duas. Mas, logo, outro pensamento também lhe ocorreu.
Pensou no quanto Kara a deixaria dolorida durante aquela rotina, preenchendo-a de várias maneiras diferentes pelos próximos dias, fazendo Lena gritar e gemer por horas enquanto entrava profundamente nela.
Sua buceta pingou e se fechou ao redor do nada. Um calor subiu até a face da beta, levando-a a pisar mais fundo no acelerador do carro, a caminho de seu pequeno rancho.
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